segunda-feira, 26 de setembro de 2022


Estudo da Universidade de Wisconsin-Madison para a maior cooperativa de laticínios dos EUA foi realizado em fazendas orgânicas, mas o resultado se aplica às demais
 

 

Vaca pastando em um prado | Foto Premium


 

 

Jeff Kart 


Quando os sistemas de criação são baseados em pastagens e produção de culturas orgânicas, a pegada de carbono menor. É isso que Nicole Rakobitsch afirma. Ela é diretora de sustentabilidade da Organic Valley, a maior cooperativa de laticínios orgânicos dos Estados Unidos, e também faz parte de uma equipe de pesquisa da Universidade de Wisconsin-Madison que está por trás de um estudo inédito.

A pesquisa revisada por pares usa uma “metodologia inovadora” que inclui a contabilização do benefício de sequestro de carbono das pastagens.

O trabalho foi publicado no Journal of Cleaner Production e incluiu uma avaliação do ciclo de vida dos laticínios, realizada em fazendas da Organic Valley. As descobertas relatadas: pequenas fazendas que se concentram em técnicas de pastoreio e produção orgânica são “campeãs de baixas emissões de gases de efeito estufa”, segundo a cooperativa. O que pode ser incrivelmente fascinante, mas não super surpreendente.

O benefício do pasto nas emissões de GEE (gás de efeito estufa) é explicado por dois fatores, diz Horacio Aguirre-Villegas, pesquisador-chefe e Cientista III da Universidade de Wisconsin-Madison.

Primeiro, as pastagem têm um sistema radicular mais desenvolvido do que outras culturas que servem para alimentar as vacas. “Então, com pastagem, você acaba deixando a maior parte da biomassa (e, portanto, carbono) no solo, em comparação com o milho, que acaba retirando a maior parte da biomassa da propriedade”, diz Aguirre-Villegas.

Parte dessa biomassa nas raízes é carbono, e parte desse carbono será armazenada a longo prazo (mais de 100 anos), com base em diversos fatores.

“Capturamos esse benefício incorporando o sequestro de carbono em nossa análise. A extensão do benefício do sequestro de carbono depende de diferentes fatores, como a quantidade de carbono que fica no solo acima, abaixo do solo e do esterco, além da região”, diz ele.

O segundo benefício dos sistemas de pastagem é que a ração é produzida onde as vacas comem, diz Aguirre-Villegas. “Assim, não há necessidade de transporte, armazenamento, colheita etc., o que significa menos uso de insumos e, portanto, emissões de GEE relacionadas.”

Além de ser a maior cooperativa desse tipo nos EUA, a Organic Valley também é uma das maiores marcas de consumo orgânico do mundo, representando cerca de 1.800 agricultores em 34 estados dos EUA, juntamente com Canadá, Austrália e Reino Unido.
Como a pecuária orgânica contribui para o sequestro de carbono?

Todas as propriedades orgânicas modeladas no estudo recebem pelo menos 50% de sua necessidade de dieta com pastagens ou forragens, explica Aguirre-Villegas.

A pecuária leiteira orgânica, em geral, requer menos uso de recursos como fertilizantes sintéticos e suplementos alimentares. Esses recursos não precisam ser fabricados, o que equivale a menos emissões de GEE.
Quão baixo é, quando se trata da redução das emissões de GEEs de fazendas orgânicas?

O estudo diz que os benefícios do sequestro de carbono variam de 7% a 20%. “Isso realmente depende do sistema agrícola”, diz Aguirre-Villegas.

As propriedades convencionais poderiam adotar práticas de manejo muito eficientes e sustentáveis, como digestão anaeróbica do esterco, injeção de fertilizantes nitrogenados, plantas de cobertura, seguir planos de manejo de nutrientes para evitar perdas de nitrogênio e reduzir as emissões de GEE. “O alcance pode ser amplo”, afirma.

Quanto ao leite produzido pelas vacas, um estudo nacional de 2013 sobre fazendas leiteiras convencionais resultou em uma produção média de leite maior do que o estudo da Universidade de Wisconsin-Madison de fazendas orgânicas (denominado como leite corrigido para gordura e proteína). No entanto, nenhum estudo incluiu o sequestro de carbono em sua análise, diz Aguirre-Villegas.

“O sequestro de carbono é um mecanismo complexo que depende de muitas variáveis, e esta é uma das razões pelas quais o sequestro de carbono geralmente está ausente dos estudos de avaliação do ciclo de vida que avaliam as emissões de GEE e outros impactos ambientais dos sistemas agrícolas”, diz ele.

“Nosso estudo propõe um método para incluir o sequestro de carbono na análise e esperamos que outros pesquisadores utilizem o método e, se possível, melhorem, para que esse serviço ambiental das propriedades que dependem do pastoreio seja capturado.”

E não são apenas as fazendas orgânicas que podem se beneficiar. “Todas as fazendas produtoras de pasto e outras culturas podem adotar (o método proposto pelo estudo)”, acrescenta Aguirre-Villegas.

“Como segunda parte de nosso estudo, também queremos incluir serviços ambientais adicionais que as fazendas orgânicas fornecem, que podem não ser realizados nesses tipos de estudos. Por exemplo, alguns produtores preservaram áreas florestais ou pântanos em suas propriedades, contribuindo não apenas para um maior sequestro ou carbono, mas também para a qualidade do ar e da água.”

*Jeff Kart é colaborador da Forbes EUA, é bacharel em jornalismo pela Michigan State University e tem um mestrado em estudos ambientais pela University of Illinois


Leia mais em: https://forbes.com.br/forbesagro/2022/09/vacas-que-ficam-no-pasto-ajudam-a-reduzir-as-emissoes-de-co2/

Víssimo Group compra 20% da Wine Locals


 Parceria de Vinhos

 

 

 

 

 

  O Víssimo Group, dono das marcas Evino e Grand Cru, anunciou, nesta sexta-feira (23), um investimento na Wine Locals, plataforma brasileira de conteúdo e venda de experiências e enoturismo em restaurantes, wine bars e vinícolas. 

A plataforma segue tendo o hub de tecnologia 4all como acionista majoritário. O acordo prevê a compra de 20% do capital da Wine Locals, com possibilidade de ampliar a participação futuramente. Desde sua criação, em 2020, a plataforma vendeu mais de 120 mil experiências e, atualmente, movimenta cerca de R$ 1 milhão por mês. 

Segundo o Víssimo, o objetivo é financiar o crescimento e internacionalização da Wine Locals, além de identificar sinergias com as marcas Grand Cru e Evino. 


 https://www.gironews.com/redes-shopping/parceria-de-vinhos-69663/

 

 

 

 

Zaitt anuncia nova gestão

 

 

 Sapore Muda Comando

 

 

 

 

 

 

 

  

A Sapore, multinacional que adquiriu uma participação majoritária na Zaitt em 2020, anuncia uma nova direção para a rede de lojas autônomas. Segundo a companhia, foi definida, interinamente, uma equipe sênior de gestão, incluindo Evandro Maximiano Filho, que estará à frente da transição.

 O executivo possui uma trajetória profissional de mais de 20 anos, com passagens pelo setor de varejo e por instituições financeiras. Em comunicado, a Zaitt afirma que a mudança faz parte de uma adequação em sua estrutura organizacional e que "agradece a seu fundador, Rodrigo Simões Miranda, pela contribuição desde a criação da empresa em 2017". Atualmente, a operação baseada no modelo de franquias conta com mais de 20 unidades e aproximadamente 70 unidades contratadas. 

 

 https://www.gironews.com/supermercado/sapore-muda-comando-69662/

 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Química japonesa no Brasil


Crédito: Gustavo Scatena

O laboratório japonês Daiichi Sankyo, dono de um faturamento global de US$ 9,4 bilhões no último ano fiscal (abril de 2021 a março de 2022), definiu um novo plano para o mercado brasileiro: dobrar de tamanho até 2025. Se der certo, o feito será um repeteco dos últimos cinco anos.

Com crescimento médio de 20% ao ano no período, a empresa vai atingir em 2022 vendas de R$ 1,4 bilhão no País, alta de quase 65%, segundo o presidente da companhia no Brasil, Marcelo Gonçalves.

Ele afirma que os resultados no Brasil serão multiplicados de novo graças o lançamento de produtos de última geração à oncologia, aumento das exportações aos países da América Latina — especialmente Argentina, Colômbia, Equador e México — e implementação comercial dos 40 projetos que hoje estão em fases de estudos e desenvolvimento.

 

(Nota publicada na edição 1292 da Revista Dinheiro)


Um Tinder só para influencers


Crédito: Divulgação

De olho em um mercado que deve movimentar US$ 15 bilhões neste ano, segundo a Business Insider, a agência Mapa360 vai lançar a Mapping, uma espécie de Tinder para conectar empresas e influenciadores digitais.

A plataforma vai começar a intermediar o match entre eles a partir de novembro. As marcas poderão fazer propostas, negociações e até mesmo permutas em contratos com criadores de conteúdo para campanhas e ações pontuais.

Segundo a CEO da agência e fundadora da plataforma, Maria Priscila Nabozni, o potencial é imenso, visto que o Brasil é um dos mais influenciáveis do mundo. “A Mapping vai dar exposição e oportunidades a marcas e aos micros influenciadores, com mais de 2 mil seguidores em seus perfis.”

 

 (Nota publicada na edição 1292 da Revista Dinheiro)

NTS anuncia investimentos de R$ 12 bilhões em 8 anos



A NTS



A NTS, empresa de gasodutos responsável pelo transporte de metade de todo o gás natural do País, anunciou na quinta-feira, 22, um plano de investimentos de R$ 12 bilhões para os próximos oito anos. O objetivo é redesenhar a operação de atendimento às regiões Sudeste e Sul e adicionar uma nova unidade de negócio, voltada à estocagem de gás natural liquefeito (GNL), no Norte Fluminense.

O principal foco da NTS é adaptar e incrementar a capacidade da malha existente no trecho que acompanha o litoral, transferindo os pontos por onde o gás entra no sistema de gasodutos, hoje consolidado no Estado de São Paulo (Paulínia, Guararema e Caraguatatuba), para o Rio de Janeiro.

O novo foco será nas atividades na Baía de Guanabara, em Itaboraí e no Porto do Açu. A empresa busca se adaptar ao deslocamento das fontes do gás, que passará a vir mais da produção do pré-sal e cada vez menos da Bolívia ou do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.

“Campos de gás se esgotam. O fornecimento da Bolívia e de Mexilhão vai cair gradativamente entre cinco e dez anos. Em vez de receber, enviamos cada vez mais gás para São Paulo. E isso exige o reforço da malha”, explica o CEO da NTS, Erick Portela.

As intervenções vão se dividir em duas fases. A primeira delas prevê a instalação de uma estação de compressão em Japeri, na região metropolitana do Rio, já em 2023. Numa segunda etapa, será duplicada a capacidade da tubulação em trecho entre Rio e São Paulo, e pelo menos outras três estações de compressão serão construídas.

Um dos pilares do novo plano que antecede o Gasig – gasoduto de 11 quilômetros entre o Comperj, em Itaboraí, e a cidade de Guapimirim (RJ) – deve ser concluído em fevereiro a um custo de R$ 230 milhões.

Sobre a nova frente de estocagem de GNL, o objetivo é a geração de receita por meio de fornecimento imediato às termoelétricas do interior do Rio, principalmente no Norte Fluminense. O insumo também deverá ser transportado por caminhão para grandes consumidores industriais da região.

A consolidação dessas rotas de pequena escala, no jargão do mercado, pode orientar a construção de gasodutos adicionais em um segundo momento, diz Portela.

A COMPANHIA

Criada em 2017, a partir da privatização da malha de 2 mil km de dutos da Petrobras, a NTS tem participações de Brookfield e Itaúsa, além do British Columbia Investment Management Corporation (BCi) e dos fundos soberanos CIC (China) e GIC (Cingapura). Em 2021, a companhia faturou R$ 5,7 bilhões. Segundo a Fitch, a dívida ajustada da NTS era de R$ 12,4 bilhões em junho de 2021.

No curto prazo, a empresa também conta com a liberação de espaço para fechar contratos firmes de transporte de gás ao mercado paulista, o que requer diminuição do espaço de uso exclusivo da Petrobras, solicitado à ANP no semestre passado. A NTS tem cinco contratos de exclusividade com a Petrobras com vencimentos até 2031, mas tenta a liberação precoce de espaço para atender a outros clientes. O plano é abrir pelo menos 12 milhões de m³ diários para produtores do pré-sal. Dessa capacidade, pelo menos 40% deve atender São Paulo e o Sul do País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Corteva assina acordo para aquisição da espanhola Symborg

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A Corteva divulgou comunicado no qual informa que assinou na quinta-feira, 22, um acordo definitivo para adquirir a Symborg, empresa de biotecnologia com sede em Murcia, na Espanha. Os termos do acordo não foram divulgados.

A Corteva é uma empresa global de sementes, proteção de cultivos e produtos e serviços digitais, de capital aberto e 100% agrícola.

A Symborg desenvolve, produz e vende bioestimulantes, biofertilizantes e soluções inovadoras de biocontrole para todos os tipos de cultivos e sistemas agrícolas. Graças ao seu compromisso com pesquisa, desenvolvimento e inovação, a Symborg se estabeleceu como empresa líder no fornecimento de soluções biológicas.

Conforme comunicado das empresas, a finalização da aquisição está sujeita às condições habituais de fechamento. “Após o fim do processo, as unidades da Symborg em Múrcia, na Espanha, e subsidiárias nos Estados Unidos, México, Peru, Chile, Brasil, França, Turquia, China e Austrália se tornarão elementos-chave do portfólio de produtos biológicos da Corteva.”

O vice-presidente executivo da Unidade de Negócios de Proteção de Cultivos da Corteva Agriscience, Robert King, disse no comunicado que “a aquisição da Symborg é um passo significativo na estratégia da Corteva em acelerar o desenvolvimento de seu portfólio de biológicos, como uma parte importante da oferta integrada de soluções para nossos clientes”. “Nos últimos três anos, a Corteva estabeleceu acordos de licenciamento e distribuição com as principais empresas de biológicos, selecionadas após avaliarmos suas tecnologias e entender a aceitação de nossos clientes. Esta aquisição mostra o avanço da Corteva para se estabelecer como líder de tecnologia para este segmento de rápido crescimento.”

A primeira colaboração da Corteva com a Symborg foi para expandir e trazer para os agricultores – como parte de um acordo de distribuição entre as duas empresas -, produto que fixa o nitrogênio do ar. A solução, de origem natural, permite que as plantas fixem o nitrogênio do ar convertendo-o para as plantas, fornecendo uma fonte alternativa e suplementar de nitrogênio e, potencialmente, reduzindo as emissões de gases provocadas pelo uso de fertilizantes.