A LVHM, holding da qual a Louis Vuitton faz parte, pretende fortalecer o seu poder de influência por meio do entretenimento
Loja da Louis Vuitton em Paris
A LVHM, holding de luxo e dona de 75 marcas como Louis Vuitton e Dior, lançou recentemente uma nova divisão de entretenimento denominado de “22 Montaigne Entertainment”, em parceria da Superconnector Studios. O nome tem como referência a sede do grupo em Paris, na Avenida Montaigne.
Objetivo impulsionar o marketing das marcas do grupo, seguindo uma tendência da indústria da moda que busca tirar vantagem de associações com celebridades e o mundo do entretenimento.
A meta é colaborar com criadores, produtores e distribuidores de entretenimento para codesenvolver, coproduzir e cofinanciar entretenimento focado em formatos de áudio, filme e TV premium.
Divisão será liderada por herdeiro de mais rico do mundo
O braço da companhia será supervisionado por um comitê de executivos liderado pelo herdeiro da LVMH, Antoine Arnault, e por Anish Melwani, presidente-executivo das operações da empresa na América do Norte. Antoine é o filho homem mais velho do fundador do grupo, Bernard Arnault, atual homem mais rico do mundo, com fortuna estimada pela Forbes em US$ 201 bilhões.
Melwani, em entrevista à “Deadline Hollywood”, afirmou que o estúdio irá servir como uma ponte entre a indústria do entretenimento e as marcas da companhia.
“Na LVMH, vemos cada marca como uma casa de histórias, um criador distinto de cultura”. E completa: “O nosso objetivo é aproveitar ainda mais o entretenimento premium como um meio de compartilhar a riqueza dessas histórias com nossos clientes.”
Um experimento rentável para a marca foi a colaboração com a série “Emily in Paris”, produzida pela Netflix, em que vários personagens usaram roupas das casas LVMH. No ano passado, a LVMH também firmou acordos com figuras como Beyoncé, Lionel Messi, Zendaya e Pharrell Williams.
Movimento rivaliza com concorrentes
O movimento de aproximação de grandes marcas da moda grandes marcas da moda de Hollywood não é novo. Entre os exemplos estão Audrey Hepburn e o filme “Bonequinha de Luxo”, e o filme “Casa Gucci”, que trouxe um elenco com Lady Gaga para contar a história sobre a ascensão e queda da família fundadora da marca italiana.
O movimento da LVMH pode indicar uma rivalização com a Kering, dona da Gucci. No ano passado, o bilionário francês de bens de luxo, François-Henri Pinault, presidente e CEO da Gucci , adquiriu uma participação majoritária na CAA (Creative Artists Agency), agência sediada em Los Angeles que representa milhares de atores, diretores e artistas de música, incluindo Beyoncé e a esposa de Pinault, Salma Hayek.
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