sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Sephora abre sua primeira loja em Balneário Camboriú


Essa é a quarta loja da rede no Sul, já presente em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) 
 
 
Neste ano, a Sephora completa 10 anos no Brasil

 

Em seu plano de expandir estrategicamente pelo Brasil, a Sephora abre hoje (23) as portas de sua primeira loja em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, no Balneário Shopping. A inauguração vem após um experimento com uma pop up store da marca no mesmo shopping em 2018, que funcionou como um termômetro para que voltassem de maneira sólida para a região. Outro impulsionador da escolha foi a forte presença de compradores do estado nas plataformas de compras digitais da Sephora. 

"Esta é a nossa primeira expansão de 2022 e estamos muito confiantes pelo o que ainda iremos realizar neste ano, no qual a Sephora comemora 10 anos no Brasil", explica Andrea Orcioli, CEO da marca. Essa é a quarta loja da rede na Região Sul, que já está presente com duas unidades em Curitiba, no Paraná, e uma em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 

A nova loja, localizada no piso L2 do Balneário Shopping, segue os padrões internacionais da rede em seu projeto. Os clientes catarinenses poderão encontrar marcas exclusivas como Nars, Sephora Collection, Fenty Beauty, Anastasia Beverly Hills, Sol de Janeiro, Drunk Elephant, Jo Malone, KVD Beauty, Kylie Cosmetics e Kylie Skin e a recém-chegada Rare Beauty, marca de maquiagem de Selena Gomez.

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Brasileiros têm perspectiva de melhoria profissional no próximo semestre

Papa é solicitado a apoiar democracia no Brasil e resultado de urnas Papa Francisco - REUTERS/Guglielmo Mangiapane Papa Francisco Imagem: REUTERS/Guglielmo Mangiapane Jamil Chade Colunista do UOL 23/09/2022 07h54 Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail O papa Francisco é solicitado a participar da defesa da democracia no Brasil. Num encontro realizado nesta sexta-feira, no Vaticano, ele recebeu das mãos de um religioso brasileiro uma carta elaborada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns na qual o pontífice é chamado a apoiar o processo eleitoral. O objetivo é que a Santa Sé seja uma das instâncias estrangeiras a reconhecer o r... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/09/23/papa-e-solicitado-a-apoiar-democracia-no-brasil-e-resultado-de-urnas.htm?utm_campaign=jamil-chade&utm_content=veja-texto-completo&utm_medium=email&utm_source=notificacao-coluna&cmpid=copiaecola

 

Índice cresceu 1,4% em setembro, maior percentual desde abril de 2020 
 
Conforme a pesquisa, a maior parte da população (47,1%) acredita que terá melhorias profissionais nos próximos seis meses

 

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 84,4 pontos em setembro de 2022, superando novamente os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores e mantendo a tendência de alta, iniciada em janeiro deste ano. O indicador, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 1,4% no mês, com crescimento de todos os seus componentes. Na comparação anual, houve evolução de 16,5%, com recuo apenas na avaliação do Momento para Compra de Duráveis, que apresentou queda de 0,2%, em virtude do aumento dos juros no período.

Um dos fatores que explicam o aumento da intenção de consumo é a melhora do mercado de trabalho. Após o indicador de Perspectiva Profissional recuar no mês passado, ele apontou alta de 1,4% já em setembro. Conforme a pesquisa, a maior parte da população (47,1%) acredita que terá melhorias profissionais nos próximos seis meses, o mais alto percentual desde abril de 2020. No mesmo sentido, a taxa de satisfação com o Emprego Atual teve crescimento de 1,2% no mês e 25,3% em relação aos 12 meses anteriores.

"As famílias estão otimistas em relação à sua manutenção nos empregos e têm boas expectativas quanto à sua situação profissional, o que deve levar a um cenário de ampliação do consumo nos próximos meses", analisa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A taxa de desemprego atual está em 9,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o menor índice desde o último trimestre de 2015. Desde o início do ano, o saldo entre contratações e demissões é positivo – 6,42% de aumento em julho de 2022, em relação a 2021, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). "O movimento no comércio de bens e serviços está aquecido, o que implica uma maior contratação de trabalhadores, que, por sua vez, refletem o otimismo em sua intenção de consumo", pontua Tadros.

Satisfação com a renda atual 

Na esteira dos resultados positivos do mercado de trabalho, o segundo componente de maior influência no ICF de setembro foi a avaliação da Renda Atual, que chegou a 99,1 pontos em setembro, um crescimento de 2,1% no mês. Esse indicador também teve ampliação de 25,6% no ano. "Contribuíram para isso o aumento do valor do Auxílio Brasil e a recuperação de parte do poder de compra decorrente das deflações de julho e agosto", explica a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro. De acordo com ela, para as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, a alta foi ainda mais expressiva, de 2,2%, corroborando a influência dos programas de renda.

Os avanços nas condições de consumo, com renda, inflação e mercado de trabalho mais favoráveis, levaram a Perspectiva de Consumo nos próximos meses a acelerar 1,2%. "Apesar do maior suporte temporário às famílias mais necessitadas, esses consumidores estão cautelosos por conta de sua vulnerabilidade econômica e, com isso, o indicador cresceu mais, influenciado pelas famílias com renda acima de 10 salários mínimos", afirma Catarina Carneiro.

 

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Papa é solicitado a apoiar democracia no Brasil e resultado de urnas Papa Francisco - REUTERS/Guglielmo Mangiapane Papa Francisco Imagem: REUTERS/Guglielmo Mangiapane Jamil Chade Colunista do UOL 23/09/2022 07h54 Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail O papa Francisco é solicitado a participar da defesa da democracia no Brasil. Num encontro realizado nesta sexta-feira, no Vaticano, ele recebeu das mãos de um religioso brasileiro uma carta elaborada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns na qual o pontífice é chamado a apoiar o processo eleitoral. O objetivo é que a Santa Sé seja uma das instâncias estrangeiras a reconhecer o r... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/09/23/papa-e-solicitado-a-apoiar-democracia-no-brasil-e-resultado-de-urnas.htm?utm_campaign=jamil-chade&utm_content=veja-texto-completo&utm_medium=email&utm_source=notificacao-coluna&cmpid=copiaecola

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Amazon faz parceria com elétrica EDP para parque solar no Brasil


Amazon faz parceria com elétrica EDP para parque solar no Brasil

Amazon expande projetos de energia renovável no mundo e terá fazenda solar no Brasil


(Reuters) – A Amazon.com anunciou nesta quarta-feira uma parceria com o grupo português EDP para seu primeiro projeto de energia renovável na América do Sul, um parque de geração solar de 122 megawatts (MW) de potência no Brasil.

O projeto, cujo local não foi divulgado, está sendo desenvolvido com a EDP Brasil e a EDP Renováveis. O valor dos investimentos e cronograma para entrada em operação da usina também não foram detalhados.

Estima-se que o empreendimento crie 850 empregos durante a fase de construção. O projeto inclui ainda investimentos de 2 milhões de reais em programas ambientais, visando a promoção da biodiversidade.

“Este projeto impulsionará todos os nossos negócios no Brasil: operações, centros de atendimento e data centers da Amazon Web Services”, disse em nota Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil.

Segundo as empresas, o contrato de energia (PPA) assinado vai viabilizar o maior parque solar da EDP Brasil no país.

A companhia elétrica mudou recentemente o foco de sua estratégia para o segmento de geração no Brasil, vendendo hidrelétricas e apostando na fonte solar. Até 2025, a EDP planeja investir mais de 3 bilhões de reais em projetos de energia solar no Brasil.

Globalmente, a Amazon anunciou nesta quarta-feira que adicionará 2,7 gigawatts em capacidade de produção de energia limpa por meio de dezenas de novos projetos.

O anúncio de 71 novos projetos no segmento renovável, totalizando agora 379, vem em meio ao objetivo da varejista de utilizar 100% de energia renovável nos negócios até 2025.

A Amazon espera gerar 50 mil gigawatts-hora (GWh) de energia limpa por meio de todo o seu portfólio, o equivalente a abastecer 4,6 milhões de residências norte-americanas por ano.

Além do complexo solar no Brasil, os novos projetos incluem, por exemplo, três usinas de grande escala no Estado indiano do Rajastão, com capacidade de 420 MW, projetos solares em telhados na França e na Áustria e seu primeiro parque solar na Polônia.

(Por Savyata Mishra; reportagem adicional de André Romani e Letícia Fucuchima)


Kavak firma acordos financeiros de US$ 810 milhões


Crédito: Kavak Divulgação

A startup Kavak fechou acordos financeiros de US$ 810 milhões (Crédito: Kavak Divulgação)


A Kavak, startup mexicana especializada na compra e venda digital de carros seminovos, firmou acordos financeiros de mais de US$ 810 milhões com HSBC, Goldman Sachs e Santander, para apoiar sua operação.

Os acordos concedem a empresa até US$ 675 milhões vindos do HSBC, por meio de contrato de venda de recebíveis futuros, a serem executados, no qual o HSBC concorda em adquirir direitos sobre recebíveis referentes a parte dos financiamentos originados pela Kavak.

Além disso, a Kavak assinou linha de crédito de US$ 100 milhões com o Goldman Sachs, e outra de US$ 35 milhões com o Santander.

Os recursos serão utilizados para o desenvolvimento do modelo de negócios, além de fortalecer a infraestrutura e estoque da empresa, continuando a sua consolidação no mercado latinoamericano.

Empresa compra os carros que vende

O modelo de negócios da Kavak é diferenciado já que a empresa não faz intermediação. A empresa compra de fato os seminovos, recondicionando os veículos antes de disponibilizá-los para venda a outros consumidores em suas plataformas digitais. O unicórnio ainda desenvolveu uma tecnologia financeira que permite democratizar o acesso ao carro onde pessoas com diferentes perfis de crédito podem ter acesso à compra de um automóvel.

A Kavak está presente em 80% do mercado da América Latina, com operações no México, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e, recentemente, na Turquia, sua primeira operação fora do continente americano. Ao redor do mundo, a Kavak conta com um inventário atual de mais de 30 mil carros.


https://www.istoedinheiro.com.br/kavak-firma-acordos-financeiros-de-us-810-milhoes/

 



 

Grupo Itapemirim tem falência decretada pela Justiça de SP

Saiba quem é o dono da Itapemirim, que teve bens bloqueados pela Justiça -  Economia - Estado de Minas


SÃO PAULO (Reuters) – O Grupo Itapemirim teve nesta quarta-feira falência decretada pela 1° Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A decisão, assinada pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, vem após o pedido de falência do grupo pela administradora judicial EXM Partners.

Rodrigues menciona dívidas de 106,2 milhões de reais do grupo, com base em dados de maio de 2022, enquanto o passivo tributário inadimplido era de 2,39 bilhões de reais até outubro de 2021. Também são citadas obrigações trabalhistas, entre outras, na decisão.

O Grupo Itapemirim pediu recuperação judicial em março de 2016 e viu a situação piorar ao longo dos anos, em derrocada que teve seu auge público com a suspensão das operações da companhia aérea Ita no final do ano passado.

Na sentença, o juiz mencionou que o gestor judicial citou situação de “terra arrasada deixada pela antiga gestão sob o comando do senhor Sidnei Piva de Jesus e sua equipe, bem como vêm encontrando dificuldades na obtenção de todas as informações pertinentes ao bom andamento da empresa e, sobretudo, da recuperação judicial”.

Além disso, a nova gestão viu sucateamento da frota da companhia. Segundo mencionado na sentença, até o final de junho a empresa tinha 19 ônibus com documentação pendente, “110 com diversos problemas de manutenção estacionados em várias garagens do Brasil, 62 ônibus em condições deploráveis, sem qualquer condição de uso ou com custo inviável para serem restaurados”.

(Por Andre Romani)



 

Itaú BBA corta BTG Pactual para ‘market perform’; unit cai mais de 4%


Itaú BBA corta BTG Pactual para ‘market perform’; unit cai mais de 4%

Sede do BTG Pactual em São Paulo




(Por Paula Arend Laier)

 

 

Itaú BBA corta BTG Pactual para ‘market perform’; unit cai mais de 4%

Itaú BBA corta BTG Pactual para ‘market perform’; unit cai mais de 4%

Sede do BTG Pactual em São Paulo


(Reenvia matéria para alterar redação de ‘market perform’ no título)

 

(Reuters) – Analistas do Itaú BBA cortaram a recomendação das units do BTG Pactual para ‘market perform’, bem como reduziram o preço-alvo para 31 reais, de 34 reais anteriormente, de acordo com relatório a clientes nesta quarta-feira.

Às 12:02, as units do BTG caíam 4,66 %, a 26 reais, pior desempenho do Ibovespa, que cedia 0,7%.

Pedro Leduc e equipe afirmaram que os resultados do maior banco de investimentos da América Latina têm sido ótimos e que estavam mudando pouco suas estimativas, mas que discordavam dos múltiplos.

Eles destacaram que o retorno para o patrimônio (ROE) de 20% do BTG não é mas um diferencial em relação aos grandes bancos e a expansão de 12% esperada para o lucros em 2023 é semelhante, com desafios iguais se o crédito corporativo se deteriorar.

Na visão dos analistas, o múltiplo de preço sobre lucro estimado para 2023 do BTG, de 12 vezes, contra 6,5 vezes de bancos, significa um grande prêmio embutido nos negócios de alto crescimento/tarifas do BTG.

Leduc e equipe avaliaram, contudo, que se o humor no mercado melhorar por causa de juros globais, apostas em grandes bancos ou nomes de crescimento têm mais espaço para um ‘re-rating’.

No caso de as coisas piorarem, acrescentaram, o BTG ainda tem um alto prêmio de múltiplo versus grandes bancos, com menor amortecimento nas estimativas e um prêmio implícito robusto em outros negócios.

As novas projeções do Itaú BBA apontam lucro líquido de 7,987 bilhões de reais em 2022 e de 8,935 bilhões de reais em 2023, ante estimativas anteriores de 8,073 bilhões de reais e 9,009 bilhões de reais, respectivamente.

Para o ROE recorrente, eles veem agora em 19,5% neste ano e 18,7% no próximo. Antes, esperavam 19,7% e 18,8%, respectivamente.

(Por Paula Arend Laier)

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Instituições estão prontas para enfrentar Bolsonaro se ele contestar resultado eleitoral


Crédito: REUTERS/Carla Carniel

Manifestantes protestam a favor da democracia na Avenida Paulista, em São Paulo (Crédito: REUTERS/Carla Carniel)


Por Anthony Boadle e Ricardo Brito

 

BRASÍLIA (Reuters) – Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) prepara as bases para contestar uma possível derrota nas eleições de outubro, os tribunais, a liderança do Congresso, os grupos empresariais e a sociedade civil estão cerrando fileiras para reforçar a confiança na integridade do voto.

Mesmo os líderes das Forças Armadas, agora mais envolvidos no governo do que em qualquer outro momento desde a ditadura militar entre 1964 e 1985, oferecem garantias privadas a ex-colegas de que não querem participar de uma ruptura da ordem democrática, de acordo com ex-funcionários com laços estreitos com a liderança militar.

O resultado dessa equação é um incendiário populista de extrema-direita que está atrás nas pesquisas de intenção de voto, com pouca margem de manobra institucional para tirar o processo eleitoral dos trilhos, mas com apoiadores radicais suficientes para encher as ruas com manifestações furiosas se ele contestar o processo eleitoral como muitos esperam.

“Existe uma certeza nessa eleição: o presidente Bolsonaro somente aceitará um resultado, que é a vitória dele. Qualquer outro resultado será objeto de contestação. Isso é uma certeza absoluta. A dúvida é apenas quanta tensão o presidente Bolsonaro criará em torno dessa questão e como ele fará essa contestação”, disse Camilo Onoda Caldas, diretor do Instituto Luiz Gama e Pós-doutor pela Universidade de Coimbra em Democracia e Direitos.

Quando pressionado em entrevistas, Bolsonaro diz que respeitará o resultado da eleição desde que a votação seja “limpa e transparente”, sem definir nenhum critério.

Muitos acreditam que isso deixa espaço para turbulências após a votação. Autoridades eleitorais alertam para uma revolta inspirada na invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em Washington no ano passado, se Bolsonaro perder para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como apontam as pesquisas.

Há mais de um ano, Bolsonaro vem insistindo em sua teoria sem provas de que as pesquisas estão mentindo, o sistema de votação eletrônica do Brasil está aberto a fraudes e os ministros do Supremo Tribunal Federal, que atuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e supervisionam as eleições, podem fraudar a votação a favor de Lula.

Mesmo um dos assessores de campanha de Bolsonaro, que pediu anonimato para falar livremente, não pode descartar manifestações violentas pós-eleitorais se o presidente contestar os resultados: “Bolsonaro é absolutamente imprevisível. Pode haver problemas”.

Bolsonaro mostrou que pode mobilizar facilmente dezenas de milhares de apoiadores, como fez nas manifestações do 7 de Setembro neste mês. Os manifestantes citaram as grandes multidões como evidência de que as pesquisas de opinião estão distorcidas e a fraude eleitoral é a única esperança de Lula.

“Se Lula ganhar a certeza de uma fraude vai ser muito grande. Então a população realmente vai ficar indignada, e uma população indignada fica fora de controle. Só Deus sabe o que pode acontecer”, disse Winston Lima, líder de atos bolsonaristas em Brasília e capitão da reserva da Marinha.

Determinadas a evitar isso, as grandes instituições brasileiras passaram o ano passado tentando se antecipar a Bolsonaro.

O Congresso votou contra sua pressão pelo voto impresso. Autoridades eleitorais criaram uma “comissão de transparência” com especialistas em tecnologia, grupos cívicos e órgãos governamentais para revisar as medidas de segurança e endossar as melhores práticas eleitorais. Um número recorde de observadores estrangeiros está vindo ao país para monitorar a eleição.

Líderes empresariais também redigiram declarações públicas expressando sua confiança no sistema eleitoral. O ministro do STF Dias Toffoli disse a jornalistas em São Paulo que o empresariado entendeu que uma ruptura com a democracia seria “suicídio econômico”, dado o risco de sanções da Europa e de outras potências ocidentais.

Aliados como os Estados Unidos também sinalizaram de forma pública e privada o que esperam da segunda maior democracia do Hemisfério Ocidental.

O diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Bill Burns, disse no ano passado aos assessores de Bolsonaro que ele deve parar de lançar dúvidas sobre o sistema de votação eletrônica do Brasil, informou a Reuters em maio.

Especialistas em eleições internacionais elogiaram as urnas eletrônicas do Brasil por acabar com a fraude generalizada na apuração das cédulas de papel antes de 1996, sem nenhum caso de fraude detectado desde então, apesar das acusações de Bolsonaro.

MANUAL DE TRUMP

A questão incomodou muitos em Washington que veem Bolsonaro seguindo os passos do ex-presidente dos EUA Donald Trump, cujas alegações sem fundamentos de fraude nas eleições norte-americanas de 2020 foram ecoadas pelo líder brasileiro mesmo após a invasão do Capitólio.

Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória eleitoral do presidente norte-americano, Joe Biden. O presidente brasileiro alertou que as consequências da eleição do Brasil este ano podem ser piores do que as consequências da votação contestada nos EUA.

No entanto, enquanto Trump conseguiu desencadear uma série de ações judiciais e pressão política sobre as autoridades responsáveis pela contagem de votos, a votação no Brasil é administrada por tribunais eleitorais federais cujos juízes não hesitarão em enfrentar Bolsonaro.

Em particular, os ataques de Bolsonaro ao TSE e ao presidente da corte, o ministro do Supremo Tribunal Alexandre Moraes, parecem ter apenas fortalecido a determinação do juiz e de seus colegas.

Mesmo que Moraes tenha agido de forma mais unilateral do que alguns de seus antecessores, ele conta com amplo apoio entre os colegas juízes do STF, segundo duas pessoas familiarizadas com a instituição.

Bolsonaro criticou Moraes por supervisionar um inquérito sobre seus apoiadores, que supostamente espalharam difamação e desinformação online. No ano passado, ele chamou Moraes de “bandido” e disse que poderia se recusar a obedecer às decisões dele.

Nos corredores do poder em Brasília, o desconforto com as táticas duras do juiz ficou em segundo plano, enquanto seus pares e a maioria dos políticos apresentam uma frente unida em defesa dos tribunais e do processo eleitoral.

Quando Moraes assumiu o comando do TSE no mês passado, seu discurso de elogios ao sistema de votação eletrônica foi aplaudido de pé por uma plateia que incluía quatro ex-presidentes, cerca de 20 atuais governadores estaduais e uma série de líderes partidários. Bolsonaro não aplaudiu.

MILITAR EM DESTAQUE

Mesmo os oficiais do Exército encarregados por Bolsonaro de investigar as supostas vulnerabilidades do sistema eleitoral brasileiro ficaram satisfeitos com a abertura de Moraes aos seus pedidos desde que assumiu o TSE, segundo uma autoridade militar de alto escalão, que se recusou a ser identificado por motivos de protocolo militar.

Convidados pelo TSE para integrar sua comissão de transparência, as Forças Armadas brasileiras têm desempenhado um papel inédito na investigação da segurança do sistema eleitoral do país.

Os críticos questionam a proeminência dos militares no processo, especialmente porque suas preocupações ecoaram a retórica de Bolsonaro sobre possíveis fraudes. O presidente, ex-capitão do Exército, encheu seu gabinete com ex-oficiais militares, enquanto dizia aos apoiadores que as Forças Armadas estão “do nosso lado”.

No entanto, as Forças Armadas se aproximaram de estabelecer uma “contagem paralela” na noite das eleições, como sugeriu Bolsonaro. Em vez disso, os representantes militares planejam fazer verificações pontuais das máquinas de votação, comparando as leituras de papel em algumas centenas de estações de votação com os resultados enviados ao servidor do TSE.

É uma tarefa incomum para as Forças Armadas na jovem democracia brasileira, mas os militares insistem que não é um sinal de ambições políticas.

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann descartou qualquer risco de golpe, contrastando o país hoje com o Brasil em 1964: o golpe militar naquele ano foi abertamente apoiado por muitas das elites empresariais brasileiras, famílias de classe média, igrejas e grande mídia, muito longe do ambiente atual.

“O ministro da Defesa aderiu completamente, o que foi uma surpresa para os generais, que vêm a postura dele como um desgaste para as forças. Mas da parte do Alto Comando não há nenhuma possibilidade de se envolverem em uma aventura”, disse um político veterano em conversas regulares com chefes militares.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu)