quinta-feira, 10 de junho de 2021

CVC muda sua marca e toma um banho de loja


A maior operadora de turismo do Brasil anuncia a mudança de sua marca e programa uma repaginação de suas lojas de olho numa maior digitalização. Leonel Andrade, CEO da companhia, conta os detalhes ao NeoFeed

 


Novo conceito de loja da CVC

Em 1º de abril de 2020, quando o executivo Leonel Andrade assumiu o comando da operadora de turismo CVC Corp, as ações da empresa eram cotadas em R$ 8,84, o valor de mercado estava em R$ 1,3 bilhão e muita gente no setor financeiro via a companhia com descrença depois de erros contábeis que atingiram R$ 362 milhões.

Na época, se Andrade dissesse para alguém que, depois de um ano, a companhia veria seu valor multiplicado por mais de quatro em meio a pandemia do coronavírus, que acertou o turismo em cheio, o interlocutor certamente diria que era uma mentirinha de 1º de abril. Pois não é. Ontem, as ações da CVC fecharam cotadas em R$ 27,98 e o valor de mercado atingiu R$ 5,62 bilhões.

Há um ano, a pergunta que analistas se faziam era se a CVC aguentaria o tranco da crise e sobreviveria. “Hoje, ninguém do mercado questiona se estaremos vivos. Trabalhamos agora muito forte para ter cada vez mais saúde”, diz Leonel Andrade, CEO da CVC Corp, ao NeoFeed. E, diante disso, a companhia acaba de anunciar uma nova logomarca e um plano de renovação de suas lojas.

“Tínhamos uma marca de 49 anos com traços de envelhecimento, pouca flexibilidade e praticamente nada de digitalização e novas aplicações”, diz Daniela Bertoldo, diretora-geral da CVC. Em parceria com a agência FutureBrand, a companhia partiu da logomarca antiga para evoluir com traços de movimento. “Pode ser inserida em várias aplicações, com várias cores diferentes”, diz ela.

As lojas vão acompanhar essa renovação e a meta da empresa é ter toda as 1.200 unidades – antes da pandemia eram 1.360 – repaginadas em até 24 meses. “A loja atual é muito pobre do ponto de vista da experiência do cliente, pobre de tecnologia, muito manual”, diz Andrade. “O que estamos fazendo é uma imensa transformação dessas lojas num ponto de venda de experiência, sustentável e 100% integrado ao mundo digital.”

Com espaços que vão de 40 metros quadrados a 110 metros quadrados, as lojas deverão consumir investimentos de até R$ 120 mil cada. Elas mesclarão móveis de madeira aparente com temáticas de viagem; terão vitrines digitais, com promoções mudando toda hora; espaços mais amplos e não haverá mais papéis ou folhetos. Tudo, dos orçamentos às indicações de roteiros, será feito via links ou QR Codes.

O que à primeira impressão sugere uma mudança cosmética é, na verdade, um salto que pode trazer mais vendas para a companhia. E já há um exemplo concreto do que isso significa. Andrade explica que, se um cliente aparecer na loja querendo um pacote de viagens para, por exemplo, a Croácia, atualmente, o consultor pega um grande livro, chamado de completão, e mostra o destino virando as páginas. Ao sair da loja, ele leva um folder e um orçamento em papel.

A nova marca da CVC

“O cliente saía da loja para decidir com a família em casa. Quando voltava, o preço tinha mudado ou não tinha mais vagas”, afirma Andrade. “Em média, só 10% das viagens são compradas num primeiro momento.” Para mudar essa realidade, a companhia implementou um orçamento dinâmico. O cliente recebe um link pelo celular e vai acompanhando as alterações.

Com isso, o pacote pode ser fechado à distância. “Desde que implementamos essa medida, a conversão passou de 10% para 11,8%”, diz Andrade. Isso significa que as vendas cresceram 18%. Outro ponto fundamental dessa mudança proporcionada por links e QR Codes é a possibilidade de o consultor vender fora da loja, algo que não é permitido atualmente. “Seremos omnichannel”, diz Andrade.

Guardadas as devidas proporções, é uma espécie de criação de uma rede de “agentes autônomos” do setor de turismo. “Isso terá início no primeiro semestre de 2022 e pode fazer com que o número de vendedores cresça”, diz Andrade. Hoje, são mais de 6 mil que trabalham nas lojas espalhadas pelo País.

Esse anúncio acontece num momento em que a companhia anunciou ao mercado que pretende fazer um follow on e contratou os bancos BTG Pactual e Citi para isso. No mercado, o comentário é de que a expectativa é captar cerca de R$ 450 milhões. Andrade não fala sobre o assunto.

Ainda não foi definido se a capitalização será aberta ao mercado ou restrita aos atuais acionistas. O dinheiro trará mais liquidez e ajudará a reduzir o endividamento. No primeiro trimestre do ano passado, logo quando Andrade assumiu, a dívida líquida estava em R$ 1,6 bilhão. No primeiro trimestre deste ano, caiu para R$ 600 milhões.

Isso é fruto de captações feitas no ano passado e no começo deste ano. E também pelo turnaround implementado pelo executivo e principais acionistas. Houve uma troca completa de gestão. O conselho de administração foi 100% renovado e 80% do time executivo sênior foi mudado.

O executivo explica que a companhia, que antes era focada apenas em vender, passou a olhar o ciclo do cliente. A empresa fez um investimento em data lake e data science para conectar os dados de 19 milhões de clientes. “A CVC sempre pautou suas vendas pela rede de lojas e comunicação massiva, nunca segmentando e tendo capacidade de influenciar clientes”, diz Andrade.

Leonel Andrade, CEO da CVC Corp

Se antes, noventa por cento da verba de marketing era destinada para outras mídias. Agora, 70% vão para a mídia de performance e canais digitais. “Até o fim do ano, vamos ter uma base de 27 milhões de clientes contatáveis, resgatando clientes antigos”, diz ele. Mais do que números grandiosos, isso permitirá maior relacionamento com a base.

A companhia está investindo em um motor de inteligência artificial preditiva para poder oferecer com mais assertividade viagens que possam interessar aos seus clientes. O pacote de planos que serão desengavetados pelo management da CVC ainda inclui um programa de fidelidade que será lançado no primeiro semestre do ano que vem.

O segundo projeto é um marketplace de viagens temáticas (ecoturismo, 60 mais e bem-estar). A companhia vai plugar sellers de turismo de apoio como lojas de malas, empresas de seguro-viagem, de câmbio, de receptivo. Não está descartada também a entrada da CVC em outros marketplaces de grandes varejistas.

O objetivo é interligar todos os projetos e lançar um app para estar em contato constante com o cliente, mesmo quando ele não está em uma viagem vendida pela companhia. A pessoa pode estar em Paris, por exemplo, e pesquisar por uma entrada na Euro Disney. Ao identificar isso, a companhia mandará um push para o usuário com sugestões de vendas de entradas. “Temos milhões de clientes e não aproveitávamos isso porque não tínhamos ferramentas digitais.”

O mercado está comprando o discurso e a execução do plano. “A CVC deve ser uma das principais beneficiárias da vacinação. Nós vemos com bons olhos o turnaround feito pelo management desde o ano passado e a grande escala e o poder de barganha com fornecedores (principalmente operadores hoteleiros). Mas vemos grandes desafios (alinhamento entre a base de franqueados e o crescimento/competição online com as OTAs)”, escreveram os analistas Luiz Guanais e Victor Rogatis, do BTG Pactual. A volta aos patamares de 2019, pré-pandemia, só em 2022 no caso do B2C e, em 2023, no caso do B2B.


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Deixou de ser vilã? Huawei agora estuda fabricar equipamentos 5G no Brasil


A chinesa Huawei esteve no centro do debate do 5G, por conta das pressões dos EUA para banir a empresa dos leilões ao redor do mundo – inclusive no Brasil. O executivo Atilio Rulli fala ao NeoFeed sobre os planos da companhia no País

 


A Huawei fabrica 40% do que vende ao Brasil localmente

A novela do 5G está perto de chegar ao seu clímax no Brasil e a chinesa Huawei, que até pouco tempo atrás era pintada como uma vilã, tem a chance de dar uma reviravolta nesse enredo.

A companhia, que é considerada uma ameaça à segurança nos Estados Unidos, mesmo sob o governo do democrata Joe Biden, que manteve as restrições impostas na época de Donald Trump, não deve ser banida do Brasil.

Com isso, as empresas de telefonia, como Vivo, Claro e TIM,  poderão comprar os equipamentos de telecomunicações de 5G da companhia chinesa. O leilão das frequências da quinta geração da internet móvel, que em testes reais apresentou taxas de transmissão até 100 vezes superior a das redes 4G, deve acontecer no segundo semestre de 2021 e as atividades comerciais devem entrar em operação em 2022.

E, em mais uma trama desse enredo do 5G, a Huawei informou que está estudando a fabricação de equipamentos 5G no Brasil. Hoje, a empresa tem fábricas em Sorocaba e Manaus e 40% de tudo o que vende no País sai de uma delas.

“Temos planos sim. Não tenho uma data exata do início de fabricação. É uma previsão. Precisamos ter volume”, diz ao NeoFeed Atilio Rulli, diretor executivo da Huawei no Brasil.

Rulli, que é umas faces públicas da Huawei e um dos principais porta-vozes da companhia no Brasil, com bom trânsito pelos corredores de Brasília, condiciona a fabricação ao volume e as exportações para outros países da região. “Fabricar no Brasil significa justificar exportar para a América do Sul e para a América Latina. É um estudo de fabricação em Sorocaba”, diz o executivo.

Aparentemente, isso não deve ser um problema. Hoje, a Huawei estima que 50%  das redes de telefonia do Brasil usem seus equipamentos. Esse percentual, em tese, já é um sinal de que terá pedidos, pois é mais fácil fazer a implantação sobre a rede já instalada. Em alguns casos, bastaria uma troca de placas ou a atualização de software, diz Rulli.

Presente há 23 anos no Brasil, a Huawei atua com equipamentos de telecomunicações, como as estações rádio bases (as populares antenas de telefonia celular), que são seu principal negócio por aqui. Além disso, ela atende o segmento corporativo com soluções de telefonia, tem presença na área de computação em nuvem (é concorrente de AWS, Microsoft e Google) e conta com produtos para consumidores finais, como celulares, tablets e smartwatches.

Atilio Rulli,diretor executivo da Huawei

Mesmo com os problemas com os Estados Unidos, a Huawei segue sendo uma gigante no setor de telecomunicações. Globalmente, ela faturou US$ 136,7 bilhões e lucrou US$ 9,9 bilhões, em 2020. No Brasil, os dados não são divulgados – a companhia diz apenas que conta com 16 mil funcionários diretos e indiretos no País.

Nesta entrevista, o executivo da Huawei fala ainda sobre as acusações de espionagem, diz que as companhias chinesas são perseguidas pelos Estados Unidos por conta de uma guerra comercial. E acrescenta que isso é óbvio no caso do 5G. “Os Estados Unidos sempre tiveram uma pujança em tecnologia, mas eles perderam o timing no 5G. Existem motivos comerciais óbvios.” Leia os principais trechos:

Havia resistências do governo brasileiro para que as empresas de telefonia comprassem os equipamentos da Huawei quando as redes 5G começassem a ser construídas. Como está essa situação?
Respondendo sua pergunta no dia 9 de junho de 2021: eu diria que não é que acabou, mas, em todos os processos que estão em curso, não existe nenhuma restrição ou banimento da Huawei. O processo foi aprovado em 25 de fevereiro desse ano pelo conselho da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e foi encaminhado para o TCU (Tribunal de Contas da União) em março. Nesse processo, que está em curso no TCU, não tem nenhuma restrição. O leilão deve ocorrer no segundo semestre e só quando as regras do leilão forem oficialmente publicadas vamos ter essa resposta. Até então, não há nenhum impedimento e esperamos que continue assim.

Que trabalho a Huawei fez para convencer o governo brasileiro a não bani-la como uma fornecedora de equipamentos de infraestrutura para as empresas de telefonia, como queria os Estados Unidos?
A Huawei começou a trabalhar com 5G em 2009. O Brasil implementou o 4G em 2012. O nosso trabalho com o Brasil começou há aproximadamente três anos, quando a Anatel começou a fazer os primeiros drafts (do edital). Fizemos um trabalho de mostrar nossas tecnologias, nossa experiência de desenvolvimento nesses 12 anos, os cases mundiais de 2018 e 2019 até agora. E um grande trabalho, esse não é mérito da Huawei, mas da indústria de telecom, foram as operadoras de telefonia na sua unanimidade se manifestaram a favor de não ter uma restrição a Huawei. E isso tem um peso até mais forte.

Qual o percentual que as redes de telecomunicações dessas operadoras têm de equipamentos da Huawei?
Temos cerca de 50% do market share. Em algumas operadoras, um pouco menos. Em outras, um pouco mais.

A Huawei tem planos de fabricar equipamentos 5G no Brasil?
Temos planos sim. Não temos, no momento, uma previsão ainda exata. Mas temos planos de fabricar 5G no Brasil.

O que você quer dizer quando afirma não tem previsão?
Não tenho uma data exata do início de fabricação. É uma previsão. Precisamos ter volume. E fabricar no Brasil significa justificar exportar para a América do Sul e para a América Latina. É um estudo de fabricação em Sorocaba.

“Os Estados Unidos sempre tiveram uma pujança em tecnologia, mas eles perderam o timing no 5G. Existem motivos comerciais óbvios”

O governo do republicano Donald Trump, nos EUA, iniciou uma guerra comercial com a China. E fazia pressão em diversos países para banir a Huawei do 5G. Com a vitória do democrata Joe Biden, imaginava-se que isso ia mudar. Mas, em março, o governo do Biden considerou a Huawei uma empresa que ameaça a segurança nacional americana. E vários países acusam a Huawei de espionagem. Como vocês respondem a esses questionamentos?
Com a mudança do Trump para o Biden existia uma expectativa de que isso ia mudar. Mas não do nosso lado. A Huawei e muitas empresas chinesas vêm sendo perseguidas desde o primeiro mandato do presidente Barack Obama. Desde 2011, essa guerra comercial ocorre. E vamos lembrar que o vice-presidente do Obama, naquela época, era o Biden. Nós não estávamos com a esperança de uma grande melhora porque essa questão faz parte de uma grande guerra comercial. A Huawei continua em uma lista que os EUA chamam de “Entity List”, que é a lista de empresas que fazem a ameaça à segurança dos EUA. No caso do 5G, isso é muito claro. Se nós formos ver os grandes players de 5G no mundo: temos uma empresa finlandesa (Nokia), uma sueca (Ericsson) e uma chinesa. Está faltando um país com pujança em tecnologia, que não tem nenhuma presença de 5G. É facilmente explicável o porquê dessa guerra. Os Estados Unidos sempre tiveram uma pujança em tecnologia, mas eles perderam o timing no 5G. Existem motivos comerciais óbvios.

E os outros países que fazem acusações semelhantes?
Nessa questão, só temos os Estados Unidos e Austrália efetivamente banindo. Muitos países falam, a mídia fala, mas nós não temos banimentos oficiais em outros países.

O Reino Unido não baniu a Huawei?
O Reino Unido fez uma restrição para o futuro. Ele fez um timeline para 2025, mas ainda continua usando e tem entregas da Huawei lá. Temos, inclusive, um laboratório de cibersegurança em parceria com o governo.

O Japão também não baniu a Huawei?
O Japão fez restrições, mas não fez banimento.

Você colocou esses banimentos e restrições em um contexto de uma guerra comercial, mas objetivamente o que a Huawei tem a dizer sobre a espionagem?
Objetivamente, eu diria que não existe nenhuma comprovação. A Huawei segue as leis nos 170 países em que está. Nunca teve nenhum problema de espionagem oficialmente confirmado. A Huawei é a única empresa de infraestrutura de telecom que abre seus códigos para o governo. Se o governo quiser analisar códigos de software e hardware dos nossos produtos, nós abrimos. As outras não abrem. E sem medo de errar, a Huawei é a empresa mais testada do mundo por essas razões de ameaças. Os governos testam. As operadoras testam. E testam muito. E nunca pegaram nada. Sobre a questão de espionagem, nós temos total segurança que não existe nada. E a Huawei tem todas as certificações internacionais de cibersegurança possíveis e imagináveis.

“A Huawei é a empresa mais testada do mundo por essas razões de ameaças. Os governos testam. As operadoras testam. E testam muito. E nunca pegaram nada”

Quantas operadoras usam a tecnologia 5G?
Nós divulgamos contratos até 2019. Foram 92 contratos com operadoras no mundo com o 5G. Em 2020 e 2021, não divulgamos por uma política interna.

Você disse que não havia, pelo menos na visão da Huawei, uma perspectiva de mudança da política americana em relação às empresas chinesas. Falando do Brasil, cujo governo de Jair Bolsonaro era mais alinhado com o governo Trump do que com Biden. Houve mudança da posição do governo brasileiro?
O governo brasileiro, independentemente de o governo americano ter a guerra comercial com a China, tinha muito mais proximidade com o governo Trump do que com o Biden. Mudou mais a relação entre esses dois governos do que na nossa esfera. Nós continuamos na “Entity List” americana.

Mas havia uma pressão clara do governo americano para que outros países banissem a Huawei. Isso acabou?
Eu sinceramente acho que não acabou. Mas diminuiu a narrativa e a truculência.

Isso ajudou a Anatel a fazer um edital sem restrições aos fornecedores?
A Anatel fez um edital tecnicamente muito bem escrito. E não colocou restrições, porque a Huawei atende tecnicamente todos os requisitos.

Quanto vocês investem no Brasil. E com o 5G, isso vai aumentar?
Vou dar alguns números. Em 2020, a Huawei pagou R$ 1,3 bilhão em impostos. E executou compras locais de R$ 600 milhões dentro do Brasil. Fazemos investimentos desde modernizações de plantas até centros de open lab, um conceito em que criamos espaço para nossos parceiros estarem dentro da Huawei e testarem ou customizarem nossos produtos. Não temos hoje um investimento específico em P&D no Brasil. Somos uma das empresas que mais investem no mundo. Em média, 15% da nossa receita anual é reinvestida em P&D. Em 2020, fechamos com US$ 136 bilhões em receita e investimentos de US$ 21 bilhões em P&D.

Qual o impacto que o 5G vai ter para a economia brasileira?
A Deloitte fez uma pesquisa, sob nossa solicitação, cujo principal destaque é que a implementação do 5G em sua plenitude vai gerar um aumento do PIB em 1,25% ao ano. E, sem dúvida, o grande propulsionador desse aumento é B2B. Não é o consumidor final.

A Huawei tentou duas vezes entrar no mercado de smartphones no Brasil. Como está a operação?
Hoje, estamos como uma operação muito pequena de celulares no Brasil, praticamente nula. A nossa parte de ‘consumer’ está limitada a smartwatches, tablets e outros dispositivos wearables. No caso de celular, é muito simples a explicação. Os banimentos recentes, a Entity List, as restrições de chipset e do Android pago nos atingiu demais. A Huawei, por sua vez, é bem ágil e lançou essa semana um sistema operacional próprio, chamado de HarmonyOS. Ele abrange notebooks, tablets, celulares e smartTVs. O HarmonyOS vai ser a parte disruptiva de voltarmos em mercados, no qual o banimento nos pegou em cheio, sendo bem franco. E o Brasil foi um deles.

Em 2019, a Huawei foi a segunda maior vendedora de smartphones do mundo. Em 2020, caiu para terceiro. E no primeiro trimestre não está nem entre as cinco maiores empresas. A explicação é o fato de não poder usar o Android?
Foram dois fatores. O primeiro foi o banimento porque em vários países nós deixamos de vender e tínhamos um certo market share. Não era o caso do Brasil, mas, em vários países da América do Sul, tínhamos uma presença muito forte. Mas o segundo fator foi até mais responsável do que esse. A Huawei tinhas duas linhas de celulares: uma Huawei e outra chamada Honor, que vendemos. E, como ela era uma unidade mais low cost, vendia mais aparelhos. Com a venda, perdemos um grande market share.

 

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segunda-feira, 7 de junho de 2021

Em mais um capítulo da disputa com o BTG Pactual, XP Inc. compra fatia da Giant Steps

Fundada em 2012 e com cerca de R$ 7 bilhões sob gestão, a Giant Steps vinha sendo cobiçada pelos dois grupos. A empresa é um dos principais nomes do mercado brasileiro no segmento de fundos quantitativos, baseados em modelos matemáticos e algoritmos

Com cerca de R$ 7 bilhões sob gestão e uma das referências no País dentro do segmento de fundos de investimento sistemáticos, a Giant Steps tornou-se um ativo cobiçado por alguns dos principais nomes do mercado brasileiro de investimentos.

Na manhã desta sexta-feira, essa disputa conheceu um vencedor. A XP Inc. anunciou a compra de uma participação minoritária – não revelada – na gestora. Com o acordo, a empresa superou o BTG Pactual, que também estava interessado no negócio.

A transação é mais um capítulo no embate entre as duas empresas. Nesta semana, a XP também já tinha levado a melhor ao anunciar que irá criar uma corretora em sociedade com a Messem, no domingo 30 de maio, e com a Monte Bravo Investimentos, na quarta-feira 2 de junho, principal escritório de agentes autônomos sob a sua alçada e que vinha sendo assediado pelo BTG Pactual.

“Essa parceria coloca a XP ao lado de uma das gestoras mais inovadoras do País, que vem gerando resultados robustos nos últimos anos para os seus clientes por meio do uso intensivo de tecnologia. Isso, aliado um time excepcional, posiciona a Giant Steps como o principal player desse mercado em franco crescimento”, afirmou Gustavo Pires, sócio da XP, em comunicado sobre a transação.

Sócio-fundador da Giant Steps, Flavio Terni também comentou o acordo: “Vamos acelerar ainda mais nossos investimentos nas frentes que acreditamos ser as maiores fontes de vantagem competitiva: pessoas, ampliação da infraestrutura tecnológica e aquisição/desenvolvimento de dados alternativos (que vão desde análise de sentimento no Twitter até processamento de imagens e vídeos)”, observou.

Fundada em 2012, a Giant Steps investe no segmento de fundos quantitativos, um mercado mais disseminado e já comum em países como os Estados Unidos e que parte de ofertas baseadas em recursos como algoritmos, modelos matemáticos, inteligência artificial e machine learning.

Para concretizar esse formato no mercado brasileiro, a equipe da gestora conta com cerca de 50 profissionais, entre PhDs, doutores e mestres em áreas como matemática, engenharia e computação. Esse time foi responsável por resultados de destaque na indústria de fundos multimercados.

Carro-chefe da gestora, o fundo Giant Zarathustra, por exemplo, registra, desde 2012, um retorno absoluto de 290% contra 110% do CDI. O portfólio da casa inclui ainda o fundo Giant Sigma, que acumula um retorno de 33% contra 13% do CDI, desde 2018.

Ainda nesse ano, esse pacote será reforçado com um fundo de ações baseado em dados alternativos e um fundo de criptoativos, que terá o bitcoin como referência. Pelos termos do acordo, a Giant Steps seguirá operando de forma independente. Há, no entanto, alguns planos a partir da transação.

Com a nova sócia, a Giant Steps planeja acelerar os planos de expansão nacional e internacional, do portfólio de produtos com a criação de novas estratégias e, com a presença internacional da XP, espera abrir filiais fora do Brasil e acelerar as contratações de profissionais de outros países.

O mercado de fundos quantitativos já responde por mais de 30% dos ativos sob gestão nos Estados Unidos. No Brasil, os números ainda são incipientes, com uma fatia de menos de 2% do total de patrimônio alocado em fundos.

Um dos nomes que estão apostando nessa modalidade é a Itaú Asset. Em abril, a gestora anunciou a integração da Quantamental, que trabalha com esses modelos, ao seu portfólio. A incorporação se deu por meio do Multimesas, braço de mini-gestoras da casa.

Entre outros recursos, o modelo da Quantamental envolve uma dezena de robôs, com nomes, avatares e perfis próprios. Esse “time”, ao lado da equipe de profissionais da gestora, já trabalha com duas ofertas de fundos quantitativos dentro da Itaú Asset.

 

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Notre Dame Intermédica estreia no mercado gaúcho com aquisição de R$ 1 bilhão


Com a compra do Centro Clínico Gaúcho, por R$ 1,06 bilhão, o grupo vai incorporar uma rede de um hospital, 20 centros clínicos e 13 unidades de análises clínicas no Rio Grande do Sul, além de uma carteira de 175 mil beneficiários de saúde

A Notre Dame Intermédica tem 3,7 milhões de beneficiários em saúde e 2,7 milhões em planos odontológicos

Enquanto aguarda a aprovação de sua fusão com a Hapvida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o grupo Notre Dame Intermédica segue reforçando, ainda em “carreira solo”, a onda de consolidação no setor de saúde

A empresa anunciou na manhã desta segunda-feira, 7 de junho, que chegou a um acordo para a aquisição de 100% das ações do Centro Clínico Gaúcho (CCG Participações), em negociação fechada por meio de sua subsidiária BCBF Participações e que marca sua entrada no mercado do Rio Grande do Sul.

Segundo informou a Notre Dame, em fato relevante, o preço da transação foi fixado em R$ 1,06 bilhão, que será pago à vista, em dinheiro, descontados o endividamento líquido e uma parcela retida para contingências.

De acordo com o grupo, o valor representará um múltiplo implícito estimado de 9,8 vezes o ebtida em 2022, quando consideradas as sinergias planejadas. Após a conclusão do acordo, que depende de aprovação do Cade e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Notre Dame passará a deter uma participação de cerca de 13,6% na região metropolitana de Porto Alegre.

Fundado em 1991, em Canoas (RS), o Centro Clínico Gaúcho é, de acordo com o comunicado, uma das principais operadoras verticalizadas com um portfólio de planos de saúde, planos odontológicos e serviços relacionados no mercado do Rio Grande do Sul.

Desde 2019, a empresa tem como sócio o fundo de private equity Kinea. Com a entrada do parceiro, a empresa vem investindo em sua expansão regional e reforçando sua oferta com foco em planos de saúde para o segmento corporativo.

Com um faturamento de R$ 371 milhões em 2020, a empresa tem uma carteira de 175 mil beneficiários, dos quais 80% são relacionados justamente ao segmento corporativo, especialmente na região metropolitana da capital gaúcha. O centro tem ainda 4,7 mil beneficiários de planos odontológicos.

Hoje, a rede própria do Centro Clínico Gaúcho é formada por 20 centros clínicos, 13 unidades de coleta de análises clínicas e o Hospital Humaniza, inaugurado nesse ano em Porto Alegre. A unidade conta com 110 leitos e tem potencial para dobrar essa capacidade.

Avaliada em R$ 52,4 bilhões, a Notre Dame Intermédica fechou o primeiro trimestre de 2021 com 3,7 milhões de beneficiários em saúde e 2,7 milhões em planos odontológicos. No período, a receita líquida da companhia cresceu 13,4%, para R$ 2,9 bilhões.

A aquisição anunciada hoje é mais uma peça na série de acordos que vem dando o tom do mercado brasileiro de saúde nos últimos meses. E que ganhou novos movimentos, de grandes players, na semana passada.

Na terça-feira, 1º de junho, três grandes nomes do setor anunciaram aquisições. Uma das mais ativas nessa frente, a Rede D’Or fechou a compra do Hospital Serra Mayor, em São Paulo, em uma transação de R$ 130 milhões.

O grupo Fleury, por sua vez, anunciou a compra dos laboratórios Pretti e Bioclínico, ambos com atuação no Espírito Santo. Pelos dois ativos, a empresa deve desembolsar R$ 193,1 milhões e R$ 122 milhões, respectivamente.

O maior acordo anunciado na data, no entanto, foi do grupo Dasa, que fechou a aquisição do Hospital da Bahia, de Salvador, por R$ 850 milhões.

 

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O novo caminho do vinho argentino


Por que a microrregiões de Altamira, La Consulta e Gualtallary se tornaram os berços dos grandes vinhos da Argentina e o que isso representa para as vinícolas do país

 

Região de La Consulta, agora uma das mais cobiçadas do Valle de Uco

Até pouco tempo atrás, com o perdão do trocadilho, era líquido e certo. Para definir um bom vinho argentino, apreciadores classificavam-no como um Malbec de Mendoza, região que concentra 75% da produção do país. Salta e Patagônia, outras duas áreas produtoras eram, praticamente, esquecidas. Mas, nos últimos anos, nem mais dizer que são de Mendoza ou das sub-regiões de Luján de Cuyo e Valle de Uco basta.

Há um novo mapa chamando a atenção de produtores, avaliadores e enófilos: Altamira, La Consulta e Gualtallary, os atuais berços dos maiores expoentes argentinos, terroirs pousados no Valle de Uco. No principal guia de vinhos sul-americanos, o Descorchados, os cinco melhores tintos da edição 2020 (três de Zuccardi e dois de Per Se) são de Altamira e Gualtallary.

A Wine Advocate, publicação criada por Robert Parker, atribuiu as duas primeiras notas de 100 pontos para vinhos argentinos em 2018, o Gran Enemigo Single Vineyard Cabernet Franc 2013 e o Catena Adrianna Vineyard Riverstone Malbec 2016. Em comum, ambos feitos com uvas de Gualtallary. No ano seguinte um terceiro vinho recebeu a nota perfeita da mesma publicação: Zuccardi Piedra Infinita 2016, um Malbec de Altamira.

O que há de especial nestas pequenas localidades? Sebastián Zuccardi, que está no comando da vinícola de sua família, uma das maiores da Argentina, explica que o Valle de Uco, vizinho da mais tradicional zona de Luján de Cuyo, não possui o platô de pré-cordilheira dos Andes. “O solo de Uco é complexo e formado por camadas de material de arrasto direto dos Andes, que foram se depositando ao longo dos rios que cortam Uco, sendo Tunuyán o mais conhecido”, diz ele.

Estas três zonas são as mais conhecidas sub-divisões de Uco e, em traços gerais, Gualtallary está no norte de Uco e é a mais elevada, chegando aos 1.600 metros de altitude. Como consequência, o clima é mais frio e o solo repleto de cascalhos cobertos por componentes calcários. Altamira e La Consulta estão cerca de 50 quilômetros ao sul de Gualtallary, com solo menos pedregoso, mas com mais capas de diferentes componentes. La Consulta está à leste de Altamira, descendo da Cordilheira, o que significa solos mais argilosos e um clima sutilmente mais quente que Altamira.

Na taça, a resposta vem de Eduardo Milan, editor de vinhos da revista Adega e do Guia Descorchados: “Em traços gerais, Gualtallary é exuberante no nariz, com mais referências de ervas e flores, com um toque de cinza e taninos firmes. Altamira é mais amável, com maior presença de fruta e taninos mais aveludados. La Consulta se aproxima mais da expressão tradicional da Malbec, com frutas negras, bom corpo e taninos sedosos”.

O especialista ainda recorda que, em 2011, primeiro ano que participou do guia sul-americano, havia poucas vinícolas que colocavam os nomes destas zonas no rótulo. “Mesmo quando colocavam os nomes das localidades específicas, naquela época era mais difícil perceber as diferenças na taça. Os vinhos eram mais maduros (ponto de maturação da fruta), com maior extração e forte presença das barricas”.

Onde estão as principais microrregiões do Vale de Uco

Mas isso mudou em 2017. “Foi um ano-chave, quando, além da maior presença destas sub-regiões declaradas nos rótulos, os vinhos perderam a marca da madeira, permitindo que estas nuances aparecessem”, afirma o especialista. Milan também reforça que todas estas mudanças não vieram ao acaso e, quase de forma irônica, um chileno teve um papel fundamental no desenvolvimento e mapeamento das zonas de Uco.

“Pedro Parra despertou esta visão na Zuccardi e também na Alto Las Hormigas, vinícolas que se destacaram em Altamira e Gualtallary”. Pedro Parra é doutor em geologia aplicada à viticultura e se tornou referência no mapeamento geológico de vinhedos, mostrando que sutis mudanças na composição e morfologia do solo impactam na expressão do vinho.

Catena Adrianna Vineyard Riverstone Malbec 2016, feito em Gualtallary

Até vinícolas gigantes como Trapiche, Nieto Senetiner e Catena possuem algum trabalho de mapeamento do subsolo de seus vinhedos, sendo que a última também foi precursora nesses estudos através de seu Catena Institute, um núcleo de pesquisa e desenvolvimento da vinícola fundado em 1995 e em parceria com a universidade UC Davis (EUA) e a Universidade de Cuyo (ARG).

Susana Balbo, a primeira mulher argentina a se formar como enóloga, em 1981, já tinha passado por grandes vinícolas argentinas como Catena e Michel Torino, antes de fundar seu projeto. Em 2013, chegou ao Valle de Uco e sua constatação dá a dimensão do interesse na região. “Uco tem 26 mil hectares, quase o tamanho da Borgonha. Em apenas 11 quilômetros de extensão temos as escalas 1, 2 e 3 de Winkler e com perfis de solos distintos”, siz ela.

A escala Winkler é uma medida de calor que na viticultura serve como referência para as variedades a serem cultivadas e os possíveis estilos dos vinhos. Na escala 1, considerado um clima frio, estão o Mosel e a Alsácia, por exemplo; na escala 2, estão as regiões da Borgonha e Piemonte; e na escala 3 estão Bordeaux e Rioja. No caso de Susana Balbo, seu principal vinho, Nosotros, é feito com uvas de Altamira, e no segundo degrau de qualidade (e preço) está a linha de Benmarco Expressivo, feito com uvas de Gualtallary.

O próximo e ousado passo das vinícolas argentinas é abolir a menção à variedade no rótulo. No Piedra Infinita de Zuccardi não há qualquer menção à variedade (100% Malbec), assim como nos recém-lançados Finca La Celia Vinos de Terrunyo. A linha composta por três rótulos traz apenas as menções ao nome da vinícola, safra (todos 2017) e as três localidades de origem: Paraje Altamira, La Consulta e Eugenio Bustos.

Neste caso, a ousadia é maior, pois, apenas La Celia Paraje Altamira é 100% Malbec. La Celia La Consulta é 100% Cabernet Franc e o rótulo Eugenio Bustos é 100% Cabernet Sauvignon. Segundo a enóloga Andrea Ferreyra, os lugares onde as uvas são cultivadas respondem mais pela personalidade do vinho que a variedade utilizada.

“O componente mineral e tânico que Altamira oferece é interessante para a Malbec, mas para a Cabernet Sauvignon é demasiado austero. Já o sutil calor e vigor de Eugenio Bustos amadurece a Cabernet Sauvignon de forma ideal”, diz a enóloga.

 

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A influência da intensificação digital no comportamento do consumidor

Diretores comentaram as influências da intensificação digital e as adaptações das empresas para conduzir suas estratégias

O comportamento do consumidor mudou durante a pandemia e o contato e a preocupação em relação a ele são pontos-chave para as estratégias empresariais como: aconselhamento e terapia digitais, prêmios e o investimento no processo de ‘’simplificar a vida” do consumidor.

O WTC São Paulo Business Club realizou no dia 19 de maio, um encontro on-line do Comitê de CMOs. O debate contou com a participação do membro do Comitê Executivo e Sócio Líder de Mercados e Clientes da PwC, Marcelo Cioffi, da Diretora de Marketing da Seara, Tannia Fukuda Bruno, e com uma apresentação especial do humorista Renato Albani, que iniciou o evento contando um pouco sobre a sua jornada durante a pandemia.

Marcelo e Tannia apresentaram cases de suas empresas e falaram a respeito da influência da intensificação digital no comportamento de consumo e nas campanhas de marketing, além de ilustrar como foram as adaptações e mudanças das empresas para seguir com a missão e as estratégias. “Não perdemos os canais físicos, nós juntamos ao meio digital, esse é o ‘novo normal’. Precisamos nos adaptar e dar opções para o nosso consumidor. Participamos do BBB 21, programa ao vivo de maior audiência no Brasil. Tínhamos que pensar no produto que seria utilizado e quais possibilidades apresentaríamos ao consumidor. Dessa forma todo os dias todo planejávamos uma ação diferente para mostrar a versatilidade dos nossos produtos’’, explicou a Diretora de Marketing da Seara.

De acordo com o membro do Comitê Executivo e Sócio Líder de Mercados e Clientes da PwC, após pesquisas realizadas pela PwC, foi possível observar como o comportamento do consumidor mudou durante a pandemia, principalmente, de uma forma positiva. “É um consumidor mais antenado e consciente, que se preocupa e busca com mais frequência produtos saudáveis, embalagens seguras e sustentáveis, dando uma atenção maior a origem e a qualidade dos produtos”, destacou.

Os diretores presentes também tiveram a oportunidade de apresentar cases e experiências de suas rotinas profissionais. O contato e a preocupação em relação ao consumidor foram pontos-chave para as estratégias empresariais como: aconselhamento e terapia digitais, prêmios, o investimento no processo de ‘’simplificar a vida” do consumidor, proporcionando, por exemplo, descrições e informações detalhadas nos meios digitais, foram estratégias testadas e seguidas pelos diretores.

Para fechar o evento, Marcelo Cioff refletiu sobre a importância de estar em constante produção e flexibilidade para com o consumidor. ‘’Neste cenário, é importante olhar para todas as oportunidades. O cliente está sempre mudando, é necessário que você seja rápido, criativo e ágil para elaborar estratégias diferenciadas”, apontou.

 

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Pandemia acelera investimentos em tecnologia no setor de eventos empresariais

 


O setor de eventos empresariais está buscando na tecnologia uma aliada para superar os desafios impostos pela pandemia e o consequente distanciamento social. Segundo uma pesquisa Digital Trust Insights da PwC, os investimentos em TI no Brasil cresceram 48% em 2020 e a tendência é de um aumento para 57% apenas neste ano.

 O clube de negócios WTC São Paulo Business Club é um dos que se adaptou rapidamente à nova realidade e chegou a ampliar os negócios no ano passado. Até 2019, o WTC SP Business Club realizava cerca de quatro eventos presenciais por

semana para cerca de 4 mil clientes e parceiros, mantendo-os atualizados e movimentando sua rede de negócios. Desde abril de 2020, essa realidade mudou e o clube passou a promover eventos on-line, chegando a 18 por mês, com a participação de mais de 12 mil pessoas conectadas de países de todo o mundo.

Para continuar crescendo neste ano, o clube de negócios investiu em torno de R$ 1 milhão no WTC Sky Bridge, localizado no Brooklin Novo, na capital paulista. A partir de agora, o espaço passa a contar com equipamentos de altíssima tecnologia e pode promover eventos on-line, híbridos ou até mesmo presenciais, já pensando em um cenário pós-pandemia.

“A atual dinâmica do mundo corporativo, colaborativo e globalizado, aliada aos momentos de instabilidade econômica e política, exige que as empresas, empresários e executivos estejam constantemente atualizados, conectados com o mercado, mas principalmente compromissados com a entrega de resultados em curto prazo. Buscamos ser relevantes e essenciais trazendo elementos que transformem nossos eventos e encontros em prioridade na agenda de nossos clientes”, comenta o presidente do WTC São Paulo Business Club, Bruno Bronemy.

O local possui um espaço de 150 m² para eventos corporativos, comportando até 120 pessoas em formato de auditório. O Sky Bridge está localizado no 15º andar do WTC Business Tower, com uma vista privilegiada para a Ponte Estaiada. Para modernizar o espaço, foram adquiridos 35 novos equipamentos, entre eles painéis de LED com 13 metros de comprimento, seis câmeras robóticas, sistemas de sonorização e iluminação de alta tecnologia e sistemas de live streaming para todas as plataformas. O espaço fica aberto 24 horas em todos os dias da semana e pode ser alugado para realização de eventos externos. “Buscamos proporcionar aos usuários mais conforto e melhor qualidade na execução dos encontros”, comenta Bronemy.

“Graças a essa combinação, o local é considerado a união da mais alta tecnologia em eventos com o universo corporativo de networking.” O presidente do WTC SPBC destaca ainda a importância de ter um espaço de eventos adequado atualmente. “Nós sabemos da importância de investir em tecnologia e isso engloba todos os espaços do WTC. Por isso, optamos em investir no Sky Bridge para proporcionar um espaço diferenciado aos nossos clientes e associados e grandes experiências ao participarem de um evento, seja ele on-line, híbrido ou presencial”, afirma.

 

 https://www.wtcclub.com.br/pandemia-acelera-investimentos-em-tecnologia-no-setor-de-eventos-empresariais/