quinta-feira, 16 de março de 2023

Sete consequências da quebra do SVB para a economia brasileira

Crise nos bancos: saiba tudo sobre a falência do Silicon Valley Bank (SVB)


A falência do Silicon Valley Bank intensificou o debate sobre juros e condições de crédito mundo afora. Veja como isso afeta o Brasil e os investimentos em imóveis e em ações nos Estados Unidos
 

Monique Lima


SVB (Silicon Valley Bank) entra em crise por conta dos altos juros



As falências do SVB (Silicon Valley Bank) e do Signature Bank, nos dias 10 e 12 de março, provocaram um abalo sísmico no mercado bancário norte-americano. A turbulência só não foi maior porque as autoridades agiram depressa. Ainda no domingo (12), o Fed (Federal Reserve), a Secretaria do Tesouro e o FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) anunciaram que os correntistas não perderiam dinheiro, e que estavam estabelecendo uma linha de crédito para socorrer os bancos. Isso acalmou o mercado. Porém, resta a dúvida do que ocorrerá a seguir, e quais os impactos para a economia brasileira.

Segundo um relatório do Itaú BBA, os bancos brasileiros não estão expostos às consequências da falência do SVB. Os analistas afirmam que as perdas financeiras para o sistema financeiro brasileiro são irrelevantes e os indicadores de capital e liquidez permanecem confortáveis. Entretanto, isso não significa que as instituições e o país não vão repercutir a quebra do banco de startups de forma indireta nas próximas semanas e meses.

O SVB era o 16º maior banco dos EUA. Seus principais clientes eram startups que abriam contas para receber valores de venture capital. Em 2020, quando o mercado de tecnologia estava aquecido, o banco cresceu de forma muito acelerada. De cerca de US$ 60 bilhões (R$ 319 bilhões) em depósitos recebidos em 2019, o número saltou para US$ 190 bilhões (R$ 1,01 trilhão) em 2020.

Para não ficar com tanto dinheiro parado, o SVB colocou uma grande quantia em títulos do governo norte-americano e em títulos do mercado imobiliário. Entretanto, o aumento dos juros nos Estados Unidos teve dois efeitos negativos. O primeiro foi fazer esses títulos perderem valor de mercado. O segundo foi reduzir o apetite dos investidores por startups. Isso afetou duplamente o SVB. A queda do valor dos títulos provocou prejuízo, e os clientes do banco começaram a resgatar seus investimentos.

O SVB teve de vender os títulos e arcar com o déficit para devolver às startups o dinheiro resgatado. A perda em títulos chegou a US$ 1,8 bilhão (R$ 9,5 bilhões). Já o saque de startups somou US$ 42 bilhões (R$ 223 bilhões) até o dia 9 de março.
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Com os eventos recentes, os bancos dos EUA viveram um momento de contágio e tiveram queda de US$ 110,9 (R$ 590 bilhões) bilhões de valor de mercado no pregão da segunda-feira (13). Conforme dados da plataforma TradeMap, no dia 10 de março o valor de mercado de 29 bancos listados nos EUA era de US$ 1,65 trilhão contra US$ 1,54 trilhão ontem.

    >Leia mais: O que você precisa saber sobre a falência do banco SVB

A Forbes conversou com analistas e levantou sete possíveis discussões e efeitos indiretos que a situação nos Estados Unidos poderá repercutir no Brasil.
1) Os dividendos dos bancos podem mudar

“Se ‘Caixa é Rei’, os bancos deveriam pagar menos dividendos para preservar o caixa?”, questiona Pedro Leduc, analista-chefe que assina o relatório do Itaú BBA, e ele mesmo responde. A questão no Brasil é que os bancos podem reduzir seus impostos ao distribuir dinheiro aos acionistas na forma de JCP (Juros Sobre Capital Próprio).

Em um cenário de pagamentos menores, não só os investidores receberiam menos dinheiro, como os lucros dos bancos seriam menores devido à tributação. Por isso, segundo Leduc, os bancos não devem reduzir seus dividendos. Ele diz, porém, que essa discussão “pode avançar, dependendo da evolução dos mercados financeiros globais”.
2) Podem haver novas quebras no sistema bancário como a do SVB?

Em 2008, o mundo vivenciou uma crise financeira global após a quebra de um banco nos Estados Unidos. Rodrigo Pimenta, fundador e CEO da Hubchain Technologies, afirma que o cenário atual é outro. Segundo ele, embora o SVB tenha sido o banco de maior envergadura a declarar falência desde 2008, sua situação específica foi agravada pela elevação dos juros, que aumento os resgates e acabou provocando uma corrida bancária.

O risco imediato é que isso afete outras instituições financeiras. “Se houver novos casos, pode ocorrer um pânico generalizado e desencadear novas corridas, culminando na falência de outros bancos norte-americanos por falta de recursos”. Pimenta diz acreditar que este episódio mostra a necessidade de uma mudar as normas de modo a criar uma estrutura financeira mais confiável, segura e transparente no Vale do Silício.

Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-money/2023/03/sete-consequencias-da-quebra-do-svb-para-a-economia-brasileira/

Romina Seltzer, da Visa: 'É importante criarmos uma rede de mulheres que nos motivem e nos incentivem a ter a autoconfiança e a arriscar'


A líder da Visa acredita que a diversidade de pensamento é crucial para impulsionar inovações e acreditamos que ela só pode ser alcançada. 

 

Romina Seltzer, é head de Produtos e Inovação da Visa América Latina e Caribe. (Foto: Divulgação)

Segundo o Banco Mundial, as mulheres representam menos de um terço da força de trabalho mundial nas áreas relacionadas à tecnologia. Isso vale também para a América Latina e Caribe (LAC), região que se transformou em terreno fértil para startups e que tem um dos maiores índices de empreendedorismo feminino do mundo, de modo que ainda há muito a ser feito.

Como líderes no espaço de tecnologia de pagamentos, sabemos o quanto a diversidade de pensamento é crucial para impulsionar inovações e acreditamos que ela só pode ser alcançada se fomentarmos um pool de talentos verdadeiramente inclusivo. Na Visa, as mulheres compõem 50% de toda a força de trabalho na LAC, e 7 dos 12 mercados da região são liderados hoje por mulheres.

No meu caso, a Visa tem sido uma plataforma de crescimento profissional e pessoal. É onde comecei e construo minha carreira há mais de 20 anos, desde que vim da Argentina para os Estados Unidos fazer um MBA. Tive a oportunidade de estagiar na Visa durante um verão e fui contratada para trabalhar em tempo integral um pouco depois, em 2001. O resto é história.

Ao longo de minha trajetória na Visa, trabalhei nas áreas de consultoria e estratégia e, há quase dois anos, lidero as equipes de Produto e Inovação na LAC, que, como disse há pouco, é o celeiro de boa parte das inovações e novas tecnologias que estão surgindo no espaço de pagamentos.

Em todos esses anos, tem sido muito gratificante ver planos se transformando em realidade e implementar novos produtos e soluções que impulsionam a inclusão digital e financeira. Mais gratificante ainda é reconhecer as infinitas oportunidades que o comércio e os pagamentos digitais oferecem aos consumidores e às empresas da região.

O Dia Internacional da Mulher é um momento especial para refletirmos e compartilharmos nossas jornadas, revigorando nossos esforços comuns e zelando para que as mulheres tenham oportunidades iguais, com espaço e voz à mesa. É realmente um momento de autocelebração.

Um ponto que valorizo muito é criar e promover um senso de camaradagem entre as mulheres que trabalham conosco, que fazem parte de nossa rede ou fora dela. Por exemplo, notei que as mulheres gostam de conversar e trocar perspectivas comigo depois que palestro em eventos do setor. Assim, sempre reservo um tempo para interagir e me conectar com elas e responder perguntas; é muito importante fomentar isso e incentivar umas às outras.

No decorrer de minha carreira, tive mentoras e colegas que me tiraram da zona de conforto e me incentivaram a não ter medo de arriscar. Lembro-me especialmente de quando uma mentora me falou de uma determinada oportunidade de trabalho. Minha primeira resposta foi "acho que não tenho todos os requisitos", mas ela sabiamente disse para eu não me prender a isso, pois tinha todas as qualidades para me destacar na função. Fui em frente e consegui a vaga.

É por isso que acho importante criarmos uma rede de mulheres com as quais possamos trocar ideias, que nos motivem e nos incentivem a ter autoconfiança e a arriscar. Eu tento ser essa pessoa para as trainees e outras mulheres dentro e fora da Visa (como aquelas que conheço informalmente em eventos). Conselhos ou algumas “palavras de encorajamento" podem ter um grande impacto.

Na esfera profissional, sempre busquei ser alguém com quem as pessoas queiram trabalhar. Alcançar essa distinção significa que, como líder, você conseguiu inspirar e engajar colegas, entregar bons resultados e ser uma pessoa com quem outros gostam de trabalhar. Incentivo as mulheres mais jovens que estão entrando ou que já entraram no mercado de trabalho a sonhar alto o suficiente, tanto pessoal quanto profissionalmente. Isso é fundamental no processo de chegar aonde queremos e até mais longe.

Na esfera pessoal, minha avó Elisa tem sido uma fonte de inspiração fundamental para mim. Ela era filha de imigrantes e cresceu em uma família trabalhadora com acesso limitado a água, energia elétrica e outros itens básicos. Elisa me transmitiu valores fundamentais: responsabilidade, resiliência, determinação, força em tempos de adversidade, amor incondicional e sua admirável atitude de "sim, nós podemos". Quero ser como ela e levo comigo muitas de suas lições, que espero continuar compartilhando com quem está seguindo por caminhos semelhantes.


 

Enel Brasil e Portobello firmam contrato de autoprodução de energia eólica


Energia será gerada na usina Ventos de Santa Esperança 21, pertencente ao Complexo eólico Morro do Chapéu Sul II, construído e operado pela Enel no estado da Bahia.

Nicola EnelNicola Cotugno, Country Manager da Enel no Brasil.

O Portobello Grupo e a Enel Brasil firmaram uma parceria pioneira no setor cerâmico, para suprir com energia renovável metade de todo o consumo do Portobello Grupo no Brasil. O contrato, com duração de 15 anos, prevê o fornecimento de um volume máximo de 10 Megawatts Médios (MWm), o que equivale ao consumo de 87,6 GWh/ ano.

A parceria entre o Portobello Grupo e a Enel Brasil segue o modelo de autoprodução por equiparação. Nesta modalidade de negócio, o consumidor, neste caso o Portobello Grupo, detém uma participação acionária na usina de geração limpa responsável pela produção da energia necessária para atender parcial ou integralmente o seu consumo.

O Portobello Grupo se tornou sócio da Enel Brasil na usina eólica Ventos de Santa Esperança 21, que pertence ao Complexo eólico Morro do Chapéu Sul II, construído e operado pela Enel Green Power, braço de geração renovável da Enel. Com capacidade instalada de 353 MW, Morro do Chapéu Sul II está localizado nos municípios de Morro do Chapéu e Cafarnaum, na Bahia, e possui ao todo 84 aerogeradores.

“O desafio que temos como sociedade para alcançar o net zero está impulsionando as empresas na busca por parcerias que contribuam para um mundo mais sustentável. A missão da Enel é atuar como facilitadora da transição energética. Ao oferecer soluções de autoprodução para parceiros como a Portobello, estamos diversificando nosso modelo de negócios para atender às necessidades de nossos clientes, aliando economia e sustentabilidade”, destaca Nicola Cotugno, Country Manager da Enel no Brasil.

“As questões sustentáveis sempre foram muito importantes para nós da Portobello. Para dar uma atuação mais estratégica ao tema, criamos um Comitê de Sustentabilidade que orientou a criação de um Plano ESG que prevê uma Portobello mais Ecoeficiente, com impactos na transformação social, e com uma governança estruturada com objetivos claros para avançarmos ainda mais. A parceria com a Enel é um passo importante do nosso pilar Ambiental, trazendo todos os benefícios da geração de energia a partir do uso de fontes renováveis”, afirma Cesar Gomes Junior, Chairman e Presidente do Conselho Administrativo do Portobello Grupo.

A negociação com o Portobello Grupo foi conduzida pela Enel Trading, comercializadora da Enel no mercado livre de energia. O modelo de negócio formatado pelas empresas prevê que a Enel Trading pode comercializar no mercado livre o excedente de energia produzida pela usina, após o atendimento do volume contratado pelo Portobello Grupo.

"Com o crescimento do Mercado Livre de Energia, nossos clientes têm buscado cada dia mais produtos que garantem além de economia, a sustentabilidade do negócio. A autoprodução é um exemplo de solução que une esses pilares. E esse é o nosso principal papel na Enel Trading: oferecer atendimento e produtos personalizados, atendendo às necessidades dos nossos clientes e garantindo mais competitividade aos seus negócios”, destaca Dario Miceli, responsável pelas atividades de Trading e Comercialização da Enel Trading.

A autoprodução de energia proporciona ao consumidor redução de encargos setoriais, além de outras vantagens competitivas oferecidas no mercado livre de energia, como a previsibilidade de preços e a livre negociação de condições contratuais. Além disso, o modelo contribui diretamente para a expansão do uso de fontes renováveis na matriz energética, descarbonizando os processos produtivos dos consumidores e sinalizando aos stakeholders compromissos mensuráveis atrelados à agenda ESG.

 

BMW Group prevê crescimento em 2023 com aumento de vendas de elétricos e do segmento premium de alto nível


Alta demanda: 15% de participação de BEV em 2023 no mundo

P90497660_lowRes_bmw-group-annual-conOliver Zipse, Chairman do Conselho de Administração da BMW AG. (Foto: Divulgação)

Com a perspectiva de crescimento em um ambiente de negócios persistentemente desafiador, combinado com um aumento nas vendas de veículos elétricos, o BMW Group está olhando para o ano financeiro de 2023, com ventos favoráveis do sucesso do ano passado - baseado em produtos altamente atraentes e tecnológicos. A empresa está levando este impulso enquanto se prepara para o lançamento de sua próxima geração de produtos, o NEUE KLASSE, em dois anos. Os pontos fortes comprovados do presente e o foco em tecnologias orientadas para o futuro estabelecerão as bases para o sucesso desta futura geração de produtos.

Os principais motores de crescimento em 2023 serão veículos totalmente elétricos (BEV) e modelos do segmento premium de alto nível - como o novo BMW Série 7, o BMW X7 atualizado e a família de modelos Rolls-Royce. Neste segmento superior, o BMW Group prevê um crescimento na faixa percentual média de dois dígitos para o atual ano financeiro, com modelos BEV ainda propensos a crescer na faixa de alta porcentagem de dois dígitos. No geral, o BMW Group espera que suas entregas aos clientes em todo o mundo aumentem ligeiramente no segmento automotivo em 2023.

O BMW Group está buscando um alto nível de lucratividade em seu negócio principal e tem como meta uma margem de EBIT de 8 a 10% no segmento automotivo para o ano financeiro. Deve-se notar que, desde a consolidação total da BMW Brilliance Automotive, a margem de EBIT não é mais comparável diretamente com os concorrentes.

"O BMW Group mostra um alto grau de resiliência, especialmente sob condições desafiadoras. A empresa antecipa os desenvolvimentos no ambiente econômico em uma fase inicial e toma as devidas providências", disse Oliver Zipse, Presidente do Conselho de Administração da BMW AG, em Munique, na quarta-feira. "Um alto nível de flexibilidade, combinado com nosso desempenho operacional, provou ser uma combinação eficaz para garantir o sucesso do BMW Group, mesmo diante de ventos contrários e aproveitando as oportunidades de crescimento lucrativo".

P90497665_lowRes_bmw-group-annual-conDr. Nicolas Peter, Membro do Conselho de Administração da BMW AG, Finanças, e Oliver Zipse, Presidente do Conselho de Administração da BMW AG, com o BMW i Vision Dee. (Foto:Divulgação)

"O BMW Group está provando que pode gerenciar a maior transformação da empresa e manter sua lucratividade. Nosso portfólio de produtos extremamente forte, em particular nossa impressionante gama de veículos eletrificados e modelos de luxo, torna ambas possíveis para nós", disse Nicolas Peter, membro do Conselho de Administração da BMW AG responsável por Finanças. "Geramos as despesas para inovações a partir do fluxo de caixa atual. Como antes, nossa abordagem BMW continua focada no futuro lucrativo e sustentável da empresa".

BEV oferece o maior motor de crescimento em 2023, com 15% de participação globalmente

No ano passado, o BMW Group mais do que dobrou suas vendas de BEV para mais de 215.000 unidades, destacando seu papel como pioneiro em mobilidade elétrica. A empresa mais uma vez entregou significativamente mais veículos totalmente elétricos aos clientes do que seus concorrentes europeus diretos e também significativamente mais do que a maioria dos novos participantes da Ásia e dos EUA.

Em combinação com a crescente eficiência de seus motores de combustão interna, o BMW Group está contribuindo para a proteção climática e conseguiu reduzir notavelmente as emissões de CO₂ da frota, principalmente na Europa: De acordo com dados preliminares, as emissões da frota da União Europeia caíram para 105g CO₂/km em 2022. Assim, o BMW Group superou significativamente o valor alvo de 127,5 gramas de CO₂/km para sua frota. Uma nova redução é esperada em 2023.

Com relação ao crescimento das vendas de veículos totalmente elétricos, o BMW Group observa que não apenas os clientes existentes da empresa estão mudando para veículos com trens de força totalmente elétricos, mas clientes de outras marcas, em particular, também estão optando pelos modelos BEV do BMW Group. Desta forma, a empresa pretende continuar a aumentar a sua participação de mercado no futuro.


"A substância é convincente - e é aqui que nossos modelos falam por si ". É por isso que estamos nos esforçando para obter mais crescimento significativo em veículos totalmente elétricos este ano e esperamos que eles representem 15% de nossas vendas globais totais", disse Zipse.

Nos dois primeiros meses do ano, o BMW Group conseguiu mais do que dobrar suas vendas de veículos totalmente elétricos, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento foi maior na China, onde as vendas de BEV da empresa mais do que triplicaram em 2023 até o final de fevereiro.

Com o lançamento do novo BMW Série 5 e do BMW i5 totalmente elétrico este ano, o BMW Group terá uma oferta de BEV em praticamente todos os principais segmentos de seus negócios. A gama será completada no final do ano pelo BMW iX2 totalmente elétrico e uma estreia absoluta no próximo ano, quando o primeiro modelo touring totalmente elétrico fará sua estreia no BMW Série 5.


 

Luiza Helena Trajano integra programa global para acelerar a igualdade de gênero e aumentar as oportunidades para mulheres em todas as cidades


Iniciativa tem a missão de garantir que as cidades sejam ambientes inclusivos onde as mulheres vivam, trabalhem e prosperem com dignidade e igualdade. 

 

Luiza TrajanoLuiza Helena Trajano passa a integrar o Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-Habitat) e o Fundo de Investimento de Capital das Nações Unidas (UNCDF). (Foto: Divulgação)

Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil, passou a integrar o Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-Habitat) e o Fundo de Investimento de Capital das Nações Unidas (UNCDF), em parceria com a ellaimpacta Alliance, um consórcio de empresas e organizações filantrópicas lideradas por mulheres. Denominado WomenLedCities (WLC), tem a missão de garantir que as cidades sejam ambientes inclusivos onde as mulheres vivam, trabalhem e prosperem com dignidade e igualdade.

Por meio do compromisso de “Não Deixar Ninguém Para Trás”, as mulheres líderes do WLC colaborarão e promoverão ações convergentes e impactantes para acelerar a conquista de objetivos de desenvolvimento sustentável nas cidades, por meio de três objetivos principais: empoderamento político, empoderamento econômico e melhores ambientes urbanos para mulheres.

A igualdade de participação e liderança das mulheres na vida política e pública é crucial não apenas para garantir a conquista de seus direitos humanos, mas também para apoiar o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável. No entanto, as mulheres continuam a enfrentar uma representação desigual na vida pública. Enquanto mais de 50% da população mundial é composta por mulheres, apenas 5% das cidades do mundo são lideradas por mulheres. O WLC é o primeiro do gênero a reunir mulheres líderes de negócios-investidoras e em políticas públicas para acelerar a igualdade de gênero, lacuna que se estima fechar em 265 anos na trajetória atual. O WLC busca criar uma rede de mulheres líderes de negócios-investidoras e políticas para promover e desenvolver parcerias que capacitarão as mulheres e servirão as cidades.

“Estou entusiasmada por fazer parte desta parceria e espero contribuir e compartilhar o sucesso e a experiência que conquistamos por meio do Grupo Mulheres do Brasil, que, atualmente, conta com uma rede de 114 mil mulheres em 39 países dos cinco continentes para apoiar as mulheres. Acordamos em dois objetivos claros: erradicar a violência contra as mulheres nos próximos 4 ou 5 anos e aumentar o número de mulheres na política para chegar a 50% de representatividade”, diz Luiza Helena.

 

Ex-CEO da Americanas chega para depor na CVM


AMERICANAS | Ana Couto


 

 

Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez chegou na manhã desta quinta-feira, 16, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no centro do Rio, para dar um aguardado depoimento, que deve ampliar a compreensão sobre a sistemática de operações que levou a varejista a um rombo contábil de R$ 20 bilhões, informado em janeiro.

A inconsistência contábil foi tornada pública por Sérgio Rial, executivo que sucedeu Gutierrez no cargo, mas se demitiu após nove dias.

Gutierrez deve abordar a anotação, na coluna financeira, das dívidas, que têm características de débitos comerciais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Gutierrez, que saiu da Americanas em dezembro, conforme plano previsto desde 2019 em plano de sucessão, é o maior acionista individual da companhia depois dos três acionistas de referência.

Morador do Rio de Janeiro, permaneceu no Brasil nos últimos meses, com postura discreta.

O executivo teria sido surpreendido pelo fato relevante de 11 de janeiro, quando Rial renunciou ao cargo e informou ter encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões. O executivo, afirmam interlocutores, ainda busca entender o processo que levou à crise atual. No mercado, seu depoimento é visto como o “elo perdido” no enredo que levou à recuperação judicial de uma das mais conhecidas empresas do País.

A Americanas está no centro das atenções desde a revelação sobre as inconsistências. A seguir, surgiu a informação de que os débitos se referiam a contratos de forfait (risco sacado), pelo qual a companhia toma crédito junto aos bancos, que recebem direto dos fornecedores.

Desde então, a varejista conseguiu entrar em recuperação judicial. A relação com os bancos, porém, tem sido conturbada. As instituições pediram que acionistas e lideranças ficassem impedidos de vender seus bens, a queda do sigilo do processo e a quebra do sigilo dos e-mails da diretoria da varejista, entre outras medidas, que a varejista respondeu judicialmente.

 

Decisão do Banco Central Europeu, episódio Credit Suisse, balanços e o que mais move os mercados

Decisão do Banco Central Europeu, episódio Credit Suisse, balanços e o que mais move os mercados

Nesta manhã, o que alivia os mercados é a informação de que o Banco Nacional Suíço vai garantir liquidez ao Credit

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Ibovespa painel (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa painel (Germano Lüders/Exame)

Por Beatriz Quesada, Raquel Brandão

Publicado em 16 de março de 2023 às, 08h21.

Depois de um dia de perdas com a situação do Credit Suisse dando contornos dramáticos ao setor bancário global após o episódio com o Silicon Valley Bank (SVB), os mercados começam a dar alguns sinais de alívio nesta quinta-feira, 16. Resta saber qual vai ser a duração desse fôlego extra conseguido.

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Nesta manhã, o que alivia os mercados é a informação de que o Banco Nacional Suíço vai garantir liquidez ao Credit. Depois das ações despencarem, com quedas de mais de 20%, o Credit Suisse informou que vai tomar um empréstimo de 50 bilhões de francos suíços (algo em torno de US$ 54 bilhões) com o BC da Suíça.

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A novidade faz com que os índices das bolsas europeias caminhem para alguma estabilização, mesmo com a decisão do Banco Central Europeu sobre a taxa de juros se aproximando. É esperado que a definição sobre a política monetária do bloco seja anunciada no meio desta manhã, pelo horário de Brasília. A expectativa é de que um aumento de 50 bps seja anunciado, mesmo com o desarranjo recente no setor bancário. A presidente do BCE, Christine Lagarde falará às 10h45 (do horário de Brasília) e seu pronunciamento é o foco de atenção do mercado.

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Os índices futuros de Nova York também testam esse alívio recente. Por volta das 7h10, somente a Nasdaq subia, enquanto os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam levemente.

Desempenho dos indicadores por volta das 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,25%
  • S&P 500 futuro (Nova York): -0,15%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,16%
  • DAX (Frankfurt): +0,46%
  • CAC 40 (Paris): +0,55%
  • FTSE 100 (Londres): +0,80%
  • Stoxx 600 (Europa): +0,27%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,72%
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Credit Suisse: crise bancária global?

Investidores devem continuar monitorando o setor bancário global após a crise com o Credit Suisse ontem. Após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank nos Estados Unidos, o anúncio de que o banco encontrou “fraqueza material” no balanço preocupou investidores.

A situação se estabilizou no final do dia depois que o Banco Nacional da Suíça (SNB) se dispôs a fornecer liquidez ao Credit Suisse, caso necessário. A principal autoridade de supervisão financeira do país (FINMA, na sigla em inglês), que também assina a nota, assegurou que a instituição atende às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos considerados “importantes para o sistema". O Credit é o segundo maior banco do país. Em comunicado, o Credit informou que deve precisar de um empréstimo em torno de 50 bilhões de francos suíços. 

Os dois órgãos disseram ainda que as turbulências no setor bancário americano não representam um risco direto de contágio aos mercados financeiros suíços.