segunda-feira, 8 de abril de 2024

Lula convoca reunião com Haddad em meio à crise da Petrobras

 


Haddad e Lula - Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá nesta segunda-feira, 8, uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio à crise na Petrobras. O encontro ocorrerá às 18h, no Palácio do Planalto.

O chefe da equipe econômica, que estava em São Paulo, foi convocado de última hora, antecipando seu retorno a Brasília.

Além de Haddad, também vão participar da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação).

Com a crise na Petrobras, que escalou na semana passada, Lula considera substituir Jean Paul Prates na presidência da estatal e nomear, em seu lugar, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Nesse sentido, o diretor de Planejamento do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, assumiria o banco de fomento.

Meio-termo

Segundo divulgado pelo Estadão, outra possibilidade é a de Mercadante na presidência do conselho da estatal para mediar conflitos entre a diretoria e demais integrantes indicados pelo governo, enquanto Prates ficaria no cargo, mas com foco na parte operacional.

Crise

O Estadão apurou ainda que o ministro da Fazenda vem tentando ficar distante do duelo entre Silveira e Prates e que vai opinar sobre o tema caso seja solicitado por Lula.

A distribuição de dividendos gerou o racha. Na reunião de março, o conselho da companhia decidiu pela retenção dos valores, o que frustrou investidores e deixou evidentes as divergências dentro da gestão petista.

À época, Silveira e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foram contrários à distribuição, enquanto Prates defendeu o pagamento de 50% dos valores.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Faturamento do e-commerce brasileiro alcança a marca de R$ 254,4 bilhões em 2023

 

Cesta de Alimentos em Destaque


Cesta de Alimentos em Destaque
 
  No acumulado de 2023, o faturamento do comércio eletrônico brasileiro ficou em R$ 254,4 bilhões, o que representa um crescimento de 0,7% na comparação com o ano de 2022, quando o setor registrou queda de 2,2% em relação a 2021. Os dados são da pesquisa Webshoppers, da NielsenIQ Ebit, e indicam que o número de compradores no e-commerce em 2023 permaneceu praticamente estável, com 108,4 milhões de brasileiros, variação negativa de 0,5% em relação a 2022. 

Compras de Reposição no E-commerce

  No período, o destaque foi para as vendas brutas de produtos da cesta de alimentos, que aumentaram 26,2%. Apesar de uma queda de 15,2% em pedidos, houve um aumento de 48,7% no faturamento. "O crescimento das categorias bens de consumo de rápido movimento no e-commerce brasileiro reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com ênfase crescente em compras de abastecimento e reposição" afirma Luiz Davison, gestor de sucesso do cliente da NielsenIQ Ebit. 

Imagem: Freepik 
 
 https://www.gironews.com/varejo-digital/cesta-de-alimentos-em-destaque-74626/

Expansão na Capital Paulista - Spani Atacadista instala unidade na Barra Funda (SP)

 



Expansão na Capital Paulista
 
  Com investimento de R$ 34 milhões, o Spani Atacadista inaugura, na próxima semana, mais uma loja na capital paulista, dessa vez na Barra Funda - Marginal Tietê. A unidade, que tem sua abertura prevista para a próxima terça-feira (09), conta com uma área de vendas de 4.000 m², 20 checkouts e estacionamento para 193 veículos. A filial do Tietê disponibilizará 7 mil itens, entre os setores de mercearia, higiene e limpeza, açougue, bebidas, frios, laticínios, hortifrútis, importados, entre outros. Segundo Cléber Gomez, diretor-presidente do Spani Atacadista, a estratégia de crescimento para 2024 irá priorizar a abertura de novas unidades no estado de São Paulo.

  "Além do que já está planejado, a rede segue atenta às oportunidades que o mercado oferecer. Nos dois casos, a intenção é continuar expandindo, seja para cumprir o planejado ou para avaliar e aproveitar as oportunidades que possam surgir", afirma o presidente. Com faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2023, o Grupo Zaragoza opera 40 lojas do Spani em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Fábrica da Mitsubishi em Goiás terá investimentos de R$ 4 bilhões até 2032

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A fábrica que produz os carros da Mitsubishi em Catalão, Goiás, receberá investimentos de R$ 4 bilhões até 2032, engrossando o ciclo de investimentos da indústria de veículos, que agora já passam de R$ 100 bilhões.

Conforme anúncio da HPE Automotores, representante oficial da marca japonesa no Brasil, o novo ciclo de investimentos será direcionado ao desenvolvimento de tecnologias e adequações da fábrica para a produção de novos veículos, incluindo carros híbridos, que combinam um motor elétrico ao propulsor convencional a combustão interna.

Na esteira dos incentivos do Mover, o programa federal de apoio às montadoras, e da prorrogação dos estímulos regionais, que beneficiam a fábrica da Mitsubishi em Goiás, o total de investimentos das montadoras de carros, entre ciclos novos e ampliados, já soma R$ 102 bilhões.

Apple demite mais de 600 funcionários após cancelar projeto de carro elétrico

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A Apple está demitindo mais de 600 funcionários, no primeiro corte expressivo de vagas desde a pandemia de covid-19, após decidir cancelar projeto de desenvolver um carro elétrico. A gigante de tecnologia norte-americana entregou aviso prévio a 614 funcionários em 28 de março, segundo registros oficiais do Estado da Califórnia. Os cortes estão ocorrendo em oito escritórios de Santa Clara.

As demissões ocorrem pouco mais de um mês após relatos de que a Apple cancelou um projeto lançado há uma década de fabricar um carro elétrico autônomo.

Na ocasião, o The Wall Street Journal informou que a Apple planejava desfazer a equipe para veículos elétricos, uma vez que vinha ampliando investimentos em inteligência artificial (IA) generativa, sendo que alguns funcionários seriam transferidos para a área de IA e outros seriam demitidos

 

. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

 


‘SUS da Cultura’: entenda o Sistema Nacional de Cultura, sancionado por Lula

 


 

Em viagem ao Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia para marcar a sanção do projeto de lei que institui marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC), na noite desta quinta-feira (4).

O evento lotou o Teatro Luiz Mendonça, na capital pernambucana, e contou com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, de autoridades, artistas e realizadores culturais.

Previsto na Constituição Federal, o SNC é definido pelos princípios de diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais.

A estrutura de governança do sistema é dividida de forma colaborativa entre diferentes entes da Federação (União, estados e municípios), por meio de órgãos gestores, conselhos, conferências, comissões, planos de cultura, entre outros instrumentos de política pública e participação social.

Sistema Nacional de Cultura

Em discurso, o presidente destacou o papel do Congresso Nacional na aprovação da medida que, “apesar de ser maioria conservadora, teve a competência de entender que a cultura é parte da alma de uma nação”.

“O que seria do mundo se não fosse a cultura, se não fosse a arte, a música, a dança, a pintura? Se não fossem vocês? Aquela pessoa que levanta todo dia de manhã tentando fazer alguma coisa para despertar o interesse em outra pessoa”, afirmou Lula à uma plateia repleta de artistas e fazedores de cultura.

Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado, também explicou como vai funcionar o SNC.

“Este sistema, a exemplo do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Único de Segurança Pública, dá as condições para a estruturação de uma política cultural no Brasil, onde a União, os estados e os municípios têm papeis bem definidos e muito claros. Todos cumprindo uma ação de financiar esse sistema, mas cada um com suas responsabilidades na execução da política pública”, 

O PL 5.206/2023, como nomeado durante a tramitação, foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado.

Consolidação do Ministério da Cultura

A ministra Margareth Menezes lembrou que o SNC era uma anseio do setor cultural pelo menos desde 2005, e agora consolida a existência permanente do Ministério da Cultura, pasta que havia sido extinta pelo governo anterior.

“A chegada do nosso Sistema Nacional de Cultura efetivará a existência do Ministério da Cultura no Brasil”, disse. Ela anunciou a abertura de escritório do ministério em todos os estados e comparou o Sistema Nacional de Cultural com o SUS.

“Teremos representação do MinC em todos os estados do Brasil. E teremos os agentes culturais, para chegar naqueles lugares onde nunca chegaram as ações culturais. Será como o agente [de saúde] do SUS”.

 

Menezes também destacou o papel das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, que, juntas, preveem fomento cultural de quase R$ 7 bilhões ao longo dos próximos anos, para financiar atividades culturais e assegurar repasses para que estados e municípios executem a política pública na ponta.

Cantora e compositora baiana, a ministra da Cultura se emocionou durante o discurso na cerimônia de sanção do SNC e defendeu o setor como importante no desenvolvimento da economia do país.

“Somos mais de 5 milhões de pessoas que trabalham nas indústrias das economias criativas. O setor cultural é responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto [PIB] do Brasil. Essa perseguição, a dúvida sobre o porquê investir na cultura, essa é a resposta. Nós participamos do desenvolvimento da economia, damos retorno na economia brasileira”, destacou.

Ainda segundo Margareth, a pasta encomendou uma pesquisa para avaliar o retorno das políticas culturais na geração de emprego e renda.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

STF muda parte de decisão sobre ‘coisa julgada’ para afastar aplicação de multa

 STF - Supremo Tribunal Federal


O Supremo Tribunal Federal (STF) afastou, por 6 a 5, a aplicação de multas moratórias e punitivas decorrentes do não pagamento de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) desde 2007. Os ministros decidiram manter a decisão que autorizou a cobrança retroativa de valores não pagos no passado por força de sentença definitiva (a chamada “quebra da coisa julgada”), mas entenderam que não cabe punição aos contribuintes que deixaram de recolher o imposto.

Em fevereiro do ano passado, a Corte deliberou que decisões que autorizaram contribuintes a não pagar tributos perdem eficácia se a Corte se pronunciar, tempos depois, em sentido contrário. No caso concreto, que discutia sobre a CSLL, os ministros entenderam que a cobrança deve retroagir até 2007, data em que o Supremo considerou o tributo constitucional. Os contribuintes queriam que a cobrança começasse a partir de 2023.

A decisão desta quinta muda parte daquela decisão, que havia autorizado a Receita a cobrar os tributos não pagos desde 2007 com juros e multas. Agora, o Supremo reafirmou que o tributo é devido, mas entendeu que não cabe a cobrança de multa.

De acordo com o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, 24 contribuintes tinham decisões com trânsito em julgado para não recolher o imposto e são afetados com a decisão. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) questionou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) sobre o impacto financeiro da decisão, mas o órgão não retornou até a publicação desta matéria.

Para Barroso, que mudou seu entendimento para votar contra a aplicação de multa, o não recolhimento do imposto deu uma “vantagem competitiva” às empresas. Mas ele ponderou que não é possível dizer que houve má-fé. “Entendo que nossa decisão foi correta, porém, acho legítimo não punirmos contribuintes nesse caso”, disse o ministro. André Mendonça, Kássio Nunes Marques, Edson Fachin, Luiz Fux, e Dias Toffoli também votaram nesse sentido.

O ministro Cristiano Zanin, favorável à multa, disse que os contribuintes que optaram por não recolher o imposto “estavam de certa forma buscando vantagem competitiva em relação àquelas que recolheram”. Os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Rosa Weber também defenderam a cobrança de multa.

“Estaríamos a prestigiar empresas que deixaram de recolher o tributo, mas poderiam ter agido diferente se tivessem feito análise diferente do cenário jurídico. Falar de surpresa ao contribuinte me parece exagerado”, defendeu Zanin.