Segundo o último Boletim Focus, a Selic no fim de 2023 permanece em 11,75% ao ano (Crédito: Freepik)
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu baixar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, a 12,75% ao ano. Esta redução de o,50 ponto percentual está de acordo com as projeções do mercado financeiro e especialistas da área econômica.
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“Já havia sido contratada uma queda de 0,50 p.p, como esperado e já dito pelo Comitê na última reunião”, analisa Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.
Segundo o último Boletim Focus, a Selic no fim de 2023 deve permanecer em 11,75% ao ano. Isso representa, na prática, mais duas quedas de 0,50 p.p. nas duas próximas reuniões do Comitê (5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro). O último corte na taxa básica aconteceu na reunião de agosto do Copom. Na época, a maioria dos diretores votou pelo corte da Selic, que estava em 13,75% desde o segundo semestre de 2022.
Segundo o comunicado do BC, “o ambiente externo mostra-se mais incerto, com a continuidade do processo de desinflação, a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países”. Porém, o cenário doméstico demonstrou maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado.
“O Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. Como antecipado, ocorreu uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente”, aponta o comunicado do BC.
Ainda de acordo com o relatório do BC, “o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
A nota do Comitê adiantou que, se confirmando o cenário esperado, os membros, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.
Ao investidores, a notícia é positiva, mas é preciso diversificar a carteira. “A queda da Selic naturalmente fará com que os investimentos pós-fixados tenham uma rentabilidade cada vez menor a cada corte de juros. Para o investidor de renda fixa, o ideal é que busque diversificar a carteira com maior parte em ativos atrelados ao IPCA (Tesouro IPCA ou títulos de crédito privado) ou títulos prefixados (tesouro prefixado ou CDBs prefixados) para conseguir capturar um possível movimento de queda maior do que a esperada para a Selic”, recomenda Renan Suehasu, planejador financeiro CFP e sócio da A7 Capital.
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