quinta-feira, 12 de maio de 2022

Novo unicórnio da Colômbia levanta US$ 200 mi mesmo com sell-off de tech nos EUA


Com a rodada série C de US$ 200 milhões do SoftBank e outros investidores, a proptech Habi atingiu o valuation bilionário 

 

Sebastián Noguera e Brynne McNulty Rojas, cofundadores da Habi.

Bloomberg Línea — A Habi, uma proptech colombiana fundada há três anos, tornou-se o segundo unicórnio da Colômbia nesta quarta-feira (11) - o primeiro foi a Rappi em 2018 - e a primeiro no setor de proptech da América Latina sem contar o Brasil, onde já existem a Loft e o QuintoAndar.

Pelas contas da Bloomberg Línea e da plataforma de inovação Distrito, a América Latina tem agora pelo menos 43 unicórnios, contando empresas que já foram adquiridas e as que atingiram o valuation bilionário enquanto privadas.

A empresa fechou uma rodada da série C de US$ 200 milhões e agora está avaliada em US$ 1 bilhão. Entre os investidores que apostaram na empresa estão o SoftBank, Homebrew, Tiger Global e Inspired Capital. Antes, em 2020, a startup já tinha recebido uma rodada Série A de US$ 12,5 milhões e depois, no final de 2021, passou por uma série B de US$ 100 milhões, a maior até agora na Colômbia.

Os cofundadores da Habi, Brynne McNulty Rojas e Sebastián Noguera, desenvolveram o negócio na Colômbia e expandiram para o México há seis meses. A startup já possui mais de 1.000 funcionários e está operando em 15 cidades nos dois países.

 STARTUPS DA COLÔMBIA 

Na Colômbia, entre as 1.110 startups que compõem o ecossistema de inovação local, existem pelo menos 65 mapeadas que competem no mercado imobiliário, gerando trabalho para cerca de 1.239 pessoas, segundo o ColombiaTech Report 2021, da empresa KPMG.

De acordo com a Colombian Proptech Association, as empresas desse segmento arrecadaram mais de US$ 300 milhões em 2021 de fundos como SoftBank, Bezos Expeditions, Acrew Capital, Renegade Partners, Tiger Global, Moore Strategic Ventures, NFX, entre outros. tecnologia aplicada à logística), foodtech (para alimentos), fintech (tecnologia financeira) e retailtech (tecnologia para comércio), a proptech está entre os setores com maior volume de investimento na Colômbia em 2021.

O modelo de negócios da Habi promete comprar uma casa em 10 dias, remodelá-la em menos de 15 dias e vendê-la em 45-60 dias. Por trás dele, há uma ferramenta digital, conhecida como Habimetro e é a joia por trás do projeto: dá aos usuários um preço pelo seu imóvel em função de suas características.

O processo, além disso, é praticamente todo digitalizado, desde a hipoteca até a escritura. Além disso, a startup conta com 900 imobiliárias e também possui portais próprios para venda de imóveis. Quando chegou ao México em agosto de 2021, adquiriu dois sites: Propiedades.com e Tu Cantón.

Basicamente, a Habi - que já conta com mais de 18.000 clientes na Colômbia e no México - também foi, desde o início, uma proptech com vocação de fintech e será ainda mais.

“Se somos uma fintech? Sim, somos uma empresa de tecnologia que ajuda os usuários a obterem soluções financeiras. E eu diria que cada vez mais seremos uma fintech que só vende e compra casas. Mas não somos e não seremos especialistas em gerenciar o risco do usuário e o saldo que um banco tem. Essa não é a nossa aposta. O que fazemos é que vamos fazer crescer o crédito hipotecário e ao consumo lastreado em casas e é por isso que somos o maior corretor de crédito hipotecário da Colômbia”, disse Sebastián Noguera, presidente da empresa em entrevista à Bloomberg Línea.

OS COFUNDADORES

O CEO da Habi, McNulty, é natural de Nova Jersey, formado pela Wharton School com dupla especialização em imóveis e finanças e MBA pela Harvard Business School. Foi vice-presidente de Estratégia Global da Selina, consultora da McKinsey e de investimentos imobiliários da Goldman Sachs. Mudou-se para a Colômbia com o marido, Julio Rojas, que até poucos meses atrás era diretor do Banco de Bogotá.

“Eu caí nessa. A oportunidade estava lá. A maneira de vender uma casa na Colômbia era pendurar uma placa na janela com um número de telefone”, disse McNulty à Bloomberg Línea em entrevista publicada em dezembro passado.

McNulty conheceu Noguera através de seu marido. Sebastián, formado em engenharia industrial e economia pela Universidad de los Andes, atuou como Chief Digital Officer (CDO) do Banco de Bogotá e também teve experiência em empreendedorismo. Acompanhou o empresário Miguel McAllister como cofundador da Merqueo, plataforma colombiana de entrega em domicílio que também se expandiu recentemente para o México.

Foi assim que a Habi começou com a ideia de comprar e vender casas. Noguera comenta que o sucesso está em recrutar os melhores talentos.

“Meu aprendizado nesse processo tem a ver com a contratação de pessoas incríveis, apaixonadas e alinhadas com a missão (...) Muitos líderes da Habi me incomodam pela intensidade com que fui trazê-los. Liguei para eles, escrevi para eles no Linkedin, eles não prestaram atenção em mim, e esse é o nosso trabalho: temos que convencer as pessoas que estão indo muito bem em outros lugares a apostar em uma empresa em crescimento com incerteza”, disse Noguera.

E os próximos passos? Noguera garante que virar unicórnio é muito importante, mas “não é o objetivo”, e a expansão pela América Latina está chegando. “Hoje somos o maior comprador de imóveis usados na Colômbia e no México e isso é muito importante porque nos tornamos esse provedor de liquidez. Acho que ainda podemos ser 10 ou 20 vezes maiores no que fazemos”, explicou o presidente da Habi.

OS UNICÓRNIOS DA AMÉRICA LATINA

Segundo a plataforma de inovação SlingHub, os investimentos nas startups da região desaceleraram em abril - seguindo tendência global - e as empresas de tecnologia da América Latina captaram US$ 812 milhões no mês passado, 12% a menos do que em março e 35% menos do que em abril de 2021.

A Bloomberg Línea e a plataforma de inovação Distrito compilaram os unicórnios da América Latina. A plataforma considerou as startups que atingiram US$ 1 bilhão de valuation em capital fechado, por este motivo algumas startups que atingiram esse valuation durante ou após o IPO não foram consideradas. Contudo, as que atingiram o valuation de US$ 1 bilhão e posteriormente realizaram o processo de IPO - ou seja, agora não são privadas - também foram consideradas.

Segundo o Distrito, muitas startups têm presença em diversos países visando sua expansão e crescimento, para determinar a qual país pertence determinada startup foi considerado o conjunto de origem do empreendedor e início da operação no país (independentemente de onde estiver sua sede hoje), por este motivo outras startups também não foram consideradas como pertencentes a países da América Latina.

Startups que foram totalmente adquiridas com um valuation superior a US$ 1 bilhão também foram consideradas como pertencentes ao grupo de unicórnios. Veja a lista dos unicórnios da América Latina abaixo:

ARGENTINA (10)

  • Auth0*

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Sapphire Ventures, Bessemer Venture Partners, K9 Ventures, Trinity Ventures, Meritech Capital y World Innovation Lab, NXTP, Cygnus.

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 103 millones

Nº de funcionários no LinkedIn: 6498 (Okta)

*Auth0 foi adquirida pela Okta por US$ 6,5 bilhões en 2021

  • Technisys**

Ano em que virou unicórnio: 2022

Principais investidores: Riverwood Capital, Kaszek

Nº de funcionários no LinkedIn: 1243

**Technisys foi adquirida por SoFi por US$ 1,1 bilhão en 2022

  • Globant

Ano em que virou unicórnio: 2016

Principais investidores: Quando privada, os principais investidores eram Endeavor Catalyst, FTV Capital, Riverwood Capital e WPP

Nº de funcionários no LinkedIn: 22.000

  • Vercel

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: GV, Tiger Global Management, Bedrock Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 102 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 322

  • Nuvemshop/Tiendanube

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Insight Partners, Tiger Global Management, Accel, Kaszek, Qualcomm Ventures, Elevar Equity, NXTP Ventures, FJ Labs, Advent International, IGNIA, VMG Partners, ThornTree Capital Partners

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 500 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 457 + 553 (Respectivamente páginas da Tiendanube e Nuvemshop)

Rodadas:

Anjo - US$ 300 mil

Seed - US$ 1 milhão

Série A - não divulgado

Série B - US$ 7 milhões

Série C - US$ 30 milhões

Série D - US$ 90 milhões

Série E - US$ 500 milhões

  • Ualá

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: SoftBank, Tencent Holdings, Soros Fund Management, Goldman Sachs Asset Management, Ribbit Capital, Greyhound Capital, Monashees, Endeavor Catalyst, D1 Capital Partners e 166 2nd. Bessemer Venture Partners, Jefferies, Point72 Ventures

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 350 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1273

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - não divulgado

Série A - US$ 10 milhões

Série B - US$ 34 milhões

Série C - US$ 150 milhões

Série D - US$ 350 milhões

  • Mural

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Insight Partners, Tiger Global Management, Gradient Ventures, Radian Capital, Alta Ventures Mexico, Intel Capital, World Innovation Lab, Greyhound Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 50 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1016

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - US$ 1,2 milhão

Série A - US$ 23 milhões

Série B - US$ 118 milhões

Série C - US$ 50 milhões

  • Decolar/Despegar

Ano em que virou unicórnio: 2015

Principais investidores: HM Capital, Merrill Lynch, AccorHotels, General Atlantic, Sequoia Capital, Expedia Group, L Catterton, Waha Capital, Tiger Global Management

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 270 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 2233 + 446 (Respectivamente páginas da Despegar e Decolar)

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - US$ 1 milhão

Série A - US$ 10,5 milhões

Série B - US$ 50 milhões

Série C - US$ 270 milhões

IPO - US$ 200 milhões

  • Prisma medios de pago

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Advent International

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 724 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1552

Rodadas:

Aquisição - US$ 724 milhões (51%)

  • Aleph

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: CVC Capital Partners, Snap Inc, Twitter Inc

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 470 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 27 (holding)

BRASIL (22)

  • 99

Ano em que virou unicórnio: 2018

Principais investidores: SoftBank, Monashees, Riverwood Capital, Didi, GE32 Capital, Tiger Global Management

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 960 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 3431

  • Banco Neon

Ano em que virou unicórnio: 2022

Principais investidores: General Atlantic, monashees, Banco Votorantim, Mabi, Omidyar Network, Propel Venture Partners, Quona Capital, Yellow Ventures, DOMO Invest, Distrito Ventures, Endeavor Catalyst, Vulcan Capital, Flourish Ventures, Black Rock, PayPal Ventures, BBVA

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 300 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1624

  • C6 Bank

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: JPMorgan Chase & Co

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 1,9 bilhão

Nº de funcionários no LinkedIn: 2662

  • Cloudwalk

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Valor Capital Group, DST Global, Coatue Management, FIS FinTech Accelerator, The Hive Brazil, Plug and Play

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 150 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 296

  • Creditas

Ano em que virou unicórnio: 2020

Principais investidores: SoftBank, Endeavor Catalyst, Kaszek Ventures, Naspers, QED Investors, Quona Capital, Vostok Emerging Finance, IFC - International Finance Corporation, Valor Capital Group, Redpoint eventures, Sequoia Capital, Napkn Ventures, Rockaway Capital, LGT Capital Partners, Advent International, Tarsadia Capital, Wellington Management, Fidelity Management, Greentrail Capital, Lightrock, Headline

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 255 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 3651

  • Ebanx

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Advent International, Endeavor Catalyst, FTV Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: Não divulgado

Nº de funcionários no LinkedIn: 1253

  • Facily

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Quona Capital, Rise Capital, Prosus, Tru Arrow, Goodwater Capital, Emerging Variant, Spruce House, JS Capital, S7, Citius, Convivialité Ventures, Canary, Monashees, DX Ventures, Tiger Global Management, Founders Fund, Luxor Capital Group

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 135 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1246

  • Frete.com (CargoX)

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Goldman Sachs, Qualcomm Ventures, Blackstone Group, Soros Fund Management, Valor Capital Group, Agility, Lumia Capital, Colle Capital Partners, Salazar Resources, NXTP Ventures, LGT Capital Partners, Farallon Capital, Pattac, Oikos, SoftBank, Tencent Holdings

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 200 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 118

  • Gympass

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Redpoint eventures, Kaszek Ventures, Provence Capital, Atomico, General Atlantic, Valor Capital Group, Atomico, SoftBank, ONEVC, Moore Strategic Ventures

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 300 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 2050

  • Hotmart

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Alkeon Capital, Buscape, GIC, General Atlantic, Kees Koolen, TCV

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 126,5 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 9310

  • iFood

Ano em que virou unicórnio: 2018

Principais investidores: Innova Capital, Just Eat, Movile, Naspers, Warehouse Investimentos

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 500 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 9489

  • Loft

Ano em que virou unicórnio: 2020

Principais investidores: Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures, Vulcan Capital, Canary, monashees, Valor Capital Group, Thrive Capital, Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures, QED Investors, Greyhound Capital, GIC, DST Global, Tiger Global Management, Silver Lake Partners, Advent International, D1 Capital Partners, Tarsadia Capital, Altimeter Capital, CPP, Emergin Varian

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 175 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 2300

  • Loggi

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Aimorés Investimentos, DOMO Invest, Dragoneer Investment Group, Fifth Wall Ventures, GGV Capital, IFC - International Finance Corporation, IKJ Capital, Iporanga Investmentos, Kaszek Ventures, Microsoft

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 150 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 3485

  • Mercado Bitcoin

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Endeavor, GP Investments, PIPO Capital, Parallax Ventures, SoftBank, TradersClub, Tribe Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 200 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 527

  • Merama

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Valor Capital Group, SoftBank, Advent International, Globo Ventures, Balderton Capital, Monashees, MAYA Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 60 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 200

  • MadeiraMadeira

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Brasil Capital, Lakewood Capital, monashees, SoftBank, Velt Partners, Flybridge Capital Partners, Dynamo, Light Street Capital, Grupo JCR, Monashees, Kaszek Ventures

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 190 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1836

  • Nubank

Ano em que virou unicórnio: 2018

Principais investidores: Kaszek Ventures, Sequoia Capital, Tiger Global Management, Berkshire Hathaway, Goldman Sachs, Redpoint eventures, DST Global, Founders Fund, QED Investors, Sands Capital, Verde Asset, Absoluto Partners, Tencent Holdings, Dragoneer Investment Group, Whale Rock, Invesco, Thrive Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 150 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 8128

  • Olist

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Valor Capital Group, Redpoint eventures, SoftBank, Endeavor Catalyst, FJ Labs, 500 Startups, DeNA, Unreasonable Capital, Polaris Investimentos, Goldman Sachs, Wellington Management, Globo Ventures

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 177,6 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1161

  • Wildlife

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: Benchmark Capital, Bessemer Venture Partners, Vulcan Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 60 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1168

  • Quinto Andar

Ano em que virou unicórnio: 2019

Principais investidores: General Atlantic, Kaszek Ventures, Sequoia Capital, QED Investors, Qualcomm Ventures, Dragoneer Investment Group, SoftBank, Qualcomm Ventures, Acacia Capital Partners, GE32 Capital, LTS, Alta Park Capital, Ribbit Capital, Maverick Ventures, IDC Ventures, Tencent Holdings, Greenoaks Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 250 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 3582

  • Vtex

Ano em que virou unicórnio: 2020

Principais investidores: Gávea Angels, SoftBank, Constellation Asset Management, Riverwood Capital, Tiger Global Management

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 225 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1710

  • Unico

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Goldman Sachs, General Atlantic, SoftBank, e.Bricks Ventures

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 121,6 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 1045

CHILE (3)

  • BetterFly

Ano em que virou unicórnio: 2018

Principais investidores: Glade Brook Capital Partners, QED Investors, Softbank, Albatross Capital, Alaya Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 125 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 425

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - US$ 2 milhões

Série A - US$ 17,5 milhões

Série B - US$ 60 milhões

Série C - US$ 125 milhões

  • Cornershop***

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: ALLVP, Jackson Square Ventures, Accel, Uber

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 1,4 bilhão

Nº de funcionários no LinkedIn: 800

***Comprada pela Uber

  • NotCo

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: SOSV, Kaszek, Bezos Expeditions, The Craftory, Future Positive, L Catterton, Enlightened Hospitality Investments, Tiger Global Management, DFJ Growth, ZOMALAB, Roger Federer, Kaszek Ventures, Maya Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 235 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 626

COLÔMBIA (2)

  • Habi

Ano em que virou unicórnio: 2022

Principais investidores: SoftBank, HomeBrew, Tiger Global, Inspired Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 200 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 605

Rodadas:

Anjo - Não divulgado

Seed - US$ 3,5 milhões

Série A - US$ 12,5 milhões

Série B - US$ 100 milhões

Série C - US$ 200 milhões

  • Rappi

Ano em que virou unicórnio: 2018

Principais investidores: T. Rowe Price, Sequoia Capital, SoftBank, DST Global, Delivery Hero, Andreessen Horowitz, Y Combinator, Investo

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 200 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 8413

MÉXICO (6)

  • Clip

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: SoftBank, Viking Global Investors, General Atlantic, Alta Ventures, Sierra Ventures, Endeavor, American Express Ventures, Fondo De Fondos , Accion, 500 Global, Karl Mehta, SV Latam Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 250 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 927

  • Clara

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: DST Global Partners, General Catalyst, Monashees, Coatue, General Catalyst Partners, Global Founders Capital

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 70 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 254

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - US$ 3,5 milhões

Série A - US$ 30 milhões

Série B - US$ 70 milhões

  • Bitso

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: Tiger Global Management, Coatue, Bond Capital, Pantera Capital, Kaszek Ventures,QED Investors, MassChallenge, Digital Currency Group, Endeavor, Pantera Capital, Coinbase, Monex Group, Digital Currency Group, FundersClub, Variv Capital, BnkToTheFuture

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 250 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 631

  • Jeeves

Ano em que virou unicórnio: 2022

Principais investidores: Tencent, GIC, Stanford University, Andreessen Horowitz, CRV, Silicon Valley Bank, FT Partners, Clocktower Ventures, Urban Innovation Fund, Haven Ventures, Gaingels, Spike Ventures.

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 180 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 185

  • Konfío

Ano em que virou unicórnio: 2021

Principais investidores: QED Investors, Tarsadia Investments, International Finance Corporation, SoftBank, Kaszek Ventures, Quona Capital, VEF, Goldman Sachs, Victory Park Capital, Lightrock.

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 110 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 877

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - não divulgada

Série A - US$ 8 milhões

Série B - US$ 10 milhões

Série C - US$ 25 milhões

Série D - US$ 100 milhões

Série E - US$ 235 milhões

  • Kavak

Ano em que virou unicórnio: 2020

Principais investidores: General Catalyst Partners, Founders Fund, Ribbit Capital, Tiger Global Management, SoftBank, DST Global, Greenoaks, Bond Capital, General Atlantic, Endeavor, Mountain Nazca, Kaszek

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 235 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 4515

Rodadas:

Anjo - não divulgado

Seed - US$ 3,3 milhões

Série A - US$ 10 milhões

Série B - não divulgado

Série C - US$ 225 milhões

Série D - US$ 485 milhões

Série E - US$ 700 milhões

URUGUAI (1)

  • DLocal

Ano em que virou unicórnio: 2020

Principais investidores: Alkeon Capital Management, Bond Capital, Tiger Global Management, General Atlantic, Endeavor, Addition

Valor do deal que a tornou unicórnio: US$ 200 milhões

Nº de funcionários no LinkedIn: 570

****Demais startups que poderiam compor a lista não foram classificadas por falta de informações divulgadas/encontradas

Andrés Garibello
Andrés Garibello

Andrés Garibello

Periodista colombiano con más de dos décadas en medios de comunicación. Fue editor del diario El Tiempo, en Bogotá, y editor jefe de la revista Forbes Colombia; máster de la Escuela de Periodismo de El País (España). Es el director de noticias para el Cono Sur de Bloomberg Línea.

 

 

 

Fuga das techs: Tiger Global perde 70% do que acumulou em 21 anos - Fundo de hedge teve perdas acima da média por causa de sell-out em empresas de tecnologia

Fuga das techs: Tiger Global perde 70% do que acumulou em 21 anos

Fundo de hedge teve perdas acima da média por causa de sell-out em empresas de tecnologia
Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)
Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)
Por Karina SouzaPublicado em 10/05/2022 19:30 | Última atualização em 10/05/2022 19:30Tempo de Leitura: 3 min de leitura

O flagship de hedge fund do fundo Tiger Global vive dias de horror com a fuga dos investidores de papéis de tecnologia na bolsa. A firma perdeu US$ 17 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano – quase dois terços do que acumulou desde 2001 — de acordo com cálculos da LCH Investments feitos para o Financial Times. A situação atual do fundo chama a atenção dos investidores, que chegam a classificar as perdas como “de tirar o ar”, para a mídia norte-americana, já que marca uma das maiores quedas para um fundo de hedge na história.

A queda acompanha a aversão de investidores ao risco de empresas de tecnologia na bolsa norte-americana – setor priorizado pelo fundo e que rendeu ganhos durante a pandemia. Um cenário totalmente diferente em 2022: companhias como Microsoft e JD.com, investidas pelo fundo, passaram a ter momentos difíceis na bolsa neste ano. Além delas, outros nomes conhecidos como Sea Ltd. (dona da Shopee) e Nu Holdings também estavam entre os maiores investimentos do fundo no último ano. Reforçando o óbvio: todas passaram por momentos amargos na bolsa em 2022. 

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Se a correção dos valores de empresas de tecnologia no pós-pandemia já era, em alguma medida, prevista pelo mercado no início do ano, o “combo” atual de aumento significativo dos juros pelo Fed e

 Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)

 

 

O flagship de hedge fund do fundo Tiger Global vive dias de horror com a fuga dos investidores de papéis de tecnologia na bolsa. A firma perdeu US$ 17 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano – quase dois terços do que acumulou desde 2001 — de acordo com cálculos da LCH Investments feitos para o Financial Times. A situação atual do fundo chama a atenção dos investidores, que chegam a classificar as perdas como “de tirar o ar”, para a mídia norte-americana, já que marca uma das maiores quedas para um fundo de hedge na história.

A queda acompanha a aversão de investidores ao risco de empresas de tecnologia na bolsa norte-americana – setor priorizado pelo fundo e que rendeu ganhos durante a pandemia. Um cenário totalmente diferente em 2022: companhias como Microsoft e JD.com, investidas pelo fundo, passaram a ter momentos difíceis na bolsa neste ano. Além delas, outros nomes conhecidos como Sea Ltd. (dona da Shopee) e Nu Holdings também estavam entre os maiores investimentos do fundo no último ano. Reforçando o óbvio: todas passaram por momentos amargos na bolsa em 2022. 

Se a correção dos valores de empresas de tecnologia no pós-pandemia já era, em alguma medida, prevista pelo mercado no início do ano, o “combo” atual de aumento significativo dos juros pelo Fed e de guerra da Ucrânia tornou tudo ainda muito mais complicado. Nos Estados Unidos, a segunda-feira foi amarga na bolsa, que teve recordes de baixa. Dentro desse bolo, empresas de tecnologia já perderam mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado em três sessões.

 Apesar de surpreendente pelo tamanho do tombo, as perdas do fundo não acontecem de forma isolada. Ainda segundo o Financial Times, os fundos de hedge perderam US$ 4 trilhões nos últimos anos, que incluem os US$ 12 bilhões perdidos pelo grupo Bridgewater no auge da pandemia em 2020 e as perdas de US$ 7 bilhões do Melvin Capital por causa da GameStop. 

À onda do pessimismo, se soma o gestor Alister Hibbert, da BlackRock, que comunicou nesta terça-feira as piores perdas do fundo de hedge de todos os tempos. Segundo informações da Bloomberg, o BlackRock Strategic Equity Hedge Fund caiu 13% neste ano até abril. A empresa também tinha papéis de tecnologia como principais apostas, principalmente Microsoft e Mastercard.

No Brasil, o cenário caminhava na contramão até 2020. Apesar da configuração diferente do que se tem hoje nos Estados Unidos, executivos de bancos estavam deixando cargos para se tornarem sócios de fundos de ações, por exemplo. Mesmo assim, é impossível deixar de notar as perdas: a Locaweb, uma das principais representantes do setor no país, viu o preço da ação encolher 14% em um único pregão – o de ontem. 

O que fica, depois das perdas, é uma questão a respeito da confiança que as casas – teoricamente criadas com base nesse atributo – poderão oferecer em tempos tão turbulentos. E como agentes como fundos de pensão e seguradoras, que contribuem em larga medida para o setor, devem se comportar daqui para frente. 


https://exame.com/exame-in/fuga-das-techs-tiger-global-perde-70-do-que-acumulou-em-21-anos/

 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Inflação: BV não vê luz no fim do túnel

Inflação: BV não vê luz no fim do túnel

Roberto Padovani, economista-chefe do BV, prevê valorização do dólar nos próximos meses e projeta moeda a R$ 5,50
Roberto Padovani: economista-chefe do BV (Divulgação/BV)
Roberto Padovani: economista-chefe do BV (Divulgação/BV)
Por Guilherme GuilhermePublicado em 09/05/2022 11:57 | Última atualização em 09/05/2022 12:00Tempo de Leitura: 7 min de leitura

A inflação brasileira está no maior nível em quase 20 anos e segue sem dar indícios de que já chegou ao pico. Roberto Padovani, economista-chefe do BV, espera que, em algum momento, a alta de preços comece a ceder diante dos apertos monetários no Brasil e no mundo --  "o problema é em qual ritmo".

"Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante", afirmou Padovani em entrevista à EXAME Invest

A alta de juros nos Estados Unidos, onde a inflação se tornou a maior preocupação do ano passado para cá, deve contribuir para o resfriamento de preços ao longo do tempo, segundo o economista. A percepção do economista é de que o Federal Reserve (Fed) tentará controlar a inflação sem gerar uma recessão da maior economia do mundo. "A dúvida é se vão conseguir."

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Além do potencial efeito recessivo, Padovani prevê que os juros mais altos nos Estados Unidos devem seguir pressionando o dólar para cima no mundo. "O diferencial de juros é uma variável muito

 

 

A inflação brasileira está no maior nível em quase 20 anos e segue sem dar indícios de que já chegou ao pico. Roberto Padovani, economista-chefe do BV, espera que, em algum momento, a alta de preços comece a ceder diante dos apertos monetários no Brasil e no mundo --  "o problema é em qual ritmo".

"Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante", afirmou Padovani em entrevista à EXAME Invest.  

A alta de juros nos Estados Unidos, onde a inflação se tornou a maior preocupação do ano passado para cá, deve contribuir para o resfriamento de preços ao longo do tempo, segundo o economista. A percepção do economista é de que o Federal Reserve (Fed) tentará controlar a inflação sem gerar uma recessão da maior economia do mundo. "A dúvida é se vão conseguir."

Além do potencial efeito recessivo, Padovani prevê que os juros mais altos nos Estados Unidos devem seguir pressionando o dólar para cima no mundo. "O diferencial de juros é uma variável muito importante para o comportamento das moedas", afirmou.

 O economista, porém, não espera que altas adicionais na taxa de juros brasileira sejam suficientes para conter a apreciação do dólar no Brasil. "Quando fazemos as contas, vemos o dólar próximo de R$ 5,50."

Confira a entrevista com Roberto Padovani, economista-chefe do BV.

 

O mercado projeta Selic de 13,25% para o fim do ano. É o suficiente para controlar a inflação? 

 

A inflação vai desacelerar. O problema é em qual ritmo. A inflação subiu no ano passado com preços de energia e alimentos. Hoje, ela está espalhada. A cada 10 itens 8 estão subindo de preço. O núcleo da inflação, que desconta preços mais voláteis, está rodando a 8%. O IPCA no ano passado fechou a 10,1% e já está perto 13%. A situação está piorando, porque além da disseminação da inflação, estão havendo novos choques. O petróleo voltou a subir e problemas climáticos estão afetando a oferta agrícola. 

Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante. 

 

O mercado tem precificado altas de juros mais fortes nos Estados Unidos. Qual deve ser o efeito do aperto monetário? Poderemos ver uma queda do PIB americano? 

Quem decidirá isso será o próprio Fed. Se os juros passarem de 2,5% será um aperto monetário para valer. A impressão é de que o Fed quer fazer isso. Vão colocar o juro acima de 2,5% porque o desemprego nos Estados Unidos está no menor nível em 70 anos, a economia está aquecida e a inflação ao consumidor está a 8,5%. É chocante o que está acontecendo. Não faz sentido o juro estar abaixo do neutro, sendo que a pressão inflacionária é a mais preocupante em 30 anos nos Estados Unidos. 

O Fed terá que fazer o aperto monetário, mas vão avaliar as condições econômicas. Se o aperto econômico for muito forte, a tendência é diminuírem o ritmo. A intenção será levar o juro a ponto de a inflação cair sem gerar recessão. A dúvida é se vão conseguir. 


https://exame.com/invest/mercados/inflacao-bv-nao-ve-luz-no-fim-do-tunel/

 

Superintendência do Cade recomenda aprovação de venda da Extrafarma para Pague Menos

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SÃO PAULO (Reuters) – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação da venda da rede de farmácias Extrafarma para a Pague Menos.

A superintendência recomendou que a Extrafarma venda cerca de 3% da rede para eliminar preocupações relativas à concorrência em algumas áreas, disse a Pague Menos em fato relevante nesta segunda-feira. O acordo ainda precisa ser votado pelo tribunal do Cade até setembro.

O diretor financeiro da Pague Menos, Luiz Novais, disse à Reuters em entrevista que o fechamento do negócio, que trará mais de 350 lojas depois da venda ordenada pelo Cade, deve acelerar a expansão da rede. A Extrafarma tem quase 400 lojas e deve vender pouco mais de 10 para cumprir a decisão do Cade.

“A aquisição equivale a três anos de crescimento orgânico”, afirmou Novais. A Pague Menos deve abrir 120 lojas este ano.

A Pague Menos deve pagar metade dos 700 milhões de reais acertados com o proprietário da Extrafarma, a Ultrapar, depois da aprovação do Cade. O restante será pago em duas parcelas anuais. A Pague Menos não precisará emitir dívida ou ações para o pagamento, que deve ser executado com o caixa, afirmou Novais.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/superintendencia-do-cade-recomenda-4/

 

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro


MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

Por Tatiana Bautzer

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A MRV&Co está procurando um sócio para sua subsidiária americana AHS Residential que financie sua expansão, afirmou o diretor financeiro, Ricardo Paixão Rodrigues, em entrevista à Reuters.

A MRV terá reuniões com investidores para discutir o projeto esta semana em Nova York, durante uma conferência com empresas latino-americanas organizada pelo Itaú BBA, unidade de banco de investimento do Itaú Unibanco.

O acordo privado de investimento, conhecido como “private placement”, financiaria a expansão da AHS e seria o primeiro passo antes de um IPO da unidade, afirmou o diretor.

Fundada em 2012 e adquirida pela MRV in 2019, a AHS Residential constrói, aluga e revende complexos de apartamentos em Estados do sul dos Estados Unidos, Flórida, Texas e Georgia. 

 No ano passado, a AHS vendeu 7 projetos com 1.486 apartamentos num valor potencial de venda de 350 milhões de dólares. Dez projetos em construção devem ter mais de 3 mil unidades disponíveis cujo valor potencial de venda pode atingir 915 milhões de dólares, segundo o balanço de dezembro da MRV.

A AHS tem ainda um banco de terrenos suficiente para produzir mais de 7 mil unidades habitacionais.

A MRV está procurando um investidor externo para financiar a expansão porque a AHS cresceu mais rápido do que a expectativa inicial e também porque a desvalorização do real dificultou o financiamento do crescimento nos EUA pela holding brasileira. “Financiar esse crescimento não caberia no nosso balanço”, disse Rodrigues.

Segundo o balanço de dezembro da MRV, a AHS Residential era avaliada em 474 milhões de dólares em dezembro. A MRV tinha uma capitalização de mercado na semana passada de 5,17 bilhões de reais, pouco superior a 1 bilhão de dólares.

O CFO da MRV disse que um novo investidor diluiria a MRV, que hoje tem 94,5% da subsidiária, para acelerar o crescimento. Não está previsto nenhum pagamento aos acionistas e o private placement seria puramente primário.

Rodrigues preferiu não revelar o montante de investimento desejado e a participação acionária que a MRV oferecerá. Depois que a empresa tiver atingido um tamanho maior, a MRV poderá considerar um IPO da unidade norte-americana, disse o diretor financeiro.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/mrv-procura-socio-para/

 

Itaú Unibanco desacelera concessões de crédito para conter inadimplência


Crédito: REUTERS/Sergio Moraes

Itaú gera mais crédito e receitas, compensa provisões e lucro sobe 15% no 1º tri (Crédito: REUTERS/Sergio Moraes)

 

Por Aluisio Alves

 

SÃO PAULO (Reuters) -O Itaú Unibanco está desacelerando concessões de crédito, após forte alta liderada por linhas de maior risco no primeiro trimestre incrementarem suas margens, mas também as provisões para perdas esperadas com inadimplência.

“Perspectivas não são boas olhando para frente; a gente tem sido muito proativo na redução e nos ajustes de concessão”, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.

Linhas como cartão de crédito (+41,5%), crédito pessoal (+26,8%) e para pequenas e médias empresas (+29%) lideraram a expansão de 13,9% em 12 meses até março da carteira de empréstimos, para 1,03 trilhão de reais, surpreendendo o próprio banco.

Por um lado, essa expansão fez as margens com clientes evoluírem 23,9% ano a ano, para 20 bilhões de reais, refletindo também o efeito da alta do juro sobre os passivos.

Mas por outro, o índice de inadimplência subiu 0,1 ponto percentual na base sequencial e 0,3 ano a ano, a 2,6%, tendência que deve se prolongar ao longo de 2022, segundo Maluhy Filho, e levar o banco a ampliar a provisão para perdas com calotes em 69,5% no comparativo anual.

Esse conjunto levou o Itaú um lucro recorrente de 7,36 bilhões de reais de janeiro a março, 15% maior no comparativo anual, mas em linha com a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, de 7,35 bilhões de reais.

Analistas apontaram que, apesar da piora da qualidade da carteira, o Itaú fez melhor do que os rivais nesse item. Mas o resultado também foi beneficiado por fatores como o crescimento de seguros, que ajudou a receita com serviços da instituição crescer 9,6%, enquanto as despesas administrativas evoluíram 3,8%, em nível bem inferior do que o IPCA no período, de 11,3%.

Eduardo Rosman e equipe, do BTG Pactual, consideraram o resultado em linha com o esperado e mantiveram a ação do banco como uma das preferidas do setor no Brasil. Avaliação similar veio de Jörg Friedemann e equipe, do Citi, que reiteraram recomendação de compra para o papel, apesar do lucro do Itaú ter tido também ajuda de pagamento de menor alíquota de imposto.

Ainda assim, em outro dia de forte volatilidade da bolsa, a ação do Itaú caía 1,5% às 13h10 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa cedia 1%.

No conjunto, o retorno recorrente sobre o patrimônio do Itaú subiu 1,9 ponto percentual, para 20,4%, nível que Maluhy diz que deve se manter nos próximos trimestres. O executivo também reforçou que a política de distribuir 25% do resultado do banco aos acionistas será mantida.

O grupo manteve suas projeções de desempenho para 2022, com Maluhy Filho defendendo que a política de “guidance” deve ser coerente.

O resultado vem após o rival Bradesco ter anunciado semana passada aumento de 4,7% no lucro do trimestre, sobre um ano antes, refletindo maiores receitas com crédito e controle de despesas. O banco também revisou várias de suas premissas de resultados para o ano.

E o Santander Brasil havia anunciado no final de abril lucro trimestral 1,3% maior, mesmo após as provisões para perdas com empréstimos avançarem 45,9% no período.

(Com reportagem adicional de Gabriel Araújo e André Romani, edição Alberto Alerigi Jr.)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/itau-unibanco-desacelera-concessoes/

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo


Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo

Logotipo da agência de notícias russa TASS em uma placa em São Petersburgo


Por Kenneth Li e Guy Faulconbridge

 

(Reuters) – A Reuters removeu a Tass de seu marketplace de conteúdo voltado a clientes institucionais, segundo uma mensagem da empresa à equipe nesta quarta-feira, em meio a críticas crescentes sobre como a agência de notícias estatal da Rússia está retratando a guerra na Ucrânia.

“Acreditamos que disponibilizar o conteúdo da Tass no Reuters Connect não está alinhado com os Princípios de Confiança da Thomson Reuters”, escreveu Matthew Keen, presidente-executivo interino da Reuters, em um memorando interno nesta quarta-feira.

Os Princípios de Confiança da Reuters, criados em 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial, obrigam a Reuters a agir com integridade, independência e isenção de vieses.

A Tass não comentou imediatamente.

A agência de notícias russa foi acusada por alguns meios de comunicação ocidentais e grupos de liberdade de imprensa de espalhar falsas alegações e propaganda sobre a guerra na Ucrânia.

No início de março, a agência de fotos Getty Images cortou os laços com a Tass, de acordo com uma reportagem da Forbes. A matéria cita a declaração de um porta-voz da Getty dizendo que “para garantir a integridade do conteúdo que distribuímos, exigimos que parceiros e colaboradores cumpram”. A Tass não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, segundo a Forbes.

O Reuters Connect permitia que usuários, principalmente organizações de notícias, acessassem e compartilhassem o conteúdo da Tass. A ferramenta também oferece conteúdo da Reuters News e de cerca de 90 outros veículos, incluindo Variety, USA Today e CNBC.

A parceria da Tass com a plataforma Reuters Connect foi firmada em 2020. De acordo com o comunicado de imprensa divulgado na ocasião, o acordo da Tass com a Reuters Connect oferecia aos clientes “acesso a notícias de última hora e vídeos exclusivos; vídeos sobre o Kremlin e o presidente russo, Vladimir Putin, bem como vídeos de destaque e notícias gerais”.

Desde a invasão da Ucrânia, a parceria gerou fortes críticas nas redes sociais. Uma reportagem do Politico, publicada em 20 de março, citou jornalistas não identificados da Reuters dizendo que estavam envergonhados com a associação da empresa com a Tass.

A Reuters é de propriedade da empresa de notícias e informações Thomson Reuters.

(Por Kenneth Li e Guy Faulconbridg)