quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Banco Central reduz Selic em 0,50 p.p para 12,75%


Banco Central reduz Selic em 0,50 p.p para 12,75%

Segundo o último Boletim Focus, a Selic no fim de 2023 permanece em 11,75% ao ano (Crédito: Freepik)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu baixar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, a 12,75% ao ano. Esta redução de o,50 ponto percentual está de acordo com as projeções do mercado financeiro e especialistas da área econômica.

+ Previsão para Selic no fim de 2023 segue em 11,75%; para 2024, continua em 9,00%, diz Focus

“Já havia sido contratada uma queda de 0,50 p.p, como esperado e já dito pelo Comitê na última reunião”, analisa Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Segundo o último Boletim Focus, a Selic no fim de 2023 deve permanecer em 11,75% ao ano. Isso representa, na prática, mais duas quedas de 0,50 p.p. nas duas próximas reuniões do Comitê (5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro). O último corte na taxa básica aconteceu na reunião de agosto do Copom. Na época, a maioria dos diretores votou pelo corte da Selic, que estava em 13,75% desde o segundo semestre de 2022.

Segundo o comunicado do BC, “o ambiente externo mostra-se mais incerto, com a continuidade do processo de desinflação, a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países”. Porém, o cenário doméstico demonstrou maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado.

“O Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. Como antecipado, ocorreu uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente”, aponta o comunicado do BC.

Ainda de acordo com o relatório do BC, “o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.

A nota do Comitê adiantou que, se confirmando o cenário esperado, os membros, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

Ao investidores, a notícia é positiva, mas é preciso diversificar a carteira. “A queda da Selic naturalmente fará com que os investimentos pós-fixados tenham uma rentabilidade cada vez menor a cada corte de juros. Para o investidor de renda fixa, o ideal é que busque diversificar a carteira com maior parte em ativos atrelados ao IPCA (Tesouro IPCA ou títulos de crédito privado) ou títulos prefixados (tesouro prefixado ou CDBs prefixados) para conseguir capturar um possível movimento de queda maior do que a esperada para a Selic”, recomenda Renan Suehasu, planejador financeiro CFP e sócio da A7 Capital. 


https://istoedinheiro.com.br/banco-central-reduz-selic-em-050-p-p-para-1275/

Valor de produção de origem animal no País alcança R$ 107,6 bi em 2022, diz IBGE

Rio, 21 – O valor de produção dos principais produtos de origem animal no País alcançou R$ 107,6 bilhões em 2022, aumento de 17,9% em relação ao ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo inclui leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã.

O leite concentrou 74,4% do valor total de produção em 2022, seguido pelos ovos de galinha, com 24,2%.

Desde 2017, o município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, tem o maior valor de produção deste grupo de produtos, R$ 1,6 bilhão.

O segundo município do ranking é Castro, no Paraná, com R$ 1,2 bilhão gerados, seguido por Bastos, em São Paulo, com R$ 1,2 bilhão.

 

STF fica a um voto de rejeitar o marco temporal; Senado reclama prerrogativa

 

Supremo Tribunal Federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta, 20, o julgamento sobre a adoção ou não de um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Com o voto do ministro Dias Toffoli, o placar estava em cinco a dois contra a tese que diz que povos indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. A votação será reiniciada na sessão desta quinta, 21. Se mais um ministro rejeitar o marco, será formada maioria na Corte.

O processo no Supremo projeta um embate com o Legislativo. Ele foi pautado ao mesmo tempo que o debate sobre o tema avança no Congresso. A Câmara dos Deputados aprovou em maio um projeto de lei para restringir as demarcações. A proposta está agora na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Ontem, a sessão da CCJ foi marcada por mensagens diretas aos ministros do STF. Senadores defendem o que consideram a prerrogativa do Congresso de legislar sobre o assunto.

Ao colocar a ação na pauta, a presidente do STF, Rosa Weber, contrariou a bancada ruralista e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), simpático ao projeto de lei. Deputados e senadores ligados ao agro esperavam dissuadir a Corte de retomar o julgamento.

Rosa Weber, conhecida pela defesa de pautas de direitos humanos, corre contra o tempo para votar no caso. A ministra se aposenta compulsoriamente no fim do mês e sinalizou aos colegas que não gostaria de deixar o tribunal sem participar deste julgamento.

Avaliações colhidas pelo Estadão dizem que, se os ministros decidirem que a tese é inconstitucional, o projeto de lei será colocado em xeque. O PL trata de outros temas, que podem seguir tramitando, mas o trecho sobre o marco temporal precisará ser revisto.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Ministério da Defesa austríaco seleciona o C-390 Millennium como seu novo avião de transporte militar

 

 

 

BRF comunica o resultado do processo de recompra de Senior Notes

logo BRF de logospng.org

A BRF comunica o resultado do processo de recompra, na data de oferta de recompra antecipada (early tender date) previamente anunciada de 4,350% Senior Notes com vencimento em 2026, de emissão da BRF GmbH e garantidas pela BRF; e de 4,875% Senior Notes com vencimento em 2030.

“Ao final da data de oferta de recompra antecipada (19 de setembro de 2023), os detentores de aproximadamente 50,18% do montante de principal referente às Notes 2026 e 22,49% do montante de principal referente às Notes 2030 validamente aceitaram as ofertas de recompra e não cancelaram a aceitação, não podendo mais cancelar ou revogar a aceitação manifestada”, diz a companhia.

O pagamento do preço de recompra, dos Juros Acumulados e do Prêmio de Recompra Antecipada será realizado com relação ao valor de principal das 2026 Notes que a BRF tiver aceito recomprar, sujeitas a rateio, na data de liquidação antecipada das ofertas de recompra, prevista para 21 de setembro de 2023.

A BRF informa que todas as Notes que não sejam aceitas para recompra pela BRF como resultado do nível de prioridade de aceitação e do rateio serão rejeitadas e devolvidas aos seus titulares, e que o prazo para retirar as Notes expirou. As Notes entregues que não tenham sido retiradas ou aquelas entregues em data posterior não poderão mais ser retiradas ou revogadas, exceto conforme disposto na legislação aplicável.

A obrigação da BRF de recomprar as Notes das ofertas de recompra está condicionada ao cumprimento ou renúncia de certas condições descritas no memorando de oferta de recompra.

 

BB estampa telões da Times Square com nova campanha de sustentabilidade

logo BB de seeklogo.com

Os famosos telões da Times Square, uma das áreas mais requisitadas em Nova York, aproximaram a Amazônia da Big Apple. O Banco do Brasil lançou na noite da terça-feira, 19, a sua nova campanha de sustentabilidade, aproveitando uma turnê de negócios à cidade, cujo objetivo foi captar recursos para a agenda verde do País e estreitar o relacionamento com investidores estrangeiros e clientes.

“Estamos em Nova York participando de reuniões com diversos investidores externos e organismos multilaterais para formar parcerias e captar recursos com finalidade de preservação ambiental, especialmente no que se refere à Amazônia”, diz a presidente do BB, Tarciana Medeiros.Batizada de ‘All Amazônia’, a ação do BB parte de um movimento global que busca conscientizar sobre a importância da preservação da floresta e pela recuperação de matas degradadas, bioeconomia e valorização da população que vive na Amazônia.

A campanha tomou todos os principais painéis da Times Square de forma sincronizada e foi criada pela WMcCann.

O rapper indígena do povo Guarani Mbyá, Orewá, deu voz ao filme que mostra a Amazônia além da floresta, sua arte, seus costumes, seu povo e suas dores.

A campanha também está nas edições impressas dos principais jornais do País nesta quarta-feira, 20.

 

Entenda o que pode pesar na decisão do Copom para baixar a taxa de juros


Entenda o que pode pesar na decisão do Copom para baixar a taxa de juros

A expectativa do mercado financeiro e de especialistas da área econômica segue o 'combinado' previsto da última ata da Copom (Crédito: Freepik)

 

Terminou nesta terça-feira, 19, a primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A expectativa do mercado financeiro e de especialistas da área econômica segue o ‘combinado’ previsto da última ata da Copom, apostando na queda de 0,50 pontos percentuais na Selic. Hoje, a , a taxa básica de juros brasileira está em 13,25%.

+ Termina a primeira parte da sessão de análise de conjuntura do Copom

“O ciclo de queda continua com 0,50 pontos percentuais por alguns motivos. Um deles é a diminuição da pressão política, e o outro que reforça também é a perspectiva do Boletim Focus de Selic já no final de 2023 estar em 11,75% perante os 12% que tínhamos um tempo atrás”, afirma Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.

  • Inflação

André Roncaglia, economista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), avalia a situação inflacionária, que é um dos parâmetros principais de influência na decisão dos diretores do Comitê. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,23% em agosto, 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho.

“Os dados mais recentes de inflação mostram alguma pressão ali na área de habitação e de energia, particularmente energia elétrica, mas são todas elevações pontuais. Há indicações de que a inflação de serviços vem cedendo mais rapidamente do que o previsto”, reforça o economista.

Também na esfera da inflação, Richetti chama atenção para o aumento de preço dos combustíveis – inclusive destaque na última projeção do FGV/IBRE, que projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC) deve encerrar o mês de setembro com alta de 0,30% puxado por este grupo.

“Como o Brasil é um país rodoviário, o aumento nesse custo é repassado para a população como um todo e isso faz com que a inflação suba. Mas, perto dos números que foram apresentados nas últimas duas semanas, eu ainda acredito que esses 0,50% serão dados pelo Banco Central em virtude dos dados e também por conta da questão de uma resposta política, de uma boa comunicação entre Planejamento e Fazenda, o que dá um sinal de certa forma positivo para o Legislativo e o Senado continuarem a fazer as devidas aprovações que são necessárias com o Banco Central fazendo a sua parte”, avalia o sócio da GT Capital.

 

PIB


Outro motivo apontado por Roncaglia é o crescimento econômico. “[A expectativa de alta] do PIB brasileiro para o ano que vem já vem desacelerando bastante com relação a esse 2023. Então, como o Banco Central está olhando para 2024 e ali as expectativas de inflação medidas pelo Boletim Focus se encontram na casa de 3,4% não há em si muitos motivos para que o processo de ajustamento monetário seja intensificado do ponto de vista da contração”, argumenta.

Ele acrescenta que a redução prevista da taxa de câmbio que já vem ocorrendo ao longo do tempo, combinado com os efeitos defasados do aperto monetário que ocorreu até o início da queda em agosto passado.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,90% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre, informou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 3,40%, resultado que também superou a mediana das previsões do mercado, que apontava avanço de 2,7%

“Tivemos uma expectativa de uma economia mais forte, dados do PIB do segundo trimestre mostrando que a demanda, principalmente o consumo, continua mais aquecidos do que era esperado. Isso tem impacto inflacionário, então coloca em dúvida sobre a necessidade de manutenção de juros”, reforça Reginaldo Nogueira, PhD em Economia e diretor sênior do Ibmec.

Porém, é preciso considerar que o crescimento das dúvidas fiscais pode não ser um bom indicativo. “O déficit fiscal do governo vem crescendo. Existe aí muita insegurança a respeito do que será o orçamento do próximo ano, a dúvida inclusive se o próprio arcabouço fiscal recém aprovado será cumprido ou não na busca de um déficit primário zero para 2024”, alerta Nogueira.

Para 95% do mercado financeiro, o governo não conseguirá zerar o déficit primário em 2024. O dado é da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira, 19. Apenas 5% dos profissionais de fundos de investimentos ouvidos esperam cumprimento da meta fiscal no próximo ano.

“É mais provável que o grande debate agora comece a se centrar sobre a taxa de juros no próximo ano, principalmente a taxa de juros terminal, se ela terminará próximo de 9% ou acima. Provavelmente haverá pressão, inclusive política, na imprensa e tudo mais, para que ela seja inferior a isso, e isso obviamente vai depender de todos os cenários e dados inflacionários e dados econômicos que vão ser colhidos nos próximos meses. Mas com relação a essa semana, o mais provável é que não haja surpresa”, finaliza o professor do Ibmec.

 

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