quarta-feira, 14 de março de 2018

China se prepara para assumir liderança mundial

O economista e engenheiro Klaus Schwab, criador do Fórum Econômico Mundial

Principal divisão hoje é entre quem se prende ao passado e os que visam o futuro.

Klaus Schwab, o homem que criou o Fórum Econômico Mundial em 1971 e fez dele um evento central para as decisões políticas e econômicas globais, antevê um mundo em que a China assumirá a liderança econômica e no qual o conceito de direita e esquerda está superado.

O cenário que o engenheiro e economista alemão descreve se divide entre aqueles que defendem o passado --os populistas, embora ele evite a palavra--e aqueles que se preparam para um futuro no qual educação tecnológica, paridade de gênero e inclusão social são questão de sobrevivência econômica.

Prestes a completar 80 anos, dia 30, Schwab veio ao Brasil para abrir o capítulo latino-americano do Fórum, nesta quarta, dia em que lança no país o livro "Aplicando a Quarta Revolução Industrial", sobre os efeitos da evolução digital no trabalho e na produção.

Folha - A decisão dos EUA de impor novas tarifas sobre o aço e alumínio pode monopolizar o Fórum em São Paulo?
Klaus Schwab - Esta é uma das questões com as quais nos preocupamos, integrada a um contexto mais amplo. Temos hoje uma transição de um mundo com polo único para um mundo multipolar, no qual cada um segue seus interesses. Quando o presidente [DonaldTrump] fala em guerra comercial, é sintoma disso.

A decisão causará nova turbulência no comércio global?
Pode criar um efeito dominó. A chave é manter o compromisso com o sistema de regras para a economia. Podemos até mudá-las se sentirmos que não somos tratados de forma justa, mas tem que ser por meio de negociação.

O que é urgente reformar na América Latina?
Antigamente tínhamos uma divisão política entre esquerda e direita. Mas capitalismo e socialismo são ideologias criadas no contexto da Primeira Revolução Industrial [no século 18].
Hoje estamos na Quarta Revolução Industrial, e as linhas divisórias não são mais entre direita e esquerda, são entre aqueles que querem defender o passado e aqueles que querem se preparar para o futuro.

O Brasil está ficando para trás?
O Brasil está fazendo algumas mudanças necessárias, como tornar as suas leis trabalhistas mais flexíveis, mas todo governo deveria fazer o máximo para estimular a inovação e o empreendedorismo.
Isso significa flexibilizar o processo para que empreendedores montem empresas, criar um sistema tributário que permita ao empreendedor assumir riscos, e transformar a educação --o sistema é antiquado no mundo todo.

Os EUA hoje tendem ao protecionismo, enquanto a China mostra interesses globais. A China pode vir a ter mais poder econômico do que os EUA?
A China já tem um PIB em paridade de poder de compra comparável ao dos EUA, e a China já está de fato se preparando para o futuro. Em Pequim, há uma área que deve chegar a 100 km? para incubadoras. A China também já reconhece que a inteligência artificial deve ser muito bem sucedida. Olhando para o futuro, você vê que a China está se preparando para assumir a dianteira em tecnologia.

Os participantes do encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos pareceram otimistas, mas desde então tivemos turbulências. O sr risco de uma bolha explodir?
Não diria que é bolha, mas a economia opera em ciclos, e estamos em um longo ciclo de recuperação econômica que pode estar no fim. E há a questão da dívida. O total de endividamento de governos, famílias e empresas equivale a 200%-250% do PIB [global]. Não sabemos se haverá outra desaceleração econômica, mas, se houver, não dá para reduzir juros [para estimular a economia], pois isso foi feito na última crise, e as taxas já estão baixas. E se agirmos para evitar a dívida [subindo juros], não sabemos qual será o efeito --a volatilidade voltou às bolsas depois de aumentos modestos nas taxas.

Os países têm preferido acordos bi e plurilaterais aos multilaterais. Precisamos de regras para todos, mas grandes negociações são lentas para captar as mudanças de hoje. Como lidar com o paradoxo?
Discordo em parte, pois temos por exemplo o Acordo de Paris sobre o Clima. Algo, porém, mudou: antes os governos negociavam acordos e podiam garantir seu cumprimento. Hoje os governos são apenas um dos atores globais --se quisermos resolver um problema, precisamos da cooperação entre governos, empresas e sociedade civil. As empresas são atores-chave, mas precisam de diretrizes criadas por governos e de apoio da sociedade civil.

srcitou empregos precários. Há exemplos de como usar a educação para evitar isso?
Há novos modelos de currículos para ensinar programação da mesma forma que se ensina o alfabeto. Há escolas em Cingapura que se propõem a ensinar não necessariamente aquilo que você pode ler na Wikipédia, mas a ser criativo, a fazer a equipe interagir para obter resultados. Os países que mais trabalharem talentos serão os mais bem-sucedidos. E há a questão da inclusão, que se trata não só de responsabilidade social, mas de competitividade. É importante que todos tenham as mesmas oportunidades, pois, se você exclui metade da população por ser pobre, pode excluir um Einstein.

É difícil educar para um mundo que desconhecemos.
Se uma inteligência artificial pode substituir algumas características masculinas, como racionalização e objetividade, e se deixarmos a criatividade de lado, o que nos diferenciará de um robô?
A diferença é nós termos sentimentos, criatividade, intuição, empatia.
Se você olhar para as aptidões de que precisaremos no futuro, são as que chamamos de femininas.
Paridade de gênero, portanto, não é só questão de justiça, mas o melhor jeito de se preparar para o futuro.

RAIO-X

Nascimento: 30.mar.1938, Ravensburg, Alemanha
Formação: doutor em economia pela Universidade de Friburgo e em engenharia pelo Instituto Federal de Tecnologia da Suíça; mestre em administração pública pela Kennedy School, Universidade Harvard
Carreira: fundou em 1971 o Fórum Econômico Mundial, do qual é presidente; criou em 1998 a Fundação Schwab de Empreendedorismo Social e, em 2004, o Fórum de Jovens Líderes Globais  (Folha de S.Paulo, 14/3/18)

Retaliação do Brasil contra taxa do aço pode incluir etanol e Embraer


Retaliação do Brasil contra taxa do aço pode incluir etanol e Embraer

 

Uma fonte disse que 'tudo' está em discussão. Porém, não há decisão alguma sobre como esses itens serão usados na negociação.

A área técnica do governo discute, de forma preliminar, uma lista de itens que podem ser eventualmente levados a uma negociação de país a país com os Estados Unidos na questão do aço. Entre eles, está a elevação das tarifas de importação do etanol de milho produzido lá, o adiamento da sanção do acordo de céus abertos e a parceria entre Embraer e Boeing.

Uma fonte disse que “tudo” está em discussão. Porém, não há decisão alguma sobre como esses itens serão usados na negociação - e nem se serão de fato levados à mesa. Até porque, concretamente, ainda não começou a negociação entre os governos de Brasil e Estados Unidos em torno da sobretaxa.

A estratégia brasileira é, primeiro, esperar os resultados dos entendimentos entre as empresas americanas que serão prejudicadas com a aplicação da sobretaxa ao aço importado e a administração de Donald Trump. Em entrevista ao Estado, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse que o Brasil vai dar apoio a essas empresas.

A negociação governo a governo é uma outra frente, que ainda não foi aberta. Nela, o ponto forte será a tese que as indústrias siderúrgicas brasileira e americana são complementares. O Brasil exporta para lá produtos semiacabados de aço, que depois são processados pelas empresas nos EUA. Na outra mão, o Brasil importa carvão americano para suas siderúrgicas.

Até o momento, a estratégia traçada pelo governo brasileiro não contempla o uso de outros elementos de pressão, como o etanol e a Embraer. Ao Estado, Aloysio negou que isso seria levado à mesa. Outra fonte classificou essa possível lista de “pura especulação”.

No entanto, como nenhuma alternativa está descartada, as discussões prosseguem. Com dificuldades.

O acordo de céus abertos, por exemplo, é um potencial elemento de pressão porque acaba com a restrição da quantidade de voos entre Brasil e Estados Unidos. Ele foi aprovado pelo Congresso Nacional, que ainda precisa promulga-lo. Porém, lançar mão dele significaria adiar a ampliação da oferta de serviços entre os dois países. Na área técnica do Ministério dos Transportes, não chegou nenhuma consulta ou orientação no sentido de segurar os preparativos para a entrada em vigor do acordo.

Há preocupação também se a aplicação de alguma sobretaxa sobre o etanol americano poderia trazer impacto sobre a inflação. A avaliação é que uma medida desse tipo exige cuidado redobrado.

Responder a sobretaxa americana na mesma moeda vai contra a linha defendida pelo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, que é compartilhada por boa parte do governo. Em visita ao Brasil, ele voltou a alertar para as consequências negativas de uma guerra comercial.

Em vez disso, suas conversas com autoridades brasileiras foram em outra direção: a possibilidade de questionar a ação norte-americana perante os compromissos assumidos pelo próprio país em acordos internacionais. Uma possibilidade, como disse Aloysio na entrevista ao Estado, é colocar em xeque o argumento da segurança nacional que serviu de base à sobretaxa. É uma ideia que se enfraquece à medida em que Trump abre negociações comerciais país a país 

(O Estado de S.Paulo, 14/3/18)

Previ, Petros e Tarpon querem depenar modelo de gestão da BRF


Previ, Petros e Tarpon querem depenar modelo de gestão da BRF


Não basta expurgar Abilio Diniz do board. Previ, Petros e Tarpon já discutem o script para o day after da BRF – leia-se o pós-26 de abril, data da assembleia que votará a destituição do conselho de administração. Os fundos e a gestora planejam mudar a estrutura administrativa da empresa e defenestrar boa parte da atual gestão, a começar pelo CEO, José Aurélio Drummond Jr.

O nome mais cotado para assumir a presidência seria o de Alexandre Moreira Martins de Almeida, atual diretor vice-presidente Brasil. Consultada, a Petros confirma que "está insatisfeita com os resultados da BRF" e que busca "a reformulação da estratégia de gestão". Previ e Tarpon não se pronunciaram.

Previ, Petros e Tarpon consideram o modelo administrativo da BRF um dos legados mais nocivos da "era Abilio Diniz". Hoje, a gestão é uma barafunda, que estimula a fragmentação do poder decisório e a existência de territórios que não conversam entre si. A ideia é ter um único CEO.

Alexandre de Almeida, por exemplo, é um presidente esvaziado da operação brasileira, com reduzida autonomia e elevado grau de submissão ao nº 1 global, José Drummond. Por sua vez, Drummond, tratado como o “CEO do Abilio” teria reduzido o nível de compartilhamento de informações dos negócios da companhia no Oriente Médio, que impactam na tomada decisões no Brasil (Relatório Reservado, 13/3/18)


Falha na compra de grãos azedou clima na BRF

Alguns desentendimentos que culminaram na demissão de Pedo Faria da BRF, e que agora colocam em xeque a posição de Abilio Diniz na companhia, tiveram início há mais de dois anos. O clima entre os principais acionistas azedou já no início de 2016, quando avaliou-se que a política de compra de grãos deixou a companhia vulnerável à quebra da safra nacional de milho.

Até então, a BRF se destacava entre os pares. Com uma estrutura de armazenagem e fábricas estrategicamente localizadas nas principais regiões produtoras de milho – Paraná, Mato Grosso e Goiás -, a companhia era ainda mais competitiva que a concorrência quando o preço dos grãos subia. 

Aos olhos da BRF, mesmo concorrentes como a Seara, que é da JBS, estavam em desvantagem, por serem mais dependentes das fábricas de Santa Catarina, que precisam do milho de outros Estados.

Mas o que se descobriu no primeiro semestre de 2016, quando o milho atingiu máximas históricas no país, é que aquela vantagem da BRF já não existia. Em meio à tentativa de reduzir os gastos com capital de giro, o estoque de milho foi reduzido drasticamente. "Ficou da mão para a boca", resume uma fonte.

Meses antes, no fim de 2015, a administração da BRF pregava cautela, o que acabou por tornar a crise ainda pior. "Os preços já estavam altos e a decisão foi manter o menor nível de estoque de grãos, pois se esperava uma queda de preços. Não se contava com a quebra histórica da safra e da safrinha, que jogaram o preço ainda mais pra cima", lembrou outra fonte próxima à empresa brasileira.

Fontes próxima à Tarpon, gestora na qual Faria é sócio, rebatem o argumento, dizendo que a quebra da safra foi inédita e levou o milho brasileiro a se tornar o mais caro do mundo pela primeira vez na história. Por outro lado, há quem afirme que, ainda que os frigoríficos nacionais tenham de fato ficado menos competitivos que os concorrente de outros países, a BRF não poderia ter sofrido mais do que outros no Brasil.

O fato é que, com a margem na produção de carne de frango negativa como poucas vezes se viu, começava uma série de atritos. O time de operações, então comandado por Hélio Rubens Mendes dos Santos Jr., buscava cortar custos, o que o desgastou com Pedro Faria. Por diversas vezes em 2016, o então CEO da BRF pediu a demissão de Hélio Rubens.

Tentativas de mudar a composição da ração, que poderiam gerar economias de mais de R$ 1 bilhão às custas da utilização de itens nem sempre aceitos em importadores do Oriente Médio e da Europa, foram barradas por Faria, que fazia questão de manter os parâmetros de qualidade na produção.

De certa forma, a postura inflexível do então CEO da BRF em defesa da qualidade agora é encarada por apoiadores e alguns críticos de sua gestão como prova de que o executivo foi preso injustamente na semana passada, sob a acusação de fraudes sanitárias – ele já foi libertado.

"Pedro sempre primou pela qualidade", disse uma fonte, lembrando que os pedidos de demissão de Hélio Rubens partiam da avaliação de que a área de operações era uma "caixa preta" na qual o CEO precisaria intervir – o que foi feito após a Carne Fraca, em março de 2017. Segundo as fontes, Faria sacrificaria resultados de curto prazo pela qualidade (Assessoria de Comunicação, 13/3/18)


Reino Unido ameaçou reter cargas da empresa, mas voltou atrás

Como efeito direto da Operação Trapaça, o governo levou um susto na sexta-feira, diante de uma possível trava do Reino Unido a carregamentos de carne de frango da BRF. O governo britânico chegou a notificar o Itamaraty e o Ministério da Agricultura de que reteria qualquer carregamento de carne de aves e de produtos em geral fabricados pela empresa que chegassem até os seus portos, mas logo mudou de ideia.

A decisão comercial durou algumas horas, ainda que nenhuma carga tenha sido bloqueada, afirmou ao Valor o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel. De acordo com ele, a possível restrição britânica foi revertida após reações do adido agrícola do Brasil na União Europeia e da embaixada brasileira em Genebra.

Um embargo do Reino Unido seria bastante negativo para o país. Os britânicos respondem por 20% do volume e 25% da receita das exportações de carne de frango dos frigoríficos brasileiros à Europa. Ao todo, as vendas à UE renderam US$ 774,4 milhões em 2017.

"A gente recebeu um sinal de que o Reino Unido teria feito restrições, mas eles ficaram satisfeitos com as respostas que enviamos na sexta-feira e mantiveram as importações. Não chegou a haver nenhuma restrição de fato", explicou Rangel em referência às respostas do Ministério da Agricultura ao pedido de informações feito pela UE na semana passada a respeito das investigações da Operação Trapaça.

De acordo com Rangel, um fato positivo pode ser extraído desse recuo do Reino Unido. "É interessante, porque isso sinaliza bom senso, que a gente espera também dos Estados-membros da União Europeia", afirmou. O secretário também disse que o comunicado britânico precisa ser encarado dentro do contexto do "Brexit". Logo, não significa uma postura geral da União Europeia, afirmou.

Apesar disso, o risco ainda não foi dissipado. Técnicos do Itamaraty e do Ministério da Agricultura ainda não descartam que a União Europeia faça exigências duras ou até possa anunciar algum embargo à carne de frango do Brasil, ainda que temporária.

O bloco europeu não se posicionou oficialmente a respeito das respostas do Ministério da Agricultura para os seus questionamentos sobre a Trapaça, terceira etapa da Operação Carne Fraca deflagrada há uma semana pela Polícia Federal com foco em fraudes envolvendo laboratórios e a BRF na análise de salmonela em carne de frango.

Na terça-feira, um dia após a Polícia Federal divulgar que cinco laboratórios contratados por plantas da BRF forjaram laudos sobre a bactéria salmonela em carne de frango, a UE foi a primeira a manifestar preocupação e a pedir informações.

Os europeus receberam as respostas do Ministério da Agricultura na sexta-feira e devem devolver suas considerações apenas no fim desta semana, informou ao Valoruma fonte do bloco europeu. No entanto, as revelações da Operação Trapaça "nos pegou de surpresa e causou preocupação", disse a mesma fonte.

Embora tenha sido renovada com a Operação Trapaça, a preocupação europeia com a bactéria salmonela não é nova. Desde a primeira fase da Carne Fraca os europeus aumentaram os níveis de testes, e agora só aceitam a carne de frango salgada exportada pelo Brasil se ela não tiver qualquer traço da bactéria. Essas exigências reduziram as exportações brasileiras (Assessoria de Comunicação, 13/3/18)


Carrefour Brasil vê potencial para abrir até 140 novas lojas até 2022


Empresa quer se beneficiar da melhora da economia brasileira e vê espaço para aquisições no país.

 

 

 Por Reuters 

Carrefour Express (Foto: Reprodução/Facebook/Carrefour)

Carrefour Express (Foto: Reprodução/Facebook/Carrefour)


O Carrefour Brasil vê potencial para abrir de 120 a 140 novas lojas em todo o país até 2022. Segundo a varejista, a empresa quer se beneficiar da melhora da economia brasileira e de eventuais oportunidades de crescimento que incluem aquisições e parcerias no Brasil. 

"Não tenho barreiras montadas... Estamos abertos a parcerias em qualquer formato", afirmou a jornalistas o presidente do Carrefour Brasil, Noël Prioux, após o primeiro Investor Day da companhia desde a abertura de capital, em julho do ano passado.

Ele não quis entrar em detalhes sobre eventuais movimentos de consolidação no setor supermercadista, mas informou que potenciais parcerias já foram identificadas e que havia possibilidade de introduzir um modelo de franquias em supermercados. 

Questionado sobre o processo de venda das operações do Walmart no Brasil, Prioux disse que não "comenta rumores" e que aguardava maior clareza sobre os planos do rival. 

As ações do Carrefour Brasil, que não fazem parte do Ibovespa, fecharam em alta de 1,7% nesta segunda-feira, para a R$ 15,37. O índice teve ganho de 0,6%. 

Ele não quis entrar em detalhes sobre eventuais movimentos de consolidação no setor supermercadista, mas informou que potenciais parcerias já foram identificadas e que havia possibilidade de introduzir um modelo de franquias em supermercados. 

Questionado sobre o processo de venda das operações do Walmart no Brasil, Prioux disse que não "comenta rumores" e que aguardava maior clareza sobre os planos do rival. 

As ações do Carrefour Brasil, que não fazem parte do Ibovespa, fecharam em alta de 1,7% nesta segunda-feira, para a R$ 15,37. O índice teve ganho de 0,6%. 

Digitalização

 Além de consolidar a liderança em varejo alimentar no país, outro foco do planejamento estratégico do Carrefour Brasil para 2022 será a integração das lojas físicas e dos canais de comércio eletrônico no Brasil. 

 "Lançamos o e-commerce há um ano e meio...Não tem escala ainda a operação, mas é importante construir essa 'omnicalidade'", disse o diretor vice-presidente de finanças do Carrefour Brasil, Sébastien Durchon. 

O grupo francês abriu a plataforma de comércio eletrônico para o varejo alimentar em outubro do ano passado, inicialmente para pedidos em São Paulo via aplicativo "Meu Carrefour", e o plano é expandir o serviço para outras cidades. 

"Nossa ambição para 2022 é liderar o ecommerce de alimentos e estarmos entre os cinco maiores em não-alimentos", contou Paula Cardoso, presidente do Carrefour Soluções Financeiras e diretora executiva de clientes, serviços e transformação digital. 

Segundo a executiva, o marketplace já representava 10% da receita total de vendas (GMV) ao fim de 2017 e o grupo varejista negocia a entrada de mais 95 vendedores na plataforma. "Serão mais de 120 categorias distribuídas pelo marketplace", disse. 

O Carrefour Brasil também introduziu em novembro o chamado "click and collect", que permite ao cliente comprar no site e retirar na loja, e disponibilizará essa opção para clientes em todo o país até o fim deste ano, de acordo com os executivos. 

Só neste ano, a companhia deve investir R$ 1,8 bilhão, principalmente nas operações do Atacadão e em tecnologia para acelerar a expansão do 'omnichannel', disse Durchon, acrescentando que a previsão é de abertura de 50 novas lojas em 2018, sendo 20 do Atacadão, 20 do Carrefour Express e 10 Carrefour Market. 

O grupo já converteu 13 hipermercados em atacarejo e tem pelo menos mais 5 unidades identificadas para conversão entre 2018 e 2019, de acordo com o presidente-executivo do Atacadão, Roberto Müssnich. 

Dentro da divisão de atacarejo, a empresa buscará expandir as operações de cartões de crédito do Atacadão, com expectativa de chegar a 2 milhões de cartões emitidos até o fim deste ano. "Já somos o sexto maior emissor de cartões do mercado brasileiro e em pouco tempo devemos ultrapassar a Caixa Econômica Federal e assumir a quinta posição", disse Paula Cardoso.

https://g1.globo.com/economia/noticia/carrefour-brasil-ve-potencial-para-abrir-ate-140-novas-lojas-ate-2022.ghtml

Cade aprova por maioria compra de fatia da XP Investimentos por Itaú Unibanco


Por Leonardo Goy e Bruno Federowski 


 Fachada de agência do banco Itaú no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)


BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, por maioria, o acordo entre a corretora XP Investimentos e Itaú Unibanco mediante condições que buscam garantir a concorrência no setor financeiro. 

Entre as exigências que constam do parecer do relator Paulo Burnier, vencedor por 5 votos a 2 no plenário, está a de que o Itaú se comprometa a não discriminar plataformas concorrentes da XP, maior corretora de valores independente do país. Outro compromisso refere-se à não discriminação, pela XP, de ofertantes de produtos de investimentos concorrentes do Itaú. 

Entre as restrições estão também as limitações dos poderes de influência do Itaú na XP, que já consta do acordo entre as empresas que trata da aquisição de 49,9 por cento do capital votante da XP pelo Itaú. 

Os conselheiros que votaram pela reprovação do acordo foram Cristiane Alkmin e João Paulo Resende. 

“Aprovar essa operação é dar o aval para que qualquer outro banco compre plataformas abertas, que com todas as dificuldades conseguiram entrar nesse mercado copiando a tecnologia da XP. É colocar o processo de desbancarização em xeque”, disse Alkmin, ao anunciar seu voto divergente do relator. 

Mas a maior parte dos conselheiros entendeu que os remédios negociados com as partes seriam suficiente para preservar a concorrência no setor. 

“O ponto fundamental é que a XP continua independente e com autonomia na sua gestão”, disse Burnier a jornalistas, após o julgamento. 

Em nota, o Cade explicou que a operação Itaú-XP se dará em etapas, resultando, em 2022, na participação do Itaú em 49,9 por cento do capital votante da XP e 74,9 por cento do seu capital social total. 

Depois disso, em 2024, o acordo prevê a possibilidade do exercício de cláusulas de venda, pela XP, e de compra, pelo Itaú. “Neste caso, a operação deverá ser objeto de nova análise pelo Cade”, disse o conselho, em nota. 

A operação já havia sido aprovada pela Superintendência-Geral do Cade no final do ano passado, prevendo que os sócios da XP liderados pelo fundador e presidente Guilherme Benchimol manterão o controle da companhia e a administrarão de forma independente do Itaú por pelo menos sete anos. 

Quando anunciou o acordo com a XP, em maio de 2017, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o maior banco privado do Brasil tinha como um dos objetivos na operação ampliar sua participação no mercado de fundos de investimentos e elevar receitas com serviços nos próximos anos. 

Na época do anúncio do acordo, o Itaú afirmou que fará um aporte de 600 milhões de reais de reais na XP e comprará os 49,9 por cento da empresa por 5,7 bilhões de reais. 

As ações do Itaú Unibanco recuavam 2,23 por cento às 14h07, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 0,56 por cento.


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1GQ2LO-OBRBS

quarta-feira, 7 de março de 2018

Mundo se arma para guerra comercial em resposta às barreiras de Trump


Diplomatas consideram uma ação conjunta para mostrar a unidade da comunidade internacional contra Trump.

Medida anunciada pelo presidente americano, impondo uma tarifa extra de 25% contra o aço e de 10% contra o alumínio, provocou reação imediata de vários países.

O presidente americano Donald Trump acendeu o estopim de uma guerra comercial global ao anunciar, na quinta-feira, 1º, a adoção de barreiras tarifárias à exportação de aço e alumínio. Nesta sexta-feira, 2, houve uma reação global generalizada contra a medida, com vários países ameaçando retaliar os Estados Unidos impondo também barreiras contra produtos americanos. “Não vamos ficar sentados e ver nossa indústria ser afetada por essa medida”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Segundo apurou o Estado, governos de países potencialmente afetados pela medida já consideram formar uma aliança internacional em um megaprocesso na Organização Mundial do Comércio (OMC), na tentativa de fazer pressão para que a medida de Trump não abra um precedente para outros setores.

O presidente americano quer impor uma taxa de 25% sobre as importações de aço e de 10% contra o alumínio estrangeiro, numa medida para proteger a indústria local. No Twitter, fez uma espécie de defesa das guerras comerciais: “Quando um país está perdendo vários bilhões de dólares em comércio com praticamente todos os países com que faz negócios, guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar.”

As reações foram imediatas. A União Europeia indicou que vai responder de forma “firme”, com tarifas de importação também de 25% sobre cerca de ¤ 3,5 bilhões em fluxo de comércio americano. Isso incluiria as exportações agrícolas, mas também afetaria marcas de dimensões globais dos EUA, como motos Harley-Davidson ou roupas Levi’s, citadas por Juncker.

Cecilia Malmstrom, comissária de Comércio da Europa, confirmou que Bruxelas está “discutindo diferentes medidas” contra produtos americanos. “Estamos olhando para tudo, desde levar o caso à OMC, sozinhos, com parceiros, mas também medidas de salvaguarda ou possíveis retaliações”, disse.

Uma primeira etapa do processo na OMC deve ser lançada em breve. Nos bastidores, o Estado apurou que diplomatas consideram uma ação conjunta para mostrar a unidade da comunidade internacional contra Trump. Em 2002, algo parecido foi realizado por Europa, Brasil, Japão e vários outros governos contra medidas similares adotadas por George W. Bush.

Num raro comunicado de apoio à Europa, o governo russo indicou que compartilha das preocupações dos governos europeus. “Vamos analisar nossa relação comercial com Washington”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

Mesmo o principal parceiro comercial dos EUA, o Canadá, deixou clara sua irritação com a medida de Trump. “Essa tarifa será inaceitável”, disse o ministro de Comércio do Canadá, François-Philippe Champagne.

 (O Estado de S.Paulo)

Empresas norte-americanas criticam proposta de taxação do aço e alumínio

 

As tarifas sobre importação de aço e alumínio anunciadas pelo presidente Donald Trump foram rejeitadas pelos demais setores da economia dos Estados Unidos, que alertaram para o aumento de preços de seus produtos e o risco de retaliação por parte de outros países, na forma de barreiras às exportações americanas.

O temor de que a medida provoque uma guerra comercial em escala global provocou quedas nos mercados acionários em todo o mundo nos dois últimos dias. O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Garry Rice, afirmou que as barreiras afetarão não apenas os fornecedores externos de aço e alumínio dos EUA, mas as indústrias dentro do país que dependem desses insumos para fabricar seus produtos finais - entre os quais estão carros, eletrodomésticos, latas, aviões e máquinas.

Na sexta-feira, Trump voltou a defender sua ofensiva protecionista, que acentuou as divisões entre seus principais assessores econômicos. "Quando um país (EUA) está perdendo bilhões no comércio com virtualmente todos os países com os quais transaciona, guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar", escreveu o presidente no Twitter.

O anúncio das tarifas foi feito de forma atabalhoada na quinta-feira, sem que os detalhes finais da decisão estivessem finalizados. Trump disse que as alíquotas serão de 25% para o aço e de 10% para o alumínio e que a assinatura da medida ocorrerá apenas na próxima semana.

Segurando latas de sopa Campbell's, do refrigerante Coca-Cola e da cerveja Budweiser, o secretário do Comércio, Wilbur Ross, tentou minimizar o impacto da decisão sobre o preço final de bens que usam aço e alumínio. "Em uma lata de sopa Campbell's há cerca de 2,6 centavos de aço. Se o preço subir 25%, isso equivale a seis décimos de 1 centavo", afirmou em entrevista à rede CNBC. "Quem no mundo vai se importar com isso?"

Em entrevista à TV Bloomberg, Ross indicou que não deverá haver exclusão de países na aplicação das medidas. "Entre as opções que eu apresentei, o presidente Donald Trump escolheu essa, que é a imposição de tarifas sobre todos os produtos de todos os países."


BRASIL


Segundo maior exportador de aço para os EUA no ano passado, o Brasil pediu para ser poupado das barreiras sob o argumento de que exporta aço semiacabado, finalizado por siderúrgicas americanas.

Especialista em comércio internacional e professor da Universidade Brandeis, em Boston, Peter Petri afirmou que as tarifas elevarão de maneira acentuada os preços do aço e do alumínio, o que será uma ameaça para indústrias que os utilizam em suas linhas de montagem. "É por isso que as ações da Boeing, Caterpillar e General Motors - que são importantes usuários de aço e alumínio - caíram depois do anúncio de Trump", observou.

Setores que não dependem desses insumos também podem sofrer em razão da provável retaliação por parte de outros países. Um dos mais vulneráveis é o agropecuário. Petri ressaltou que os segmentos potencialmente afetados empregam muito mais pessoas do que as indústrias que Trump quer proteger.

Segundo ele, a afirmação do presidente de que guerras comerciais "são boas e fáceis de vencer" contraria tudo o que historiadores e economistas escreveram sobre o assunto. "Guerras comerciais aumentam os preços, desestabilizam cadeias de fornecimento e matam oportunidades de negócios. Grandes países como a China e os Estados Unidos podem sofrer menos que os menores, mas não haverá vencedores."

Segundo o Instituto Americano de Ferro e Aço, o setor emprega 140 mil pessoas de forma direta e quase 1 milhão de maneira indireta. Só a indústria automobilística garante 7 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, disse em nota Matt Blunt, presidente do Conselho Americano de Política Automotiva. O executivo afirmou que a alta de preços de aço e alumínio colocará os fabricantes americanos em desvantagem em relação a concorrentes globais.

Veículos foram o quinto maior produto de exportação dos Estados Unidos no ano passado, com embarques de US$ 130 bilhões, o equivalente a 8,4% do total. As exportações de aço americanas foram de US$ 12,49 bilhões (0,8%) no mesmo período, mostram dados do Departamento do Comércio.

"Não se equivoquem, isso é um imposto sobre as famílias americanas", declarou o presidente da Federação Nacional do Comércio, Matthew Shay. "Essas tarifas ameaçam destruir mais empregos nos EUA do que criar, ao mesmo tempo em que enviam sinais alarmantes a nossos parceiros comerciais e diminuem os mercados para produtos americanos no exterior" .


(O Estado de S.Paulo)

Por que o protecionismo atravanca o progresso

 

 




Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal

“Aqueles que dizem que a teoria e a prática são dois domínios não relacionados, ou são tolos em teoria ou desonestos na prática.” Ayn Rand.

Desculpem se volto ao assunto, mas Trump e suas políticas comerciais malucas não me deixam alternativa. O presidente americano prometeu ontem impor tarifas de 25% sobre as importações de aço dos Estados Unidos. Estas tarifas recairiam sobre as exportações de vários países, inclusive o Brasil, cujo governo já prometeu formalizar uma queixa técnica perante a OMC.

Pelo Twitter, Trump, histriônico e dramático, como de hábito, disse o seguinte, sobre a decisão (apud Rodrigo Constantino):

“Nós devemos proteger nosso país e nossos trabalhadores. Nossa indústria de aço está em mau estado. SE VOCÊ NÃO TEM AÇO, VOCÊ NÃO TEM UM PAÍS”.

É óbvio que se trata de uma grande besteira. A indústria do aço é muito importante para os Estados Unidos, e afeta a vida de todos os cidadãos: infraestrutura, construção civil, eletrodomésticos, automóveis, etc.. São necessidades praticamente infinitas. Todas as indústrias consumidoras de aço nessa lista (bem como seus consumidores) serão afetadas negativamente pelo aumento do preço da matéria prima. Estamos falando de cerca de 5,4 milhões de trabalhadores afetados, e centenas de milhões de consumidores. Como pode o presidente desprezar os efeitos negativos de sua medida sobre tanta gente?

A coisa se torna ainda mais indesculpável quando se olha para as experiências recentes, especialmente para as tarifas sobre o aço impostas por G. W. Bush, em 2002. Aqueles impostos permitiram que a indústria siderúrgica aumentasse o preço do aço doméstico, sem que houvesse, contudo, um impacto positivo no emprego. No entanto, as indústrias consumidoras não tiveram a mesma sorte. De acordo com estimativas, 200 mil pessoas perderam seus empregos nas indústrias que utilizavam o aço como matéria prima, nos anos seguintes.  Isso representa mais trabalhadores do que há em toda a indústria siderúrgica, cujos empregos as tarifas pretendiam proteger.

De acordo com a USITC, outra conseqüência das tarifas impostas por Bush foi a dificuldade de obtenção de aço nas qualidades e quantidades desejadas, o que acabou deslocando algumas indústrias de peças semi-acabadas para o exterior, de onde exportavam para os EUA sem pagar as tarifas do aço bruto.

O economista Mark J. Perry, analisando a perda de U$300 bilhões da bolsa americana (S&P 500 Index) somente ontem, depois da divulgação da decisão de Trump, vai direto ao cerne da questão:

“A matemática do protecionismo é bastante simples e bastante feia: os benefícios das tarifas para as empresas protegidas … (medida em termos de empregos, lucros ou valor de mercado adquirido) são sempre menoresdo que os custos impostos ao resto das empresas nacionais em outras indústrias (em termos de empregos, lucros ou valor de mercado perdido). A reação do mercado hoje às tarifas de Trump sobre aço e alumínio diz praticamente tudo o que você precisa saber sobre os males e os custos do protecionismo. Se houvesse mesmo uma possibilidade remota de que o protecionismo pudesse de algum modo gerar benefícios líquidos para a economia dos EUA, os mercados não teriam perdido $ 300 bilhões em valor em um dia. Portanto, a reação significativamente negativa de hoje no mercado de ações sugere que existe uma probabilidade zero de que as tarifas de aço e alumínio terão efeitos econômicos positivos líquidos, e uma certeza de 100% que terão efeitos negativos líquidos.”

Mas o protecionismo gera ainda outro efeito esperado (de longo prazo) bastante perverso, de que Perry não falou. Ele interfere negativamente no processo de destruição criadora. A América não se transformou na potência que é mantendo mão de obra ocupada em indústrias cuja produção pode ser feita fora. Ao contrário, aquele país vem se beneficiando das vantagens comparativas para consolidar-se na liderança de setores muito mais lucrativos, para os quais vastas quantidades de mão-de-obra se deslocaram nos últimos anos, graças à possibilidade de comprar produtos menos sofisticados no exterior.

Não seria exagero dizer que a indústria pesada é parte do passado nos EUA.  Ela deveria ser deixada a cargo de países tecnologicamente menos sofisticados mesmo. O negócio dos EUA é alta tecnologia, bioquímica, micro-biologia, indústria farmacêutica, robótica, nanotecnologia, informática, serviços financeiros.

O que Trump faz com essas medidas extemporâneas é atrasar a economia do país. Ou alguém acha que os EUA são o que são por causa das indústrias siderúrgicas? Não, meus caros, a vantagem comparativa – e competitiva – dos americanos está no conhecimento, na inovação, na alta tecnologia. Não é à toa que eles ganham a maioria dos Prêmios Nobel. Mas parece que Mr. Trump e sua trupe nunca leram Schumpeter, Ricardo, Friedman, Smith, Mises ou mesmo algum livro de introdução à economia (economics 101), e continuam vivendo no mundo mercantilista de 300 anos atrás. Seus fãs costumam dizer que Trump não precisa da teoria, pois aprendeu na prática. Ou que a teoria na prática é outra. A esses, eu respondo com a frase de Ayn Rand, na epígrafe.

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