terça-feira, 23 de julho de 2024

Jaqueta de R$ 599 da Riachuelo: uniforme do Brasil na Olimpíada é criticado nas redes

 


A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, este ano sediados em Paris, o uniforme dos atletas brasileiros que vão participar da competição estão entre os assuntos mais comentados nas redes. E os comentários não são muito positivos.

“Passando pra avisar que eu estou deserdando meu título de cidadã brasileira apenas no dia da apresentação da seleção olímpica, eu me recuso a aceitar esse uniforme do Brasil, os estilistas dos outros países vão surrar a gente”, publicou um perfil na rede social X sobre os looks dos atletas.

 

Além do traje usado durante a competição ou os jogos, os atletas têm um uniforme para o desfile na cerimônia de abertura, para usar no pódio e para o dia a dia na vila olímpica. Veja aqui os uniformes.

Os modelos apresentados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para uso na cerimônia foram os que provocaram a maior parte dos comentários nas redes. Muitos não aprovaram a criação, feita em parceria com marcas como Riachuelo, Havaianas e Puma.

Alexandre Loureiro/COB

A Riachuelo, por exemplo, vende a jaqueta jeans por R$ 599. Segundo a descrição do produto, ela é composta 100% de algodão, mas o forro tem 50% de algodão e 50% poliéster. Na parte de trás, tem uma aplicação com uma imagem de uma arara e plantas tropicais.

Ainda que tenha a aplicação, o valor é bem acima da média para uma jaqueta jeans em rede fast fashion. A mesma Riachuelo oferece outro modelo semelhante ao olímpico, também de algodão, por R$ 159 (em promoção, sai por R$ 79,90).

Na versão original, o desenho das costas é um bordado feito por bordadeiras do Rio Grande do Norte. O visual é composto ainda por uma blusa listrada nas cores branca e amarela, uma saia midi branca para mulheres e calça branca para homens e, nos pés, chinelo Havaianas.

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A consultora de estilo Alexandra Bastos destaca a escolha do poliéster na composição das peças, um material sintético.

Já o influencer Caio Braz, jornalista e professor, que está em Paris para acompanhar os jogos, avalia que a competição, para além do esporte, também é uma plataforma de projeção do país. “É uma plataforma de influência, conteúdo, projeção e de relevância”. Segundo ele, o país que melhor fez uso desses conceitos foi a Mongólia. “Eles entenderam o que muitos países não entenderam, o que significa para o mundo inteiro [a Olimpíada]. Moda é comunicação e imagem é influência”, diz em uma postagem.

Sobre o Brasil especificamente, para ele, as peças passam uma mensagem aquém do que é o Brasil e ainda com um “ar desatualizado”.

“Embora haja um elemento de relevância, que é o bordado, valorizando esse trabalho rico do Nordeste brasileiro, faltou conexão com o contemporâneo. Faltou sal, tempero, borogodó. É uma roupa que aparenta estar atualizada e projeta imagem de um país desatualizado”, comenta.

Segundo ele, a jaqueta parece apertada e curta, enquanto a saia, seu comprimento, “parece difícil de entender”.

“Somos um país grandioso, nas artes, na arquitetura, na música, na natureza, na moda. Não falta inspiração e referências, faltou foi visão de mostrar o Brasil no tamanho que nos cabe.”

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Um usuário do X, que se diz ‘inconformado’ com a escolha, pediu para o ChatGPT fazer uma criação que representasse o Brasil.

Nota oficial

Com a repercussão nas redes, o Ministério do Esporte chegou a divulgar uma nota oficial esclarecendo que não é responsável pelos uniformes.

“É falsa a informação que o Ministério do Esporte (Mesp) seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris. (…) O apoio do Mesp se dá por meio do Bolsa Atleta”, diz a nota.

O site IstoÉ Dinheiro procurou Riachuelo e COB para um posicionamento. O texto será atualizado assim que houver retorno.

Embraer prevê 10,5 mil pedidos de aeronaves de menor porte até 2043, somando US$ 640 bilhões

 

 Vagas de emprego: saiba como trabalhar na Embraer - FicaOn

 

A Embraer estima que dever receber 10,5 mil pedidos de jatos e turboélices no segmento de até 150 assentos nos próximos 20 anos. O valor das encomendas somaria US$ 640 bilhões, com a América do Norte e Ásia-Pacífico liderando as entregas. As perspectivas de mercado (Market Outlook) foram apresentadas pela fabricante nesta terça-feira, 23, durante a Farnborough Airshow, no Reino Unido.

A empresa avalia que a importância da categoria de fuselagem estreita pequena (small narrowbody) tem crescido, porque aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade. Com isso, frotas com aeronaves maiores são beneficiadas quando complementadas por small narrowbodies no segmento abaixo de 150 assentos, segundo a Embraer.

“As companhias estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas as cidades menores ainda precisam permanecer bem conectadas às malhas aéreas com voos frequentes. Acreditamos que aeronaves no segmento abaixo de 150 assentos sejam as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade”, afirma o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer.

Tráfego de passageiros

O market outlook destaca ainda que o tráfego mundial de passageiros, medido em receita por passageiros por quilômetros (RPK), retomou aos níveis de 2019, exceto na região Ásia-Pacífico/China. A previsão é de que os RPKs cresçam 4% anualmente até 2043, com destaque para os mercados emergentes.

A América Latina deve registrar a segunda maior taxa: 4,9%, atrás apenas da Ásia-Pacífico, com 5%. A África e Oriente Médio também devem puxar os números, somando um patamar de crescimento de 4,4% ao ano cada. Com o mercado de aviação mais desenvolvido, Europa e América do Norte apresentam projeções mais tímidas: 3,3% e 2,4%, respectivamente.

Distribuição da demanda

Das 10,5 mil unidades previstas até 2043, 8.470 serão jatos e 2.030 turboélices. A América do Norte deve absorver cerca de 31% do total de jatos. Na sequência, aparecem China/Ásia Pacífico, com 26,7%, Europa (24,9%), América Latina (9,1%), África (4,5%) e Oriente Médio (4%).

Já as entregas de turboélices devem ser lideradas pela China/Ásia Pacífico somando 48,3% do total. A participação da América do Norte é prevista em 17,2% e da Europa, em 14,3%. As últimas colocadas são África (10,8%), América Latina (7,9%) e Oriente Médio (1,5%).

Juro alto não é por culpa do Banco Central, diz economista-chefe do Banco Master


Voz dissonante num auditório cheio de representantes da indústria veementemente críticos da elevada taxa de juros, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, fez uma defesa da política monetária do Banco Central (BC). O economista, que participa do Fórum Estadão Think – A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, disse que sempre colocam a culpa pela taxa de juro alta no banqueiro central, mas que é preciso olhar para trás e ver que nos últimos 30 anos a taxa de juro sempre foi alta mesmo com a instituição tendo sido comandada por presidentes de direita, de esquerda, mais ou menos hawks (falcões, com viés mais conservador).

“A gente sempre põe a culpa no banqueiro central nos momentos em que a taxa de juro está mais alta. Mas passados os últimos 30 anos com banqueiros centrais mais à esquerda, mais à direita, mais dovish (menos conservador), mais hawkish e tudo que vocês queiram imaginar, nós completamos 30 anos de juros altos. Então eu diria que a culpa do banqueiro central meio que cai por terra”, disse Gala após o presidente da Fiesp, Josué Gomes, ter feito duras críticas à taxa de juro.

De acordo com ele, já se fez várias tentativas o que mostra que há algo de estrutural, mais complexo e de múltiplas causas que mostram que a taxa de juro alta no Brasil não é por culpa do banqueiro central.

“O Banco Central, na maioria das vezes está se defendendo ali no meio da bagunça tentando, ao menos combater a inflação. Eu não posso agora criticar o banqueiro central. É engenheiro de obra feita. Ah, o juro saiu de 2% no meio da pandemia e foi para 14%. A inflação está controlada no Brasil. Poderíamos fazer esta discussão também no Plano Real, como vocês queiram”, defendeu Gala.

Ele acrescentou ainda que o Brasil é o terceiro maior centro em negociação de derivativos do mundo sendo que São Paulo é onde se movimenta o maior volume de derivativos de câmbio depois de Londres e Nova York, que é algo totalmente desproporcional ao tamanho do PIB brasileiro.

“A conta capital brasileira é algo de nitroglicerina. Para o câmbio pular para R$ 6, R$ 7 não custa nada. O Banco Central está ali o tempo todo carregando este barril de pólvora. Isto posto, são vários fatores e o BC elencou todos eles. Eu acho que o BC está correto. Teve a postergação do dos cortes de juros nos EUA e houve uma saída de dólares para lá, as expectativas de inflação no Brasil estão longe e se distanciando da meta”, disse Gala.

Ele pondera que a inflação no Brasil não está fora de controle, mas a inflação corrente acumulada em 12 meses está acima da meta, a inflação esperada para este e o próximo ano é acima da meta, o mercado de trabalho está chegando em uma situação mais delicada.

“Não podemos dar de barato que a inflação está controlada. O BC está correto e estou de acordo o que foi elencado”, disse o economista do Banco Master.

 

Aliexpress, Shein e Shopee: compras internacionais já podem ter nova taxação a partir de sábado

 

As compras internacionais feitas a partir do próximo sábado, dia 27, já poderão vir a ser taxadas com o novo imposto de importação, segundo as plataformas de comércio eletrônico Aliexpress, Shein e Shopee. No final de maio, a Câmara dos Deputados determinou uma taxação de 20% de imposto de importação sobre as compras internacionais de até US$ 50 a partir do dia 1º de agosto.

Como há normalmente um intervalo entre a compra e o registro da Declaração de Importação à Aduana, compras efetuadas alguns dias antes já podem entrar nas novas regras. Segundo a Shein, compras feitas até dois ou três dias antes do dia 1º de agosto poderão ser tributadas. A plataforma afirma que todas as informações referentes ao preço do produto, frete e tributos serão disponibilizados de forma clara e objetiva no momento do pagamento.

Em nota ao Estadão, o Aliexpress afirmou que todos os pedidos de compra efetuados na empresa a partir do dia 27 de julho já seguirão as novas regras tributárias, devido à necessidade de “ajuste das declarações de importação, de acordo com a nova regulamentação”.

“Os clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais do AliExpress sobre as próximas etapas”, completou a empresa. O consumidor poderá conferir a taxação da sua compra quando estiver pagando e finalizando a transação, assim como já ocorre atualmente.

Já a Shopee informou que a nova taxa de importação também será aplicada no aplicativo a partir do dia 27 porque os pedidos terão a Declaração de Importação de Remessas emitidos a partir do dia 1º de agosto, data em que as novas regras entram em vigor. Os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra, aponta a empresa.

A Shopee afirma que a taxação só é aplicável nos vendedores internacionais, minoria na plataforma, e que “para os usuários que comprarem dos mais de três milhões de vendedores brasileiros, não haverá impacto”.

Como ficou a taxação?

A partir do dia 1º de agosto, produtos internacionais terão imposto de 20% para compras de até US$ 50. Para produtos com valores entre US$ 50,01 e US$ 3.000, a taxação será de 60%, com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto.

O preço das compras internacionais deverá ir além dos 20% da taxação, já que ela é apenas sobre a importação, e não leva em conta o cálculo do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e outros que incidem em forma de cascata, entre eles o frete. Alguns tributaristas indicam que compras de até US$ 50 podem ficar ainda mais caras do que os 20% do imposto por não levar em conta a incidência de outras cobranças.

Imposto sobre herança no Brasil é nada, só 4%, diz Lula

 


Herança

Ele deu a declaração em cerimônia de homenagem aos 10 anos do câmpus Lagoa do Sino, da UFSCar (Crédito: Ricardo Stuckert/ PR )

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o imposto sobre herança no Brasil é “nada”, e por isso doações de patrimônio para educação e outras áreas são raras. Ele deu a declaração em cerimônia de homenagem aos 10 anos do câmpus Lagoa do Sino, da UFSCar. A unidade fica em Buri, no interior de São Paulo. Foi construía em uma área doada pelo escritor Raduan Nassar. “Nos Estados Unidos, como o imposto é caro, tem muitos empresários que fazem doação”, disse o presidente da República. “Aqui no Brasil não tem ninguém que faça doação, porque o imposto sobre herança é nada, é só 4%. Então a pessoa não tem interesse em devolver o patrimônio dele”, disse Lula.

 

 

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Embraer revela primeiro protótipo do carro voador em escala real

 


Embraer revela primeiro protótipo do carro voador em escala real - Foto: Divulgação/Embraer
Embraer revela primeiro protótipo do carro voador em escala real – Foto: Divulgação/Embraer

 

A Eve Air Mobility, fabricante dos carros voadores da Embraer, revelou pela primeira vez um protótipo do veículo em escala real. A aeronave, produzida na unidade de Gavião Peixoto, foi exibida durante a 45ª edição do Farnborough Airshow, no Reino Unido.

Segundo a empresa, a partir de agora o foco será na preparação de uma rigorosa bateria de testes.

Esses testes têm como objetivo avaliar cuidadosamente todos os aspectos operacionais e de desempenho da aeronave, desde suas capacidades de voo até seus recursos de segurança.

As informações obtidas terão um papel crucial no aprimoramento do design e funcionalidade da aeronave.

Embraer revela primeiro protótipo do carro voador (EVTOL) em escala real - Foto Divulgação/Embraer
Embraer revela primeiro protótipo do carro voador em escala real – Foto Divulgação/Embraer

Fornecedores do carro voador

Além da apresentação de seu protótipo, a Eve também anunciou a conclusão da seleção de fornecedores primários para sua aeronave.

A Diehl Aviation, referência no setor de design, desenvolvimento e produção de soluções integradas para cabines de aeronaves, foi escolhida para o design e produção do interior da aeronave.

A empresa vai atuar em colaboração com a equipe de engenharia e design da Eve para concretizar a visão da empresa de uma cabine inovadora e confortável, proporcionando a melhor experiência de voo para os passageiros.

Por sua vez, a ASE, fornecedora de destaque em sistemas de energia elétrica para as indústrias aeroespacial e de defesa, assumirá o desenvolvimento e a produção dos Sistemas Primários de Distribuição de Energia de Alta e Baixa Tensão, além do conversor DC-DC de Alta Tensão. Esses componentes serão responsáveis por interligar os dois sistemas do eVTOL. A ASE traz uma vasta experiência na criação, desenvolvimento, integração, produção e suporte de sistemas de energia elétrica para diversos tipos de aeronaves.

Produção em Taubaté

Carro voador da Embraer deve iniciar voos ainda em 2024, diz CEO da Eve
Protótipo da parte interna do carro voador – (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Em julho de 2023, a Eve Air Mobility anunciou Taubaté como a cidade sede da produção dos primeiros carros voadores do Brasil.

Com produção total prevista para até 480 aeronaves por ano, a Eve está planejando expandir sua capacidade de produção de forma modular, com quatro módulos para 120 aeronaves cada. A empresa já possui 2,9 mil encomendas de eVTOLs, com previsão de serem entregues a partir de 2026.

De acordo com a Eve, Taubaté se beneficia de uma logística estratégica, oferecendo fácil acesso por meio de rodovias como a BR-116, rodovia Presidente Dutra, e por sua proximidade de uma linha de vôo.

Outra vantagem é a localização próxima à sede da Embraer em São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve, o que facilitará o desenvolvimento e a sustentabilidade de novos processos de produção, aumentando a agilidade e a competitividade da empresa.

Sobre os eVTOLS

O eVTOL, popularmente conhecido como ‘carro voador’, é uma aeronave de emissão zero, baixo ruído e design simples, que permite com que haja decolagens e pousos verticais com o uso da energia elétrica.

Um levantamento feito pelo site Reset mostra que a Embraer e a Eve estão na vice-liderança do mercado de eVtol, com até 635 unidades encomendadas da aeronave que é movida por eletricidade.

Um outro contrato anunciado recentemente foi com a empresa britânica Bristow, para o fornecimento de até 100 unidades do ‘carro elétrico’ da Embraer.

Início dos voos

Os carros voadores que estão em produção em Taubaté devem iniciar os voos ainda em 2024. É o que afirmou Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility, empresa derivada da Embraer, responsável pelo projeto.

A declaração foi dada no dia 9 de junho, em entrevista à Rádio CBN, durante o campeonato de miniplanadores realizado no Clube de Campo da ADC Embraer, em São José dos Campos.

De acordo com Johann Bordais, o andamento do projeto dos carros voadores está “indo bem” e os desenvolvedores estão otimistas para iniciar os testes e os voos logo.

“O desenvolvimento tem ido bem. Nós temos agora um protótipo que está em Gavião Peixoto para poder ser desenvolvido. E até o fim do ano a gente vai começar os testes e, quem sabe, talvez até voar”, disse.

Durante a entrevista, o CEO da Eve Air Mobility também explicou que, apesar do nome, o “carro” não estará disponível para venda nas concessionárias.

” A gente fala ‘carro voador’, mas na verdade não é bem assim. Não é bem um carro que você vai na concessionária, que você vai comprar e vai colocar na garagem para voar, infelizmente ainda não”, disse.

O CEO ainda destacou quem serão os possíveis compradores dos veículos.

“São operadores de aviões, companhias aéreas, operadoras de helicópteros… Essa aeronave vai se inserir na frota que eles já têm. São vários modelos de negócios. […] Um voo entre um aeroporto internacional e o centro da cidade, por exemplo. Numa cidade congestionada, isso vai [economizar] muito tempo para as pessoas. E nós temos outros tipos de operações, de carga também, missões especiais… Um time de médicos que poderá ir a cena de um acidente. Todas as possibilidades estão abertas.

Entregas oficiais

Apesar do início dos voos estar programado para 2024, a entrega oficial dos carros voadores deve acontecer somente em 2026.

Até lá, a EVE tem expandido a lista de fornecedores para seu eVTOL, que inclui empresas como Aciturri, Crouzet, Thales, Honeywell, RECARO Aircraft Seating, FACC, Garmin, Liebherr-Aerospace, Intergalactic, Nidec Aerospace LLC, BAE Systems e Duc Hélice Propellers.

Em abril, a Korea Aerospace Industries Ltd. (KAI) foi a escolhida para ser a fornecedora dos pilones, componentes essenciais da estrutura da aeronave, responsáveis por suportar as unidades de energia elétrica e os oito rotores necessários para a decolagem e pouso verticais.

Também em abril deste ano, a Eve assinou uma carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços. O pedido de compra apoiará o desenvolvimento contínuo e o dimensionamento de operações inovadoras de transporte no Japão.

Primeiro vertiporto será em São José dos Campos

O Aeroporto Internacional de São José dos Campos receberá o primeiro vertiporto da América Latina. O local é destinado a operação dos eVTOLS (Electric Vertical Take-Off and Landing).

A novidade foi anunciada no início de julho pela SJK Airport, concessionária que administra o aeroporto. A medida será implantada por meio de uma parceria com a empresa VertiMob Infrastructure.

A expectativa é que o vertiporto experimental seja implantado na área de teste de motores do Aeroporto de São José dos Campos, cuja área pavimentada já está disponível para esse tipo de iniciativa.

Utilizando o ecossistema Advanced Air Mobility, a implantação está programada a partir de 2025, podendo levar até 2 anos. A instalação vai utilizar os critérios do edital do sandbox regulatório da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

fachada azul do aeroporto de sao jose dos campos, que receberá primeiroo voo de carga
Aeroporto Internacional de São José dos Campos receberá o primeiro vertiporto da América Latina – Foto: Reprodução/PMSJC

Conectividade

De acordo com a concessionária que administra o aeroporto, o vertiporto promoverá a conectividade aérea, a mobilidade urbana, e fomentará o crescimento econômico e tecnológico da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

A expectativa da empresa parceira, a VertiMob Infrastructure, é estabelecer uma rede de vertiportos em áreas urbanas estratégicas para melhorar a mobilidade, reduzir os congestionamentos e prestar o apoio ao novo modal.

Além disso, o projeto visa fortalecer a posição de São José dos Campos como um centro de inovação aeroespacial.

Eve Air Mobility seleciona fornecedores de peças para "carro voador"
Representação gráfica de um vertiporto, desenvolvido pela Eve Air Mobility/Embraer – Foto: Reprodução/Eve

Balança: superávit na 3ª semana de julho é de US$ 1,554 bilhão

 

No mês, o superávit acumulado é de US$ 5,326 bilhões e, no ano, de US$ 47,636 bilhões

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,554 bilhão na terceira semana de julho. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados há pouco, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,853 bilhões e importações de US$ 5,298 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 5,326 bilhões e, no ano, de US$ 47,636 bilhões.

Até a terceira semana de julho, a média diária das exportações registrou alta de 2,0% em relação à média diária do mesmo mês de 2023. O maior crescimento nos embarques ocorreu na Indústria Extrativa (6,2%), seguida pela Indústria de Transformação (0,8%) e pela Agropecuária (0,7%).

Já as importações tiveram crescimento de 6,4% na mesma comparação, com aumentos de 18,0% na Agropecuária, 6,7% na Indústria de Transformação e avanço de 0,8% na Indústria Extrativa.

 

 

3º Semana de Julho/2024

Todas as variações relativas (%) desta publicação são em Média Diária (MD) contra igual período do ano anterior.

Atualizado em 22/07/2024

Data da Próxima Divulgação: 29/07/2024, entre 15:00 e 15:30




Totais - Principais Resultados


Mês Atual - Semanas e Total do Mês US$ Milhões


Exportações
Importações
Corrente
Saldo
Var.% MD mesmo Mês do Ano Anterior
Período Valor MD Valor MD Valor MD Valor MD Exp Imp Corrente Saldo
Julho/2024 ( até a 3º semana ) 20.620,1 1.374,7 15.293,5 1.019,6 35.913,6 2.394,2 5.326,6 355,1 2 6,4 3,8 -8,8
3º Semana 6.853,0 1.370,6 5.298,5 1.059,7 12.151,5 2.430,3 1.554,5 310,9 1,7 10,6 5,4 -20,2
2º Semana 6.488,2 1.297,6 5.098,7 1.019,7 11.586,8 2.317,4 1.389,5 277,9 -3,7 6,4 0,5 -28,6
1º Semana 7.278,9 1.455,8 4.896,3 979,3 12.175,2 2.435,0 2.382,6 476,5 8 2,2 5,6 22,4

Mensal - US$ Milhões


Exportações
Importações
Corrente
Saldo
Var.% MD mesmo Mês do Ano Anterior
Mês Valor MD Valor MD Valor MD Valor MD Exp Imp Corrente Saldo
07/2024 20.620,1 1.374,7 15.293,5 1.019,6 35.913,6 2.394,2 5.326,6 355,1 2 6,4 3,8 -8,8
06/2024 29.043,7 1.452,2 22.332,8 1.116,6 51.376,5 2.568,8 6.711,0 335,5 3 20,1 9,8 -30,1
05/2024 30.254,6 1.440,7 21.850,6 1.040,5 52.105,2 2.481,2 8.404,1 400,2 -3 5,5 0,4 -19,8
04/2024 30.454,6 1.384,3 21.886,2 994,8 52.340,8 2.379,1 8.568,4 389,5 -8,1 -6,5 -7,4 -11,9
03/2024 27.723,0 1.386,1 20.492,5 1.024,6 48.215,4 2.410,8 7.230,5 361,5 -2,9 6,8 1 -22,7
02/2024 23.428,5 1.233,1 18.224,9 959,2 41.653,5 2.192,3 5.203,6 273,9 9,7 -2,3 4,1 91,7
01/2024 26.704,0 1.213,8 20.511,7 932,4 47.215,7 2.146,2 6.192,3 281,5 17,1 0 9 171

Acumulado - US$ Milhões


Exportações
Importações
Corrente
Saldo
Var.% MD mesmo Período do Ano Anterior
Mês Valor MD Valor MD Valor MD Valor MD Exp Imp Corrente Saldo
Jan-Jul/2024 188.228,6 1.354,2 140.592,2 1.011,5 328.820,7 2.365,6 47.636,4 342,7 1,5 4,2 2,6 -5,9
Jan-Jul/2023 193.527,4 1.334,7 140.731,5 970,6 334.258,9 2.305,2 52.795,9 364,1 -0,2 -8,8 -4 33,3


Destaques


Exportações

Julho/2024
  • Total:
  • crescimento de 2,0%, atingindo US$ 20,62 bilhões
Janeiro/Julho 2024
  • Total:
  • crescimento de 1,5%, atingindo US$ 188,23 bilhões

Importações

Julho/2024
  • Total:
  • crescimento de 6,4%, atingindo US$ 15,29 bilhões
Janeiro/Julho 2024
  • Total:
  • crescimento de 4,2%, atingindo US$ 140,59 bilhões

Balança Comercial

Julho/2024
  • Total:
  • US$ 5,33 bilhões
  • queda de -8,8%
Janeiro/Julho 2024
  • Total:
  • US$ 47,64 bilhões
  • queda de -5,9%

Corrente de Comércio

Julho/2024
  • Total:
  • crescimento de 3,8%, atingindo US$ 35,91 bilhões
Janeiro/Julho 2024
  • Total:
  • crescimento de 2,6%, atingindo US$ 328,82 bilhões

Totais

Até a 3º Semana de Julho/2024, comparado a Julho/2023, as exportações cresceram 2,0% e somaram US$ 20,62 bilhões. As importações cresceram 6,4% e totalizaram US$ 15,29 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,33 bilhões , com queda de -8,8%, e a corrente de comércio aumentou 3,8%, alcançando US$ 35,91 bilhões.

No acumulado Janeiro até 3º Semana de Julho/2024, em comparação a Janeiro/Julho 2023, as exportações cresceram 1,5% e somaram US$ 188,23 bilhões. As importações cresceram 4,2% e totalizaram US$ 140,59 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 47,64 bilhões , com queda de -5,9%, e a corrente de comércio registrou aumento de 2,6%, atingindo US$ 328,82 bilhões.

Setores e Produtos

Exportações

Mensal

Até a 3º Semana de Julho/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 0,7% em Agropecuária, que somou US$ 4,80 bilhões; crescimento de 6,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,83 bilhões e, por fim, crescimento de 0,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 10,89 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (128,7%), Café não torrado (55,6%) e Algodão em bruto (152,0%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 6,0%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 88,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 2,0%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (31,8%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (112,6%) e Bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes (425,6%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce (-57,6%), Tabaco em bruto (-32,6%) e Madeira em bruto (-16,0%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-30,1%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-44,1%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços ( -7,3%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-25,5%) e Álcoois, fenóis, fenóis-álcoois, e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados (-54,6%) na Indústria de Transformação.

Importações

Mensal

Até a 3º Semana de Julho/2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 18,0% em Agropecuária, que somou US$ 0,30 bilhões; crescimento de 0,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,04 bilhões e, por fim, crescimento de 6,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 13,85 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (14,9%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (27,7%) e Soja ( 784,0%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 14,3%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 33,1%) e Gás natural, liquefeito ou não (133,3%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 11,9%), Tubos e perfis ocos, e acessórios para tubos, de ferro ou aço (114,9%) e Veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais ( 69,3%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce ( -44,6%), Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (-32,1%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais ( -9,2%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-44,8%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-16,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -9,9%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-73,1%), Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos (-38,2%) e Geradores elétricos giratórios e suas partes (-47,0%) na Indústria de Transformação.