terça-feira, 15 de março de 2022

Regulador da África do Sul leva Meta ao tribunal por domínio de mercado

Meta Logo: valor, história, PNG


Por Tim Cocks

 

 

JOANNESBURGO (Reuters) – A Comissão de Concorrência da África do Sul disse na segunda-feira que levou a Meta, dona do Facebook e do WhatsApp, a um tribunal por abuso de posição dominante no mercado.

Mas um porta-voz do WhatsApp disse que o regulador estava se opondo a ações destinadas a proteger usuários de abusos.

Em comunicado, o regulador acusou a Meta de “abusar de seu domínio ao se envolver em conduta excludente voltada para impedir que concorrentes ou concorrentes em potencial entrem, participem e se expandam em um mercado”.

A comissão disse que a Meta decidiu excluir o GovChat (startup que conecta governo e cidadãos) e sua unidade #LetsTalk de sua interface de programação de aplicativos de negócios no WhatsApp. Disse ainda que a empresa “aplicou seletivamente termos e condições de exclusão que regulam o acesso à API do WhatsApp Business, principalmente restrições ao uso de dados”.

O WhatsApp defendeu a exclusão do GovChat, dizendo que a startup não estava cumprindo os termos de serviço da Meta.

“O GovChat se recusou repetidamente a cumprir nossas políticas projetadas para proteger os cidadãos e suas informações, preferindo priorizar seus próprios interesses comerciais em detrimento do público”, disse um porta-voz do Whatsapp. “Continuaremos a defender o WhatsApp de abusos.”

Funcionários do GovChat não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

A Meta está enfrentando ação antitruste de várias autoridades, incluindo de EUA, Reino Unido e União Europeia.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/regulador-da-africa-do/


 

Magazine Luiza espera melhora gradual de margens, faz ajustes para se adequar à demanda


Magazine Luiza espera melhora gradual de margens, faz ajustes para se adequar à demanda

Centro de Distribuição do Magazine Luiza em Louveira (SP)

SÃO PAULO (Reuters) – O Magazine Luiza deve apresentar uma melhora gradual de seus resultados nos próximos trimestres, em meio a ajustes que incluem redução de volumes de estoques e retirada de parte de benefícios a vendedores de seu marketplace diante do cenário inflacionário do país, afirmou o presidente da companhia, Frederico Trajano, nesta terça-feira.

Na noite da véspera, a empresa divulgou que sua margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativa em 0,1% no quarto trimestre ante 5% positivos no mesmo período de 2020. As ações da companhia chegaram a despencar mais de 10% no início dos negócios nesta terça-feira.

“Não estávamos esperando toda essa desaceleração econômica (do final de 2021) e estamos preparados agora. Este ano as margens vão melhorar gradualmente”, disse Trajano em conferência com analistas.

“No primeiro trimestre ainda temos ajustes para fazer, ajustes de capacidade, mas estamos vendo uma melhora em relação ao quarto trimestre, principalmente a partir de março, e isso vai continuar com o tempo, à medida que formos tendo sucesso nas iniciativas”, acrescentou.

Segundo Trajano, a empresa tinha uma capacidade de atendimento dimensionada para um volume de vendas que acabou não ocorrendo no final do ano passado e com isso a companhia passou a promover ajustes em custos fixos e variáveis, além de equipe, para dimensionar a estrutura do grupo “para o volume que o mercado está suportando neste momento”. Ele não deu detalhes.

Porém, entre as medidas citadas durante a conferência, a empresa disse que reviu a política de frete grátis, que em setembro oferecia até 100% de desconto para os vendedores na plataforma. A partir de fevereiro o desconto passou a ser de até 75%. Já a comissão cobrada dos vendedores teve percentual mantido, mas a empresa agregou uma tarifa de 3 reais a ela, disse o responsável pelo marketplace do Magazine Luiza, Leandro Soares, “para ficar economicamente viável”.

A rival Americanas também promoveu mudanças em políticas para vendedores em sua plataforma em fevereiro. A empresa introduziu um sistema de cobrança de comissão que varia de acordo com a categoria do produto. Antes, o percentual era aplicado de forma linear.

Grande parte do estoque excessivo que o Magazine Luiza carregou após o final do terceiro trimestre do ano passado foi reduzida com liquidações promovidas pela empresa no quarto trimestre e início deste ano. Com isso, a gerente de relações com investidores, Vanessa Papini, afirmou que em fevereiro e março os níveis de inventários voltaram a ser “muito mais adequados”.

Segundo Trajano, o cenário macroeconômico atual não muda a estratégia do Magazine Luiza de expandir seu ecossistema em torno do marketplace, oferecendo serviços completos, incluindo financeiros e de publicidade, para vendedores na plataforma.

Entretanto, na frente de fusões e aquisições, a ordem agora é para que as equipes se concentrem em seu próprios ativos. “Vamos parar um pouquinho com novas operações e focar em fazer o melhor com aquilo que já esta no ecossistema”, disse o presidente do Magazine Luiza.

A empresa promoveu cerca de 20 compras de ativos nos últimos anos, incluindo Netshoes e Kabum!.

Diante da percepção do mercado que a companhia é muito dependente de categorias de bens duráveis, que têm sido prejudicadas pelo cenário inflacionário e de queda na renda dos consumidores, Trajano abriu pela primeira vez a participação das novas categorias no total vendido pelo Magazine Luiza.

As chamadas categorias de “cauda longa”, que envolvem produtos de valores menores, mas que fomentam a recorrência de compras na plataforma, foram responsáveis por 45% das vendas da empresa em 2021, cerca de 20 bilhões de reais anualizados. As categorias incluem moda e esporte, casa e decoração, beleza e entrega de alimentos, disse o executivo.

(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de André Romani)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/magazine-luiza-espera-melhora/

 

segunda-feira, 14 de março de 2022

5 conselhos de empreendedoras para mulheres que querem ter um negócio

Mulheres Empreendedoras - Fatos e Valores

 

 

Quer ter o seu próprio negócio? Veja as dicas de algumas empreendedoras brasileiras para enfrentar os desafios

Por Mariana Desidério

 

 Iniciar um negócio é uma jornada cheia de obstáculos. Se você for mulher, pode encontrar algumas barreiras a mais.

 O Brasil tem mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras, em um universo de 52 milhões de empreendedores, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM). No entanto, apenas 0,04% do volume investido em startups em 2020 foi para aquelas lideradas por mulheres, segundo um estudo feito por Distrito, B2mamy e Endeavor.

 Para ajudar mulheres que desejam iniciar seu próprio negócio, EXAME coletou conselhos de algumas empreendedoras que já estão mais à frente nesse caminho. Veja a seguir:

1 – Não desista

“Meu conselho é: não desista. Por maiores que sejam as dificuldades e mais árduo que seja o caminho, nós temos força. Você mulher que quer empreender, se esse é o seu sonho, vá em frente. Eu muitas vezes ouvi pessoas dizendo que eu não ia conseguir, e eu gostaria muito de ter tido pessoas me dizendo para ir em frente.”

Iseli Reis, fundadora da Fleximedical

2 - Cuide da saúde mental e aprenda a delegar

“Saúde mental é muito importante. Nós mulheres costumamos sofrer mais com a síndrome do impostor, sei pois já passei por isso. Você precisa trabalhar a sua confiança, se você está nessa posição de liderança é porque você é capaz. Para mim, algumas técnicas como respiração, escrever sobre conquistas do dia e sobre sonhos e objetivos ajudam muito. É sempre legal também ter algum tipo de terapeuta que você possa contar. Você precisa saber delegar e confiar nas pessoas que trabalham com você. Cuidado para não focar somente nas tarefas operacionais e esquecer que você é uma líder e precisa levar a empresa para um próximo nível.”

Juliana Duarte, fundadora da SeTYou

3 – Assuma os perrengues e saiba dizer não

“Tenha resiliência e entenda que os “perrengues” fazem parte: passe por cima disso e com a cabeça erguida. Tenha foco e saiba a importância de saber dizer não. Saiba assumir quando consegue, e assumir também quando não consegue, isso gera confiança. Valide o modelo de negócio, veja se funciona mesmo, e se não é apenas uma ideia sem aplicação objetiva. Saiba ouvir os clientes, testar junto com eles e ajustar se fizer sentido”.

Paula Morais, fundadora da Intera

4 – Apaixone-se pelo problema, não pela solução

“Focar em problemas e não em soluções. As soluções mudam, mas você deve encontrar um problema pelo qual você seja apaixonada e queira resolver. Você vai descobrindo muita coisa à medida que coloca as coisas no ar e aprende com os resultados. E a prancheta aceita tudo, então quanto antes você colocar as coisas na rua, antes vai ter respostas, então seja rápida na implementação e crie um mínimo produto viável”

Flavia Deutsch Gotfryd, fundadora da Theia

5 – Tenha mentores e conecte-se com empreendedoras

“Conecte-se com outras mulheres que estão no mesmo caminho que você. Em outros ambientes virão muitas objeções, vão dizer que esse caminho não funciona, que você é louca, então conviver com pessoas que estão nesse mesmo movimento de empreender te fortalece. Procure também mentorias. Existem diversas plataformas que você paga relativamente barato e tem uma mentoria com grandes profissionais, é possível encontrar até de graça, e essas conversas às vezes valem por meses de curso.”

Gisele Paula, fundadora do Instituto Cliente Feliz

 

 https://exame.com/pme/5-conselhos-de-empreendedoras-para-mulheres-que-querem-ter-um-negocio/


Inovação no delivery faz sorveteria crescer na pandemia


A Nero Gelato, com lojas no interior paulista, tomou cuidado com o aspecto dos sorvetes enviados à casa dos clientes

Por Maria Clara Dias


(Divulgação/Divulgação)

 

 Ex-casal expande negócio de sorveterias e dobra faturamento na pandemia -  Pequenas Empresas Grandes Negócios | Alimentação


 A pandemia derrubou o movimento nas oito lojas da sorveteria Nero Gelato, de Vinhedo, no interior paulista. A saída para os empreendedores Antonio Filho e Camila Cavalcanti foi


A pandemia derrubou o movimento nas oito lojas da sorveteria Nero Gelato, de Vinhedo, no interior paulista. A saída para os empreendedores Antonio Filho e Camila Cavalcanti foi apostar no delivery, que trouxe outros desafios para o casal. Como manter, numa entrega, a consistência dos gelatos, um tipo de sorvete com ingredientes frescos e teor reduzido de gordura? 

O jeito foi criar uma embalagem de isopor reforçada, com uma película de plástico capaz de manter a temperatura por 50 minutos. É tempo suficiente para cruzar cidades inteiras nas praças onde a Nero atua, como as vizinhas Campinas e Valinhos. Para dar um charme, o kit tem casquinhas, e recheios extras vão à parte — assim o cliente pode personalizar o gelato. “O tratamento especial fez os clientes seguirem com a gente na pandemia”, diz Camila. 

Em boa medida, as estratégias compensam a perda de experiências sensoriais típicas de uma sorveteria. Alguns exemplos são o cheiro de bolo saindo do forno, já que as casquinhas são produzidas dentro da loja, as pazinhas de café e até os letreiros para tirar fotos. “A intenção é que tudo se ligue de alguma forma, e temos de levar essa boa experiência a qualquer canal de venda”, diz. 

 

 Ex-casal expande negócio de sorveterias e dobra faturamento na pandemia -  Pequenas Empresas Grandes Negócios | Alimentação

 Camila Cavalcanti e Antonio Filho, da Nero Gelato: kit para o cliente montar o sorvete em casa (Divulgação/Divulgação)

Com o fim da quarentena, as vendas nas lojas físicas da Nero voltaram a crescer. A diferença agora, porém, é que o delivery virou um canal de vendas permanente. Atualmente, o delivery responde por 15% das vendas das cinco lojas com a facilidade. Com a operação de delivery azeitada, a ambição dos empreendedores é faturar 9,5 milhões em 2022, o dobro do resultado de 2021. 

Governo prepara pacote de medidas para injetar R$165 bi na economia antes das eleições


Governo prepara pacote de medidas para injetar R$165 bi na economia antes das eleições

Notas de 200 reais

Por Lisandra Paraguassu e Bernardo Caram

 

 

BRASÍLIA (Reuters) – O governo federal vai anunciar na quinta-feira um pacote com o qual pretende injetar 165 bilhões de reais na economia até o final do ano e que inclui quatro iniciativas: liberação de recursos das contas do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, criação de um programa de microcrédito digital e ampliação de empréstimos consignados.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o chamado Programa de Renda e Oportunidade, preparado pelo ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, mira colocar recursos na mão dos trabalhadores até o final de 2022, ano eleitoral em que o governo está empenhado em estimular a economia.

O lançamento das medidas será feito em um evento no Palácio do Planalto e é parte dos grandes anúncios que o governo pretende fazer nos próximos dias, período em que pelo menos oito ministros se preparam para deixar os cargos e concorrer nas eleições deste ano — entre eles, Onyx, que será candidato ao governo do Rio Grande do Sul.

Dos recursos previstos, pelo menos 30 bilhões de reais virão da liberação do FGTS para 49 milhões de trabalhadores, com valores de até mil reais por pessoa, em uma reedição de medida adotada pelo atual governo em 2020 como ação de enfrentamento à crise gerada pela pandemia da Covid-19.

O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia defendido a medida, deixando claro que a intenção é tentar acelerar a economia.

“Há várias iniciativas que podemos ter até o fim do ano, que devem ajudar a economia a crescer. Podemos mobilizar recursos do FGTS também, porque são fundos privados. São pessoas que têm recursos lá e estão passando dificuldade. Às vezes o cara está devendo dinheiro no banco e está credor no fundo, no FGTS. Por que ele não pode sacar essa conta e liquidar a dívida dele do outro lado”, afirmou ele no mês passado.

Outros 55 bilhões de reais são da antecipação do pagamento do 13º do INSS, medida que também foi tomada em 2020 e 2021, em meio à pandemia. Dessa vez, a ideia é que os pagamentos, divididos em duas parcelas, sejam pagos aos pensionistas entre abril e junho deste ano, podendo dar mais um fôlego ao governo para enfrentar o pleito.

O restante dos recursos viriam da criação de um programa de microcrédito destinado principalmente a pessoas que receberam o auxílio emergencial durante a pandemia, com a intenção de permitir aos trabalhadores acesso a recursos que possam ser investidos em pequenos negócios, com valores de até mil reais por pessoa. Essa também é a intenção do aumento do programa de crédito consignado.

Nenhuma das fontes ouvidas pela Reuters informou ainda o volume de recursos a ser liberado nesses empréstimos e se haverá dinheiro do Tesouro para a concessão de garantias.

No caso da antecipação do INSS, os recursos já estão previstos no Orçamento de 2022, e haveria apenas uma mudança no calendário de pagamento. Os recursos do FGTS sairão das contas dos trabalhadores.

(Reportagem adicional de Marcela Ayres)

 

 


 

Roca Cerámica investirá R$ 220 milhões para ampliar produção em Campo Largo

 


Com o aporte, a previsão é incrementar em 20% a produção total na planta 
 
O recurso é para a instalação da segunda linha de produção da supercompactadora Contínua+, a mais moderna tecnologia para a produção de revestimentos cerâmicos do mundo

O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve nesta sexta-feira (11) na fábrica da Roca Brasil Cerámica, em Campo Largo, para o anúncio de R$ 220 milhões de investimentos na unidade. O recurso é para a instalação da segunda linha de produção da supercompactadora Contínua+, a mais moderna tecnologia para a produção de revestimentos cerâmicos do mundo.

Instalada há 70 anos na cidade da Região Metropolitana de Curitiba, a empresa é referência no setor de revestimentos e conta com as marcas Roca Cerámica e Incepa. Com o investimento, a previsão é incrementar em 20% a produção total na planta e criar mais 150 postos de trabalho diretos, além dos indiretos. A implantação da nova linha de produção está prevista para o primeiro semestre de 2023.

A Roca foi a primeira empresa na América Latina a implantar, em 2015, a tecnologia supercompactadora, que permite a fabricação de produtos de SuperFormatos, com lâminas e lastras de porcelanato extremamente finas, que podem chegar a dimensões de 120x250 centímetros. A companhia, que foi adquirida recentemente pelo grupo mexicano Lamosa, também será a primeira a adquirir a segunda unidade do maquinário.

O presidente da Roca Brasil Cerámica, Sergio Wuaden, explicou que o anúncio é um marco para a empresa, tanto pela tecnologia empregada, como pela continuidade dos negócios do grupo mexicano no Paraná e no Brasil. "Este investimento é um marco na indústria cerâmica, porque poucas empresas no mundo dominam essa tecnologia", afirmou. "É também uma resposta às dúvidas geradas durante o anúncio de aquisição da Roca pelo grupo Lamosa, que agora demonstra sua intenção em manter e dar sequência aos investimentos no país", completou.

A expansão da planta fabril será capaz de incrementar a produção da Roca Brasil em 3,6 milhões de metros cúbicos por ano. "O sucesso deste projeto será fundamental para sustentar para as próximas etapas do plano de expansão previsto para os próximos anos, que pode superar a cifra de R$ 500 milhões em investimentos do Grupo Lamosa no Estado", disse Wuaden.

 

 

https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/roca-ceramica-investira-r-220-milhoes-para-ampliar-producao-em-campo-largo?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Roca+Cer%C3%A1mica+investir%C3%A1+R%24+220+milh%C3%B5es+para+ampliar+produ%C3%A7%C3%A3o+em+Campo+Largo+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+14_03_2022

sexta-feira, 11 de março de 2022

Nova regulação sobre fintechs deve ter efeito limitado sobre Nubank, diz Citi


Nova regulação sobre fintechs deve ter efeito limitado sobre Nubank, diz Citi

Logotipo do Nubank na sede do banco em São Paulo


SÃO PAULO (Reuters) – O impacto sobre o Nubank das novas exigências para funcionamento de fintechs, anunciadas cedo pelo Banco Central (BC), deve ser mais restrito a regras de capital e limitado no curto prazo, escreveram analistas do Citi nesta sexta-feira.

As novas regras ampliam exigências aplicadas às fintechs de maior porte.

As novas regras podem colocar uma “leve pressão sobre as margem financeira líquida do Nubank, pois a empresa precisará alocar depósitos para instrumentos de menor rendimento”, escreveram analistas incluindo Ashwin Shirvaikar.

Segundo eles, o impacto no curto prazo deve ser limitado, já que o Nubank tem excesso de depósitos e já remunera os depositantes em 100% da taxa interbancária.

Com relação à adequação ao capital mínimo, o Citi diz não ver maiores impactos ao Nubank, especialmente dado que o banco digital está bem capitalizado após sua oferta pública inicial de ações (IPO) em dezembro.

O Citi acredita que o Nubank será classificado como uma instituição “tipo 3” segmento “S2” com base nas novas classificações disponibilizadas pelo BC, pois seus ativos representaram cerca de 1% do PIB do país.

O BC criou uma nova classificação com três tipos de conglomerados financeiros. O tipo 3 é definido como: conglomerado prudencial liderado por instituição de pagamento e integrado por instituição financeira. Dentro dele há segmentação de S2 a S5 a depender do porte do conglomerado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

O Citi manteve recomendação de compra para a ação do Nubank.

Às 13h56 (horário de Brasília), o papel do Nubank caía 6,8% em Nova York. Os principais índices das bolsas norte-americanas operavam mistas, com o Nasdaq em queda de 1,1%, o S&P 500 recuando 0,2% e o Dow Jones em alta de 0,4%.

(Por Andre Romani)