quarta-feira, 26 de abril de 2017

China exige que EUA e Coreia do Sul parem manobras militares


O ministro das Relações Exteriores chinês considerou que a Coreia do Norte não é a única que deve cessar atividades para acalmar os ânimos na península

 


O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, exigiu nesta quarta-feira o fim das manobras militares dos Estados Unidos e Coreia do Sul, assim como do programa armamentista nuclear da Coreia do Norte, para acalmar os ânimos na península.

“Por um lado, temos que parar as atividades nucleares da Coreia do Norte, que são uma clara violação das resoluções da ONU, mas, por outro, as manobras em grande escala em águas coreanas também devem parar pois igualmente não respeitam as resoluções quanto à questão”, afirmou em uma coletiva de imprensa em Berlim ao lado de seu colega alemão Sigmar Gabriel.

“O perigo de que comecem novos conflitos a qualquer momento é grande, por essa razão pedimos a todas as partes que demonstrem sangue frio e evitem qualquer ato que poderá levar a novas provocações”, alertou.

Coreia do Sul e EUA realizam exercícios com armas reais

Trabalhos incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem todo ano



Forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos promoveram hoje (26) uma de suas maiores manobras conjuntas com armas reais já efetuadas, um dia após a realização, por parte da Coreia do Norte, de um grande exercício de artilharia.

Os trabalhos desta quarta-feira, desenvolvidos no condado de Pocheon, incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.

Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares, que simulam uma resposta rápida a um ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.

Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos Estados Unidos, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.

O exercício, que EUA e Coreia do Sul não realizavam desde 2015, acontece apenas um dia depois que o regime da Coreia do Norte comemorou o 85º aniversário de seu exército.

CCJ do Senado aprova fim do foro privilegiado para crimes comuns


O texto determina o fim do foro por prerrogativa de função para todas as autoridades brasileiras, com exceção dos presidentes dos três poderes

 




Brasília – Em uma reviravolta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, os parlamentares aprovaram de maneira expressa o projeto que extingue o foro privilegiado para todas as autoridades, com exceção dos chefes dos Três Poderes.

O texto não estava na pauta desta quarta-feira, 26, mas foi incluído a pedido do relator, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e aprovado de maneira simbólica pelos integrantes do colegiado.

A proposta seguirá para o plenário da Casa com calendário especial.

Randolfe acatou uma emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que estabelece que os presidentes da República, da Câmara, do Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) continuam sendo julgados pela Suprema Corte por infrações penais comuns.

Em casos de crime de responsabilidade, ministros de Estado, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União e chefes de missão diplomática de caráter permanente também continuam com foro.


Exportações brasileiras crescem 24,4% no primeiro trimestre

 

Com o resultado, estima-se que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões

 

Por Agência Brasil

rande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos, como o Tecon Rio Grande 

As exportações brasileiras cresceram 24,4% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2016. Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 12%. A balança comercial registrou superávit de US$ 14,4 bilhões. Os dados são do Indicador Mensal da Balança Comercial, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e foram divulgados nesta quarta-feira (26) no Rio de Janeiro. Com o resultado da balança comercial, estima-se que o comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$ 50 bilhões. Grande parte dos produtos exportados pelo Brasil saiu pelos portos, como o Tecon Rio Grande (foto).

Em relação ao volume, as exportações cresceram menos (11%) do que as importações (17%) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2016. A maior alta nas exportações foi observada no setor da indústria extrativa (38%), seguido pela indústria da transformação (9%). A agropecuária teve uma queda de 7%. As exportações de não commodities aumentaram 16% e as de commodities, 6%. O maior crescimento no volume importado ocorreu na indústria de transformação (23%), seguido pela extrativa (11%). A agropecuária teve queda de 4%.

Os termos de troca penderam a favor da balança comercial brasileira, com uma melhora de 19% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, devido ao aumento de 15% do preço das exportações e da queda de 3% do preço das importações. Isso pode ser explicado principalmente pelo comportamento das commodities. Enquanto o preço de importação desses produtos recuou 11%, o preço da exportação avançou 29%. Entre as não commodities, o preço das exportações não variou, enquanto o valor das importações caiu 6,5%.

Entre os setores econômicos, os preços das exportações da indústria extrativa cresceram 75%, enquanto o preço das importações caiu 9%. Na indústria da transformação, o preço das exportações cresceu 5%, enquanto o das importações caiu 7%. Na agropecuária, os preços dos exportados cresceram menos (9%) do que os dos importados (17%). “Os preços das commodities estavam deprimidos até o final do ano passado e, neste início de ano, tiveram uma recuperação. No caso do Brasil, por exemplo, os preços de minério de ferro e petróleo melhoraram. Também temos uma demanda internacional mais favorável [para as exportações brasileiras]”, analisa Lia Valls, pesquisadora da FGV.

JTI investirá R$ 80 milhões em Santa Cruz do Sul




Fábrica de cigarros será inaugurada em março de 2018

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
JTI investirá R$ 80 milhões em Santa Cruz do Sul


A Japan Tobacco International (JTI) anunciou nesta terça-feira (25) que construirá uma fábrica de cigarros em Santa Cruz do Sul. O investimento será de R$ 80 milhões, segundo a prefeitura. A inauguração está prevista para março de 2018. O empreendimento deve gerar, inicialmente, 81 postos de trabalho. A empresa, que tem sede na Suíça, já conta com uma planta de processamento de fumo no município. A informação é do Blog Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha. No final de março, a multinacional negociava com o governo gaúcho a vinda de novos investimentos (leia mais detalhes aqui). 

“No ano passado, a JTI inaugurou um Centro Nacional de Distribuição. Também investiu R$ 90 milhões em melhorias na operação na cidade gaúcha e em Canoinhas (SC). Atualmente, a JTI importa as marcas de cigarros Camel e Winston de uma de suas unidades na Europa. Com a nova fábrica, a empresa passará a ter todas as fases de sua cadeia de produção no Brasil”, relata a publicação. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

McDonald’s serve café da manhã o dia todo e agrada investidores



Ações dispararam depois que lucro nos EUA aumentou 8% no primeiro trimestre do ano

 





São Paulo — Mudanças na operação do McDonald’s nos Estados Unidos, como servir produtos do café da manhã o dia todo e criar tamanhos alternativos para o BigMac, renderam à rede de lanchonetes um lucro de 1,21 bilhão de dólares no primeiro trimestre do ano – 8% mais do que o registrado um ano antes.

O número, que superou as estimativas de analistas, agradou os investidores. Na tarde desta terça-feira, as ações da rede de fast-food subiam mais de 5%, cotadas na casa dos 141 dólares. 

O ânimo do mercado se justifica. No último ano, o McDonald’s viu suas vendas encolherem 3% com a queda das visitas em suas lojas nos Estados Unidos.

No mês passado, a companhia divulgou um novo plano de crescimento global depois de descobrir que estava perdendo clientes habituais para outras redes de fast-food enquanto centrava esforços para conquistar pessoas que raramente comiam em suas lanchonetes.

Nós não precisamos de um McDonald’s diferente, mas de um McDonald’s melhor”, disse Lucy Brady, vice-presidente sênior de estratégia corporativa e desenvolvimento de negócios.

As vendas mundiais nas chamadas lojas comparáveis, aquelas que têm mais de um ano de funcionamento, aumentaram 4% de janeiro a março deste ano. Já a receita total da companhia chegou a 5,7 bilhões de dólares, quase 4% menos do que no primeiro trimestre de 2016.



Ser pode reavaliar fusão se Cade barrar acordo Kroton-Estácio


A Ser Educacional pode analisar novamente uma fusão com a Estácio Participações, segundo fundador e presidente do conselho de administração

 




São Paulo – A Ser Educacional pode analisar novamente uma fusão com a Estácio Participações, caso o acordo para a união dos negócios desta com a Kroton Educacional não seja aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse nesta terça-feira o fundador e presidente do conselho de administração da Ser, José Janguiê Diniz.

Ele ponderou, contudo, que a Ser aguarda decisão do Cade para discutir os cenários possíveis.

“A Ser tentou adquirir a Estácio, não foi possível, fez a impugnação no Cade”, afirmou Diniz, que também é diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes).

“Mas não podemos desconsiderar nenhuma opção”, disse em evento do setor, em São Paulo.

Diniz afirmou que, enquanto o Cade não se posiciona sobre a fusão Kroton-Estácio, a Ser deve se concentrar em expandir as operações de ensino à distância (EAD), principalmente a partir do segundo semestre, em todo o Brasil. Hoje, a empresa conta com nove pólos EAD no Nordeste.

Questionado sobre as operações que podem ser colocadas à venda se a fusão Kroton-Estácio for aprovada pelo Cade, o executivo disse que a empresa não está de olho em nenhum ativo específico neste momento.

Diniz contou ainda que, além do foco em EAD, a companhia discute em reuniões do conselho várias outras possibilidades, incluindo a entrada no segmento de educação básica, ensino técnico, corporativo e de idiomas.

A Ser Educacional divulga em 5 de maio o balanço do primeiro trimestre de 2017, que segundo o executivo deve ser positivo. “Apesar da crise, nós fizemos nosso dever de casa e esperamos resultado satisfatório”, afirmou.

 

FIES


Quanto ao encolhimento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Diniz ressaltou que o menor número de vagas ofertadas não deve comprometer os planejamentos estratégicos da Ser Educacional, que dispõe de programa próprio de financiamento, o EDUCRED.

“Já crescíamos 10 por cento seis anos atrás sem o Fies e não vamos deixar de atingir nossas metas”, disse.

Em 11 de abril, a Reuters noticiou que 98,9 mil, ou 66 por cento, das 150 mil vagas ofertadas pelo Fies para o primeiro semestre haviam sido preenchidas.

Em 2016, o Ministério de Educação (MEC) disponibilizou um total de 325 mil vagas (250 mil vagas no primeiro semestre e 75 mil vagas no segundo), das quais 203.583, ou quase 63 por cento, foram preenchidas.

Também presente no evento, o diretor-executivo da Abmes, Sólon Caldas, afirmou que o MEC ainda não sinalizou se ofertará mais vagas para o segundo semestre deste ano, mas que a expectativa é de que 20 por cento das vagas remanescentes do primeiro semestre sejam preenchidas nos próximos meses.

O setor aguarda novos anúncios do governo para o Fies até o fim do mês. Caldas ressaltou que as regras atuais do programa estão dificultando o preenchimento das vagas.

“O aluno não consegue atender os requisitos porque tem um gargalo enorme: quanto menor a renda, menor é a nota”, disse.

Por volta das 16:00, as ações da Ser subiam 0,6 por cento, cotadas a 24,59 reais, enquanto o índice de small caps, em que estão listadas, avançava 0,8 por cento.