terça-feira, 14 de maio de 2019

Pirelli anuncia fechamento da fábrica de Gravataí


Produção será transferida para unidade em Campinas

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Pirelli anuncia fechamento da fábrica de Gravataí


A fabricante italiana de pneus Pirelli (foto) anunciou nesta segunda-feira (13) a reorganização das operações no Brasil. O projeto prevê a transferência da fábrica de Gravataí (RS) para a planta de Campinas (SP). A mudança será completada até meados de 2021. Desse modo, a multinacional italiana vai demitir ao longo desse período 900 funcionários da unidade gaúcha. 

A empresa justifica que a localização de Campinas é logisticamente mais favorável por estar mais próxima das unidades produtoras de carro e de moto.  De acordo com o comunicado da Pirelli, essa decisão levará a empresa a investir 120 milhões de euros (aproximadamente R$ 500 milhões) no Brasil entre este ano e 2021.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/7500

Investidor estrangeiro retira R$ 400,473 milhões da B3 no dia 10

Resultado de imagem para foto de investidores internacionais

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 400,473 milhões da B3 no pregão da última sexta-feira, dia 10. Naquele dia, o Ibovespa fechou em queda de 0,58%, aos 94.257 pontos. O volume de negócios somou R$ 13,1 bilhões.

No mês de maio, o saldo de capital estrangeiro na bolsa está negativo em R$ 2,006 bilhões, resultado de compras de R$ 41,241 bilhões e vendas de R$ 43,247 bilhões. 

Em 2019, o saldo acumulado está negativo em R$ 1,499 bilhão.


 https://www.istoedinheiro.com.br/investidor-estrangeiro-retira-r-400473-milhoes-da-b3-no-dia-10/

Não se iluda: Bolsonaro não é Trump



Não se iluda: Bolsonaro não é Trump
Comparar os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, como costumam fazer seus áulicos seguidores, é uma bobagem imensa. Os dois só se aproximam nas barbaridades retóricas. Mas o primeiro tem evidentemente mais resultados a entregar e tino empresarial na busca por eficiência. No momento, os EUA estão diminuindo de maneira consistente a taxa de desemprego. A inflação cai a níveis insignificantes. A economia cresce no galope acelerado. O Brasil de Bolsonaro experimenta a cadência justamente inversa. O desemprego aumentou desde que ele assumiu. Já supera a casa de 13,4 milhões, sem cessar.

A economia está fechando um trimestre negativo logo na largada da gestão e o País promete cravar a segunda década perdida em 40 anos, numa maldição que assombra investidores, projetos de expansão, oferta e consumo, com a indústria descendo sua produtividade a índices assustadores. Mesmo a carestia ensaia uma retomada, com números maiores que os estimados, após a barbeiragem da política de tarifas dos combustíveis e os reflexos nas demais commodities. No grande arco de diferenças de Trump e Bolsonaro, tem-se de um lado o empreendedor, curtido nas nuances do mercado e da iniciativa privada. Do outro, o militar aposentado de visão obtusa sobre o liberalismo, que sonha meter o bedelho em qualquer preço.

Bolsonaro, que sustenta todo o sucesso da gestão na aguardada reforma da Previdência não quer, nunca quis, levá-la adiante e o faz a contragosto. Ele também não quer, nunca quis, privatizar estatais. Prefere arbitrar as decisões que envolvem seus projetos. O Banco do Brasil e a Petrobras já sentiram o peso letal de sua interferência. No plano do Governo, poucos membros da equipe salvam o conjunto. Entre os demais, a marca da atividade é a ideologização do “nós contra eles”. No mundo, a imagem do presidente Bolsonaro se apaga dia a dia. Expulso do Museu, rejeitado por um dos restaurantes requintados da Big Apple, teve de recuar de uma homenagem em solo americano.

Humilhado após o desembarque de várias empresas que iriam patrocinar o evento e atacado pelo prefeito e senadores locais. Organizações globais se mobilizam contra seus ditames no campo da diversidade de gêneros, da sustentabilidade ambiental e de outros temas caros à sociedade moderna. Bolsonaro ainda teve de engolir a quebra de acordo informal que fez com Trump oferecendo os benefícios do Brasil na OMC em troca do apoio americano a uma candidatura brasileira na OCDE. Trump não cumpriu sua parte do acerto e Bolsonaro ficou a ver navios. Hoje ele queima cartuchos políticos na velocidade da luz.

Os números exuberantes dos EUA são uma quimera por aqui. Somente a indústria teve uma taxa de queda de 1,3% em março em relação a fevereiro e de 6,1% comparativamente ao mesmo mês do ano passado. É a primeira vez desde 2016 que o crescimento da indústria volta ao vermelho. Ou seja: o País de fato piorou e muito no quadrante econômico sob a batuta de Bolsonaro. O capitão reformado segue preocupado com a higiene íntima masculina, a influência de matérias humanas no currículo universitário e os apupos da oposição. Idolatra um guru que mora na Virgínia e dispara agressões sórdidas contra militares. E esquece que, para ser Trump, é preciso muito mais que meras esquisitices.
(Nota publicada na Edição 1120 da Revista Dinheiro)
 
 https://www.istoedinheiro.com.br/nao-se-iluda-bolsonaro-nao-e-trump/

Odebrecht muda o nome, muda as cores, muda o comando. Vai dar certo?


A maior empreiteira do Brasil, conhecida pelo sobrenome alemão de seu fundador, construiu uma história de sucesso que extrapolou não só os limites territoriais do País quanto os da legalidade das negociações, como foi revelado pela operação Lava Jato. Agora, a empresa olha para o futuro com novas marcas e gestores cuja missão é zelar pela transparência e conformidade

Crédito: Rivaldo Gomes/Folhapress

No início de 2013, a Odebrecht decidiu adotar a mesma identidade visual para todas as suas empresas. A estratégia era clara: reforçar que, embora atuasse em segmentos diversos, a holding era dona de uma cultura forte e única, que a distinguia no mercado e que havia sido o motor de sua trajetória de sucesso no Brasil e no exterior. “É a síntese do que somos, do que acreditamos e de como agimos”, disse o então diretor-presidente do conglomerado, Marcelo Odebrecht, durante a reunião anual realizada em dezembro de 2012, em um hotel no litoral norte da Bahia. Ele ainda alertou: “Cada uma de nossas ações pode representar ganho ou dano de imagem mundial para a nossa marca.” O futuro se encarregou de comprovar que as palavras do executivo não poderiam ser mais acertadas.

A partir de 2015, a operação Lava Jato revelou como o grupo operava. Baseada em uma extensa rede de propinas a políticos, sem distinção de cargos, partidos ou correntes ideológicas, os tentáculos da Odebrecht ultrapassaram as fronteiras do País. Mais de 70 executivos confessaram a corrupção enraizada na empresa e coordenada pelo Departamento de Operações Estruturadas, montado exclusivamente para esses fins. Marcelo foi preso. Seu pai, Emílio, afirmou que “esse sistema de fazer política acontecia há 30 anos”. E o grupo e sua marca passaram a figurar entre os principais símbolos das relações nada republicanas entre a iniciativa privada e a esfera pública.

Desde então, a Odebrecht tenta se desvencilhar desse passado nebuloso. O mais recente capítulo de uma desejada nova história da empresa começou a ser escrito no início deste mês. O grupo anunciou a renovação da marca da Odebrecht Engenharia & Construção, que passa a adotar as iniciais OEC, seguidas pelo nome original na assinatura, em menor tamanho. As cores verde, azul e cinza substituem as antigas letras brancas dispostas sobre um fundo vermelho. Fruto de um trabalho de mais de um ano com a consultoria Keenwork, a estratégia terá o apoio de uma campanha de publicidade, que reforçará temas como transparência e reconstrução. “Estamos percorrendo uma jornada robusta de transformação interna nos últimos anos”, diz Fábio Januário, CEO da OEC. 

“Chegamos a um ponto de maturidade nesse processo e entendemos que a nova identidade visual é um simbolismo dessa mudança.”
Afastado: Marcelo Odebrecht presidia a holding quando os escândalos vieram à tona. Hoje, ele vive em prisão domiciliar (Crédito:Giuliano Gomes/Folhapress)
A tentativa de reconstrução da imagem do grupo, uma espécie de “operação mãos limpas” interna, se espalha por demais empresas do grupo Odebrecht. Quatro operações de troca de marca precederam a criação da OEC. A primeira foi a Braskem, da qual a holding detém uma fatia de 38,3% e de 50,1% no capital votante. Embora tenha mantido o nome, a empresa lançou uma nova logomarca. Na sequência, Odebrecht Realizações Imobiliárias foi rebatizada de OR; a Odebrecht Agroindustrial passou a se chamar Atvos; e a Odebrecht Óleo e Gás deu origem à Ocyan.

REPAGINAÇÃO Principal berço dos subornos da Odebrecht revelados pela Lava Jato, a OEC é o elemento mais emblemático na estratégia de reconstruir a holding. E a renovação da marca desperta diferentes avaliações. “A empresa não deveria esconder o nome Odebrecht. Ao contrário. Eles precisam assumir o que fizeram com todas as letras e comunicar fortemente o que estão fazendo para que isso não se repita”, diz Francisco Madia, sócio da consultoria Madiamundo Marketing. Outros componentes alimentam essa análise. “As cores são mais sóbrias e menos ousadas. A intenção é ser discreto. Quanto menos chamar a atenção, melhor”, afirma Rosângela Florczack, professora da ESPM e pesquisadora em gestão de crise e reputação. Vale lembrar que outras empresas condenadas pela Lava Jato fizeram o mesmo. Em 2017, a Engevix passou a se chamar Nova Engevix. Em agosto do ano passado, foi a vez da Camargo Corrêa mudar o nome de sua holding para Mover.
Há quem defenda que o nome Odebrecht deveria ser totalmente riscado do mapa. E que a mudança chega com atraso. “Essa estratégia teria mais efeito no começo dos escândalos. Agora, esse impacto positivo fica desidratado. Na essência, a lentidão reforçou o pecado original”, ressalta Herbert Steinberg, especialista em governança e presidente da consultoria Mesa Corporate. “O grupo esperava que sua reputação e nome forte o blindassem. Mas eles não contavam com a força da internet que, cada vez mais, não permite o esquecimento”, pondera Rosângela. Ela ressalta, porém, um passo positivo da OEC: a criação de canais próprios nas principais redes sociais, o que sinaliza a intenção de estabelecer um diálogo direto com o público, especialmente, com interlocutores mais jovens, que ainda não têm uma imagem consolidada sobre a companhia. “Essa mudança de foco na comunicação e na marca é legítima, mas só será válida se for a cereja do bolo de uma grande remodelação interna”, diz, citando como um paralelo o caso da mineradora Vale, que assumiu a frase “Mariana Nunca Mais” como lema de uma nova abordagem depois da tragédia envolvendo a Samarco. “Brumadinho mostrou que isso era só um bordão. Não havia, de fato, uma transformação nas práticas da empresa.”
Enraizado: Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, afirmou na época que o sistema de propinas para políticos já funcionava há 30 anos (Crédito:Leo Pinheiro / Valor)
Para ser um contraponto a casos como esse, a Odebrecht tem investido não só na mudança da embalagem, mas também do conteúdo. O ponto de partida para essa agenda foram os compromissos assumidos nos acordos de leniência assinados com autoridades brasileiras, americanas e de outros seis países. “Temos três grandes pilares de transformação. O primeiro deles é a nova geração de executivos que assumiu o comando das operações”, diz Januário, ele próprio um exemplo dessa iniciativa. Aos 47 anos, 25 deles dedicados ao grupo no qual ingressou como trainee, o executivo foi nomeado CEO da OEC em janeiro de 2017. Parte da cultura de preparar sucessores dentro de casa, esse processo foi acelerado quando nomes do alto escalão iniciaram a colaboração com a Justiça. Essa abordagem também incluiu os controladores, que foram afastados do dia a dia.

A governança corporativa é outro mote. Uma das medidas envolveu a criação de conselhos de administração para cada uma das empresas do grupo. Ao menos 20% dos membros desses colegiados são conselheiros independentes. No caso da Odebrecht S.A., quatro dos seis integrantes se encaixam nesse perfil. “Além de independência e de maior transparência, eles trazem uma bagagem adicional de experiência que não tínhamos no passado”, afirma Januário. Para Wagner Giovanini, sócio-fundador da consultoria Compliance Total, esse movimento é extremamente positivo. Ele faz, no entanto, uma ressalva: “É preciso que esses conselheiros também sejam responsabilizados caso algo dê errado”, afirma. “Não era o que acontecia. Será que nenhum conselheiro sabia da existência do Departamento de Operações Estruturadas?”, questiona.

O terceiro ponto é a adoção de políticas de conformidade, com uma série de iniciativas em andamento. O escopo envolve questões como a definição de regras de conduta no relacionamento com parceiros e clientes, treinamentos para disseminar essas novas práticas, auditorias periódicas em cada projeto e due diligence com toda a cadeia de fornecedores. Nessa última vertente, somente em 2018 foram realizadas mais de 17,5 mil análises. Outra frente é um canal interno, operado por uma empresa terceirizada, pelo qual é possível fazer denúncias de eventuais irregularidades e fraudes, sob confidencialidade.
Na carteira de obras a termelétrica de Punta Catalina, na República Dominicana, é um dos projetos recentes da OEC (Crédito:Divulgação)
Esses relatos são apurados e podem gerar investigações que, por sua vez, incluem a possibilidade de desligamento dos envolvidos. “A empresa está dando sinais de que está fazendo a lição de casa. Mas ainda é cedo para dizer se eles vão conseguir virar a página de fato”, diz David Kallás, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper. Sócia na área de compliance e investigação do TozziniFreire Advogados, Shin Jae Kim acrescenta: “Se essa cultura não estiver sendo absorvida internamente, cedo ou tarde o mercado irá perceber. Não há como mascarar uma situação dessas por muito tempo.”
DESAFIOS À parte dessas iniciativas, o grupo tem percalços pela frente. Além dos danos gerados pela Lava Jato, incluindo aí as multas dos acordos de leniência, que podem chegar a R$ 6,8 bilhões, a crise econômica ajudou a corroer os resultados. A receita caiu de de R$ 108 bilhões, em 2014, para R$ 82 bilhões, em 2017. A queda brutal nos negócios forçou a holding a iniciar um plano de desinvestimentos. Em fase de tratativas, após um período de due diligence, o acordo com a holandesa LyondellBasell envolvendo a participação na Braskem deve ser a próxima operação nesse balcão.

A OEC, por sua vez, também tem uma negociação importante pela frente. A empresa tenta reestruturar uma dívida de US$ 3 bilhões relativa a bônus emitidos no exterior. E assim como o grupo, seu desempenho segue sendo afetado pelo contexto dos últimos anos. Em 2018, a receita líquida recuou 34%, para R$ 7,2 bilhões. A dívida bruta no período somou R$ 12 bilhões, diante de uma disponibilidade de caixa de R$ 1,8 bilhão. Apesar do cenário desafiador, Januário destaca alguns projetos recém-conquistados, como a Termelétrica de Punta Catalina, na República Dominicana e a Hidrelétrica de Laúca, em Angola. Ele estabeleceu a meta de fechar 2019 com uma carteira de obras de US$ 7 bilhões. “Nós mapeamos um potencial de US$ 490 bilhões em projetos de infraestrutura nos próximos cinco anos.

Desse total, vamos apresentar propostas firmes para mais de US$ 90 bilhões”, afirma, ressaltando nesse radar mercados como Panamá, Peru, República Dominicana, Estados Unidos, Brasil e países da África portuguesa. Para o executivo, os avanços que a companhia vem conquistando em governança e conformidade trarão vantagem competitiva nessas concorrências. E abrem caminho para outras guinadas, como a busca de novos sócios ou mesmo a abertura de capital da operação. Nesse último caso, a previsão é de uma janela favorável entre o fim de 2020 e o primeiro semestre de 2021. “São realidades para as quais estamos nos preparando. Mas vamos dar um passo de cada vez.”

“Hoje, não há empresa no mundo mais segura para se fazer negócio do que a Odebrecht”

Fábio Januário, Presidente da OEC (Crédito:Gabriel Reis)
Como a mudança de marca se encaixa no contexto atual da construtora?
É um reflexo de um profundo processo de transformação interno. Renovamos as lideranças, implementamos uma governança de uma empresa de capital aberto e uma série de políticas, diretrizes e controles de conformidade. Não mudamos de nome, nunca quisemos nos esconder. Nossos clientes diretos já perceberam essa agenda. Mas entendemos que era importante ampliar essa percepção a toda sociedade.

Por que o mercado e o público em geral deveriam acreditar que a Odebrecht, de fato, mudou?
Por toda essa jornada e pelo aprendizado que tivemos a partir da leniência. Hoje, eu afirmo que não há empresa mais segura para se fazer negócio no mundo que a Odebrecht. No hemisfério Sul, ninguém junta cimento, água, areia e brita e tem capacidade de executar melhor uma obra de infraestrutura do que a Odebrecht. Temos a responsabilidade de ser um vetor de transformação nas compras públicas de infraestrutura no Brasil e em toda a América Latina.

A Odebrecht foi apontada como uma das maiores tomadoras de recursos do BNDES nos últimos 15 anos. O governo sinalizou um novo perfil de financiamento para a instituição. Como o sr. enxerga essa situação?
Essa questão foi mal interpretada. Nós não tomamos financiamento. Quem faz isso são os governos de outros países que executam as obras. Somos exportadores. Há um benefício significativo para o País. Com a redução de recursos do BNDES, deixamos de exportar bens e serviços. Se o governo entender que essa é a decisão a ser tomada, só tenho a lamentar, porque vamos seguir perdendo espaço para chineses e europeus.

Quais são as perspectivas para o setor de infraestrutura no País?
Em 2018, o Brasil teve o menor investimento público no setor dos últimos 50 anos. Teríamos que investir 2,3% do PIB apenas para manter o nível que temos. Investimos 1,3%. Estamos perdendo infraestrutura. A reforma da Previdência pode destravar essa agenda. E o déficit é tão brutal que vai acelerar a recuperação de todas as empresas que fizeram a lição de casa.

Victoria’s Secret pode cancelar seu show anual e repensar estratégia da marca

Diante de declínio de vendas e fechamentos em massa de lojas, CEO da Victoria's Secret admite que fará mudanças, a começar pelo show anual da marca, que não será mais transmitido na TV

Victoria’s Secret pode cancelar seu show anual e repensar estratégia da marca
Modelos no desfile da Victoria's Secret em Nova York, em 8 de novembro de 2018 - AFP/Arquivos

O icônico Victoria’s Secret Show pode estar com seus dias contados. Em comunicado para a imprensa o CEO da empresa Les Wexner, declarou que a marca vive um momento de repensar diversas questões, do seu célebre show até as operações. Ele também afirmou que em 2019, o evento anual da empresa, com suas “angels” desfilando, não será mais transmitido na TV.

No ar desde 1999, o Victoria’s Secret Fashion Show se tornou um marco na indústria por ser um desfile descontraído, com músicas ao vivo e o fantasy bra, uma peça única desenvolvida especialmente para o evento. Porém sob a justificativa de uma mudança nos hábitos digitais, a empresa disse que o evento deste ano não será transmitido na televisão e a data do desfile também não foi confirmada.

“A partir de 2019 vamos focar em desenvolver conteúdos dinâmicos e um novo tipo de evento – para nossos clientes e as plataformas em que eles estão conectados de maneiras que irão desbravar barreiras da moda na era global”, disse o comunicado.

A empresa também vem sofrendo com quedas de receitas, e declarou em fevereiro que pretende fechar 53 lojas nos Estados Unidos. Além disso, a marca sofreu com queda de 3% em suas vendas nos últimos trimestre do ano passado em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, a marca vem recebendo reclamações sobre a queda da qualidade de seus produtos.

Muitos analistas culpam o declínio das vendas e da popularidade da marca ao seu discurso, ainda muito focado no conceito de sexy atrelado a suas modelos, com padrões de beleza irreal. Em um momento em que o feminismo e a luta pela aceitação do próprio corpo ganham cada vez mais destaque, a posição da Victoria’s Secret se mostra atrasada, o que vem refletindo em suas vendas.

Uma mudança de postura pode recolocar a maior marca de lingerie (ou pelo menos a mais conhecida) do mundo, de volta aos trilhos.


 https://www.istoedinheiro.com.br/victorias-secret-pode-cancelar-seu-show-anual-e-repensar-estrategia-da-marca/

Processo de recuperação gradual da economia foi interrompido, diz BC

Processo de recuperação gradual da economia foi interrompido, diz BC
Apesar das movimentações de Paulo Gudes na Economia, o Copom diz que os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019
O processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas a expectativa é de retomada adiante. Essa é a conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que decidiu na última quarta-feira (8) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano.

Segundo ata da reunião do Copom, o arrefecimento da atividade observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019. “Em particular, os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, diz o documento.

O Copom acrescenta que os indicadores do primeiro trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o crescimento do PIB em 2019. “Essas revisões refletem um primeiro trimestre aquém do esperado, com implicações para o “carregamento estatístico” [herança do que ocorreu no ano anterior], mas também embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos trimestres”, destacou.

Nesse cenário, o Copom avaliou que seria necessário manter a Selic em 6,5% ao ano.

“O comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, diz a ata. O Copom acrescentou que essa avaliação sobre o desempenho da economia demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo. “O comitê ressalta que os próximos passos da política monetária [definição da taxa Selic] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou.

Inflação

 

Na ata, o Copom destaca ainda que a inflação acumulada em 12 meses deve atingir um pico no curto prazo para, em seguida, recuar e encerrar 2019 em torno da meta. Para 2019, a meta de inflação é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O comitê ressalta, entretanto, que “a consolidação desse cenário favorável, com inflação nas metas no médio e longo prazos, depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, que são fundamentais para a manutenção do ambiente com expectativas de inflação ancoradas”.

O Copom fez projeções para a inflação de acordo com dois cenários. Na hipótese de a Selic terminar 2019 em 6,5% ao ano e ser elevada a 7,5% ao ano em 2020, com taxa de câmbio que termina 2019 em R$ 3,75 e 2020 em R$ 3,80, a inflação fica em torno de 4,1% para neste ano e 3,8% para 2020. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados (controlados pelo governo, como gás, energia e gasolina) são de 5,3% para 2019 e 5% para 2020.

No cenário com taxas contantes – Selic em 6,50% ao ano e de câmbio em R$ 3,95 -, as projeções para a inflação do Copom ficam em torno de 4,3% para 2019 e 4% para 2020. A estimativa para a inflação de preços administrados são de 5,6% para 2019 e 5,1% para 2020.

Taxa Selic

 

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Quando mantém o juros básicos, o comitê considera que alterações anteriores na taxa foram suficientes para alcançar a meta de inflação.

Natura está perto de concluir compra da Avon, diz fonte


Natura recebeu ofertas de bancos locais como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil e da Morgan Stanley para bancar financiamento

 





São Paulo — A Natura Cosméticos está perto de fechar um acordo para comprar a Avon Products, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira, 13.

Segundo a fonte, o acordo pode ser anunciado a partir de sexta-feira, ou na próxima semana. Não ficou claro se a Natura pagaria um prêmio sobre os preços atuais do mercado ou não.

A Natura e a Avon, que tem um valor de mercado de 1,4 bilhão de dólares, não comentaram imediatamente sobre o assunto.

As discussões sobre o financiamento da proposta atrasaram o anúncio, acrescentou a fonte. Inicialmente, o UBS, que está assessorando a Natura no negócio, e o Morgan Stanley ofereceram o financiamento.

Mas a Natura recebeu ofertas de bancos locais como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, acrescentou a fonte. O Citigroup também pode se juntar ao financiamento, disse a fonte, embora os bancos brasileiros agora possam fornecer a maior parte.

Representantes dos bancos não comentaram o assunto de imediato.


 https://exame.abril.com.br/negocios/natura-esta-perto-de-concluir-compra-da-avon-diz-fonte/