sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Passagem aérea cai 15,24% em janeiro e tem impacto individual importante no IPCA-15

 Bilhetes de avião ou de embarque dentro do envelope de serviço especial. Ilustração em vetor. - Vetor de Passagem de Avião royalty-free


A queda de 1,13% nos preços do grupo Transportes no IPCA-15 de janeiro se deve em boa medida ao recuo de 15,24% nas passagens aéreas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O item gerou impacto individual de -0,16 ponto porcentual no índice de inflação.

Dentro de Transportes, o IBGE também destacou o recuo de 0,63% no preço dos combustíveis em janeiro, que se deve a quedas nos preços do etanol (-2,23%), óleo diesel (-1,72%) e gasolina (-0,43%). Na contramão, o gás veicular registrou alta de 2,34%.

Segundo o IBGE, a variação negativa nos preços do ônibus urbano, -3,81%, foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (9,33%), a partir de 29 de dezembro, e em São Paulo (-21,88%), onde começou a aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro.

Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem e metrô a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público caiu 11,56% nessa área.

Nacionalmente, acrescentou o IBGE, o subitem táxi apresentou alta de 0,69% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro no Rio de Janeiro e Salvador.

Portos e Aeroportos diz que acompanha reestruturação da Gol em busca da manutenção de serviços

 


No nota, o MPor diz que a pandemia do Covid-19 impactou fortemente o setor aéreo em todo o mundo, o que exigiu a adoção de medidas de apoio

No nota, o MPor diz que a pandemia do Covid-19 impactou fortemente o setor aéreo em todo o mundo, o que exigiu a adoção de medidas de apoio (Crédito: Arquivo / IstoÉ Dinheiro)

 

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou nota nesta quinta, 25, em que afirma estar acompanhando o plano de reestruturação apresentado hoje pela companhia aérea Gol e que está trabalhando junto à empresa e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para garantir a manutenção dos serviços prestados à população.

No nota, o MPor diz que a pandemia do Covid-19 impactou fortemente o setor aéreo em todo o mundo, o que exigiu a adoção de medidas de apoio, de governos de diversos países, para atenuar o prejuízo causado às empresas aéreas. “Infelizmente, no Brasil, estas medidas não foram adotadas na gestão anterior, mesmo com a existência de recursos no Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac)”, afirma.

A pasta diz que a expectativa é de que, assim como aconteceu com outras grandes empresas aéreas no mundo que entraram no Chapter 11 (Latam, Delta, United, Aeroméxico etc), espera que o Plano de reestruturação da Gol fortaleça a empresa, aumentando cada vez mais sua capacidade de investimentos para melhor atender a população.

Pacote de medidas

O governo federal promete, desde meados de novembro do ano passado, um pacote de medidas conjuntas com as aéreas para reduzir o preço das passagens. Por parte das companhias, foi anunciado em dezembro maior volume de promoções e disponibilidade de passagens. Já a contrapartida do governo ainda não é oficialmente conhecida.

A expectativa, contudo, a partir de declarações do ministro Silvio Costa Filho, é de que o governo atue em medidas para reduzir o preço do querosene de aviação (QAV) e nas mudanças sobre o uso do Fnac, além da criação de um fundo próprio para as companhias. Ele também fala sobre a necessidade de encarar a judicialização que afeta o setor, com alto volume de indenizações principalmente por atraso de voos.

À imprensa no início desta semana, Costa Filho optou por não comentar concretamente sobre possíveis medidas do governo para socorrer a Gol O ministro disse, contudo, que tem se reunido com representantes de todas as companhias aéreas e que o Estado irá auxiliá-las como for possível. “Companhias como a Azul e a Gol estão fazendo suas estruturações internas. E, onde o Estado brasileiro puder dar sua contribuição, iremos dar”, afirmou.

O ministro não confirmou uma reunião específica com a Gol para tratar da atual situação da companhia. No entanto, conforme apurado pelo Broadcast, representantes da empresa estiveram na sede do ministério, em Brasília, na terça-feira, 16, justamente em busca de ajuda.

Sobre o risco de a empresa quebrar, o ministro disse que, pelo que se observa com outras companhias ao redor do mundo, entrar em recuperação judicial não representa o fim. “Companhias como a American Airlines, que em algum momento entraram em recuperação, saíram maiores do que entraram”, afirmou.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Banco do Brasil libera R$ 4,8 bi em crédito imobiliário para pessoas físicas em 2023

 

✓ Banco do Brasil | Brasília DF

O Banco do Brasil desembolsou R$ 4,8 bilhões em crédito imobiliário para pessoas físicas no ano passado, volume cerca de 30% maior que o de 2022. O banco público é o quinto maior do segmento no País.

O BB opera linhas com recursos da poupança e também com orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no chamado pró-cotista. Nos dois casos o cliente pode utilizar o saldo que possui no fundo para dar entrada, mas, no pró-cotista, tem de ter carteira assinada há pelo menos três anos.

No pró-cotista, as taxas do BB partem de 9% ao ano mais taxa referencial. Nas operações com recursos da poupança, o banco pratica taxas a partir de 9,74% ao ano, mais taxa referencial.

 

 


Apple atende UE e anuncia mudanças em seu sistema operacional

 


Ações da Apple sobem 1,76% e empresa passa a valer US$ 3 trilhões

A Apple anunciou nesta quinta-feira, 25, as alterações que vai promover em seu sistema operacional, no sistema iOS, no navegador Safári e na App Store para atender à Lei de Mercados Digitais (DMA), da União Europeia.

Em comunicado à imprensa, a criadora do iPhone disse que introduziu novas ferramentas de proteção, e afirmou que será possível para usuários da UE baixar aplicativos fora da appstore da Apple, além de usar métodos de pagamentos alternativos. A Apple também compartilhou novos termos comerciais para aplicativos de desenvolvedores na UE, observando que eles podem optar por adotar os novos termos ou manter os termos existentes da empresa.

Os novos recursos estarão disponíveis para consumidores nos 27 países da UE a partir de março, disse a nota.

Pix deve chegar a 40% dos pagamentos online até 2026 e empatar com cartão

 


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Mais de R$ 15 trilhões foram movimentados via PIX em 2023 (Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil)

 

O Pix deve atingir 40% do mercado brasileiro de pagamentos até 2026, segundo projeção da empresa pagamentos Ebanx. Com uma movimentação financeira anual próxima a US$ 200 bilhões (o equivalente a R$ 985,5 bilhões), o sistema de pagamentos instantâneos deve empatar com os cartões de crédito no posto de meio de pagamento mais utilizado no comércio digital.

Em 2023, o Pix respondeu por 29% do total de pagamentos do e-commerce no Brasil, aponta a Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) em dados utilizados no estudo, enquanto o cartão de crédito foi responsável por 49%. Em dois anos, essas participações devem mudar para 40% e 42%, respectivamente.

Segundo estudo da Ebanx, o Pix respondeu no ano passado por 15% das vendas online em toda a América Latina, sendo o segundo meio de pagamento mais utilizado na região. “Em apenas três anos, esta fatia vai crescer para 20%”, diz o relatório, divulgado nesta quinta-feira.

Dados internos da companhia apontam que nos últimos três anos, ou seja, desde que o Pix foi lançado, oito em cada dez pessoas optaram por utilizá-lo na primeira vez em que compraram online de alguma empresa ou vendedor. Foram consideradas 221 milhões de transações feitas por cerca de 30 milhões de pessoas, o que equivale a 20% de todos os usuários de Pix do País.

O avanço do Pix se deu neste período no território que antes era dominado pelo boleto, de acordo com a Ebanx. Entretanto, o cartão de crédito também perdeu espaço neste campo: em 2020, 56% das primeiras compras online eram feitas com cartão, porcentual que caiu para 4% no ano passado.

Números da ACI Worldwide utilizados pelo estudo apontam que, em 2022, o Pix respondeu por 15% dos pagamentos instantâneos feitos em todo o mundo. O sistema brasileiro e o UPI, seu “irmão” utilizado na Índia, foram responsáveis por seis em cada dez operações instantâneas no planeta naquele ano.

Ainda em crescimento

O estudo da Ebanx aponta, por outro lado, que o uso de cartões continua crescendo no Brasil, após um aumento de 130% na emissão nos últimos quatro anos. No País, o crédito era o principal meio de pagamento para compras online no ano passado. O débito vinha bem atrás, escolhido em apenas 2% das transações feitas pela internet.

Ainda assim, o cartão de débito é mais disseminado na população brasileira: 66% dos brasileiros adultos possuem um cartão, que é associado a contas correntes bancárias, enquanto apenas 40% detêm um cartão de crédito. A mesma tendência é vista em outros mercados emergentes.

Em países emergentes sem sistemas de pagamentos instantâneos, o débito é a principal avenida de crescimento para os pagamentos digitais, de acordo com dados internos da Ebanx. No Peru, no Chile e no México, a modalidade adicionou 25 milhões de clientes às bases das empresas que utilizam os sistemas da companhia desde 2020.

Ao todo, 97% dos vendedores online do Brasil aceitam cartões, contra uma média de 82% nos mercados emergentes, segundo a Ebanx. Na Índia, o porcentual está em linha com a média. No México, está em 70%.

O levantamento aponta ainda uma tendência de crescimento mais acelerado de bandeiras de cartão locais nestes países. No Brasil, a marca citada pelo estudo é a Elo, controlada por Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Brasil, forte no débito e que vem tentando crescer no crédito e em outros produtos relacionados a pagamentos.

 

 https://istoedinheiro.com.br/pix-deve-chegar-a-40-dos-pagamentos-online-ate-2026-e-empatar-com-cartao/

Tebet: Nosso veto provisório para emendas pode ser alterado em fevereiro

 Simone Tebet em 2022 - 25/05/2022 - Politica - Fotografia ...


A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira, 25, que o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão é provisório e que pode ser revisto, mas a pasta não tem uma resposta de como serão recompostos.

“Nós tivemos de fazer vetos e os vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação ou uma parte da programação e cortar. Ou eu corto a programação inteira, ou eu não posso cortar. Como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão, aquilo que é da parte do Congresso, nós fizemos provisoriamente um primeiro veto nas ações, nas linhas de programação, e podemos, lá para fevereiro, fazer qualquer alteração, como sempre fizemos no momento certo”, disse a ministra.

Segundo Tebet, o governo terá mais clareza desses números na apresentação do primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, mas isso não significa que o governo não possa enviar uma proposta ao Congresso antes desse prazo para redistribuir os vetos.

Ainda assim, o governo terá uma sinalização mais clara das expectativas de receitas só após o carnaval. Uma das razões para o governo ter de enxugar o Orçamento foi a apuração da inflação – o IPCA de 2023 fechou em um nível inferior ao usado para estimar as despesas no Orçamento.

“Nós preferimos arrecadar menos do que ter um processo inflacionário no Brasil e perder controle. Então quanto menor for a inflação, não tem problema a arrecadação cair. A gente corta de algum lugar. Então nós tivemos R$ 4,4 bilhões a menos. Agora nós temos de ver as ações, medidas provisórias e os projetos de lei que nós apresentamos e o Congresso aprovou no final do ano, o que significa isso em receita real”, explicou.

Essas falas ocorreram durante o lançamento do relatório da Agenda Transversal Ambiental do Plano Plurianual 2024-2027, realizado na sede do Banco do Brasil, em Brasília. O documento foi elaborado pelo MPO com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A chefe do Planejamento afirmou que este ano é o momento de projetar o Brasil para o futuro, seja para este ou para um eventual quarto mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Temos de olhar para os países vizinhos”, afirmou, pontuando que o acordo Rota de Integração, que envolve o Mercosul, já foi aprovado por Lula.

Tebet também mencionou que é preciso avaliar o que ocorrerá com a MP da reoneração parcial – que tipo de acordo será feito e para quando a proposta valerá, para estimar o impacto no orçamento.

Contingenciamento

O mês de março é crucial para o governo porque o relatório bimestral também vai apresentar o tamanho do contingenciamento que o governo terá de fazer em 2024 para a perseguição da meta fiscal neutra. A ministra destacou que, por ora, a pasta ainda não sabe quanto e se será necessário fazer algum contingenciamento, mas defendeu as agendas transversais do governo, que ampliam as verbas de setores.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também presente ao evento, pontuou que a agenda transversal foi uma maneira de ampliar o orçamento da área ambiental de forma inteligente.

Mais cedo, Marina destacou que desde 2003 defendia que o meio ambiente se tornasse uma política transversal no orçamento público. “Em 2003 quando começou o governo, colocamos como uma das diretrizes a política ambiental ser transversal, e não setorial, e que ela só funcionaria quando se transformasse em política transversal”, lembrou a ministra.

Otimismo

Na mesma ocasião, Simone afirmou que primeiro ano do governo Lula 3 não foi fácil, mas que está extremamente otimista em relação a 2024.

“É importante nos reposicionarmos em alguns pontos”, afirmou, pontuando que o governo tem feito muita coisa que ainda precisa ser divulgada. “Esse é um momento de celebração, não dá para falar que fizemos pouco, fizemos muito”, comemorou.

Tebet reiterou que não foi fácil restabelecer cultura de planejamento no Brasil, e criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando a demora da “vacina no braço” durante a pandemia, além do aumento da prática de garimpo no País.

“Imagine pegar um País sem planejamento, que não tinha sequer um ministério, trocar pneu com o carro andando. Essa foi a realidade do Ministério do Planejamento e do Meio Ambiente”, pontuou, acrescentando que, em sua visão, o governo Lula conseguiu reconstruir pontes que haviam sido queimadas pela gestão anterior.

Também presente ao evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que, desde 2003, defendia que o meio ambiente se tornasse uma política transversal no orçamento público.

“Em 2003 quando começou o governo Lula, no primeiro mandato, colocamos como uma das diretrizes que a política ambiental fosse transversal, e não setorial, e que ela só funcionaria quando se transformasse em política transversal”, lembrou a ministra, reiterando que a ideia saiu do papel durante evento de lançamento do Relatório da Agenda Transversal Ambiental do Plano Plurianual 2024-2027.

Gol entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

 


A Gol anunciou nesta quinta-feira que a companhia aérea e as suas subsidiárias estão entrando com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos para fortalecer sua posição financeira, acrescentando que todos os voos estão operando conforme programado e todas as passagens e reservas permanecem em vigor.

A empresa também informou que inicia o processo legal nos EUA, conhecido como “Chapter 11”, com um compromisso de financiamento de 950 milhões de dólares, na modalidade “debtor in possession” (DIP) por membros do Grupo Ad Hoc de bondholders da Abra — holding que reúne as operações da Gol com a colombiana Avianca — e outros bondholders da Abra.

A decisão era esperada por investidores após notícias recentes na mídia, enquanto a Gol afirmou na semana passada que estava discutindo com stakeholders financeiros sobre como chegar a uma reestruturação “consensual”, uma vez que tem enfrentado dívidas elevadas. No mês passado, a empresa contratou a Seabury Capital para uma revisão da estrutura de capital.

Por volta de 17:30, as ações da Gol recuavam 2,26%, a 6,50 reais, na B3. Antes de ter as negociações suspensas em razão da divulgação de fato relevante sobre a recuperação judicial, a ação da Gol era negociada na mínima da sessão até aquele momento, a 6,65 reais, estável frente ao fechamento da véspera. Na máxima, registrada mais cedo, o papel chegou a ser negociado a 6,97 reais.

Com a decisão, a Gol é a mais recente companhia aérea latino-americana a pedir proteção contra a falência após uma crise relacionada com a pandemia, seguindo o caminho da sua empresa-irmã Avianca, da companhia aérea mexicana Aeromexico e da LATAM Airlines, com sede no Chile.

No fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia disse que buscará acesso ao financiamento de 950 milhões de dólares como parte da audiência do primeiro dia com o Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, prevista para os próximos dias.

De acordo com a empresa, o financiamento está sujeito à aprovação judicial e, juntamente com o caixa gerado pelas operações em curso, “fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações, que seguem normalmente, durante o processo de reestruturação financeira”.

A Gol acrescentou que usará o “Chapter 11” para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo, e que espera sair dessa recuperação judicial com um investimento significativo de capital, “posicionando-a para expandir sua posição como companhia aérea líder na América Latina”.

Estimativas da Fitch mostraram em dezembro que a dívida total da Gol era de 20,3 bilhões de reais (4,12 bilhões de dólares), quase metade dos quais eram obrigações de leasing. Os vencimentos de curto prazo totalizaram 3 bilhões de reais, enquanto o caixa disponível estava em torno de 905 milhões.

“Fizemos progressos notáveis até agora e acreditamos que este processo permitirá endereçar os desafios gerados pela pandemia, ao mesmo tempo em que mantemos o elevado padrão dos serviços que oferecemos aos clientes”, afirmou o CEO da companha, Celso Ferrer, no fato relevante.

Analistas de sell-side e agências de classificação dizem que a Gol tem números operacionais sólidos em meio à demanda saudável por viagens aéreas no Brasil, mas que as altas despesas com leasing e juros têm pressionado seu fluxo de caixa e afetado seu perfil de dívida.

Ela também enfrentou problemas de capacidade em meio a atrasos nas entregas de aeronaves da Boeing, que seu presidente-executivo disse ter impedido a empresa de crescer no ritmo que gostaria, e alta pressão de manutenção devido a problemas de fornecimento de motores.

A Gol detinha 33% de participação de mercado na indústria de aviação brasileira no ano passado, perdendo apenas para a LATAM Brasil, conforme definido pela receita de passageiros por quilômetro, que mede o tráfego. Foi a principal companhia aérea do Brasil de 2016 a 2020.

Com Reuters