sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Cansou do sofá? Mobly lança startup que vende e entrega móveis usados


Mobly Usados funciona como marketplace peer to peer e tem como diferencial o serviço de retirada do móvel na casa de quem vende e entrega na casa de quem comprou

O dilema é recorrente. Quem já não comprou um sofá ou uma mesa nova e se deparou com a questão: o que fazer com o móvel que será substituído? Vender? Doar? Descartar? E o principal: como colocar em prática qualquer uma das decisões sem dor de cabeça?

O que para muitos é sinônimo de “abacaxi” se transformou em uma oportunidade milionária de negócios para o maior marketplace de móveis novos do país. Com ganhos de sinergia para o seu core business.

A Mobly (MBLY3) lançou uma startup, a Mobly Usados, em que busca resolver as dores de quem pretende se desfazer de um móvel. E de quem pretende adquirir um usado.

“Pensamos: vamos entender o consumidor e identificar onde está a oportunidade. Fizemos pesquisas na nossa base de clientes e elas revelaram que nove em cada dez já haviam considerado comprar móveis usados em algum momento”, disse Victor Noda, CEO e cofundador da Mobly, em entrevista à EXAME Invest.

“E a principal razão apontada como obstáculo foi a falta de uma operação logística que garantisse a entrega do móvel usado em sua casa de modo confiável.”

Com a informação em mãos, ele e os demais sócios, Marcelo Marques e Mário Fernandes, partiram para estruturar a operação. Para liderar a startup dentro da startup, escolheram Lucas Andrade, Head de Novos Negócios da Mobly e profissional que estava antes no PicPay.

“Lançamos uma plataforma que tem um sortimento de móveis usados com descrição, fotos etc. e que passaram pela nossa curadoria antes de serem anunciados, para melhorar a experiência do usuário; realizamos a transação financeira garantindo a sua segurança. E o diferencial: retiramos o móvel na casa de quem vende e entregamos na de quem comprou”, disse Noda. É um marketplace peer to peer.

A operação de retirada e entrega só se tornou possível, com números que fecham a conta, porque a empresa tem dentro de casa a sua própria unidade de logística, a MoblyLog.

O mercado de móveis usados tem tamanho estimado entre 8 bilhões e 10 bilhões de reais no país, fragmentado e em boa parte informal, com grupos no Facebook e no WhatsApp para a negociação. E ganha apelo crescente como representante legítimo da necessária economia circular.

“Muitas pessoas elogiam a proposta da sustentabilidade, contando que haviam decidido jogar o móvel no lixo e que agora poderiam dar um uso prolongado para ele. Elas enxergam valor na proposta”, disse Andrade.

Existem já players grandes players do e-commerce também atentos ao segmento: OLX, Mercado Livre (MELI) e Enjoei (ENJU3) transacionam móveis e objetos de decoração de segunda mão, mas nenhuma atende o consumidor em todas as etapas da jornada.

No caso da OLX, a transação financeira fica nas mãos das partes envolvidas, fora do marketplace, bem como a entrega em si – e não há verificação de procedência dos móveis usados. Mercado Livre e Enjoei cuidam da transação, mas não da logística de retirada e entrega dos móveis.

Nos Estados Unidos, é um mercado que já conta com startups, como a AptDeco, mas sem ligação com uma operação de produtos novos, como é o caso da Mobly.

Na Mobly Usados, o vendedor – chamado também de seller – decide o preço de negociação, com uma taxa de desconto em relação ao preço pago ou ao mesmo modelo novo, com referências como sites que vendem o mesmo produto.

Com o uso de inteligência de dados, a startup consegue apontar para o vendedor qual a probabilidade de venda e em que prazo conforme o patamar de desconto oferecido.

“O produto tem um giro rápido quando o desconto é de no mínimo 30% em relação ao preço de varejo”, afirmou o CEO da Mobly. “Com 50%, o giro é mais rápido ainda.”

O desconto médio tem ficado justamente na casa de 50%. “O objetivo de quem vende um móvel usado não é fazer dinheiro. Na maioria dos casos, a pessoa escolhe fazer a doação para alguém que se comprometa a fazer a retirada, contratando um carreto ou algo assim”, disse Andrade.

O take rate da startup, o equivalente à comissão, é de 30% sobre o valor da venda.

A Mobly Usados está no ar há pouco mais de seis meses e começa a ganhar tração de forma mais acelerada, tanto em sortimento como em venda. No ano passado, o volume de vendas chegou a 1,4 milhão de reais, e a projeção é que atinja 5 milhões de reais neste ano.

O negócio opera atualmente na maior parte da região metropolitana de São Paulo e na região de Campinas, no interior paulista, mas há planos de expansão geográfica.

Estoque do móvel usado

O tempo reduzido em operação já permitiu que a Mobly entendesse melhor a dinâmica do mercado, a tal ponto que acabam de dar mais um passo – ousado – na logística.

“Começamos a oferecer também o serviço de retirar o móvel de quem quer vender e ficar com ele em estoque até que a transação aconteça. É uma proposta de valor para o consumidor que não tem igual no mercado”, afirmou o CEO da Mobly.

O estoque resolve a necessidade do cliente de abrir espaço para móveis novos que vão chegar. Os dados de transação atestam o sucesso da solução: a maior parte dos clientes opta por pagar uma comissão maior para a Mobly Usados ficar com os móveis até que a venda seja concretizada.

A funcionalidade só não cresce mais porque a empresa avalia caso a caso se tem condições de fazer o armazenamento de uma maneira que a conta feche no fim do dia.

A solução também ameniza um dos desafios aprendidos na prática: a ausência do móvel colocado à venda. Explica-se: a pessoa que coloca um móvel usado para vender em geral o faz não só na Mobly como em outras plataformas. E, ao concretizar a venda, raramente se dá ao trabalho de retirar o anúncio em cada uma das demais plataformas.

Best sellers dos móveis usados

Os best sellers da Mobly Usados são, nessa ordem, sofás e conjuntos de mesa e cadeiras. Mas a startup vende também quadros, tapetes, cortinas etc.

“Tem sido um aprendizado porque é um mercado muito informal”, disse Andrade. “Muitas pessoas dizem que têm muito medo de comprar e sofrer um golpe. Quando acessamos grupos no Facebook ou no WhatsApp para captar vendedores para a plataforma, muitas delas ficam desconfiadas e perguntam se é a Mobly mesmo”, afirmou Andrade.

A captação de vendedores que possam ampliar o sortimento da plataforma é um dos principais desafios para sustentar o crescimento. Existem empresas menores dedicadas à compra e venda de móveis usados e que sobem todo o seu estoque na plataforma, mas pessoas físicas respondem por algo entre 75% e 80% das vendas da Mobly Usados.

 

Integração das duas plataformas

 

 Além do ganho de escala projetado, a Mobly planeja desenvolver novas ferramentas desenhadas para o negócio em 2022. Hoje a startup já oferece serviços relacionados ao produto de segunda mão vendido, como higienização do sofá.

Também faz parte dos planos uma integração entre as plataformas, que hoje operam de forma independente. “Queremos juntar os dois negócios e integrar a Mobly Usados à experiência de compra da Mobly. No limite, o cliente poderá navegar no site da Mobly e escolher se quer olhar móveis novos apenas ou só usados”, afirmou Noda.

“E se o cliente estiver saindo do site depois de olhar um sofá novo poderá aparecer uma notificação dizendo ‘eu tenho o mesmo sofá 30% mais barato, mas usado. Quer dar uma olhada?’ Ou seja, acaba sendo mais um argumento para manter o cliente dentro da plataforma.”

Atualmente, da nova base de clientes da Mobly Usados, uma fatia de 15% a 20% veio da plataforma da Mobly dedicada a produtos novos.

A integração das plataformas endereçaria o que Noda classifica como o maior desafio do novo negócio: a logística. E abriria caminho para a expansão geográfica.

“Se eu retiro um móvel na casa do cliente em São Paulo e vou entregar no Rio de Janeiro, ou isso entra em um volume grande transportado ou a conta não vai fechar”, explicou.

A unidade de negócios de usados pode servir também como embrião de uma funcionalidade nova da plataforma da Mobly: oferecer para quem pretende comprar um sofá novo na plataforma, por exemplo, um desconto junto com a possibilidade de retirada do sofá atual na casa do cliente. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento.

“Existem muitas sinergias entre os dois negócios”, resumiu Noda.

 https://exame.com/mercado-imobiliario/cansou-do-sofa-mobly-lanca-startup-que-vende-e-entrega-moveis-usados/

 

Conheça a 'Berrini da zona leste' de São Paulo, um projeto de R$ 3 bilhões


Projeto da incorporadora Porte Engenharia prevê 11 empreendimentos na região, que ainda não tinha prédio de lajes corporativas, dos quais seis até 2025 

 



Um ambicioso projeto pretende criar um novo eixo urbano em São Paulo. Será o Eixo Platina, paralelo à Radial Leste, principal avenida da região, do bairro do Carrão, passando pela Tatuapé, até o Belém: será a "Berrini" da zona leste.

A Berrini é um dos principais eixos corporativos de São Paulo, na zona sul.

O novo eixo urbano incluirá 11 empreendimentos, que juntos somam 390 mil metros quadrados de área construída.

O corredor corporativo e uso misto será composto por:

  • Lajes corporativas: 89.200 metros quadrados de área total
  • Apartamentos residenciais: 36.100 metros quadrados
  • Salas comerciais: 25.800 metros quadrados
  • Lojas nos térreos dos empreendimentos: 23 mil metros quadrados
  • Hotel: 10.600 metros quadrados
  • Hospital: 12 mil metros quadrados
  • Centro de convenções: 8.700 metros quadrados
  • Cinemas: 6.700 metros quadrados
  • Coworking: 4.500 metros quadrados
  • Teatro: 4.400 metros quadrados
  • Instituição de ensino: 1.700 metros quadrados.

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Os empreendimentos serão entregues pela incorporadora Porte Engenharia e Urbanismo em duas fases: a primeira terá investimento de 2 bilhões de reais, enquanto para segunda será necessário investir 1 bilhão de reais.

Marco Melro, fundador da Porte, afirma que todo o investimento vem do caixa da companhia e de parceiros de investimento. São majoritariamente family offices. Veja os detalhes do projeto abaixo:

Eixo Platina, projeto da Porte Engenharia

A primeira fase consiste na entrega de seis empreendimentos até 2025. O Geon 252, de salas comerciais, já foi entregue.

Neste ano, no primeiro semestre, será entregue o primeiro prédio de lajes corporativas da região: o Crona 665, cujo valor geral de vendas (VGV) é de 177 milhões de reais. As unidades terão 800 metros quadrados -- para dar uma dimensão de tamanho, na região da Faria Lima há unidades com mais de 2.000 metros quadrados.

Alguns contratos já foram firmados. Além da futura sede da própria Porte, que vai ocupar uma laje corporativa do Crona 665, o departamento jurídico do Itaú Unibanco (ITUB4), o coworking Livance e a empresa Perfect Automotive, que atua no setor de reposição de peças para veículos, serão ocupantes do novo prédio comercial.

O Itaú irá ocupar 2.400 metros quadrados em três andares, a Livance, uma laje de 800 metros quadrados e, a Perfect, meia laje (400 metros quadrados). Outros contratos estão em fase de assinatura e não podem ser divulgados.

Em junho, será entregue o Platina 220, o novo prédio mais alto da cidade que inclui hotel, apartamentos residenciais, lajes corporativas e salas comerciais. Seu valor geral de vendas é de 400 milhões de reais.

Depois, em 2024, serão entregues o Almagah e o Metria 624, ambos com apartamentos residenciais do tipo studio, lajes corporativas e lojas no térreo.

Por fim, em 2025, será entregue o Radial 3, um centro de convenções que ficará em frente ao Sesc Belenzinho e terá também hospital, torre de restaurantes, cinema e teatro, que promete ser o maior da cidade.

Os usos dos empreendimentos da segunda fase do projeto ainda não foi definido. A Porte pretende avaliar o que terá maior demanda na primeira fase do projeto para depois complementá-lo de acordo com a necessidade.

A incorporadora informou que não contou com nenhum incentivo tributário por investir na região: apenas aproveitou benefícios concedidos pelo atual Plano Diretor da cidade, que oferece maior potencial construtivo para empreendimentos localizados em eixos de transporte público e que contam com lojas no térreo.

Objetivo: conter êxodo da região

O principal objetivo do projeto, segundo Melro, fundador da Porte, é conter o êxodo econômico, familiar e profissional da região.

"Criando um eixo de escritórios, mantemos as famílias de maior poder aquisitivo, seus filhos e também profissionais qualificados, que acabam deixando a região por causa da distância para outros centros empresariais da cidade."

Segundo mapeamento da própria incorporadora, existem hoje cerca de mil empresas de médio e grande porte espalhadas pela zona leste com potencial para ocupar lajes corporativas. Ou seja, que poderiam se concentrar no Eixo Platina. "Acreditamos que atrairiam muito mais profissionais, por causa da estrutura de transporte público, alimentação e moradia que a região oferece", diz Melro.

O empresário também afirma que o aumento do número de grandes e médias empresas deve ampliar as condições da sociedade para reivindicar melhorias para a região. "A população da zona leste é maltratada. Em média, os moradores da região demoram quatro horas para ir e voltar do trabalho. Há quem leve seis horas. Isso precisa ser mudado."

Na zona leste vivem 4,3 milhões de pessoas, o equivalente a 34% da população total da cidade. É um contingente maior do que a população do Uruguai.

Urbanismo para a população

Melro nasceu na região e sua incorporadora de pequeno porte atua somente na zona leste. Em 35 anos, a Porte já entregou 50 empreendimentos.

Foi a Porte que construiu o prédio do hospital da Rede D´Or (RDOR3) na região, o São Luiz Anália Franco. Foi também a empresa de Melro que retirou o muro ao redor do Parque Ceret e colocou no lugar uma grade -- em linha com as práticas mais consagradas de urbanismo no mundo, que estimula o convívio das pessoas nas ruas e nos parques com o consequente aumento da segurança para todos, como acontece em cidades europeias e americanas, em vez de segregá-las atrás de muros altos com cercas elétricas de prédios residenciais.

"Muitas pessoas acabavam não usando o parque porque pensavam que ele era privado. Agora, aumentou a segurança no entorno e 20.000 pessoas são atraídas para ele aos finais de semana. Antes, eram 2.000 pessoas", diz Melro.

 

 https://exame.com/mercado-imobiliario/conheca-berrini-zona-leste-sao-paulo-projeto-3-bilhoes/

 

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Anvisa liberou o autoteste de covid-19. Quando posso comprar na farmácia?


O teste que poderá ser vendido em farmácias é o de antígeno, que detecta anticorpos por meio da coleta de material na boca e no nariz, por swab

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira, 28, uma resolução que autoriza a venda de autoteste de covid-19 no Brasil. Antes de comercializar o produto, as empresas habilitadas legalmente no país devem pedir o registro junto ao órgão regulador. Ainda há um processo burocrático e logístico para que o produto esteja disponível nas gôndolas, mas a expectativa da agência e do setor é de em um mês.

Segundo o gerente-geral de tecnologia de produtos para saúde da Anvisa, Leandro Rodrigues Pereira, até o momento, a agência já autorizou mais de 700 testes para detectar covid-19 no país, e que o processo com o autoteste deve ser rápido.

“Estamos na expectativa de receber na semana que vem os primeiros registros e já iniciaremos a análise. Imaginamos que durante o mês de fevereiro tenhamos os primeiros autotestes aprovados”, diz.

O presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, Carlos Eduardo Gouvêa, avalia que levando em consideração os prazos regulares da Anvisa, os autotestes deveriam estar disponíveis em meados de março ou até em abril. Mas como a agência vai adotar as regras mais rápidas, estabelecidas pelo decreto de emergência sanitária, Gouvêa “vê chances” do autoteste estar disponível para venda em um mês.

De acordo com a norma estabelecida pela Anvisa, as farmácias podem comercializar o autoteste desde que tenham licença sanitária, o que já ocorre. Ou seja, não vão precisar de uma autorização especial. Outros estabelecimentos, que comercializam produtos para saúde, como cadeiras de rodas, tipoias, também podem vender e entram na mesma regra das farmácias. Somente sites dessas empresas e farmácias poderão vender os autotestes.

Tipo de teste

O teste que poderá ser vendido em farmácias é o de antígeno, que detecta anticorpos por meio da coleta de material na boca e no nariz, por swab. A autorização não vale para o teste RT-PCR, considerado o "padrão ouro" para diagnóstico da doença, que detecta a presença do material genético do vírus. A sensibilidade do teste de antígeno é inferior à do RT-PCR.

O Ministério da Saúde pediu para que a Anvisa autorizasse a venda de autotestes no dia 13 de janeiro. Mas, em reunião no último dia 19, os diretores da agência cobraram mais informações e a formalização de política pública que acompanhe essa autorização, exigência para a liberação da venda dos exames.

Na nota técnica que embasou o pedido do ministério, não havia proposição de políticas públicas, requisito para rever a regulamentação atual, que proíbe os autotestes. O documento apenas trazia orientações para o uso do exame. A Anvisa informou que recebeu uma resposta da pasta na noite de terça-feira, 25, com detalhes sobre a inclusão do produto no Plano Nacional de Expansão da Testagem para covid-19.

 

 https://exame.com/brasil/autoteste-covid-como-comprar/

Nilo: startup do médico da família 2.0 capta R$ 55 mi com SoftBank


A healthtech Nilo Saúde, que desenvolveu software para operadoras de saúde criarem braços de atendimento contínuo, concluiu série A nesta sexta-feira


A Nilo Saúde endossa a teoria de que o segmento de saúde ainda é um prato cheio para investidores. A startup, uma healthtech dedicada a criar soluções digitais para empresas de saúde que desejam humanizar o atendimento digital a pacientes, acaba de concluir uma captação de 55 milhões de reais em uma rodada série A liderada pelos fundos SoftBank, GFC Global e Tau Ventures. Os fundos Maya Capital e Canary, antigos investidores da startup, também participaram da rodada.

A promessa da Nilo é revolucionar o trabalho dos “dinossauros” da saúde, das clínicas de saúde às tradicionais operadoras de convênios médicos. Para isso, a startup criou um software que permite a essas empresas o atendimento contínuo e individualizado de pacientes, em uma espécie de médico da família 2.0, só que com o diferencial tecnológico.

Com a plataforma white label (termo usado para definir tecnologias e produtos sem “marca d’água”, que podem ser facilmente adaptados pelas empresas usuárias) da Nilo, as companhias podem lançar planos de saúde digitais.

Na prática, o paciente final passa a ter acesso a um canal de WhatsApp no qual ele cria contato com uma equipe de cuidado. A partir da atenção primária daquele “médico de família”, a operadora de saúde pode ficar a cargo de criar todo um plano de cuidado para o paciente —  o que, além das indicações de consultas com especialistas, inclui lembretes de marcação de exames e remédios, prescrição médica e link para as teleconsultas.

Em outra frente, a Nilo também tem um time de médicos e enfermeiros e oferece o atendimento próprio, no caso de clientes que não possuem essa mão de obra em atendimento primário e especialistas.

Já para as empresas, a Nilo oferece ferramentas que auxiliam os profissionais no atendimento, na consulta de informações em um prontuário eletrônico único, entre outras ferramentas de gestão aliadas à saúde. “A proposta é unir o famoso CRM (software de gestão de relacionamento com o cliente) com a entrega de saúde e valor para os profissionais também”, diz o CEO, Victor Marcondes.

A percepção de que grandes empresas do setor careciam de recursos tecnológicos capazes de atender seus pacientes de forma mais direta veio dos três fundadores Rodrigo Grossi, Victor Marcondes e Isadora Kimura. Juntos, eles criaram a Nilo em 2020, pouco antes do início da pandemia e pouco tempo após abandonarem seus postos em empresas do setor — Grossi, por exemplo, é ex-diretor de tecnologia da Bionexo, recém-investida da Bain Capital.

Além da experiência no setor, os empreendedores compartilhavam o fato de terem enfrentado experiências pessoais na lida com doenças na família. “Percebemos o quão difícil é cuidar de pessoas em momentos de saúde delicada”, diz Marcondes. “Não existia, e ainda não existe nenhuma empresa que crie todo o arcabouço tecnológico para que as operadoras de saúde transformem consultas soltas em uma jornada de cuidado”.

É um cenário em expansão no Brasil. Startups como Alice, Klivo e Sami estão na dianteira no que tange a criação de soluções como planos de saúde com acompanhamento contínuo de times de saúde, prescrição de medicamentos e acompanhamento individualizado, na lógica de “um convênio para cada um”.

A proposta atrai investidores. Alice, por exemplo, especializada em gestão de saúde no modelo de resultados para o paciente,  também já chamou a atenção de fundos como o SoftBank. A rodada mais recente foi de 127 milhões de dólares, em dezembro de 2021.

A diferença para as competidoras, segundo Marcondes, está no público-alvo. Enquanto as healthtechs focam em planos de saúde para o consumidor final, a Nilo permite que qualquer player de saúde possa criar jornadas de atendimento de longo prazo e que olhem para o bem-estar do paciente.

"Permitirmos que qualquer empresa possa virar uma empresa de saúde digital”, diz. No rol de clientes da startup estão grandes instituições de saúde, rede de clínicas, e operadoras como o Grupo NotreDame Intermédica, Porto Seguro e a Leve Saúde.

O aporte vem em momento de crescimento para a empresa. A pandemia impulsionou os serviços da startup. Em 2020, a empresa tinha 15 funcionários, agora são 70. Nos próximos 18 meses, a intenção é quadruplicar o time, para 250 funcionários. “O foco está nas redes que querem melhorar a jornada de cuidado com os pacientes”, diz.

O foco agora está em engordar os times de tecnologia. A ideia é contratar desenvolvedores, programadores e especialistas em design. Com o novo capital, a Nilo também deve trazer melhorias tecnológicas em seu software.

 

 https://exame.com/pme/nilo-startup-saude-capta-55-mi-softbank/

 

Após impacto positivo com compra de ativos, Netflix volta a cair na Nasdaq nesta sexta-feira



Crédito: John-Mark Smith/Pexels

Previsão de crescimento para o primeiro trimestre da Netflix em 2022 ficou abaixo do esperado (Crédito: John-Mark Smith/Pexels)

 

IIIiIImpactado  por uma compra de 3,1 milhões de ativos, que somaram US$ 1,1 bilhão, a Netflix teve alta de 7,5% na Nasdaq na última quinta-feira (27). Os números, porém, já voltaram a cair cerca de 2% nesta sexta-feira (28).

Na última sexta-feira (21) a empresa divulgou o balanço do quatro trimestre de 2021 e frustrou o mercado. Foi projetado 2,5 milhões de novos assinantes para o primeiro trimestre de 2022, número abaixo dos 3,98 milhões do adicionados no mesmo período de 2021, e bem aquém dos 6,9 milhões projetados por analistas.

A empresa justifica os números por conta da entrada de novos players no mercado de streaming. Por conta disso, houve uma grande liquidação de ativos da empresa nesta semana e o investidor Bill Ackman, bilionário administrador de fundos de hedge, anunciou a grande aquisição dos 3,1 milhões de ativos. 

Para justificar a compra aos clientes do fundo Pershing Square, Ackman disse que a Netflix se beneficia de receitas altamente recorrentes, tem poder de precificação e oferece conteúdo líder do setor

 https://www.istoedinheiro.com.br/apos-impacto-positivo-com-compra-de-ativos-netflix-volta-a-cair-na-nasdaq-nesta-sexta-feira/

Grande receio é inflação se tornar arbitradora de conflitos no Brasil, diz Vescovi, do Santander


Por José de Castro


Santander apresenta novo logo e nova identidade visual - GKPB - Geek  Publicitário

SÃO PAULO (Reuters) – O mundo passa por profundas mudanças no pós-pandemia, e no meio desse processo o Brasil está parado, avaliou a economista-chefe do Santander no país, Ana Paula Vescovi, para quem um risco preocupante é a inflação se tornar o elemento arbitrador de conflitos internos nos próximos anos.

O contexto atual, segundo Vescovi, contempla uma economia global que deve crescer menos e com taxas de juros mais pressionadas pelo ambiente inflacionário –que, por sua vez, tem como pano de fundo quebra nas cadeiras produtivas. Mas as questões vão além.

“O pós-pandemia ainda vai deixar resquícios não só de quebra nas cadeias produtivas –isso a gente arruma lá na frente–, mas de revisão nas próprias cadeias, uma tentativa de torná-las mais próximas, mais locais, menos globais, então (há) perda de produtividade em função disso”, disse Vescovi em entrevista à Reuters na véspera.

Por outro lado, lembrou, o mundo experimenta avanços tecnológicos “importantíssimos”, que necessitam de políticas públicas para que sejam revertidos em bem-estar e crescimento econômico social.

 “Nós temos muitos desafios na economia global, e o Brasil parou”, disse. “As reformas que estavam ajustando o próprio ambiente interno… É como se a gente tivesse parado de fazer nosso dever de casa com todas essas mudanças acontecendo”, completou.

Para Vescovi, é preciso se preocupar “bastante” com os desafios das transições tecnológicas e energéticas e também com limitações impostas por restrições que o mundo vai enfrentar –sejam geopolíticas ou ambientais.

“E ao mesmo tempo temos que nos preocupar com os nossos desafios internos. Nós temos o ambiente mais acirrado em termos de mais desigualdades depois da pandemia, dificuldades concretas com o nosso crescimento e escolhas muito difíceis.”

 

INFLAÇÃO

Num Brasil que produziu ainda mais desigualdades após o início da crise sanitária, a grande preocupação é que o papel das discussões e decisões políticas como norteadoras do país seja ocupado por outro ator.

“Acho que o grande receio, olhando no longo prazo, olhando para a frente, é que a inflação venha com uma ‘ajuda ruim’ para a dificuldade que nós temos de arbitrar conflitos na hora de tomar decisões sobre reformas, dado que temos um ambiente ainda mais desigual, polarizado e voltado para menores consensos”, disse a ex-secretária do Tesouro Nacional.

Ela argumenta que, diante da ausência de reformas, o aumento da carga tributária é visto como solução “quase inevitável” para atender à demanda crescente por gastos públicos, mas que isso esbarra numa sociedade que não apenas não quer elevação de impostos como anseia por redução.

“O contraponto do gasto é a carga tributária. Isso não está claro para a sociedade brasileira ainda. Por quê? Por que ainda temos o chamariz da inflação, que é um mecanismo de financiamento oculto, injusto, mas que funciona muito bem para financiar contas públicas e resolver esses conflitos”, disse.

Num país com uma das maiores inflações do mundo, segundo a economista, tal fenômeno está correlacionado à fragilidade macroeconômica, centrada nas contas públicas, as quais deixaram de contar com a ancoragem fiscal oferecida pelo teto de gastos.

“Nós abrimos mão da nossa âncora fiscal como medida de consolidação antes de terminar essa consolidação. […] O teto de gastos certamente tende a ser revisto pela próxima gestão (federal), seja ela qual for.”

Vescovi considerou haver “conflitos distributivos” por trás disso e que o Brasil precisaria voltar a falar de reformas, embora tenha reconhecido existir pouco clima para tal.

“Nos últimos pleitos eleitorais em que a gente combinou maior polarização, baixo crescimento e problemas de ordem social, a gente teve de fato muita volatilidade. Então eu acho que este ano vai ser um ano em que a gente vai tremer bastante”, finalizou.

Via e Magalu Vão à Justiça


Varejistas Alegam Concorrência Desleal

 

Magazine Luiza perde "um Santander" em valor em um ano. Há esperança para a  ação? – Money Times

  O Magazine Luiza e a Via, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto, se enfrentam no Tribunal de Justiça de São Paulo, em um processo no qual se acusam de concorrência desleal por conta de anúncios do Google. Ambas afirmam que a concorrente incluiu, nas palavras ligadas ao seu anúncio, o nome da outra empresa. A primeira ação foi movida pelo Magalu e foi concedida para que a Via pare de usar seu nome, mas a varejista pede que a dona do Ponto pague indenização de R$ 150 mil por danos materiais. A Via também processa o Magazine Luiza e pede indenizações. O processo aguarda decisão.
 
 
 https://www.gironews.com/redes-shopping/via-e-magalu-vao-a-justica-66935/