terça-feira, 8 de agosto de 2017

Docentes da Uerj desabafam diante da crise, mas colheram o que plantaram





Desde o início de 2016, a Universidade do Estado do Rio (Uerj) se tornou o reflexo da derrocada do serviço público no estado. Não pelos servidores, mas pelas condições de trabalho imposta a eles. O EXTRA conversou com quatro docentes da universidade, que somam prêmios e titulações internacionais, para saber de cada um o sentimento frente ao atraso dos salários — maio e junho não foram pagos, além do 13º de 2016 —, os problemas estruturais da universidade e o futuro nada promissor. Nesta semana, por sinal, a reitoria da universidade suspendeu o ano letivo até o fim de 2017.

Diretor do instituto de Geografia Hindenburgo Francisco Pires, de 60 anos, 27 deles dedicados à Uerj, teme pela representatividade alcançada pela instituição ao longo dos últimos anos em função da dedicação dos servidores.

— A gente vê tudo o que construímos desmoronar. Os investimentos ao longo dos anos em pesquisa estão sucumbindo . A universidade conseguiu ser referência no país, e fora dele, pelo corpo acadêmico — lamentou o diretor.

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, Stela Guedes Caputo, de 50 anos, traduz o sentimento de muitos outros servidores.

— Sinto revolta. Trabalhamos muito para nos constituirmos professoras, uma formação que não é fácil, é longa e dispendiosa. Não podemos chegar agora, já nessa altura da vida e pensar como recomeçar — desabafou.

A primeira reação ao ler essa reportagem é sentir um misto de pena e revolta. Mas logo depois a razão vai dominando as emoções, quando lembramos que a Uerj tem sido um antro de doutrinação ideológica, ao lado de quase todas as federais e estaduais do Brasil. Tomadas por militantes esquerdistas disfarçados de professores, essas universidades se transformaram em palco para todo tipo de proselitismo ideológico e partidário, inclusive cometendo crimes para tanto.

Alguém poderia questionar: “Ok, entendo perfeitamente sua revolta, mas e os professores em particular, vão todos pagar pelos erros de alguns?” Pergunta legítima, claro. Não podemos generalizar. Ocorre que nesse ambiente só os que aceitam jogar o jogo avançam. É raríssimo ver professores de fora do “sistema” construindo carreiras promissoras, até porque os responsáveis pelas promoções são também marxistas em sua grande maioria.

E, surpresa!, parece ser justamente o caso dos quatro docentes entrevistados pelo jornal. Everton Rodrigues, do Students For Liberty Brasil, fez uma pesquisa pelos perfis deles, e eis o que encontrou:


O Jornal Extra fez essa matéria entrevistando 4 professores da UERJ, que estão em situação triste, sem salários e sem perspectiva de melhoras.

Aí eu fui procurar um por um esses professores no Facebook. Hindenburgo Francisco Pires, compartilha video do Jean Wyllys. Stella Guedes Caputo tem fotos em Cuba no monumento do Che Guevara. Bruno Sobral tem várias fotos em protestos de esquerda e compartilha postagem do sites aliados à esquerda. Inês Barbosa Oliveira tem foto da Dilma no perfil e logomarca do PSOL50, fora aquele papo todo de governo golpista.

Resumo da ópera: Não dá pra ter dó, não consigo. Passaram a vida toda pedindo Estado grande, intervencionismo, gastos exagerados em todos os setores do governo, militaram contra políticas de austeridade e responsabilidade financeira. Acharam lindo ver governos durante anos usando a máquina pública como bem queriam, sem limites, e ainda atacavam o capitalismo que é o grande meio de produção de riqueza, único meio que sustenta um Estado.

Tudo o que é gasto eles apoiam freneticamente (SUS, PAC, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FIES, ProUni, Ciências Sem Fronteiras, bolsa isso, bolsa aquilo, auxílio disso, auxílio daquilo, concurso desse, concurso daquele outro, Copa, Olimpíadas, etc etc) e na outra ponta tudo o que é meio de fazer economia ou gerar caixa eles são contra ( Reforma previdência, privatizações etc), e também nunca acharam grande problema os prejuízos recorrentes de estatais como a Petrobrás, Eletrobras e Correios. É como se o dinheiro caísse do céu.

Agora que tudo ruiu, que tudo veio abaixo, que o sistema faliu e sobrou dívida pra todo canto, agora ficam de choro com cara de criança que colocou o dedo na tomada e se arrependeu. Só que esses são adultos, acadêmicos, educadores… É triste, mas é bem feito. O pior de tudo é que nem assim aprendem, nem assim….

Ideias têm consequências. Quem planta vento colhe tempestade. Não dá para ficar pregando o socialismo a vida toda, aplaudindo aumento de gastos públicos, condenando privatizações, atacando o livre mercado, defendendo mais impostos, e depois reclamar quando a grana acaba. O socialismo dura até o dinheiro dos outros acabar. E ele sempre acaba sob tal mecanismo perverso de incentivos.

Já alertei aqui várias vezes que mesmo os funcionários públicos, da classe claramente privilegiada em nosso país, deveriam defender mais capitalismo, reformas estruturais e redução do estado, ainda que à custa de alguns benefícios. É que se o peso dos parasitas ficar demais para os hospedeiros, todos saem perdendo, eventualmente até os parasitas. Se matarem a galinha dos ovos de ouro (capitalismo), matam também os ladrões de ovos de fome (socialistas).

Rodrigo Constantino


 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/docentes-da-uerj-desabafam-diante-da-crise-mas-colheram-o-que-plantaram/?utm_medium=feed&utm_source=feedpress.me&utm_campaign=Feed%3A+rconstantino

O que a Sephora aprendeu em 5 anos no Brasil


Empresa precisou reduzir preços, criar novos formatos e investir em treinamento para conquistar as consumidoras

 





São Paulo – Se o período de recessão já foi bem difícil para empresas bem estabelecidas no mercado brasileiro, foi ainda mais desafiador para quem acabou de chegar.

É o caso da Sephora, loja de produtos de beleza que está no país há 5 anos, com 20 lojas. Desses, 3 foram de recessão e crise econômica. Ela precisou reduzir preços, criar novos formatos e investir em treinamento para conquistar as consumidoras.

“Na crise, a diferença é que temos menos chances para errar. Cada erro afeta mais a operação”, declarou Flavia Bittencourt, diretora geral da Sephora no Brasil e vice-presidente sênior para América Latina.

“O grupo aposta no longo prazo e tem paciência para esperar os resultados. Por isso, decidimos ir mais devagar na nossa expansão no Brasil. Se tivéssemos vindo com um plano mais rígido, de abrir lojas a qualquer custo, teria sido mais difícil”, afirmou ela.

A empresa enfrentou diminuição do consumo, desemprego e câmbio instável. Entender e se adaptar à legislação brasileira também foi um obstáculo.

Um exemplo é a forma de mesurar a data de validade dos produtos. Enquanto no exterior a validade passa a contar a partir do momento em que o cliente abre a embalagem, por aqui o tempo passa a correr a partir da fabricação do produto. A logística de encomendas e vendas fica mais complicada, declarou a diretora.

Mais acessível

 

Outro desafio para a Sephora foi encorajar consumidoras a entrarem nas lojas. Algumas poucas já conheciam a marca de viagens ao exterior, diz Bittencourt, mas para muitas era uma novidade. “Por vendermos produtos importados, muitas achavam que não encontrariam nada que coubesse no bolso e sequer entravam nas lojas”, explicou ela.

Com produtos que vão de 10 reais a algumas centenas, a empresa precisou encontrar maneiras de democratizar o acesso às lojas. Ela baixou os preços dos itens de sua marca própria, para se igualar à concorrência nacional.

Além disso, criou um novo modelo de loja, os quiosques, especificamente para o Brasil. “Nos quiosques, as consumidoras não têm receio de entrar e testar os produtos”, declarou a diretora. A empresa usou esses quiosques para entrar em shopping centers mais populares.

Inicialmente, o formato vendia apenas produtos da marca própria da Sephora, mais acessíveis. Aos poucos, incluiu outras marcas, para apresentá-las às clientes.

Outro fator que intimidava as consumidoras era o grande número de opções. São mais de 200 marcas no Brasil e cerca de 34 mil produtos diferentes, o que dificulta o trabalho de escolher.

A empresa criou novos serviços gratuitos, como aulas de maquiagem, e investiu pesado no treinamento da equipe, para educar as consumidoras sobre as diferenças entre tantas opções.

“São muitas marcas, muita informação na loja. A cliente que entra pela primeira vez fica perdida. Por isso, fizemos um investimento extra, os vendedores ensinam a fazer maquiagem de olho e contorno, deixamos as clientes testarem de tudo”, diz Bittencourt.

Cores fortes e básicas


A Sephora precisou entender e se adaptar ao gosto das brasileiras. De acordo com a executiva, a consumidora busca uma pele mais mate e produtos que combatem a oleosidade.

Também prefere produtos mais frescos e bases leves, ao contrário das norte-americanas, que usam itens com cobertura mais intensa. Gloss labial também não funciona no país e batons mais secos são os preferidos.

Além disso, apesar do Brasil ser visto lá fora como um país de cores vibrantes e exóticas, a realidade é diferente. “Sombras coloridas só funcionam no Carnaval. No resto do ano, o que mais vende são as cores nude, básicas”, disse.


 http://exame.abril.com.br/negocios/o-que-a-sephora-aprendeu-em-5-anos-no-brasil/



 

 

Saiba quais foram as companhias premiadas como as de melhor desempenho por Melhores e Maiores de EXAME em 2016 

 


São Paulo – EXAME premia, nesta segunda-feira, as empresas que se destacaram em 20 setores da economia em 2016, além da melhor do Agronegócio e Empresa do Ano. Elas são analisadas no levantamento Melhores e Maiores, realizado por EXAME em parceria com a FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

Mercado retraído, valorização da moeda americana, crises políticas (internas e externas), insegurança dos consumidores. Foram muitos os desafios enfrentados pelas empresas em 2016, motivo pelo qual se destacaram as que souberam se adequar ao cenário de retração ou antever novas oportunidades de negócios.

ranking completo das 500 maiores empresas do país será publicado numa edição especial de EXAME, que estará nas bancas, no site EXAME e no aplicativo EXAME na próxima quinta-feira, dia 10. A publicação destacará as empresas que apresentaram maior eficiência e melhor estratégia neste momento difícil da economia brasileira.

Conheça, a seguir, as companhias premiadas como as de melhor desempenho por Melhores e Maiores de EXAME em 2016 – e entenda por que elas se saíram melhor.

Atacado: Rodoil

 

O desempenho da distribuidora de combustíveis de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, ficou à frente do das grandes do setor, graças à conquista de clientes de cidades pequenas, onde a concorrência é menor.

Autoindústria: Fras-Le

 

A empresa, que faz parte do conglomerado Rondon, obtém mais da metade de sua receita com exportações e fábricas no exterior. Para 2018, o plano é expandir a presença na América do Sul e reforçar as operações na Ásia.

Bens de Capital: WEG

 

A maneira rápida de identificar oportunidades e adaptar-se a elas fez com que a catarinense WEG se destacasse novamente. Em 2016, a companhia teve uma queda de receita de 16%, mesma fatia que conseguiu de incremento em lucro no mesmo período.

Bens de Consumo: Bela Vista

 

A goiana Laticínios Bela Vista identificou uma demanda por produtos sem lactose no mercado que não estava sendo atendida e focou na diversificação e associação de seu leite à ideia de produto saudável. Como resultado, as vendas cresceram 16% apenas em 2016.

Eletroeletrônicos: Whirlpool

 

Em tempos de crise, a Whirlpool teve queda de 1% nas vendas no ano passado, mas conseguiu elevar o lucro em 16%. Esse bom desempenho é, em boa parte, resultado de um planejamento financeiro e estratégico certeiro.

Energia: CTEEP

 

De 2013 a 2016, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista cortou 1,5 bilhão de reais em despesas e pagamentos de dividendos – iniciativa para estancar os maus resultados do mercado. Depois do aperto, voltou a crescer para enfrentar as rivais chinesas.

Farmacêutico: Roche

 

O laboratório suíço investiu 120 milhões de reais em pesquisas clínicas no Brasil, ainda que suas vendas tenham recuado no país. O plano é desembolsar ainda mais, no intuito de lançar novos tratamentos para doenças como o câncer, que responde por 65% de sua receita hoje.

Indústria da Construção: MRV

 

Mesmo atuando em um dos mercados mais prejudicados pela crise econômica, a construtora mineira MRV faturou 736 milhões de dólares em 2016, além ter engrossado o lucro em 40%, para 112 milhões de dólares. A atenção aos custos é uma das obsessões da empresa.

Indústria Digital: Dataprev

 

Em 2016, um terço do que a empresa de processamento de dados da Previdência Social (Dataprev) faturou foi resultado de serviços prestados a bancos. A companhia tornou-se referência no setor, deixando para trás a imagem de burocrática que teve no passado.

Infraestrutura: Sabesp

 

Pelo segundo ano consecutivo, a companhia de saneamento de São Paulo conquistou o título de destaque do setor, com o dobro o lucro líquido registrado no ano anterior e a entrega de um retorno aos acionistas de 21% sobre o patrimônio.

Mineração: Vale

 

Depois de ter registrado o maior prejuízo desde a privatização, a mineradora Vale bateu recorde de produção e atingiu lucro de 3,8 bilhões de dólares. O resultado foi o maior obtido entre empresas não financeiras do país.

Papel e Celulose: Klabin

 

Maior produtora de papéis do país, a companhia colheu os resultados do projeto Puma, no Paraná: lucro de 886 milhões de dólares e retorno de 34% sobre o patrimônio. A unidade industrial opera a toda capacidade e permitirá que a Klabin volte a exportar celulose.

Química e Petroquímica: Riograndense

 

Em oito décadas de história, a refinaria gaúcha nunca vendeu tanto como no ano de 2016, beneficiada pela queda dos preços mundiais de petróleo, câmbio favorável e estratégia de comprar matérias-primas em estado mais avançados de preparação no exterior.

Saúde: Prevent Senior

 

A operadora de saúde, que por 20 anos restringiu os negócios a São Paulo, melhorou o atendimento e reviu processos para se consolidar no mercado paulista. Assim, conseguiu obter o melhor desempenho do setor e força para crescer em outras regiões do país.

Serviços: Cielo

 

Pelo 11º ano consecutivo, a empresa de serviços foi a melhor do setor, com uma receita de 2,3 bilhões de dólares e um retorno de 36% sobre o patrimônio líquido. Para este ano, o desfio é seguir com a inovação, busca de eficiência, além de aumentar a proximidade com os clientes.

Siderurgia e Metalurgia: ArcelorMittal

 

A siderúrgica foi, em 2016, a 11ª maior exportadora entre as empresas analisadas por Maiores e Melhores, duas posições à frente da que ocupou na edição anterior. Vender para fora do país foi a saída encontrada num cenário de retração do mercado interno e câmbio favorável.

Telecomunicações: TData

 

Braço de tecnologia da Vivo, a companhia registrou faturamento de 764 milhões de dólares em 2016 com a oferta de soluções para internet, dados e voz. É um mercado que tende a crescer, e muito, nos próximos anos.

Têxtil: Beira Rio

 

Com calçados voltados para a classe C, a fabricante gaúcha aproveitou o aumento da demanda por produtos mais baratos em meio à crise, além de ter buscado regiões favorecidas pelo agronegócio. O resultado foi aumento expressivo das vendas no Centro-Oeste, em São Paulo e no Sul do país.

 

Transporte: PB-Log


Subsidiária da Petrobrás especializada em logística, a companhia teve lucro de 331 milhões de dólares, em 2016, apesar das dificuldades enfrentadas pela empresa-mãe. A PB-Log é reconhecida pelo mercado como a joia da coroa da maior companhia do país.

Varejo: RaiaDrogasil


Com vendas superiores às das Lojas Americanas e do Magazine Luiza, a rede de farmácias foi destaque no setor de varejo. Resultado da fusão das então concorrentes Raia e Drogasil, em 2011, a companhia é hoje a sétima maior varejista do país e foi eleita a Empresa do Ano da edição.

http://exame.abril.com.br/negocios/as-20-premiadas-de-melhores-e-maiores-de-exame-por-categoria/

 Imagem relacionada
 
 
 
 
Syngenta
 

Um dos principais eventos mundiais do etanol e derivados de cana-de-açúcar mobilizou centenas de empresários e autoridades do setor em 26 e 27 de junho, no World Trade Center, em São Paulo. A edição 2017 do Ethanol Summit marca o décimo ano desde que foi realizado pela primeira vez, e a Syngenta esteve presente ao longo de toda essa história, levando sua expertise na faceta agrícola do mercado sucroenergético e fomentando o crescimento sustentável da produção de cana - que o Brasil lidera com mais de 600 milhões de toneladas anuais.  

O mote do encontro este ano foi "Um salto para 2030", em referência aos compromissos assumidos pelo País durante a 21ª Conferência das Partes (COP21), em Paris, no acordo entre 195 nações para redução em 43% a emissão de gases de efeito estufa até a data. E para que isso aconteça, temos de aumentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética nacional para cerca de 18%, bem como restaurar 12 milhões de hectares de florestas. Assim, a contribuição da Syngenta na oferta de tecnologias que viabilizem canaviais cada vez mais eficientes e com menos entraves produtivos e mais sustentabilidade é crucial.

Leandro Amaral, Diretor de Marketing para Cana-de-Açúcar da Syngenta, integrou o painel Mais Produtividade e Menor Custo: Caminhos para Crescer, e reforçou a necessidade de dar suporte aos canavieiros na tarefa de aumentar a produtividade com a oferta de soluções confiáveis. "A criação de viveiros, introdução de novas variedades da planta e o uso da muda pré-brotada são algumas garantias de um plantio eficaz para melhorar os níveis de ATR [Açúcar Total Recuperável] por hectare. Também o uso de maturadores pode incrementar os ganhos em 7 kg/ha, e a aplicação de fungicidas para controlar doenças secundárias promovem ganho de até 15 t/ha para as usinas que adotam a prática", explicou.

Quanto à redução de dispêndios com a logística de produção, Amaral destacou a técnica de plantio com sementes, tal como é feito com grãos, como soja e milho. "A ideia é simplificar o plantio comercial, já que, com essa tecnologia, é possível usar cerca de 200 kg de cápsulas de sementes por hectare e não 20 toneladas de toletes. Outra vantagem é a garantia de melhor sanidade e elevadas taxas de multiplicação, já que sementes como as produzidas em nossa Biofábrica, em Itápolis (SP), já vêm com essas características", afirmou Leandro.

As soluções Plene PB, muda pré-brotada de cana-de-açúcar, e as cápsulas de sementes Plene Emerald (que levam o nome pois se assemelham a esmeraldas em formato e cor), citadas pelo Diretor em sua exposição, foram destaques do estande da Syngenta no Ethanol Summit, e estiveram à disposição do seleto público do evento juntamente com todo o conhecimento técnico oferecido por representantes no espaço.

"Avanços Tecnológicos e a Imagem Global do Agronegócio Brasileiro"
Este foi o tema do segundo painel no qual marcamos presença durante o fórum. Daniel Bachner, Diretor Global para Cana-de-Açúcar, apresentou à plateia nosso Plano de Agricultura Sustentável (The Good Growth Plan) e contextualizou a mobilização do setor de cana-de-açúcar para produzir mais no âmbito da sustentabilidade.

"O crescimento do setor passa pelo aumento de área para plantio, mas isso é limitado pelo próprio meio ambiente. Temos que fazer mais com o que temos para alimentar o planeta e, olhando para cana, cada um dos nossos pilares do Plano está embutido em uma etapa do processo produtivo, como o uso de mudas pré-brotadas para termos mais produtividade e eficiência, a educação e treinamento de pessoas no campo e nas usinas para o manejo correto dos produtos e a adoção de corredores ecológicos para conservar a biodiversidade", disse.

Bachner sublinhou que a união de players da indústria e a criação de parcerias público-privadas é fundamental para que o segmento sucroenergético se desenvolva de forma homogênea e benéfica para a economia brasileira e mundial.

"Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para entregar o que há de melhor, por exemplo, em R&D para a cana-de-açúcar, mas não vamos conseguir cumprir com nossos compromissos ambientais e abastecer o mundo sozinhos. Também o futuro do setor e a melhoria da imagem do agro estão nas mãos de gerações cada vez mais urbanas e será somente ao discutirmos juntos como construir uma narrativa coerente para a agricultura daqui para frente é que promoveremos um crescimento sustentável para a energia advinda da cana", concluiu. 
 
 
  http://www.swisscam.com.br/ethanol-summit-2017.html

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

País ganha 1ª usina de etanol de milho



Primeira unidade exclusiva desse tipo de combustível apoia-se na tendência de alta da produção, que já bateu em 100 milhões de toneladas.

A chamada safrinha cresceu, foi batendo recordes, tornou-se uma supersafra que, pela primeira vez, beirou os 100 milhões de toneladas de milho. São tantos grãos que, quando se anda pelas principais regiões produtoras do Mato Grosso, é difícil não encontrá-los armazenados ao ar livre ou em silo bags – sacos feitos de um plástico especial – com até 90 metros de comprimento, nos quais o cereal pode ficar guardado por até um ano.

O cenário não é novo, mas em Lucas do Rio Verde (MT), ele começa a mudar. Seis quilômetro depois da Preciosa, a estátua de uma galinha de 10 metros de altura, no trevo da rodovia MT-449 com a avenida da Fé, deverá ser inaugurada esta semana a primeira usina de etanol feito exclusivamente de milho do Brasil, a FS Bioenergia. Até então, o etanol de milho produzido no País saía de usinas flex, que fabricam tanto etanol de cana, quanto do grão.

A fábrica da FS é apenas a primeira, do que promete se tornar uma alternativa importante para o beneficiamento e o escoamento de safras que tendem a ficar maiores. “Para nós, é ótimo”, diz Elso Pozzobon, 62 anos de idade, produtor e vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT). “Ainda temos potencial de produzir muito mais milho na região, sobretudo com o ganho de produtividade trazido pela integração de culturas.”

 
Investimento estrangeiro

 
Joint venture entre a brasileira Fiagril e a gestora americana Summit Agricultural Group, a FS Bioenergia recebeu investimentos de R$ 450 milhões para ser erguida. Prevista para ser inaugurada na sexta-feira, ela produzirá 180 mil toneladas de farelo, 6 mil toneladas de óleo de milho e energia. Além, é claro, do etanol. Inicialmente serão 240 milhões de litros por ano, que consumirão 600 mil toneladas de milho. Essa capacidade pode ser duplicada. 

Pouco, para as quase 30 milhões de toneladas produzidas apenas no Mato Grosso. Mas é expectativa é que ela não seja a única da FS Bioenergia – e muito provavelmente, nem de outros investidores interessados nesse tipo de combustível. Além da usina em Lucas do Rio Verde, a FS estaria planejando mais duas unidades, sendo que uma delas uma ficaria em Sinop (MT), de acordo com os produtores da região.

Os próprios agricultores também estão começando a estudar a possibilidade de se organizar para beneficiar o milho. “Temos discutido a viabilidade de investir numa usina, em nossa cooperativa”, afirma Pozzobon.

Essas iniciativas esparsas de empreendedores, porém, devem ganhar uma dimensão maior com as perspectivas criadas com o RenovaBio. O programa pretende aumentar a produção de biocombustíveis para atingir as metas de redução de emissão de poluentes, estabelecidas pela COP-21. Primeira iniciativa que juntou os ministérios da Agricultura, Energia e Meio Ambiente, o RenovaBio já passou por consulta pública e espera definições do governo. Não há uma previsão de data de lançamento.


Outro patamar

 
“Enquanto não houver um marco regulatório que estabeleça para onde vai a política energética, a expansão da produção (do etanol de milho) será localizada e feita por iniciativas individuais”, diz Marlon Arraes Jardim, coordenador geral do departamento de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME). “Estamos exatamente discutindo essa política, para dar previsibilidade ao produtor, à indústria e ao investidor.”

Dar também uma perspectiva de ganho de escala, além de outros estímulos para a realização de investimentos. Deverão ser estabelecidos benefícios para os empreendimentos que tiverem menor pegada de carbono, ligados a instrumentos financeiros, ainda em discussão. Segundo Jardim, não estão previstos subsídios governamentais para o projeto.

“O RenovaBio não faz distinção em relação à origem da matéria-prima ou ao produto: se ele for biocombustível e tiver baixa pegada de carbono participará do programa”, diz ele. Quanto menor essa pegada, maior será esse benefício ainda em discussão.

“Sabemos que o etanol de milho na composição da oferta será inexorável”, afirma Jardim. “Ao contrário da cana, o milho pode ser estocado e há uma boa brecha para que esse tipo de combustível ganhe mercado na entressafra.”

Uma boa notícia para os produtores, já que a supersafra de 100 milhões deverá parecer pequena, no médio prazo. “Entre seis a oito anos, a expectativa é que a produção chegue a 200 milhões de toneladas”, diz Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. “O preço na origem vai continuar baixo, criando uma grande oportunidade para o beneficiamento.”

Nas projeções da Datagro, a produção de etanol de milho, que na safra de 2015/2016 foi de 141 milhões de litros, chegará a 750 milhões de litros na colheita de 2018/2019. Pouquíssimo, quando comparado aos 24,7 bilhões de litros de etanol de cana de açúcar que devem ser produzidos na safra de 2017/2018, segundo a Única, entidade que representa os produtores. Mas a tendência é de alta.

“Tudo o que puder ser transformado em produto acabado será uma boa saída”, diz Carlos Simon, 54 anos, produtor e presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde. “A produção tem crescido tanto que o preço só tem melhorado graças aos leilões do governo.”


Cortes
 

Exatamente por isso, os agricultores têm trabalhado para diminuir a produção no curto prazo. Segundo Pozzobon, a ideia é incentivar que os produtores a usar apenas as melhores áreas de suas propriedades e deixar sem cultivo as partes dos terrenos que precisam de mais investimento em adubação e correção de solo.

Quando as usinas de etanol de milho tornarem-se uma realidade, porém, ele poderão se beneficiar de ainda mais uma vantagem. Como na FS, elas também poderão produzir o DDGS, sigla em inglês para grãos secos por destilação. Com alto teor de proteína, esse subproduto beneficiado do grão é usado para ração animal e tende a criar uma oportunidade de diversificação.
 
Procuradas, a JS Bioenergia, a Summit Agricultural Group e a ICM, fornecedora dos equipamentos da fábrica, não concederam entrevista 

(O Estado de S.Paulo, 6/8/17)

Open Fiber se diz pronta para comprar rede da Telecom Italia


Declaração aumentou o debate sobre se a empresa de telefonia deveria vender seu bem mais valorizado

 







Milão – A Open Fiber, nova empresa italiana de redes de telecomunicações, está em boa posição para comprar a rede da Telecom Italia, afirmou a empresa nesta segunda-feira, aumentando o crescente debate sobre se o antigo monopólio de telefonia deveria vender seu bem mais valorizado.

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Políticos italianos, desde 2006, têm ido e vindo com pedidos para que a rede seja transferida para uma entidade controlada pelo Estado, já que Roma a considera um ativo estratégico que deveria ser uma plataforma neutra aberta a todas as empresas de telefonia.

A Telecom Italia também foi criticada por adiar as onerosas atualizações de sua rede de cobre, que está envelhecendo, para fornecer conexões de internet mais rápidas e agora está enfrentando a concorrência da Open Fiber, que é de propriedade da empresa estatal Enel e do banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP ).

A Telecom Italia e a Open Fiber, que foi fundada no final de 2015, estão construindo redes de internet rápidas concorrentes em toda a Itália, embora muitos especialistas do setor digam que uma duplicação tão onerosa faz pouco sentido em termos econômicos.

“A Open Fiber, ou seus acionistas, estaria bem colocada para comprar a rede da Telecom, pois poderia aproveitar ao máximo a sinergia entre as duas redes e acelerar a migração do cobre para fibra”, disse o presidente da Open Fiber, Franco Bassanini, em uma entrevista ao jornal La Stampa.

O plano para transferir a rede da Telecom Italia, que de acordo com algumas estimativas poderia valer até 15 bilhões de euros (17,7 bilhões de dólares), fracassou no passado em relação a seu preço e porque empresa insistiu em manter o negócio.

No entanto, a ideia está ganhando força mais uma vez com o objetivo de promover a cooperação para permitir uma rápida implantação de uma rede de banda larga ultrarrápida em toda a Itália.

 http://exame.abril.com.br/negocios/open-fiber-se-diz-pronta-para-comprar-rede-da-telecom-italia/


Bollywood atrai Apple, Amazon e Netflix com venda de acervo


Empresas globais de transmissão de conteúdo estão tentando impulsionar suas ofertas de produtos televisivos, filmes e músicas na Índia


Mumbai – A produtora de filmes indiana Eros está em conversas iniciais com a Apple, Amazon e Netflix para vender o seu acervo filmes e músicas, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

Empresas globais de transmissão de conteúdo estão tentando impulsionar suas ofertas de produtos televisivos, filmes e músicas na Índia, o mercado de mais rápido crescimento do mundo em serviços de internet.

A coleção da Eros inclui sucessos da indústria cinematográfica híndi, conhecida como Bollywood, como ‘Bajrangi Bhaijaan’, ‘Dabangg’ e ‘Bajirao Mastani’.

A Eros se expandiu nos últimos anos para adicionar filmes em outras línguas indianas e diz que agora possui mais de 3 mil filmes indianos.

As conversas estão em estágios muito inicial, segundo a fonte disse a Reuters nesta segunda-feira, confirmando as informações publicadas pelo Economic Time da Índia, que disse que um acordo poderia chegar a 1 bilhão de dólares.

O Netflix e a Amazon trabalharam para garantir conteúdos indianos exclusivos em seus respectivos serviços que ambos lançaram em 2016 no país.

A Eros não foi encontrada para comentar, enquanto a Apple e a Amazon disseram que não falariam sobre “especulações”. O Netflix também não comentou o assunto.

A fonte, que pediu anonimato, disse à Reuters que a Erostentou acordos com as principais emissoras nacionais, incluindo a Sony, Star, Viacom e Zee, e acrescentou que o valor do acervo é mais baixo do que 1 bilhão de dólares citados na reportagem do jornal indiano.


http://exame.abril.com.br/negocios/bollywood-atrai-apple-amazon-e-netflix-com-venda-de-acervo/