quarta-feira, 9 de março de 2022

Cade mantém aval à venda da Oi Móvel após sessão com troca de acusações

Ficheiro:Logotipo da Oi.png – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

Em uma sessão tumultuada e marcada por bate-boca e acusações, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manteve nesta quarta-feira, 9, a aprovação à venda da Oi Móvel para TIM, Vivo e Claro.

O conselho acolheu parcialmente recurso apresentado pela Algar Telecom e pela Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp) contra a decisão. Na prática, o aval à operação está mantido, mas o acordo firmado com as empresas será alterado para incluir, de forma mais clara, decisões citadas apenas oralmente pela conselheira Lenisa Prado durante o julgamento de fevereiro.

Também será incluída previsão de que o responsável por monitorar o cumprimento das obrigações impostas pelo Cade (trustee) conheça o mercado de telefonia móvel.

A Algar e a Telcomp recorreram à autoridade concorrencial alegando que os termos do Acordo em Controle de Concentração (ACC) negociado pelas empresas com o órgão são diferentes do que aqueles impostos por Prado e informados durante a sessão de julgamento.

As empresas solicitaram que o acordo fosse alterado para incluir, por exemplo, regras de precificação de determinadas ofertas de serviços no atacado que foram ditas durante o julgamento, mas não especificadas nos termos escritos.

No julgamento, que ocorreu no início do mês de fevereiro, três conselheiros votaram pela reprovação da operação e outros três consideraram que o pacote de “remédios” negociado com as empresas foi suficiente pela maioria do Cade para manter a concorrência no setor. Coube ao presidente Alexandre Cordeiro, que tem voto de minerva, desempatar pela aprovação do negócio.

Acusações

A sessão desta quarta-feira foi marcada por acusações, bate-boca entre conselheiros e até pedidos de investigação relacionados ao processo no órgão que aprovou a compra da Oi Móvel.

Depois de terem votado contra a aprovação, os conselheiros Sérgio Ravagnani e Luís Braido fizeram duras críticas ao voto vencedor, da conselheira Lenisa Prado.

Durante a análise de recursos apresentados contra a decisão, Ravagnani chegou a dizer que ela não reflete padrões “éticos e de boa fé” e falou em “vícios de ilegalidade”. “O que foi feito na decisão embargada foi o famoso ‘dou com uma mão e tiro com a outra’. Este comportamento não reflete uma atuação segundo padrões éticos e de boa fé”, acusou.

O conselheiro disse ainda que atos administrativos derivados de “vicio de ilegalidade” são nulos e pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que ajuíze uma ação anulatória contra o processo da Oi se tiver elementos de que isso tenha ocorrido no caso. “Ilegalidade também se dá por desvio de finalidade. Quando a finalidade se dá não por interesse público, mas sim, privado”, ressaltou.

Ravagnani citou o que considera erros jurídicos cometidos no voto de Lenisa e foi interrompido pela conselheira, que reagiu fortemente. “O senhor está fazendo uma acusação muito séria. O senhor disse que eu dei com uma mão e retirei com a outra? O senhor esta questionando a minha ética? O meu valor moral? Isso me atinge diretamente porque o voto condutor foi meu”, rebateu.

O presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, também rebateu a fala de Ravagnani. Cordeiro disse que a reação do conselheiro e de Braido eram “uma forma de espernear” contra o resultado diferente do defendido por eles.

“É a primeira vez que presencio um absurdo desses no Cade. O senhor falou de probidade, ética, moral. Fico muito triste de isso acontecer no conselho porque se vocês tem alguma coisa para falar da moral, da ética de algum membro do conselho, que façam pelas vias adequadas. Em uma sessão fazer acusação vocês podem inclusive responder judicialmente”, completou Cordeiro.

Diante da reação, Ravagnani disse que estava apenas “lendo a lei” e falando da necessidade de congruência da decisão. “Em hipótese alguma estava me dirigindo à conduta de qualquer agente público deste Cade”, afirmou.

Ao final do julgamento – que acabou por manter o aval dado à venda da Oi Móvel – coube ao conselheiro Luiz Hoffmann, o único que não tinha se envolvido nas discussões, pedir que a sessão fosse suspensa por dez minutos para que os participantes pudessem “acalmar os ânimos”.

 

UE vai aprovar compra da MGM pela Amazon por US$8,5 bi, dizem fontes


UE vai aprovar compra da MGM pela Amazon por US$8,5 bi, dizem fontes

FILE PHOTO: Smartphone with Amazon logo is seen in front of displayed MGM logo in this illustration taken

Por Foo Yun Chee

 

 

BRUXELAS (Reuters) – A Amazon vai obter aprovação incondicional da União Europeia para a compra do estúdio de cinema norte-americano MGM por 8,5 bilhões de dólares, disseram fontes com conhecimento do assunto. O negócio deve aumentar a rivalidade no mercado de streaming, formado ainda por Netflix e Disney+.

A aquisição da MGM dará à Amazon direitos sobre franquias como James Bond, que arrecadou quase 7 bilhões de dólares nas bilheterias em todo o mundo, segundo a MGM.

O estúdio norte-americano também licencia conteúdo para videogames, o que pode beneficiar os esforços de desenvolvimento da Amazon nessa área.

A Comissão Europeia, que deve decidir sobre o acordo até 15 de março, não se manifestou.

A Amazon disse que “a conclusão da transação está sujeita a aprovações regulatórias e outras condições habituais de fechamento, e estamos trabalhando com os reguladores para responder às solicitações”.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) está se aproximando do prazo de meados de março para decidir sobre o acordo, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.


domingo, 6 de março de 2022

Exclusão da Rússia de índices globais pode atrair mais recursos ao Brasil

A lamentável frase de Bolsonaro sobre a Rússia que já entrou para a  história | VEJA



A retirada da Rússia de índices de referência de investimentos de mercados emergentes pode favorecer o Brasil ainda mais nas próximas semanas. Na noite de quarta-feira, a fornecedora global de índices de ativos MSCI anunciou que a Rússia deixará de fazer parte do índice MSCI Emerging Markets para ser classificada como um mercado independente. A mudança passa a valer a partir do dia 9 e foi decidida porque já não há mais acessibilidade e capacidade de investimento no mercado russo.

Na prática, essa alteração impede empresas russas de ter acesso a uma parte relevante dos fundos de investimentos. A tendência é de que os recursos que seriam aportados na Rússia sejam distribuídos entre outros mercados emergentes, como o Brasil.

Outra fornecedora de índices do mercado de ações, a FTSE Russel decidiu retirar a Rússia de todos os seus índices de renda variável. Segundo apurou o Estadão, investidores globais, como a BlackRock, vêm pressionando para a remoção do país desses índices. De acordo com uma fonte, a retirada da Rússia de outros índices deverá ocorrer em ritmo maior a partir da próxima semana.

Segundo cálculos do Itaú, apenas com a mudança feita pela MSCI, US$ 27,1 bilhões poderiam deixar a Rússia. Considerando que o Brasil tem um peso de 4,97% no índice, ele poderia receber US$ 1,34 bilhão desse total. Juntas, as Bolsas de toda a América Latina ficariam com US$ 2,12 bilhões.

Essa saída de recursos, porém, está travada por enquanto. Isso porque o mercado de ações russo está fechado desde segunda-feira, e as sanções adotadas contra o País tornam as transações financeiras bastantes difíceis.

Ainda assim, o fundo soberano norueguês, por exemplo, que possui US$ 1,3 trilhão sob gestão, já anunciou que venderá seus ativos russos, compostos por ações de 47 empresas, com um valor aproximado de US$ 2,83 bilhões.

Futuro

Por enquanto, conforme analistas, é mais certo que a América Latina e o Brasil reconquistem importância nos índices que balizam investimentos nos mercados emergentes e nas carteiras de fundos dedicados a esses países.

Levantamento recente do BTG Pactual mostra que os fundos que apenas compram ativos de países emergentes tinham, em 2021, 5% do total no Brasil, na mínima histórica, sendo que o máximo foi de 16,9% em 2009. Se forem considerado os fundos globais, que são aqueles que podem investir em todo o mundo, a fatia que o Brasil ocupa é de apenas 0,23% – já foi de 1,9%, também em 2009. No fundo dedicado aos Brics, a participação chega hoje a 10,6%, longe do pico de 35% observado em 2010.

Já no índice de emergentes da MSCI, a China tem um peso 12,7% superior à média dos últimos 22 anos, enquanto o Brasil e o México recuaram em 5,1% e 3,2% em suas respectivas participações, de acordo com o Itaú. A Rússia representava 1,47%, tendo perdido espaço desde a última revisão do índice em fevereiro, quando detinha 3,41%. As informações são do jornal  

 

O Estado de S. Paulo.



Multilaser e Bertha Capital inauguram fundo com aporte de R$ 15 mi na E-Moving

 E-Moving Mobilidade Urbana - Bicicletas Elétricas em São Paulo



A E-moving, startup de assinaturas mensais de bicicletas elétricas, acaba de receber um aporte de R$ 15 milhões, realizado pela Bertha Capital, gestora de Corporate Venture Capital (CVC) da Multilaser. O investimento é o primeiro do fundo de R$ 200 milhões lançado em fevereiro pelas empresas para apoiar o ecossistema brasileiro de inovação.

Com o aporte, a E-moving pretende reforçar os times de vendas e marketing, além de desenvolver uma nova versão de sua bicicleta, em colaboração com a Multilaser. O principal plano da startup para 2022 é chegar a 2 mil e-bikes alugadas, com perspectivas de triplicar esse número no ano seguinte.

O investimento anunciado hoje ocorre após o reposicionamento do negócio, que passa a oferecer o aluguel das e-bikes exclusivamente para empresas. “Existe uma demanda reprimida de companhias que podem utilizar as nossas e-bikes para ganhar produtividade, reduzir custos e oferecer uma melhor experiência para os colaboradores”, afirma o CEO da startup, Gabriel Arcon.

O executivo destaca que, no exterior, as bicicletas elétricas representam 35% do mercado de mobilidade urbana, enquanto aqui não chegam a 1%.

A procura pelo serviço vai desde companhias que oferecem as bicicletas como benefício de mobilidade para os funcionários, até startups de delivery. Com clientes como Microsoft, Empiricus e Daki, a E-moving recebe uma mensalidade pelo uso das e-bikes e proporciona serviço de manutenção, rastreamento e trava, além da possibilidade de personalizar as bicicletas com as marcas das empresas.

“A pauta ESG é cada vez mais valorizada pelas pessoas e empresas e a E-moving faz parte desse movimento”, destaca o CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki. O CEO da Bertha Capital, Rafael Moreira, complementa que considera o aluguel de bikes elétricas proposto pela E-moving como uma ótima opção para empresas reterem seus talentos, proporcionando um deslocamento ágil, confortável e seguro.


Governo aponta Landim, presidente do Flamengo, para comandar conselho da Petrobras


Governo aponta Landim, presidente do Flamengo, para comandar conselho da Petrobras

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo

 
Por Sabrina Valle

 

 

HOUSTON (Reuters) -O governo brasileiro indicou o ex-executivo da Petrobras Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, para presidir o conselho de administração da estatal, informou a empresa em um comunicado na noite de sábado.

Antes, o presidente do conselho da Petrobras, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, havia dito à Reuters que planejava deixar o cargo.

A Reuters havia também reportado na véspera que Landim era visto como seu possível sucessor, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

“A presidência do conselho de administração da Petrobras é um trabalho de 24 horas e quero passar mais tempo com minha família”, disse Ferreira, acrescentando que tem dois filhos adultos morando fora do Brasil.

Ferreira vai ficar até o final do seu mandato. Uma assembleia de acionistas para renovar o conselho foi agendada para o dia 13 de abril.

O anúncio da mudança no conselho ocorre no momento em que a Petrobras enfrenta pressão de investidores para aumentar os preços dos combustíveis, já que o petróleo se aproxima de 120 dólares por barril.

A empresa controla os preços da gasolina e do diesel no Brasil com mais de 80% da capacidade de refino do país.

Rodolfo Landim fez carreira na Petrobras antes de criar sua própria petroleira, a Ouro Preto, e vendê-la.

Ele trabalhou na estatal por 26 anos e ocupou diversas funções gerenciais na área de Exploração & Produção. Entre 2000 e 2003, Landim foi presidente da Gaspetro, responsável pelas participações societárias da Petrobras nas companhias de transporte e distribuição de gás natural.

Entre 2003 e 2006, foi presidente da Petrobras Distribuidora, que foi privatizada e mudou de nome para Vibra.

Segundo indicação do Ministério de Minas e Energia à Petrobras, o acionista controlador apontou ainda os seguintes nomes para o conselho: Carlos Eduardo Lessa Brandão; Joaquim Silva e Luna; Luiz Henrique Caroli; Márcio Andrade Weber; Murilo Marroquim de Souza; Ruy Flaks Schneider; e Sonia Julia Sulzbeck.

Luna, Weber, Souza, Schneider e Sulzbeck já integram o conselho atual, composto por outros três conselheiros representantes de acionistas minoritários e um dos empregados.

Brandão, conselheiro de administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), e Caroli, almirante de Esquadra da Marinha, aparecem como novos nomes.

 

MOMENTO DELICADO

 

Os novos conselheiros deverão assumir o posto em momento delicado para a companhia, que sofre pressões para não repassar a alta do petróleo, ao mesmo tempo em que busca seguir sua política de paridade entre os preços dos combustíveis domésticos e os mercados internacionais.

Um crescente coro de políticos afirma que a Petrobras deveria ajudar a arcar com esses custos do petróleo mais alto.

Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Petrobras sabe da sua responsabilidade e o que pode fazer para que os preços dos combustíveis no Brasil não disparem apesar da alta internacional do petróleo devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os comentários de Bolsonaro vieram depois que a Petrobras quebrou no mês passado seu recorde histórico de lucro anual e de pagamentos de dividendos em 2021, graças à alta do petróleo.

Na quarta-feira, o presidente-executivo Joaquim Silva e Luna disse à Reuters que a Petrobras ainda não havia tomado uma decisão sobre os reajustes dos preços dos combustíveis.

(Por Sabrina Valle, com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)


quinta-feira, 3 de março de 2022

Estado alemão vai aprovar fábrica de 5 bi de euros da Tesla

Tesla. Musk revela o significado do “T” no emblema – Observador


Por Nadine Schimroszik

 

 

BERLIM (Reuters) – O estado alemão de Brandemburgo convocou uma coletiva de imprensa para a sexta-feira para anunciar aprovação para início de operações de uma fábrica de 5 bilhões de euros da Tesla perto de Berlim, se certas condições forem atendidas.

“O procedimento de aprovação para a fábrica de carros elétricos e baterias da empresa norte-americana Tesla em Gruenheide, em Brandemburgo, está quase concluído”, disse o governo estadual em comunicado.

A Tesla aguarda há meses a aprovação de uma licença para iniciar a produção na fábrica e no complexo de baterias em Gruenheide, perto de Berlim, em meio a protestos locais.

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, tornou conhecida sua irritação com a legislação e burocracia alemã, dizendo em uma carta às autoridades no ano passado que os complexos requisitos de planejamento do país estavam em desacordo com a urgência necessária para se combater as mudanças climáticas.

Musk esperava ter a fábrica – decisiva para suas ambições de conquistar o mercado europeu, onde a Volkswagen atualmente detém a vantagem com uma participação de 25% nas vendas de veículos elétricos ante 13% da Tesla – em funcionamento há seis meses.

Após atrasos, Musk disse em outubro do ano passado que esperava ver a instalação em operação até dezembro. A empresa ainda não atualizou seu cronograma para o lançamento.

 

 


https://www.istoedinheiro.com.br/estado-alemao-vai-aprovar/

Nike vai fechar todas as lojas na Rússia

 Nike Logo: valor, história, PNG

 

 

BENGALURU, Índia (Reuters) – A Nike disse nesta quinta-feira que fechará temporariamente todas suas lojas na Rússia, juntando-se a uma série de marcas ocidentais que suspenderam negócios no país após a invasão na Ucrânia.

A Nike tornou indisponíveis na Rússia as vendas de mercadorias em seu site e aplicativo no início da semana e havia direcionado os consumidores no país para suas lojas físicas.

A nova decisão abrange também as lojas da marca no país.

A Nike também disse que sua fundação doará 1 milhão de dólares ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e ao Comitê Internacional de Resgate para apoiar esforços de socorro.

Mais cedo, a rede norte-americana de varejo TJX disse que venderá sua participação de 25% na varejista russa de roupas de baixo custo Familia, com dois de seus executivos também renunciando aos cargos de diretor e observador.