Desde o início de 2016, a Universidade do Estado do Rio (Uerj) se tornou
o reflexo da derrocada do serviço público no estado. Não pelos
servidores, mas pelas condições de trabalho imposta a eles. O EXTRA
conversou com quatro docentes da universidade, que somam prêmios e
titulações internacionais, para saber de cada um o sentimento frente ao
atraso dos salários — maio e junho não foram pagos, além do 13º de 2016
—, os problemas estruturais da universidade e o futuro nada promissor.
Nesta semana, por sinal, a reitoria da universidade suspendeu o ano
letivo até o fim de 2017.
Diretor do
instituto de Geografia Hindenburgo Francisco Pires, de 60 anos, 27
deles dedicados à Uerj, teme pela representatividade alcançada pela
instituição ao longo dos últimos anos em função da dedicação dos
servidores.
— A gente
vê tudo o que construímos desmoronar. Os investimentos ao longo dos anos
em pesquisa estão sucumbindo . A universidade conseguiu ser referência
no país, e fora dele, pelo corpo acadêmico — lamentou o diretor.
Docente do
Programa de Pós-Graduação em Educação, Stela Guedes Caputo, de 50 anos,
traduz o sentimento de muitos outros servidores.
— Sinto
revolta. Trabalhamos muito para nos constituirmos professoras, uma
formação que não é fácil, é longa e dispendiosa. Não podemos chegar
agora, já nessa altura da vida e pensar como recomeçar — desabafou.
A primeira reação ao ler essa reportagem
é sentir um misto de pena e revolta. Mas logo depois a razão vai
dominando as emoções, quando lembramos que a Uerj tem sido um antro de
doutrinação ideológica, ao lado de quase todas as federais e estaduais
do Brasil. Tomadas por militantes esquerdistas disfarçados de
professores, essas universidades se transformaram em palco para todo
tipo de proselitismo ideológico e partidário, inclusive cometendo crimes
para tanto.
Alguém poderia questionar: “Ok, entendo
perfeitamente sua revolta, mas e os professores em particular, vão todos
pagar pelos erros de alguns?” Pergunta legítima, claro. Não podemos
generalizar. Ocorre que nesse ambiente só os que aceitam jogar o jogo
avançam. É raríssimo ver professores de fora do “sistema” construindo
carreiras promissoras, até porque os responsáveis pelas promoções são
também marxistas em sua grande maioria.
E, surpresa!, parece ser justamente o
caso dos quatro docentes entrevistados pelo jornal. Everton Rodrigues,
do Students For Liberty Brasil, fez uma pesquisa pelos perfis deles, e eis o que encontrou:
O Jornal Extra fez essa matéria entrevistando 4 professores da UERJ, que estão em situação triste, sem salários e sem perspectiva de melhoras.
Aí eu fui procurar um por um esses
professores no Facebook. Hindenburgo Francisco Pires, compartilha video
do Jean Wyllys. Stella Guedes Caputo tem fotos em Cuba no monumento do
Che Guevara. Bruno Sobral tem várias fotos em protestos de esquerda e
compartilha postagem do sites aliados à esquerda. Inês Barbosa Oliveira
tem foto da Dilma no perfil e logomarca do PSOL50, fora aquele papo todo
de governo golpista.
Resumo da ópera: Não dá pra ter dó,
não consigo. Passaram a vida toda pedindo Estado grande,
intervencionismo, gastos exagerados em todos os setores do governo,
militaram contra políticas de austeridade e responsabilidade financeira.
Acharam lindo ver governos durante anos usando a máquina pública como
bem queriam, sem limites, e ainda atacavam o capitalismo que é o grande
meio de produção de riqueza, único meio que sustenta um Estado.
Tudo o que é gasto eles apoiam
freneticamente (SUS, PAC, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FIES,
ProUni, Ciências Sem Fronteiras, bolsa isso, bolsa aquilo, auxílio
disso, auxílio daquilo, concurso desse, concurso daquele outro, Copa,
Olimpíadas, etc etc) e na outra ponta tudo o que é meio de fazer
economia ou gerar caixa eles são contra ( Reforma previdência,
privatizações etc), e também nunca acharam grande problema os prejuízos
recorrentes de estatais como a Petrobrás, Eletrobras e Correios. É como
se o dinheiro caísse do céu.
Agora que tudo ruiu, que tudo veio
abaixo, que o sistema faliu e sobrou dívida pra todo canto, agora ficam
de choro com cara de criança que colocou o dedo na tomada e se
arrependeu. Só que esses são adultos, acadêmicos, educadores… É triste,
mas é bem feito. O pior de tudo é que nem assim aprendem, nem assim….
Ideias têm consequências. Quem planta
vento colhe tempestade. Não dá para ficar pregando o socialismo a vida
toda, aplaudindo aumento de gastos públicos, condenando privatizações,
atacando o livre mercado, defendendo mais impostos, e depois reclamar
quando a grana acaba. O socialismo dura até o dinheiro dos outros
acabar. E ele sempre acaba sob tal mecanismo perverso de incentivos.
Já alertei aqui várias vezes que mesmo
os funcionários públicos, da classe claramente privilegiada em nosso
país, deveriam defender mais capitalismo, reformas estruturais e redução
do estado, ainda que à custa de alguns benefícios. É que se o peso dos
parasitas ficar demais para os hospedeiros, todos saem perdendo,
eventualmente até os parasitas. Se matarem a galinha dos ovos de ouro
(capitalismo), matam também os ladrões de ovos de fome (socialistas).
Rodrigo Constantino
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