quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Agricultura defende exportação de mais produtos à China e cooperação técnica com o país



Carlos Fávaro



O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu, em reunião Interministerial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) hoje no Palácio do Itamaraty, que mais produtos sejam exportados pelo Brasil à China e também cooperação técnica entre os países, informou o ministério em nota. “A relação comercial com a China é extremamente importante para o Brasil, em especial para o agro brasileiro, em que temos em discussão temas importantes para que possamos intensificar e diversificar as nossas exportações”, disse Fávaro, na nota.

Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, o ministro afirmou que a reunião interministerial foi preparatória para a reunião anual sino-brasileira que neste ano será realizada na China. “Todos ministros que têm pautas afins com a China levaram as pautas dos ministérios. Agora, os técnicos irão se reunir no dia 27 para finalizar essas pautas e serão encaminhadas as tratativas para o Itamaraty para a reunião que será realizada em agosto na China”, detalhou o ministro.

 

BNDES não ajudará Americanas, mas pode ofertar crédito aos fornecedores, diz Mercadante

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RIO DE JANEIRO (Reuters) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vai colocar dinheiro na Americanas, que pediu recuperação judicial no mês passado, mas poderá oferecer uma linha de crédito aos fornecedores da varejista, disse o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira.

Mercadante acrescentou, em coletiva de imprensa na sede do banco, que os fornecedores da Americanas são vítimas da crise enfrentada pela varejista.

(Por Rodrigo Viga Gaier)


 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Lula recebe ministra francesa para “virar a página” em laços após Bolsonaro

 


Lula recebe ministra francesa para “virar a página” em laços após Bolsonaro

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira a visita da ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, que viajou ao Brasil para reajustar as relações entre os dois países após disputas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essa foi a primeira visita ministerial francesa ao Brasil desde 2019, quando Bolsonaro, irritado com as críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, à forma como o governo brasileiro lidava com os incêndios florestais na Amazônia, zombou da esposa do líder francês no Facebook.

“Com esta visita, viramos a página dos últimos anos e colocamos nossas relações de volta no alto nível que ambas as nossas sociedades esperam e desejam”, disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, em entrevista coletiva.

Ele disse que os dois países estão retomando a parceria firmada em 2006 por Lula, em seu primeiro mandato como presidente, e pelo então presidente francês, Jacques Chirac.

Vieira disse que a visita de Colonna reforça o apoio da França à democracia no Brasil, que foi ameaçada por Bolsonaro e seus apoiadores, que invadiram as sedes dos Três Poderes pedindo um golpe militar no mês passado.Lula convidou Macron para participar de uma cúpula de chefes de Estado dos oito países que pertencem à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), já que a Guiana Francesa faz parte da região amazônica.

“Recebi hoje a chanceler francesa @MinColonna. Reforçamos os laços e a parceria entre Brasil e França na cultura, relações econômicas e defesa. Reforcei o convite ao presidente @EmmanuelMacron para visitar o Brasil e recebi o convite para retornar à França”, disse Lula em publicação no Twitter.

A conferência amazônica está prevista para ocorrer no Brasil em março, e Macron então visitaria Brasília, disse Vieira.

(Reportagem de Anthony Boadle)


Presença de grandes empresas de tecnologia em finanças precisa de nova regulação, diz BIS


Bank for International Settlements

Por Huw Jones

 

LONDRES (Reuters) – É necessário repensar como regular diretamente as atividades das grandes empresas de tecnologia em serviços financeiros, devido ao seu tamanho e influência, disse nesta quarta-feira um representante do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Empresas de tecnologia que administram grandes volumes de dados, como Alibaba e Amazon, estão envolvidas há algum tempo em serviços financeiros, como pagamentos, gerenciamento de ativos e seguros, algumas também fornecendo serviços de computação em nuvem para execução de serviços essenciais aos bancos.

O tamanho e alcance dessas empresas permite que elas possam aumentar rapidamente sua participação no mercado financeiro, disse o gerente geral do BIS, Agustin Carstens. Isso cria o risco dessas empresas se tornarem “grandes demais para quebrar” – um problema que os reguladores dos mercados financeiros esperavam ter resolvido com os bancos após resgates de bilhões de dólares concedidos durante a crise financeira internacional ocorrida há mais de uma década.

“Sem dúvida, uma revisão regulatória é necessária e precisamos de um novo caminho a seguir”, disse Carstens, acrescentando que é necessária uma nova estrutura “holística”, que inclua a exigência de isolamento de outras operações dos serviços financeiros fornecidos por essas empresas.

As grandes empresas de tecnologia com atividades financeiras significativas também podem estar sujeitas a requisitos de governança, conduta de negócios e resiliência operacional, disse Carstens.

As regras de resiliência operacional já estão surgindo na União Europeia, Reino Unido e em outros lugares, dando aos reguladores financeiros capacidade de supervisão sobre o uso por bancos e seguradoras de empresas externas de computação em nuvem como Amazon, IBM e Microsoft.

 Os benefícios potenciais da entrada das grandes empresas de tecnologia no setor financeiro incluem melhores resultados para os clientes, maiores eficiências do mercado financeiro e inclusão financeira, disse Carstens. “É hora de passar da teoria à prática e considerar opções tangíveis para ações regulatórias.”

 

Zoom cortará cerca de 1.300 funcionários por queda da demanda no pós-pandemia


Crédito: REUTERS/Arnd Wiegmann

Logotipo do Zoom, no Fórum Econômico Mundial em Davos (Crédito: REUTERS/Arnd Wiegmann)

 

 

BENGALURU, Índia (Reuters) – A Zoom anunciou na noite de terça-feira que cortará cerca de 1.300 funcionários, já que a demanda pelos serviços de videoconferência da empresa diminuiu com o fim da pandemia. A empresa terá encargos de até 68 milhões de dólares.

As ações da empresa, que caíram 63% no ano passado em meio a uma queda nas ações de tecnologia, fecharam em alta de 9,9% na terça-feira com a notícia, mas caíram marginalmente nas negociações estendidas.

Ao anunciar as demissões, que atingirão quase 15% da força de trabalho da companhia, o presidente-execuivo, Eric Yuan, disse que aceitará um corte salarial de 98% no próximo ano fiscal e abrirá mão de seu bônus.

“Trabalhamos incansavelmente…mas também cometemos erros. Não levamos tanto tempo quanto deveríamos para analisar minuciosamente nossas equipes ou avaliar se estávamos crescendo de forma sustentável, em direção às prioridades mais altas”, disse Yuan.

Os analistas preveem que a receita da Zoom aumentou apenas 6,7% no ano fiscal de 2022, após um salto de mais de quatro vezes na receita e um aumento de nove vezes no lucro em 2021. O mercado estima que o lucro tenha caído 38% em 2022.

A empresa de software de videoconferência também disse que sua equipe de liderança executiva reduzirá seu salário base em 20% no mesmo período.

Os funcionários demitidos receberão 16 semanas de salário, cobertura de saúde e um bônus para o ano, disse Yuan.


Marisa anuncia renúncia de presidente e contratações para reestruturação


Crédito: Marisa/Divulgação

Companhia diz que já iniciou o processo de seleção do novo presidente (Crédito: Marisa/Divulgação)

 

 A Lojas Marisa informou que o diretor-presidente Adalberto Pereira dos Santos renunciou à presidência da empresa. Interinamente, Alberto Kohn de Penhas, atual vice-presidente Comercial e executivo, assumirá o comando na empresa. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa ainda que o membro do conselho de administração, Marcelo Adriano Casarin também renunciou ao cargo.

A companhia diz que já iniciou o processo de seleção do novo presidente. Da mesma forma, o colegiado está tomando as medidas necessárias para a nomeação de novo membro para o conselho o qual ocupará a cadeira anteriormente ocupada por Casarin até a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária ser realizada em abril de 2023.


Reestruturação

 

A empresa informa ainda que em continuidade ao processo de otimização financeira e aprimoramento de sua estrutura de capital, contratou a BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos da companhia.

 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

UE considera proibição de “produtos químicos eternos” e cobra busca por alternativas


UE considera proibição de “produtos químicos eternos” e cobra busca por alternativas

Bandeira da União Europeia em frente à sede em Bruxelas


Por Ludwig Burger

 

(Reuters) – A União Europeia começou a considerar nesta terça-feira proposta para banir substâncias amplamente utilizadas e potencialmente nocivas, conhecidas como PFAS ou “produtos químicos eternos”, no que pode se tornar a regulamentação mais extensa do bloco para a indústria química.

Os PFAS são usados em dezenas de milhares de produtos, incluindo carros, têxteis, equipamentos médicos, geradores eólicos e panelas antiaderentes devido à resistência de longo prazo a temperaturas extremas e corrosão.

Mas os PFAS também têm sido associados a riscos à saúde, como câncer, disfunção hormonal e enfraquecimento do sistema imunológico, além de danos ambientais.

Os cinco países que têm colaborado na proposta – Alemanha, Holanda, Dinamarca, Suécia e Noruega, que não faz parte da UE – disseram em uma declaração conjunta nesta terça-feira que, se aprovada, a lei se tornará “uma das maiores proibições de substâncias químicas na Europa”.

Assim que a proibição entrar em vigor, as empresas terão entre 18 meses e 12 anos para apresentar alternativas aos mais de 10 mil químicos PFAS, dependendo da disponibilidade de alternativas, de acordo com a minuta da proposta.

“Em muitos casos, essas alternativas não existem atualmente e, em alguns, possivelmente nunca existirão”, disseram os cinco países no comunicado, pedindo às empresas para trabalharem em substitutos.

Agentes impermeabilizantes para têxteis estão entre os mais fáceis de substituir, por exemplo, com cera de parafina, mas atualmente não há substitutos disponíveis para uso em alguns dispositivos médicos, como marca-passos, mostrou um dossiê preparado pelos países.

O apelido de “produtos químicos eternos” deriva de sua capacidade de se acumularem na água e no solo porque não se decompõem como resultado de uma ligação extremamente forte entre os átomos de carbono e flúor.

Falando a jornalistas em Bruxelas, Audun Heggelund, da Agência Norueguesa do Meio Ambiente, disse que agora os PFAS são detectáveis em todo o mundo.

“Você pode encontrar PFAS em pinguins na Antártida, em ursos polares no Ártico, até mesmo na água da chuva no Tibete”, acrescentou.

O grupo FPP4EU, que reúne 14 empresas que fabricam e usam PFAS, disse que as restrições terão um “enorme impacto” em muitos produtos de uso diário e que a associação vai sinalizar a necessidade de certas isenções.

“A principal preocupação da FPP4EU é que a proposta de restrição ainda possa levar a interrupções de certas cadeias de valor e, eventualmente, eliminar algumas aplicações importantes”, disse Jonathan Crozier, presidente do grupo. 

 

PROCESSO DIFÍCIL

A BEUC, associação europeia de agências nacionais de proteção ao consumidor, disse em comunicado: “Pedimos à UE que proceda o mais rápido possível com essa restrição.”

Dentro da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA), dois comitês científicos para avaliação de riscos e para análise socioeconômica agora revisarão se a proposta está em conformidade com a regulamentação mais ampla da UE sobre produtos químicos, conhecida como REACH, seguida de uma avaliação científica e consulta com a indústria.

A ECHA disse que os dois comitês podem precisar de mais do que os 12 meses habituais para concluir sua avaliação.

Posteriormente, a Comissão Europeia e os Estados membros da UE decidirão sobre a versão final das restrições, que podem entrar em vigor em 2026 ou 2027.

Entre as iniciativas corporativas, o conglomerado industrial norte-americano 3M estabeleceu em dezembro um prazo para parar de produzir PFAS em 2025.

Investidores que administram 8 trilhões de dólares em ativos escreveram em dezembro uma carta para 54 empresas cobrando a eliminação gradual de PFAS.

Os custos anuais de saúde decorrentes da exposição a PFAS na Europa foram estimados em 52 bilhões a 84 bilhões de euros, de acordo com o projeto de restrições.