terça-feira, 7 de novembro de 2023

Cenário internacional tem se mostrado mais volátil e adverso, diz BC na ata do Copom

Apesar de pressão do governo pela redução dos juros, Copom mantém taxa  básica em 13,75% - Portal do Cooperativismo Financeiro


Como já sinalizado no comunicado que se seguiu à decisão de reduzir a Selic para 12,25% ao ano, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 7, deu grande ênfase ao cenário internacional. De acordo com os membros do colegiado, o quadro externo tem se mostrado “mais volátil e adverso”.

“Há múltiplos mecanismos de transmissão da economia internacional para a economia doméstica, financeiros e econômicos, que devem ser incorporados na tomada de decisão”, observou o documento, relatando que um dos membros do Copom avalia que o cenário externo introduz um viés assimétrico altista no balanço de riscos para a inflação.

Já os demais membros consideraram que o cenário internacional afeta primordialmente o grau de incerteza relativo ao balanço de riscos. O Comitê foi unânime, portanto, ao avaliar que o aumento da incerteza no cenário global exige cautela.

 

Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação


Comércio teve prejuízo de até R$ 126 milhões com apagão na Grande São Paulo, diz associação

Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes. (Crédito: Rovena Rosa / Agência Brasil)

 

A Grande São Paulo teve perdas que chegam a R$ 126 milhões no comércio, após chegar a mais de 72h com falta de energia em dezenas de municípios. É o que estima a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em nota divulgada nesta segunda-feira, 6. Consumos imediatos e por impulso são os mais afetados, quando há essas restrições no fluxo de clientes.

A restrição na circulação causada pelas chuvas resultou em mais de 800 mil unidades consumidoras sem energia, prejudicando diretamente mais de 1,2 milhão de pessoas. Nesta terça-feira, 7, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as concessionárias vão estudar opções para ressarcimento a moradores. A Enel, que distribui energia elétrica para 24 municípios de SP, obteve então apoio do gestor estadual, que resistiu responsabilizar a companhia de luz.

Na avaliação do economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia, mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras “imediatas” e “por impulso” dos consumidores.

A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).

 

 https://istoedinheiro.com.br/comercio-teve-prejuizo-de-ate-r-126-milhoes-com-apagao-na-grande-sao-paulo-diz-associacao/

 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

BNDES: Dino assina acordo de R$ 1 bi para segurança da Amazônia na 6ª


Ministro da Justiça articula desde maio com Mercadante o uso do Fundo Amazônia para investimentos em segurança pública na Amazônia Legal


NASA/CALTECH
Desmatamento na Amazônia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assina, na próxima sexta-feira (10/11), um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir cerca de R$ 1,2 bilhão na segurança pública de estados que compõem a Amazônia Legal.

Esse recurso será do Fundo Amazônia, que é administrado pelo BNDES e reúne recursos doados por nações estrangeiras com o objetivo de promover projetos para a prevenção, combate ao desmatamento e conservação das florestas na Amazônia Legal.

Ainda em maio, Dino se reuniu com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, com a proposta de utilizar o Fundo Amazônia no fortalecimento da segurança pública nos nove estados da Amazônia Legal.

Em tese, além de combater os crimes ambientais, esse investimento também vai fortalecer o controle das fronteiras e combater outros crimes, como o tráfico de drogas e os homicídios, garantindo a presença do estado nas regiões mais remotas da floresta.

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Sem detalhes

Ainda não há um plano detalhado de como o recurso vai ser usado. Além dos R$ 1,2 bilhões do BNDES, é previsto um investimento de cerca de R$ 800 mil do Governo Federal, o que totalizaria mais de R$ 2 bilhões de recursos para o batizado Programa Amazônia Segurança e Soberania (Amas).

Em resposta a um pedido de informação do Metrópoles, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, informou em 24 de outubro que o programa ainda está em estágio inicial de implementação e diversas de suas características ainda estão sendo delineadas.

“No tocante ao orçamento, informamos que os valores exatos referentes às ações e itens de aparelhamento estão sendo avaliados, considerando as particularidades das atividades a serem desenvolvidas. Neste ato, ainda não é possível encaminhar orçamento detalhado, vez que este poderia induzir uma percepção equivocada”, escreveu Cappelli na resposta.

Entre os planos que já foram divulgados está a construção de 34 novas bases integradas de segurança pública, nos modelos terrestres e fluviais. Também é previsto o uso do recurso para o projeto Ouro Alvo, que visa mapear a origem de minérios e combater o comércio ilícito de ouro.

Uma das metas do programa é ajudar no desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, conforme compromisso do governo brasileiro na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27).

 

 https://www.metropoles.com/brasil/bndes-dino-assina-acordo-de-r-1-bi-para-seguranca-da-amazonia-na-6a

 

Lula recebe CEO da Nissan e reforça investimentos no Brasil


Makoto Uchida, CEO da Nissan, disse que o Brasil é uma das “regiões estratégicas” para a montadora de carros


Divulgação/Ricardo Stuckert
Foto colorida do presidente Lula, vice-presidente Geraldo Alckmin e CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida - Metrópoles

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta segunda-feira (6/11), o CEO Global da Nissan Corporation, Makoto Uchida. A reunião no Palácio do Planalto contou também com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Lula reforçou o país como um bom local de investimentos por ter um mercado “crescente de possibilidades” e desejar aumentar sua renda. Uchida, CEO da Nissan, concordou: “O Brasil é uma das regiões estratégicas para nosso crescimento global”.

Dessa forma, a Nissan lançará dois novos modelos de carros esportivos tipo SUV no Brasil e expressou querer exportar veículos para a América Latina a partir do Brasil, que tem um complexo industrial em Resende, no Rio de Janeiro.

Uchida, na reunião, também apresentou a Lula o plano estratégico da empresa para os próximos dois anos. Os próximos passos da Nissan serão anunciados nesta terça-feira (7/11).

 

https://www.metropoles.com/brasil/lula-recebe-ceo-da-nissan-e-reforca-investimentos-no-brasil

Previsão do Focus de alta do IPCA 2023 segue em 4,63%; 2024 sobe de 3,90% para 3,91%


Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%. (Crédito: José Cruz/ Agência Brasil)

 

A expectativa para o IPCA deste ano foi mantida no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6. A projeção para a inflação oficial em 2023 seguiu em 4,63%. Um mês antes, a mediana era de 4,86%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção piorou de 3,90% para 3,91%. Há um mês, era de 3,88%.

Considerando as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 se manteve em 4,61%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,92% para 3,93%, considerando 100 atualizações no período.

Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50% pela 15ª semana consecutiva – o que evidencia a reancoragem parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa seguiu em 3,50% pela 18ª semana seguida.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo e também superam o alvo central de 3,0%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o BC divulgou projeção de 3,6% para o IPCA de 2024, acima dos 3,5% da reunião anterior. Para 2025, subiu de 3,1% para 3,2% no modelo. Para 2023, a projeção foi atualizada de 5,0% para 4,7%. O colegiado reduziu a Selic pela terceira vez consecutiva em 0,50 pp, para 12,25% ao ano.

Curto prazo

Os economistas mantiveram a expectativa de inflação de curto prazo no Boletim Focus desta segunda. A mediana para outubro seguiu em 0,28%. Há um mês, a expectativa era de 0,38%.

Para o IPCA de novembro, a estimativa seguiu em 0,30%, de 0,32% um mês antes. Já para dezembro, a previsão para o indicador seguiu em 0,50%, ante 0,52% de quatro semanas atrás.

Projeção suavizada da inflação

Os economistas do mercado financeiro revisaram no Boletim Focus desta semana a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses que passou de 3,92% para 3,94%, de 4,00% há um mês.

No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, Haddad confirmou que não há previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. “Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias”, disse o ministro, em São Paulo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, já disse ao Estadão/Broadcast que a SPE já terminou a pesquisa sobre as experiências internacionais, mas que ainda não houve apresentação para o restante da equipe econômica nem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por editar o decreto.

Na avaliação do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, uma maior autonomia requer maior prestação de contas, mas que a autoridade monetária não antecipa nenhuma mudança na política monetária em função da introdução da meta contínua.

 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Petrobras investirá R$ 10 bi em projetos em MG e gerar mais de 200 mil empregos, reitera Prates

Jean Paul Prates | Partido dos Trabalhadores

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reafirmou nesta terça-feira, 31, em uma rede social, que a estatal vai investir R$ 10 bilhões em Minas Gerais. O anúncio ocorreu durante evento no Estado, em que foi convocado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Eles participaram na segunda-feira, 30, do 1º Encontro de óleo, gás e biocombustíveis para fortalecer a cadeia de produção industrial e comercial, em Belo Horizonte.

“O evento foi realizado em parceria com o Ministério de Minas e Energia e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)”, informou Prates, que na ocasião divulgou que a Refinaria Gabriel Passos (Regap) receberia US$ 2,6 bilhões até 2030.

Mais tarde, a Petrobras, via Relações com os Investidores, informou em comunicado ao mercado que os investimentos seriam de R$ 2 bilhões até 2027.

Ainda segundo a companhia, estudos preliminares apontam para o aumento da capacidade de processamento da refinaria para até 40 mil m3 por dia, ante os atuais 26 mil m3 por dia, o que demandaria mais R$ 8 bilhões.

Na rede social, Prates destacou a importância de Minas Gerais para os planos futuros da estatal, com Minas Gerais sendo um dos principais polos geradores de fornecimento, suprimento e serviços para a indústria do petróleo.

“A Petrobras investirá cerca de R$ 10 bilhões em projetos no Estado, como a ampliação da capacidade de processamento da Regap. A expectativa é de que possam ser gerados mais de 200 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou.

 

Haddad diz que conversou sobre JCP com Febraban e justifica veto no Marco de Garantias

Haddad evita falar em deficit zero e diz ter meta fiscal pessoal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 31, que teve reunião para discussão dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no período da manhã. A Fazenda encaminhou uma proposta que extingue o mecanismo, o que é criticado pelos bancos, que defendem uma contrapartida para evitar o aumento de carga tributária.

“Estamos discutindo, vendo os modelos de vários países”, disse o ministro ao deixar a sede da pasta, reforçando que esse projeto já está no combo de medidas saneadoras de receita enviado neste ano.

Haddad também comentou a sanção com vetos do Marco Legal das Garantias. Um dos vetos diz respeito ao trecho que autorizava a tomada de veículos sem autorização da Justiça para a recuperação de dívidas.

Ele explicou que o veto foi recomendado por outro ministério e reflete uma insegurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quis coibir eventuais abusos com a medida.

O ministro reforçou que a nova lei vai facilitar a execução de garantias no Brasil, com as cautelas devidas em relação ao consumidor, e que o veto não traz prejuízos, porque permite fazer todas as etapas até a emissão da posse por processo administrativo.

“Tanto do ponto de vista do imóvel quanto imóvel alienado, com alienação fiduciária, toda transferência de propriedade do imóvel hoje vai poder fazer com veículo também. A emissão na posse vai depender de uma autorização judicial, mas só na última etapa. O presidente ficou inseguro sobre abuso, mas concorda que precisamos por ordem no sistema de crédito para que a taxa de inadimplência possa cair e spread possa cair”, defendeu o ministro.

Haddad deixou a Fazenda e seguiu para o Palácio do Planalto no período da manhã para se reunir com Lula e líderes de partidos da base do Congresso para discutir a meta fiscal. Questionado se almoçaria com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Haddad negou o compromisso.