quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Ineep: Petrobras deve lucrar R$ 26,2 bi no 3º tri por alta na produção de petróleo e derivados

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Relatório divulgado nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (Ineep) estima lucro líquido de R$ 26,2 bilhões para a Petrobras no terceiro trimestre. Esse resultado esperado, definido como “positivo”, se deve ao crescimento da produção e comercialização de petróleo e derivados no período.

O Ineep estima, também, receita líquida de R$ 126,2 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 63,7 bilhões.

A companhia divulga o balanço financeiro do período na quinta-feira, 9, após o fechamento do mercado financeiro.

As estimativas do Ineep para os três indicadores vêm abaixo das médias de cinco instituições financeiras apuradas pelo Prévias Broadcast (lucro de R$ 31,1 bilhões, Ebitda de R$ 73 bilhões e receita de R$ 136,8 bilhões).

Segundo o Ineep, apesar de números sólidos e produção crescente, o resultado financeiro fica abaixo do registrado um ano atrás em função da queda dos preços do barril de petróleo do tipo Brent e dos derivados no período.

Na comparação entre o terceiro trimestre de 2023 e igual período de 2022, os preços médios dos Brent e dos derivados caíram, em média, 14,4% e 31,0% respectivamente. E os valores médios dos derivados no mercado interno saíram de R$ 687,00 por barril para R$ 474,00 na mesma base de comparação.

“Nem mesmo os aumentos de 4,5% no volume de produção e de 1,3% na comercialização de derivados compensaram os menores preços”, diz o pesquisador do Ineep Mahatma dos Santos.

Vendas

Segundo o Ineep, dos R$ 126,2 bilhões estimados como receita total do terceiro trimestre, 74% ou R$ 93,8 bilhões vieram de vendas ao mercado interno, entre petróleo e derivados.

A receita de vendas de derivados deve alcançar, segundo os pesquisadores, R$ 77,6 bilhões de junho a setembro, queda de 30,2% ante um ano atrás.

“As receitas com derivados foram impactadas pela robusta queda de 31,0% nos preços médios dos derivados na comparação anual. As maiores quedas estimadas foram nos preços do GLP (gás de botijão), cerca de 42,5%, seguido pelo diesel (34,3%) e a gasolina (12,2%)”, anota Santos.

Segundo ele, a decisão da gestão de ampliar o fator de utilização de seu parque de refino, que alcançou média de 96% no terceiro trimestre, resultou no aumento de 4,5% da produção de derivados e permitiu um incremento de 1,3% no volume de vendas da estatal em âmbito nacional, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. “Esse esforço operacional, no entanto, não foi suficiente para compensar a queda nos preços (dos derivados)”, diz.

Pelo lado do óleo cru, as vendas foram incrementadas pela recuperação expressiva (65%) das exportações para China e Europa na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano. “O boom das exportações no 3T23 significou forte recuperação do segmento, mas ainda em nível 6,1% inferior ao apurado no 3T22”, aponta o Ineep.

 

Após novas concessões, projeto de reforma tributária passa pela CCJ do Senado

 


Economistas e empresários defendem texto da reforma tributária

O texto endossa a proposta apresentada pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM), que deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta terça, 7. (Crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

 

A reforma tributária avançou no Senado nesta terça-feira, 7, após novas concessões feitas pelo relator, Eduardo Braga (MDB-AM), que acatou mais de 30 emendas apresentadas de última hora pelos parlamentares. As sugestões aumentam o número de setores com tratamento diferenciado, ampliam o uso do cashback (sistema de devolução de imposto à baixa renda) e atendem a interesses de governadores do Centro-Oeste e Nordeste.

Após seis horas de deliberações e tentativas de obstrução por parte da oposição, que tentou adiar a votação, o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 20 votos a favor e 6 contra. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), foi o único a orientar de forma contrária à proposta. O Podemos liberou a bancada. Todos os destaques foram rejeitados pelo colegiado.

A próxima etapa será a votação da proposta no plenário da Casa, prevista para hoje. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), será necessário o apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação – ou seja, 49 votos favoráveis num universo de 81 senadores. Se aprovada, a matéria terá de seguir para uma segunda análise na Câmara já que sofreu modificações no Senado.

Nas emendas acatadas antes da votação na CCJ, Braga atendeu, por exemplo, a pleitos de governadores do Centro-Oeste (que poderão criar um novo tributo sobre matérias-primas produzidas em seus territórios) e do Nordeste (com a permissão para prorrogar incentivos fiscais concedidos à indústria automobilística).

As modificações também atendem o setor financeiro e beneficiam as chamadas Sociedades Anônimas de Futebol. O senador incluiu ainda a previsão de cashback obrigatório para famílias de baixa renda na compra de botijão de gás. O relatório inicial de Braga já previa cashback no pagamento da conta de luz para as famílias mais vulneráveis.

O relator também retomou a redução de alíquota para atividades de recuperação de zonas históricas, que estava prevista no texto aprovado pela Câmara, mas que havia sido retirada na primeira versão do parecer. E incluiu a aquisição de medicamentos e dispositivos médicos pela administração pública e entidades de assistência social sem fins lucrativos na alíquota zero.

Defesa

Apesar da ampliação dos tratamentos diferenciados, o relator defendeu que os fundamentos da reforma foram preservados e que as mudanças foram discutidas com o governo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Nós procuramos ouvir todos os segmentos e procuramos, na medida do possível, representar essas pretensões sem perder o horizonte dos fundamentos da nossa emenda constitucional, que são: a simplificação, a neutralidade, a transparência, a segurança jurídica e o equilíbrio federativo”, afirmou Braga.

Durante as deliberações na CCJ, a oposição se uniu para tentar aprovar uma emenda apresentada por Rogério Marinho que alterava a trava para a carga tributária. Líder da oposição na Casa, Marinho propôs que, a partir de 2033, a alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA, que vai substituir os atuais tributos sobre o consumo de produtos e bens) fosse limitada a 20%. O destaque, porém, não obteve os votos necessários e foi rejeitado.

Na ocasião, Marinho afirmou que o Congresso vai “oferecer ao Brasil o maior IVA do mundo”, e que “alguns (setores) serão ‘excepcionalizados’ e outros, sobrecarregados”.

IVA

Marinho fez ressalvas à trava para aumento de carga tributária criada por Braga, que não estipula um porcentual máximo de cobrança do IVA. O texto do relator aprovado na CCJ institui apenas um teto de referência, com base na média da receita no período de 2012 a 2021, apurada como proporção do PIB.

Segundo o líder da oposição, essa fórmula cria um “piso” para a cobrança de impostos que pode gerar, logo na largada do sistema, um aumento de R$ 55 bilhões de carga. “Cai por terra a afirmação do governo de que não haverá aumento de carga, de que ela será neutra”, disse.

Em meio à pressão, Braga anunciou que, após a votação da proposta no plenário do Senado, vai solicitar um novo estudo à equipe econômica sobre o impacto das mudanças na alíquota do IVA.

“Da mesma forma que fui ao Ministério da Fazenda pedir que apresentasse um estudo sobre a alíquota com base no texto aprovado pela Câmara, nós vamos pedir também um estudo sobre a alíquota do texto aprovado no Senado”, afirmou. O último estudo da Fazenda, com base na versão anterior do parecer de Braga, já previa que a alíquota do novo tributo poderia chegar a 27,5%, figurando, assim, entre as maiores do mundo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Proporção de famílias endividadas cai a 76,9%, menor nível desde fevereiro de 2022, diz CNC

Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços - CNC - Insper: Ensino  Superior em Negócios, Direito, Engenharias e Ciência da Computação

A proporção de famílias endividadas no País recuou de 77,4% em setembro para 76,9% em outubro, menor nível desde fevereiro de 2022, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Há um ano, em outubro de 2022, a fatia de endividados era de 79,2%.

A fatia de inadimplentes também diminuiu, passando de 30,2% em setembro para 29,7% em outubro. Em outubro de 2022, a proporção de famílias com contas em atraso era de 30,3%.

“A inflação corrente mais comportada e o mercado de trabalho formal ainda absorvendo pessoas de menor instrução favorecem os orçamentos domésticos, fazendo com que menos pessoas recorram ao crédito. As políticas de transferência de renda mais robustas (valorização do Bolsa Família e salário mínimo, saques alternativos do FGTS) também auxiliam a renda disponível e a redução do volume de consumidores endividados”, justificou a CNC, em nota.

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

Na passagem de setembro para outubro, a melhora no endividamento foi puxada pelas classes de renda mais baixas. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados caiu de 79,4% em setembro para 78,7% em outubro.

Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados diminuiu de 77,9% para 77,2%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 74,3% para 74,9%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia ficou estável em 74,9%.

Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso recuou de 38,6% em setembro para 37,7% em outubro. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes caiu de 27,6% para 26,8%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 22,1% para 23,2%. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes ficou estável em 14,8%.

A proporção de famílias que afirmam não terem condições de pagar as dívidas atrasadas, permanecendo assim inadimplentes, ficou estável em 13,0% na passagem de setembro para outubro.

“A redução dos juros e as renegociações de dívidas começam a ser sentidas pelos consumidores. No entanto, do total de consumidores com atrasos, 48,5% estão com atrasos acima de 90 dias, proporção que ainda mostra crescimento (6,6 pontos no ano)”, ressaltou a CNC.

O cartão de crédito manteve a liderança como modalidade de dívida mais utilizada, citada por 87,0% dos entrevistados, seguida por carnês (17,0%), crédito pessoal (9,4%), financiamento de casa (8,0%) e financiamento de carro (7,8%).

 

Fábrica da Cacau Show que pegou fogo é responsável por 19% de toda a produção da marca


Fábrica da Cacau Show que pegou fogo é responsável por 19% de toda a produção da marca

Incêndio começou durante a madrugada e, no início da manhã, os bombeiros ainda trabalhavam para controlar as chamas. Segundo a Cacau Show, não há feridos. (Crédito: Reprodução/CNN Brasil)

Na manhã desta terça-feira, 7, uma fábrica da Cacau Show, em Linhares, no Espírito Santos, pegou fogo, causando grandes estragos e o isolamento do local onde a rede de chocolates produz boa parte de seus produtos. Segundo a Cacau Show, a planta responde por 19% de toda a cadeia produtiva da marca.

O incêndio começou durante a madrugada e, no início da manhã, os bombeiros ainda trabalhavam para controlar as chamas. Segundo a corporação e a própria Cacau Show, não há feridos.

A empresa informou, por meio de nota, que está acompanhando de perto a ocorrência e monitora, junto às autoridades locais, o controle da situação e os próximos passos a seguir.

“A Cacau Show possui três fábricas e a planta de Linhares representa 19% de toda a produção da nossa marca. Estamos reorganizando nossa cadeia de Supply Chain para que não haja qualquer impacto de produção”, afirmou a companhia.

Não há previsão de término do trabalho de combate ao incêndio. Assim que as chamas forem extintas, o corpo de bombeiros ainda precisará realizar o trabalho de rescaldo – resfriamento total do ambiente – para evitar novas chamas.

A fábrica da Cacau Show fica localizada no bairro Canivete, às margens da BR-101. Vídeos postados nas redes sociais no início da manhã mostram grandes labaredas e uma fumaça escura que chega a dezenas de metros de altura.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou em uma rede social que acompanha a situação e que “felizmente, [não há] nenhuma vida perdida no incêndio de grandes proporções na fábrica da Cacau Show”.

 

 https://istoedinheiro.com.br/fabrica-da-cacau-show-19-de-toda-a-producao/

3tentos registra lucro líquido de R$ 217,86 milhões no 3º trimestre, alta de 28,8% ante um ano

Resultado 3T22: 3Tentos anuncia data de divulgação

A 3tentos, empresa de Santa Bárbara do Sul (RS) que atua no varejo de insumos agrícolas, originação e trading de grãos e industrialização, registrou lucro líquido de R$ 217,86 milhões no terceiro trimestre de 2023, aumento de 28,8% em relação ao apurado no terceiro trimestre de 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 177,69 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 63% na mesma base de comparação. A margem Ebitda ficou em 7,4%, ante 5,6% no terceiro trimestre de 2022.

Já a receita operacional líquida chegou a R$ 2,4 bilhões no período de julho a setembro, crescimento de 22,7% ante o intervalo correspondente do ano passado e recorde histórico da empresa. O destaque foi o segmento de Indústria, com crescimento de 67,7%, para R$ 1,279 bilhão.

“O marco se deve, sobretudo, à expansão para Mato Grosso, que passa a contar com sete lojas e com uma indústria de processamento de soja e produção de biodiesel, a terceira e maior planta da 3tentos no Brasil”, disse a empresa no documento de divulgação dos resultados.

 


Banco Central do Brasil



As concessões dos bancos no crédito livre subiram 2,1% em setembro ante agosto, para R$ 474,6 bilhões, informou na manhã desta terça-feira, 7, o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o aumento foi de 5,0%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 5,00% em setembro, para R$ 249,4 bilhões. Em 12 meses, há alta de 10,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 11,2% em setembro ante agosto, para R$ 225,2 bilhões. Em 12 meses, há um recuo de 1,0%.


Mercado não espera déficit zero mas é importante perseguir meta fiscal, diz Campos Neto

Roberto Campos Neto: quem é o presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 7, que os participantes do mercado não esperam déficit zero nas contas públicas primárias em 2024, mas é importante que o governo persiga essa meta fiscal. Segundo ele, um afrouxamento da meta pioraria as expectativas para as contas públicas a partir de 2025, gerando assim um maior prêmio de risco.

Durante fórum de estratégias de investimento da Bradesco Asset e Bradesco Global Private, Campos Neto manifestou que apoia o esforço do Ministério da Fazenda em reforçar “o máximo possível” a intenção de cumprir a meta.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o governo dificilmente vai conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2024, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações de que a intenção é cumpri-la.