Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Produção será transferida para unidade em Campinas
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A fabricante italiana de pneus
Pirelli (foto) anunciou nesta segunda-feira (13) a reorganização das
operações no Brasil. O projeto prevê a transferência da fábrica de
Gravataí (RS) para a planta de Campinas (SP). A mudança será completada
até meados de 2021. Desse modo, a multinacional italiana vai demitir ao
longo desse período 900 funcionários da unidade gaúcha.
A
empresa justifica que a localização de Campinas é logisticamente mais
favorável por estar mais próxima das unidades produtoras de carro e de
moto. De acordo com o comunicado da Pirelli, essa decisão levará a
empresa a investir 120 milhões de euros (aproximadamente R$ 500 milhões)
no Brasil entre este ano e 2021.
Os investidores estrangeiros retiraram R$ 400,473 milhões da
B3 no pregão da última sexta-feira, dia 10. Naquele dia, o Ibovespa
fechou em queda de 0,58%, aos 94.257 pontos. O volume de negócios somou
R$ 13,1 bilhões.
No mês de maio, o saldo de capital estrangeiro na bolsa está
negativo em R$ 2,006 bilhões, resultado de compras de R$ 41,241 bilhões e
vendas de R$ 43,247 bilhões.
Em 2019, o saldo acumulado está negativo em R$ 1,499 bilhão.
Comparar os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, como costumam
fazer seus áulicos seguidores, é uma bobagem imensa. Os dois só se
aproximam nas barbaridades retóricas. Mas o primeiro tem evidentemente
mais resultados a entregar e tino empresarial na busca por eficiência.
No momento, os EUA estão diminuindo de maneira consistente a taxa de
desemprego. A inflação cai a níveis insignificantes. A economia cresce
no galope acelerado. O Brasil de Bolsonaro experimenta a cadência
justamente inversa. O desemprego aumentou desde que ele assumiu. Já
supera a casa de 13,4 milhões, sem cessar.
A economia está fechando um trimestre negativo logo na largada da
gestão e o País promete cravar a segunda década perdida em 40 anos, numa
maldição que assombra investidores, projetos de expansão, oferta e
consumo, com a indústria descendo sua produtividade a índices
assustadores. Mesmo a carestia ensaia uma retomada, com números maiores
que os estimados, após a barbeiragem da política de tarifas dos
combustíveis e os reflexos nas demais commodities. No grande arco de
diferenças de Trump e Bolsonaro, tem-se de um lado o empreendedor,
curtido nas nuances do mercado e da iniciativa privada. Do outro, o
militar aposentado de visão obtusa sobre o liberalismo, que sonha meter o
bedelho em qualquer preço.
Bolsonaro, que sustenta todo o sucesso da gestão na
aguardada reforma da Previdência não quer, nunca quis, levá-la adiante e
o faz a contragosto. Ele também não quer, nunca quis, privatizar
estatais. Prefere arbitrar as decisões que envolvem seus projetos. O
Banco do Brasil e a Petrobras já sentiram o peso letal de sua
interferência. No plano do Governo, poucos membros da equipe salvam o
conjunto. Entre os demais, a marca da atividade é a ideologização do
“nós contra eles”. No mundo, a imagem do presidente Bolsonaro se apaga
dia a dia. Expulso do Museu, rejeitado por um dos restaurantes
requintados da Big Apple, teve de recuar de uma homenagem em solo
americano.
Humilhado após o desembarque de várias empresas que iriam patrocinar o
evento e atacado pelo prefeito e senadores locais. Organizações globais
se mobilizam contra seus ditames no campo da diversidade de gêneros, da
sustentabilidade ambiental e de outros temas caros à sociedade moderna.
Bolsonaro ainda teve de engolir a quebra de acordo informal que fez com
Trump oferecendo os benefícios do Brasil na OMC em troca do apoio
americano a uma candidatura brasileira na OCDE. Trump não cumpriu sua
parte do acerto e Bolsonaro ficou a ver navios. Hoje ele queima
cartuchos políticos na velocidade da luz.
Os números exuberantes dos EUA são uma quimera por aqui. Somente a
indústria teve uma taxa de queda de 1,3% em março em relação a fevereiro
e de 6,1% comparativamente ao mesmo mês do ano passado. É a primeira
vez desde 2016 que o crescimento da indústria volta ao vermelho. Ou
seja: o País de fato piorou e muito no quadrante econômico sob a batuta
de Bolsonaro. O capitão reformado segue preocupado com a higiene íntima
masculina, a influência de matérias humanas no currículo universitário e
os apupos da oposição. Idolatra um guru que mora na Virgínia e dispara
agressões sórdidas contra militares. E esquece que, para ser Trump, é
preciso muito mais que meras esquisitices.
(Nota publicada na Edição 1120 da Revista Dinheiro)
A
maior empreiteira do Brasil, conhecida pelo sobrenome alemão de seu
fundador, construiu uma história de sucesso que extrapolou não só os
limites territoriais do País quanto os da legalidade das negociações,
como foi revelado pela operação Lava Jato. Agora, a empresa olha para o
futuro com novas marcas e gestores cuja missão é zelar pela
transparência e conformidade
No início de 2013, a Odebrecht decidiu adotar a mesma
identidade visual para todas as suas empresas. A estratégia era clara:
reforçar que, embora atuasse em segmentos diversos, a holding era dona
de uma cultura forte e única, que a distinguia no mercado e que havia
sido o motor de sua trajetória de sucesso no Brasil e no exterior. “É a
síntese do que somos, do que acreditamos e de como agimos”, disse o
então diretor-presidente do conglomerado, Marcelo Odebrecht, durante a
reunião anual realizada em dezembro de 2012, em um hotel no litoral
norte da Bahia. Ele ainda alertou: “Cada uma de nossas ações pode
representar ganho ou dano de imagem mundial para a nossa marca.” O
futuro se encarregou de comprovar que as palavras do executivo não
poderiam ser mais acertadas.
A partir de 2015, a operação Lava Jato revelou como o grupo operava.
Baseada em uma extensa rede de propinas a políticos, sem distinção de
cargos, partidos ou correntes ideológicas, os tentáculos da Odebrecht
ultrapassaram as fronteiras do País. Mais de 70 executivos confessaram a
corrupção enraizada na empresa e coordenada pelo Departamento de
Operações Estruturadas, montado exclusivamente para esses fins. Marcelo
foi preso. Seu pai, Emílio, afirmou que “esse sistema de fazer política
acontecia há 30 anos”. E o grupo e sua marca passaram a figurar entre os
principais símbolos das relações nada republicanas entre a iniciativa
privada e a esfera pública.
Desde então, a Odebrecht tenta se desvencilhar desse passado
nebuloso. O mais recente capítulo de uma desejada nova história da
empresa começou a ser escrito no início deste mês. O grupo anunciou a
renovação da marca da Odebrecht Engenharia & Construção, que passa a
adotar as iniciais OEC, seguidas pelo nome original na assinatura, em
menor tamanho. As cores verde, azul e cinza substituem as antigas letras
brancas dispostas sobre um fundo vermelho. Fruto de um trabalho de mais
de um ano com a consultoria Keenwork, a estratégia terá o apoio de uma
campanha de publicidade, que reforçará temas como transparência e
reconstrução. “Estamos percorrendo uma jornada robusta de transformação
interna nos últimos anos”, diz Fábio Januário, CEO da OEC.
“Chegamos a
um ponto de maturidade nesse processo e entendemos que a nova identidade
visual é um simbolismo dessa mudança.”
A tentativa de reconstrução da imagem do grupo, uma espécie de
“operação mãos limpas” interna, se espalha por demais empresas do grupo
Odebrecht. Quatro operações de troca de marca precederam a criação da
OEC. A primeira foi a Braskem, da qual a holding detém uma fatia de
38,3% e de 50,1% no capital votante. Embora tenha mantido o nome, a
empresa lançou uma nova logomarca. Na sequência, Odebrecht Realizações
Imobiliárias foi rebatizada de OR; a Odebrecht Agroindustrial passou a
se chamar Atvos; e a Odebrecht Óleo e Gás deu origem à Ocyan.
REPAGINAÇÃO Principal berço dos subornos da
Odebrecht revelados pela Lava Jato, a OEC é o elemento mais emblemático
na estratégia de reconstruir a holding. E a renovação da marca desperta
diferentes avaliações. “A empresa não deveria esconder o nome Odebrecht.
Ao contrário. Eles precisam assumir o que fizeram com todas as letras e
comunicar fortemente o que estão fazendo para que isso não se repita”,
diz Francisco Madia, sócio da consultoria Madiamundo Marketing. Outros
componentes alimentam essa análise. “As cores são mais sóbrias e menos
ousadas. A intenção é ser discreto. Quanto menos chamar a atenção,
melhor”, afirma Rosângela Florczack, professora da ESPM e pesquisadora
em gestão de crise e reputação. Vale lembrar que outras empresas
condenadas pela Lava Jato fizeram o mesmo. Em 2017, a Engevix passou a
se chamar Nova Engevix. Em agosto do ano passado, foi a vez da Camargo
Corrêa mudar o nome de sua holding para Mover.
Há quem defenda que o nome Odebrecht deveria ser totalmente riscado
do mapa. E que a mudança chega com atraso. “Essa estratégia teria mais
efeito no começo dos escândalos. Agora, esse impacto positivo fica
desidratado. Na essência, a lentidão reforçou o pecado original”,
ressalta Herbert Steinberg, especialista em governança e presidente da
consultoria Mesa Corporate. “O grupo esperava que sua reputação e nome
forte o blindassem. Mas eles não contavam com a força da internet que,
cada vez mais, não permite o esquecimento”, pondera Rosângela. Ela
ressalta, porém, um passo positivo da OEC: a criação de canais próprios
nas principais redes sociais, o que sinaliza a intenção de estabelecer
um diálogo direto com o público, especialmente, com interlocutores mais
jovens, que ainda não têm uma imagem consolidada sobre a companhia.
“Essa mudança de foco na comunicação e na marca é legítima, mas só será
válida se for a cereja do bolo de uma grande remodelação interna”, diz,
citando como um paralelo o caso da mineradora Vale, que assumiu a frase
“Mariana Nunca Mais” como lema de uma nova abordagem depois da tragédia
envolvendo a Samarco. “Brumadinho mostrou que isso era só um bordão. Não
havia, de fato, uma transformação nas práticas da empresa.”
Para ser um contraponto a casos como esse, a Odebrecht tem investido
não só na mudança da embalagem, mas também do conteúdo. O ponto de
partida para essa agenda foram os compromissos assumidos nos acordos de
leniência assinados com autoridades brasileiras, americanas e de outros
seis países. “Temos três grandes pilares de transformação. O primeiro
deles é a nova geração de executivos que assumiu o comando das
operações”, diz Januário, ele próprio um exemplo dessa iniciativa. Aos
47 anos, 25 deles dedicados ao grupo no qual ingressou como trainee, o
executivo foi nomeado CEO da OEC em janeiro de 2017. Parte da cultura de
preparar sucessores dentro de casa, esse processo foi acelerado quando
nomes do alto escalão iniciaram a colaboração com a Justiça. Essa
abordagem também incluiu os controladores, que foram afastados do dia a
dia.
A governança corporativa é outro mote. Uma das medidas envolveu a
criação de conselhos de administração para cada uma das empresas do
grupo. Ao menos 20% dos membros desses colegiados são conselheiros
independentes. No caso da Odebrecht S.A., quatro dos seis integrantes se
encaixam nesse perfil. “Além de independência e de maior transparência,
eles trazem uma bagagem adicional de experiência que não tínhamos no
passado”, afirma Januário. Para Wagner Giovanini, sócio-fundador da
consultoria Compliance Total, esse movimento é extremamente positivo.
Ele faz, no entanto, uma ressalva: “É preciso que esses conselheiros
também sejam responsabilizados caso algo dê errado”, afirma. “Não era o
que acontecia. Será que nenhum conselheiro sabia da existência do
Departamento de Operações Estruturadas?”, questiona.
O terceiro ponto é a adoção de políticas de conformidade, com uma
série de iniciativas em andamento. O escopo envolve questões como a
definição de regras de conduta no relacionamento com parceiros e
clientes, treinamentos para disseminar essas novas práticas, auditorias
periódicas em cada projeto e due diligence com toda a cadeia de
fornecedores. Nessa última vertente, somente em 2018 foram realizadas
mais de 17,5 mil análises. Outra frente é um canal interno, operado por
uma empresa terceirizada, pelo qual é possível fazer denúncias de
eventuais irregularidades e fraudes, sob confidencialidade.
Esses relatos são apurados e podem gerar investigações que, por sua
vez, incluem a possibilidade de desligamento dos envolvidos. “A empresa
está dando sinais de que está fazendo a lição de casa. Mas ainda é cedo
para dizer se eles vão conseguir virar a página de fato”, diz David
Kallás, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper. Sócia na
área de compliance e investigação do TozziniFreire Advogados, Shin Jae
Kim acrescenta: “Se essa cultura não estiver sendo absorvida
internamente, cedo ou tarde o mercado irá perceber. Não há como mascarar
uma situação dessas por muito tempo.”
DESAFIOS À parte dessas iniciativas, o grupo tem
percalços pela frente. Além dos danos gerados pela Lava Jato, incluindo
aí as multas dos acordos de leniência, que podem chegar a R$ 6,8
bilhões, a crise econômica ajudou a corroer os resultados. A receita
caiu de de R$ 108 bilhões, em 2014, para R$ 82 bilhões, em 2017. A queda
brutal nos negócios forçou a holding a iniciar um plano de
desinvestimentos. Em fase de tratativas, após um período de due
diligence, o acordo com a holandesa LyondellBasell envolvendo a
participação na Braskem deve ser a próxima operação nesse balcão.
A OEC, por sua vez, também tem uma negociação importante pela frente.
A empresa tenta reestruturar uma dívida de US$ 3 bilhões relativa a
bônus emitidos no exterior. E assim como o grupo, seu desempenho segue
sendo afetado pelo contexto dos últimos anos. Em 2018, a receita líquida
recuou 34%, para R$ 7,2 bilhões. A dívida bruta no período somou R$ 12
bilhões, diante de uma disponibilidade de caixa de R$ 1,8 bilhão. Apesar
do cenário desafiador, Januário destaca alguns projetos
recém-conquistados, como a Termelétrica de Punta Catalina, na República
Dominicana e a Hidrelétrica de Laúca, em Angola. Ele estabeleceu a meta
de fechar 2019 com uma carteira de obras de US$ 7 bilhões. “Nós mapeamos
um potencial de US$ 490 bilhões em projetos de infraestrutura nos
próximos cinco anos.
Desse total, vamos apresentar propostas firmes para mais de US$ 90
bilhões”, afirma, ressaltando nesse radar mercados como Panamá, Peru,
República Dominicana, Estados Unidos, Brasil e países da África
portuguesa. Para o executivo, os avanços que a companhia vem
conquistando em governança e conformidade trarão vantagem competitiva
nessas concorrências. E abrem caminho para outras guinadas, como a busca
de novos sócios ou mesmo a abertura de capital da operação. Nesse
último caso, a previsão é de uma janela favorável entre o fim de 2020 e o
primeiro semestre de 2021. “São realidades para as quais estamos nos
preparando. Mas vamos dar um passo de cada vez.”
“Hoje, não há empresa no mundo mais segura para se fazer negócio do que a Odebrecht”
Como a mudança de marca se encaixa no contexto atual da construtora?
É um reflexo de um profundo processo de transformação interno. Renovamos
as lideranças, implementamos uma governança de uma empresa de capital
aberto e uma série de políticas, diretrizes e controles de conformidade.
Não mudamos de nome, nunca quisemos nos esconder. Nossos clientes
diretos já perceberam essa agenda. Mas entendemos que era importante
ampliar essa percepção a toda sociedade.
Por que o mercado e o público em geral deveriam acreditar que a Odebrecht, de fato, mudou?
Por toda essa jornada e pelo aprendizado que tivemos a partir da
leniência. Hoje, eu afirmo que não há empresa mais segura para se fazer
negócio no mundo que a Odebrecht. No hemisfério Sul, ninguém junta
cimento, água, areia e brita e tem capacidade de executar melhor uma
obra de infraestrutura do que a Odebrecht. Temos a responsabilidade de
ser um vetor de transformação nas compras públicas de infraestrutura no
Brasil e em toda a América Latina.
A Odebrecht foi apontada como uma das maiores tomadoras de
recursos do BNDES nos últimos 15 anos. O governo sinalizou um novo
perfil de financiamento para a instituição. Como o sr. enxerga essa
situação?
Essa questão foi mal interpretada. Nós não tomamos financiamento. Quem
faz isso são os governos de outros países que executam as obras. Somos
exportadores. Há um benefício significativo para o País. Com a redução
de recursos do BNDES, deixamos de exportar bens e serviços. Se o governo
entender que essa é a decisão a ser tomada, só tenho a lamentar, porque
vamos seguir perdendo espaço para chineses e europeus.
Quais são as perspectivas para o setor de infraestrutura no País?
Em 2018, o Brasil teve o menor investimento público no setor dos últimos
50 anos. Teríamos que investir 2,3% do PIB apenas para manter o nível
que temos. Investimos 1,3%. Estamos perdendo infraestrutura. A reforma
da Previdência pode destravar essa agenda. E o déficit é tão brutal que
vai acelerar a recuperação de todas as empresas que fizeram a lição de
casa.
Diante
de declínio de vendas e fechamentos em massa de lojas, CEO da
Victoria's Secret admite que fará mudanças, a começar pelo show anual da
marca, que não será mais transmitido na TV
Modelos no desfile da Victoria's Secret em Nova York, em 8 de novembro de 2018 - AFP/Arquivos
O icônico Victoria’s Secret Show pode estar com seus dias
contados. Em comunicado para a imprensa o CEO da empresa Les Wexner,
declarou que a marca vive um momento de repensar diversas questões, do
seu célebre show até as operações. Ele também afirmou que em 2019, o
evento anual da empresa, com suas “angels” desfilando, não será mais
transmitido na TV.
No ar desde 1999, o Victoria’s Secret Fashion Show se tornou um marco
na indústria por ser um desfile descontraído, com músicas ao vivo e o
fantasy bra, uma peça única desenvolvida especialmente para o evento.
Porém sob a justificativa de uma mudança nos hábitos digitais, a empresa
disse que o evento deste ano não será transmitido na televisão e a data
do desfile também não foi confirmada.
“A partir de 2019 vamos focar em desenvolver conteúdos dinâmicos e um
novo tipo de evento – para nossos clientes e as plataformas em que eles
estão conectados de maneiras que irão desbravar barreiras da moda na era global”, disse o comunicado.
A empresa também vem sofrendo com quedas de receitas, e declarou em
fevereiro que pretende fechar 53 lojas nos Estados Unidos. Além disso, a
marca sofreu com queda de 3% em suas vendas nos últimos trimestre do
ano passado em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, a
marca vem recebendo reclamações sobre a queda da qualidade de seus produtos.
Muitos analistas culpam o declínio das vendas e da popularidade da
marca ao seu discurso, ainda muito focado no conceito de sexy atrelado a
suas modelos, com padrões de beleza irreal. Em um momento em que o
feminismo e a luta pela aceitação do próprio corpo ganham cada vez mais
destaque, a posição da Victoria’s Secret se mostra atrasada, o que vem
refletindo em suas vendas.
Uma mudança de postura pode recolocar a maior
marca de lingerie (ou pelo menos a mais conhecida) do mundo, de volta
aos trilhos.
Apesar das movimentações de
Paulo Gudes na Economia, o Copom diz que os indicadores do primeiro
trimestre induziram revisões substantivas nas projeções de instituições
financeiras para o crescimento do PIB em 2019
O processo de recuperação gradual da atividade econômica
sofreu interrupção no período recente, mas a expectativa é de retomada
adiante. Essa é a conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central (BC), que decidiu na última quarta-feira (8) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano.
Segundo ata da reunião do Copom, o arrefecimento da atividade
observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019. “Em
particular, os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante
de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no
primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após
considerados os padrões sazonais”, diz o documento.
O Copom acrescenta que os indicadores do primeiro trimestre induziram
revisões substantivas nas projeções de instituições financeiras para o
crescimento do PIB em 2019. “Essas revisões refletem um primeiro
trimestre aquém do esperado, com implicações para o “carregamento
estatístico” [herança do que ocorreu no ano anterior], mas também
embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos
trimestres”, destacou.
Nesse cenário, o Copom avaliou que seria necessário manter a Selic em 6,5% ao ano.
“O comitê julga importante observar o comportamento da economia
brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos
diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com
redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua
exposta”, diz a ata. O Copom acrescentou que essa avaliação sobre o
desempenho da economia demanda tempo e não deverá ser concluída a curto
prazo. “O comitê ressalta que os próximos passos da política monetária
[definição da taxa Selic] continuarão dependendo da evolução da
atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas
de inflação”, afirmou.
Inflação
Na ata, o Copom destaca ainda que a inflação acumulada em 12 meses
deve atingir um pico no curto prazo para, em seguida, recuar e encerrar
2019 em torno da meta. Para 2019, a meta de inflação é de 4,25%, com
margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano
nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também
com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O comitê ressalta, entretanto, que “a consolidação desse cenário
favorável, com inflação nas metas no médio e longo prazos, depende do
andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, que
são fundamentais para a manutenção do ambiente com expectativas de
inflação ancoradas”.
O Copom fez projeções para a inflação de acordo com dois cenários. Na
hipótese de a Selic terminar 2019 em 6,5% ao ano e ser elevada a 7,5%
ao ano em 2020, com taxa de câmbio que termina 2019 em R$ 3,75 e 2020 em
R$ 3,80, a inflação fica em torno de 4,1% para neste ano e 3,8% para
2020. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços
administrados (controlados pelo governo, como gás, energia e gasolina)
são de 5,3% para 2019 e 5% para 2020.
No cenário com taxas contantes – Selic em 6,50% ao ano e de câmbio em
R$ 3,95 -, as projeções para a inflação do Copom ficam em torno de 4,3%
para 2019 e 4% para 2020. A estimativa para a inflação de preços
administrados são de 5,6% para 2019 e 5,1% para 2020.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência
para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o
Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços,
porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao
reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a
produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar
a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços
estão sob controle e não correm risco de subir. Quando mantém o juros
básicos, o comitê considera que alterações anteriores na taxa foram
suficientes para alcançar a meta de inflação.
Natura recebeu ofertas de
bancos locais como Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil e da
Morgan Stanley para bancar financiamento
Por Reuters
Natura e a Avon têm um valor de mercado de 1,4 bilhão de dólares (Natura/Divulgação)
São Paulo — A Natura Cosméticos está perto de fechar um acordo para comprar a Avon Products, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira, 13.
Segundo a fonte, o acordo pode ser anunciado a partir de
sexta-feira, ou na próxima semana. Não ficou claro se a Natura pagaria
um prêmio sobre os preços atuais do mercado ou não.
A Natura e a Avon, que tem um valor de mercado de 1,4 bilhão de dólares, não comentaram imediatamente sobre o assunto.
As discussões sobre o financiamento da proposta atrasaram o anúncio,
acrescentou a fonte. Inicialmente, o UBS, que está assessorando a Natura
no negócio, e o Morgan Stanley ofereceram o financiamento.
Mas a Natura recebeu ofertas de bancos locais como Bradesco, Itaú
Unibanco e Santander Brasil, acrescentou a fonte. O Citigroup também
pode se juntar ao financiamento, disse a fonte, embora os bancos
brasileiros agora possam fornecer a maior parte.
Representantes dos bancos não comentaram o assunto de imediato.