terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Sistema de consórcios cresce 25% e movimenta R$ 316,7 bi em 2023

 


O Sistema de Consórcios movimentou mais de R$ 316,7 bilhões em 2023, um crescimento de 25,6% na comparação com 2022. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Segundo a entidade, o volume movimentado representa um recorde no setor.

Já o volume de participantes ativos consolidados no sistema de consórcios chegou a 10,29 milhões, uma alta de 9,4%, tornando-se um resultado inédito no país.

Para o diretor da Multimarcas Consórcios, Fernando Lamounier, o crescimento constante é consequência do cenário econômico, já que, com a alta dos juros, os consórcios representam uma alternativa para quem deseja fazer aquisições de bens ou outros produtos de maior valor agregado.

“Os valores de financiamento e empréstimo se tornam impeditivos para quem realmente coloca o custo da dívida na ponta do lápis. O consórcio, por não contar com juros, mas sim com uma taxa de administração, passa imune a esse fenômeno e se torna cada vez mais atrativo”, explica.

Outro fator atrativo para o cenário, é o fato dos consórcios englobarem diferentes produtos e objetivos, que vão desde imóveis até a aquisição de serviços. Dos seis indicadores analisados pela Abac, quatro registram alta: imóveis (20,8%), veículos leves (13,1%), motocicletas (4,0%) e veículos pesados (2,5%).

O número de contemplações, consorciados que puderam utilizar o crédito, também registraram aumento, chegando a 1,62 milhões, 6,6% maior que em 2022, e o ticket médio mensal passou de R$59,56 mil para R$74,24 mil, uma alta de 24,6%.

“Para fugir do crescente endividamento, os brasileiros buscam alternativas que possibilitem a realização de seus sonhos, sem ônus para as finanças familiares e sem comprometer a renda total. O mercado tradicional é muito complexo e o sistema de consórcios proporciona um maior poder de compra para a aquisição do investimento”, acrescenta o especialista.

Para este ano, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o mercado financeiro estimam novas reduções da taxa básica de juros, a Selic, chegando a uma suposição de encerramento anual abaixo de 9,25%. No entanto, na avaliação de Lamounier, o número continua alto e por isso o setor de consórcios deve ganhar ainda mais espaço.

“A redução não tem grande interferência no mercado de consórcios, já que os juros ainda continuam elevados, o que tende a atrair mais brasileiros. É esperado que a tendência de crescimento do setor, que vemos ao longo dos anos, permaneça em desenvolvimento e expansão”, complementa.

BNDES anunciará ampliação de recursos ao agronegócio, diz Fávaro, após reunião com Haddad

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciará ampliação de recursos ao agronegócio. “O BNDES está preparando anúncios. No dia 2, deverá ter algum anúncio. Medidas estruturantes virão depois do levantamento da equipe econômica de endividamento do setor e custos”, afirmou Fávaro após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira.

Segundo o ministro, o BNDES também será chamado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a crise enfrentada pelo agro.

Fávaro se reunirá com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na próxima sexta-feira, 2, no Rio de Janeiro.

Conforme mostrou o Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), há expectativa de que o BNDES anuncie novo aporte de R$ 4 bilhões para financiamento de investimentos agropecuários dentro da linha BNDES Crédito Rural, com custo fixo em dólares americanos (TFBD).

O banco de fomento também deve criar uma linha dolarizada para custeio agropecuário, com recursos voltados diretamente a produtores afetados pela quebra de safra ou a revendas para refinanciarem o custeio.

IPCA para 2024 passa de 3,86% para 3,81%, aponta Focus

 


A expectativa para a inflação de 2024 caiu pela terceira semana seguida no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira, 30. A projeção passou de 3,86% para 3,81%. Um mês antes, a mediana era de 3,90%. Para 2025, que também está no foco da política monetária, a projeção seguiu em 3,50%, pela 27ª semana seguida.

Considerando as 106 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,87% para 3,80%. Para 2025, por sua vez, a projeção passou de 3,51% para 3,50%, considerando 102 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 30ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa permaneceu em 3,50%, como também está há 30 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em dezembro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, abaixo dos 3,6% da reunião anterior, de novembro. Para 2025, seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano.

Projeção Focus suavizada

Os economistas do mercado financeiro reduziram levemente a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,86% para 3,82%, de 3,88% há um mês.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. “Até aqui, não (há previsão de publicar o decreto). Consultas estão sendo feitas pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda. Mas nós temos tempo, e provavelmente até o final do ano nós vamos ter notícias”, disse o ministro, em São Paulo.

Como mostrou o Estadão/Broadcast neste mês, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula, o decreto da meta de inflação deve ser finalmente publicado. O governo enxergava o período até o fim do recesso do Legislativo como uma “boa janela”. “O documento já está esboçado. É apenas uma questão de timing e, até a volta do Congresso, pode ser um bom momento”, comentou uma fonte.

Curto prazo

Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus desta segunda. A mediana para janeiro de 2024 passou de 0,44% para 0,39%. Há um mês, a expectativa era de 0,36%.

Para o IPCA de fevereiro, a estimativa passou de 0,66% para 0,67%, de 0,64% um mês antes. Já para março, a previsão para o indicador passou de 0,29% para 0,28%, ante 0,32% de quatro semanas atrás.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Em recuperação judicial, Gol tinha dívidas acima de R$ 20 bi em 2023

 Nossa Frota | GOL Linhas Aéreas


A empresa aérea Gol anunciou, nesta segunda-feira (29), que fechou o ano de 2023 com uma dívida de cerca de R$ 20,176 bilhões. O resultado, contudo, é preliminar, pois ainda não foi examinado por auditores externos, conforme informou a companhia em comunicado divulgado nesta manhã.

“As informações financeiras aqui fornecidas são preliminares e não auditadas, estando assim sujeitas a possíveis ajustes. A companhia aconselha os investidores a exercerem cautela e a não se basearem exclusivamente nas informações acima para tomar decisões de investimento”, alerta a Gol, cujo patrimônio líquido negativo chegou a R$ 23,35 bilhões. A divulgação dos resultados derrubou o valor das ações da empresa na Bolsa. Após chegar a 12,5%, o prejuízo diminuiu, chegando a 11,3% por volta das 13h15.

Toda empresa com capital aberto, ou seja, que tem ações negociadas em bolsa de valores, é legalmente obrigada a submeter suas contas a uma auditoria externa, contratada para garantir que as informações divulgadas correspondem à situação real.

A Gol tornou públicos os resultados financeiros preliminares e não auditados relativos ao quarto trimestre (outubro a dezembro) do ano passado após tê-los informado ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos, onde, na última quinta-feira (25), a empresa ajuizou pedido de recuperação judicial.

Na ocasião, o diretor-executivo da companhia, Celso Ferrer, destacou que, no terceiro trimestre, o endividamento com empréstimos e financiamentos chegava a R$ 20,227 bilhões – valor 0,25% superior ao anunciado hoje. De acordo com Ferrer, a dívida se deve principalmente à crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e por atrasos no recebimento de aeronaves. Ferrer repetiu a estratégia já adotada em nota divulgada à imprensa horas antes, se negando a usar o termo recuperação judicial.

“Queria deixar claro que não é uma recuperação judicial”, destacou o executivo, enfatizando que a empresa tinha iniciado, em Nova York, os procedimentos para um chamado chapter 11 – recurso legal a que empresas de várias nacionalidades, incluindo do setor aéreo, como a brasileira Latam, já recorreram a fim de continuar operando comercialmente enquanto negociam as medidas necessárias para obter capital e se reorganizar financeiramente.

Paralelamente ao procedimento no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, a Gol negocia com investidores um financiamento de US$ 950 milhões, aproximadamente R$ 4,6 bilhões. “A fim de cumprir determinadas obrigações contratuais necessárias à obtenção do compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade debtor in possession (DIP) […] a companhia disponibilizou em seu website apresentação contendo informações previamente compartilhadas com potenciais investidores”, acrescenta a empresa, no comunicado de hoje.

“O processo de chapter 11 é justamente para proteger a companhia de qualquer ação que possa ser tomada pelos arrendadores de aeronaves, com quem já vínhamos negociando”, comentou Ferrer, ao dizer que o procedimento de reestruturação financeira não afetará os voos, clientes e funcionários da empresa.

Advogado de Bolsonaro diz que ex-presidente e filhos teriam saído para pescar e nega fuga da PF

 

O advogado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, Fabio Wajgarten, afirmou nesta segunda-feira, 29, que Bolsonaro e os filhos, que estavam em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, teriam saído para pescar antes mesmo da notícia de busca e apreensão da Polícia Federal na investigação sobre a “Abin paralela”. “O presidente Jair Bolsonaro saiu para pescar as 5:00 [da manhã] com filhos e amigos bem antes de qualquer notícia”, escreveu Wajgarten em uma rede social.

Ele diz que “não foi encontrado nenhum computador de quem quer que seja na residência ou gabinete do vereador Carlos Bolsonaro”.

Após rebater o que havia sido veiculado, no mesmo post, o advogado critica dizendo que “a responsabilidade com a apuração e com a notícia faz parte do Jornalismo dito profissional”.

Na manhã desta segunda-feira, foi deflagrada uma nova operação da PF que investiga a “Abin paralela” – suposta espionagem ilegal na Abin – no governo de Bolsonaro.

Um dos alvos é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), conforme o blog da Andreia Sadi, no G1.

A informação foi confirmada pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

JBS firma parceria com Cooperativa Languiru para abates em unidade gaúcha

 Logomarca - JBS Brandcenter


A JBS firmou contrato de industrialização para abate de aves com a Cooperativa Languiru, em sua unidade de aves em Westfalia (RS). A parceria, celebrada na terça-feira, 23, prevê que a unidade da Languiru passará a abater aves de produtores integrados da Seara/JBS a partir de fevereiro, informou a JBS em nota.

Segundo o CEO da Seara, João Campos, a JBS está presente em 20 municípios gaúchos, com operações em suínos, aves, couros e alimentos preparados, além de incubatórios e fábricas de ração. “A nova parceria com a Languiru é mais um passo em nossa estratégia de expandir parcerias e nossa atuação no Estado”, diz, na nota.

 

 


Todos os Poderes cumpriram limite de despesas em 2023, diz subsecretário do Tesouro

 Secretário do Tesouro diz que não há mais precatórios a ...


O subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro Nacional, David Rebelo Athayde, destacou que em 2023 todos os Poderes conseguiram cumprir o limite de despesa em relação ao teto de gastos, que foi substituído pelo novo arcabouço fiscal. “Todos os Poderes ficaram dentro do limite, tiveram expansão de despesa inferior”, disse.

Ele também destacou que o indicador de Receita Líquida Ajustada (RLA), que desconsidera fontes voláteis, como concessões, dividendos, royalties, recursos não sacados do PIS/Pasep e com programas especiais de recuperação fiscal, fechou dezembro de 2023 com crescimento de 0,99%.

Com o novo arcabouço, a RLA será usada para calcular o limite de crescimento real das despesas para a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA).