quinta-feira, 25 de julho de 2024

Ministro diz que Vale está ‘acéfala’ e fala em aplicar ‘sanções mais duras’

 


Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

 

reutersi

Desde que ficou decidida a saída do presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, em março deste ano, a companhia ficou “acéfala” e “sem alguém com autoridade” para tratar de assuntos que são relevantes ao interesse nacional, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à Reuters.

Na avaliação do ministro, a situação dificulta a conclusão de um acordo entre Vale, BHP e Samarco com autoridades federais e estaduais para a reparação e compensação pelo rompimento de barragem em Mariana, em Minas Gerais, que ocorreu em 2015. Silveira, que é mineiro, disse estar preocupado com a “falta de proatividade” das companhias.

“Me preocupa inclusive uma postura da Vale, que parece que só vai mudar, infelizmente, na hora que nós tivermos que aplicar medidas e sanções mais duras na empresa. E se necessário até avaliar a legislação brasileira nesse sentido, dela mudar a postura arrogante dela com relação ao Brasil”, afirmou Silveira em entrevista à Reuters na quarta-feira, durante visita ao Estado de Sergipe.

A expectativa de todas as partes, inclusive do governo, é que um acerto seja concluído ainda neste ano. Havia expectativa de que o acordo pudesse ser fechado até o final do primeiro semestre, mas uma proposta de desembolso totalizando 140 bilhões de reais ficou aquém do pretendido pela autoridades.

“Não deveria ser assim, mas o fato de a Vale estar acéfala é evidente que está atrasando um acordo (por Mariana)”, disse o ministro.

Segundo Silveira, a Vale “deixou de ser mineradora” e “passou a ser quase que exclusivamente vendedora da infraestrutura”, não explorando ativos estratégicos no país.

‘Sanções mais duras’

Ele disse ainda que o governo estuda inclusive “medidas e sanções mais duras” contra a empresa, avaliando a legislação brasileira, e por meio de políticas públicas, sem entrar em detalhes.

Silveira comentou também que tem de “estar muito atento” para a postura da maior companhia de mineração do país.

Para ele, trata-se de uma mineradora “quase que monopolista, que deixou e deixa de explorar ativos estratégicos no país, que passou a comercializar esses ativos com investidores internacionais e distribui esses dividendos sem nenhum critério estratégico convergente com o interesse do país”.

Uma fonte com conhecimento do assunto afirmou, na condição de anonimato, que há estudos sobre possível mudança nas regras sobre direitos minerários. Essa fonte não detalhou o que poderia ser alterado.

Com frequência, o ministro e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito duras críticas contra a Vale e sua gestão, em momento em que a companhia, uma das maiores mineradoras do mundo e privatizada há cerca de 30 anos, trabalha no processo de sucessão de seu presidente.

Mudança na presidência

O mandato do CEO vencia em maio deste ano, mas foi estendido até dezembro, após o conselho — responsável pela escolha da nova liderança — ter ficado dividido entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a escolha de uma nova liderança.

“Desde que anunciaram a saída do atual presidente, a gente sabe bem como isso acontece, a Vale ficou sem alguém com autoridade para tratar de assuntos que são extremamente relevantes ao interesse nacional”, disse Silveira.

“Está passando inclusive do limite da razoabilidade a forma e a condução da direção da Vale com relação a esses assuntos que precisam ser resolvidos, e eu vou te afirmar que está muito próximo do limite da tolerância.”

Procurada, a Vale afirmou que não tem comentários sobre as declarações do ministro. Disse ainda que segue “engajada” junto com autoridades para estabelecer um acordo sobre o desastre de Mariana “que garanta a reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente”.

Bartolomeo manterá seu cargo até o final de dezembro deste ano. A companhia definiu também que o CEO apoiará a transição para a nova liderança no início de 2025 e que atuará como advisor da companhia até 31 de dezembro do próximo ano.

‘Nunca houve uma ingerência do governo’

O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a diversas notícias de que o governo estaria tentando emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO da mineradora. Silveira voltou a afirmar que “nunca houve uma ingerência do governo com relação à Vale”.

“E eu afirmei peremptoriamente e desafiei qualquer conselheiro a dizer que nós intervirmos falando sobre o ministro (Guido Mantega)”, disse Silveira.

Na semana passada, o colunista Lauro Jardim publicou que o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, foi sondado por conselheiros da Vale para entrar na corrida pela presidência.

Questionado sobre a notícia, Silveira disse entender “que seria um grande erro, porque o secretário-executivo é governo”.

“Eu sou daqueles que entendem que na vida pública não basta ser honesto, tem que parecer ser honesto”, afirmou. “Não basta a gente não querer intervir. A gente tem que parecer que não está intervindo.”

O conselho da Vale tem competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente da companhia. No início do mês, a mineradora anunciou a segunda renúncia de um membro independente de seu conselho de administração em três meses.

No primeiro caso, ao deixar a empresa em março, o então membro independente José Luciano Penido enviou uma carta ao presidente do colegiado, apontando que o processo de sucessão estava sendo conduzido de maneira manipulada, com influência política, segundo o documento visto pela Reuters à época.

Penido defendia a renovação do mandato de Bartolomeo, segundo a Reuters publicou à época.

Silveira, porém, defendeu que “o que ele (Penido) diz não tem nada a ver com o governo”. “Todo mundo teve essa impressão. O Penido fez uma denúncia com relação ao conselho da Vale”, afirmou.

O ministro disse ainda que quer que a escolha do novo presidente “aconteça rápido” e de forma técnica para ter “alguém que possa compreender melhor o papel da Vale”.

Nos últimos anos, a Vale passou a ter um controle pulverizado, com novas normas para tentar blindar sua governança corporativa de interferências políticas. Mas tem ainda como importante acionista a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que é uma instituição de economia mista controlada pelo Estado brasileiro.

Custo regulatório consome R$ 243,7 bilhões da indústria por ano

 

Cálculo foi feito pela CNI com base em pesquisa com empresários 
 
 
Processos administrativos e adequações da produção custaram 4,1% da receita líquida das empresas no ano passado

 

 

O custo regulatório para a indústria foi estimado, em média, em 4,1% da receita líquida total do setor industrial, ou R$ 243,7 bilhões, em 2023, de acordo com Sondagem Especial 93 da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O valor se refere aos gastos das empresas com adequação às normas às quais estão submetidas como atos processuais administrativos, como obtenção de licenças, autorizações e certificações obrigatórias; contratação de serviços terceirizados para o cumprimento de obrigações regulatórias; e adequação do sistema produtivo para atender às exigências regulatórias. Além disso também mede perdas por paralisações na produção devido a atrasos na concessão de licenças e alvarás.

"As regulações trabalhistas e a rotina fiscal para pagamento de tributos foram os temas mais apontados pelas empresas entre os principais geradores de custos no ano passado. A sondagem deixa claro como o custo regulatório compromete parte significativa da receita líquida das empresas. Adicionalmente, identificamos que o impacto é ainda mais pesado para pequenas empresas, pois o custo para atender à regulação representa uma parcela maior de sua receita líquida do que para as grandes empresas", explica Maria Carolina Marques, gerente de competitividade e estratégia da CNI.

Além do gasto para se adequar às normas, a CNI calcula que, em 2023, a indústria pagou R$ 150,1 bilhões, equivalentes a 2,6% da receita líquida em multas, penalidades, perda de mercadorias ou retrabalho decorrentes da não-conformidade com a regulação. Maria Carolina explica que as empresas que relataram maiores custos com não conformidades regulatórias são as que apontam maior dificuldade em localizar as regulações que precisam seguir e em entendê-las. Quando as empresas não cumprem as normas regulatórias, elas são penalizadas com multas e podem sofrer outros prejuízos financeiros, tais como perdas de mercadoria, retrabalho, bloqueio de máquinas, paralisação da produção e outros custos associados a não conformidades com regulamentações.

Pelo menos oito dos 30 setores da indústria pesquisados gastam mais de 5% de suas receitas líquidas, um ponto percentual acima da média do setor industrial. Os mais penalizados são: farmacêuticos (6,8%); biocombustíveis (6,8%); extração de minerais não-metálicos (6,3%); borracha (6%); construção de edifícios (5,6%); madeira (5,4%); minerais não-metálicos (5,4%); e papel e celulose (5,4%). Para 63% das empresas um dos maiores desafios para se atualizar sobre questões relativas à regulação é a grande quantidade de regulações existentes. O segundo problema mais assinalado, por 39% dos industriais, são os conflitos entre regulações de diferentes órgãos e entidades, seguido por alterações sem previsão das regulações, assinalado por 36% dos entrevistados.

 

 

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Alckmin: Esperamos em 1 ou 2 semanas decreto do IPI Verde estar concluído

 Lula Meets Politicians, Artists and Personalities One Week From Elections



O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 24, esperar que em “uma ou duas semanas” o decreto que vai definir as alíquotas do IPI Verde para carros esteja concluído. O Broadcast mostrou em junho, que a expectativa no governo era de publicação do ato presidencial a partir de agosto.

O IPI Verde faz parte do Programa de Mobilidade Verde (Mover), sancionado recentemente. Elaborado para substituir o Rota2030, o Mover prevê que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos será diferenciado a partir de critérios como: fonte de energia usada na propulsão, consumo energético, potência do motor, reciclabilidade e tecnologia propulsora. Na prática, isso fará com que carros mais poluentes tenham alíquotas de imposto maiores.

O mesmo padrão vai se repetir no novo sistema tributário, já que a sistemática do IPI Verde será replicada no imposto seletivo, levando em conta que o tributo em vigor será extinto com a implementação do IVA Dual, a partir de 2027. O imposto seletivo, portanto, vai recair sobre os veículos automotores. Ao falar do tema, Alckmin rejeitou a avaliação de que o IPI Verde ou o imposto seletivo, no futuro, irão aumentar a tributação dos veículos elétricos.

“Tenho ouvido dizer que vai aumentar IPI para veículo elétrico. Não vai. Na reforma tributária, apenas diz que pode prever uma variação para que aquele que polui mais, tem alíquota maior, o que polui menos, tem alíquota menor”, disse a jornalistas. Alckmin ainda afirmou hoje ser preciso estar “atento” à regulamentação da reforma tributária para que os objetivos da proposta não sejam desvirtuados. A primeira parte da regulamentação foi aprovada pela Câmara e agora será avaliada pelo Senado.

‘Não é possível estar no século XXI, discutir IA e debater fome’, diz Lula

 Lula divulga nova foto oficial como presidente | Política | G1


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a melhor distribuição de renda no mundo e a mostrar indignação com a disparidade dos avanços tecnológicos ao mesmo tempo em que o globo ainda enfrenta a fome. O presidente participa do pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, plataforma que vai ligar regiões necessitadas a países e entidades que se propõem a financiar projetos locais. O evento ocorre às margens das reuniões do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que ocorrem no Rio de Janeiro.

De forma improvisada e emocionada, após ler um longo discurso no evento, Lula pediu mais comprometimento dos governantes. “Essa gente precisa ser olhada e não é possível que, na metade do século XXI, quando a gente está discutindo até inteligência artificial sem conseguir consumir a inteligência natural que temos, ainda seja obrigado a fazer uma discussão dizendo para líderes políticos do mundo inteiro: por favor, olhem para os pobres, porque eles são seres humanos, eles são gente e querem ter oportunidade”, afirmou.

O chefe do Executivo também voltou a dizer que é preciso distribuir mais o capital pela sociedade. “Economistas, governantes, pessoas que têm poder de decisão, pessoas que dirigem bancos de investimento, bancos que fazem crédito, precisam compreender uma coisa: que muito dinheiro na mão de poucos simboliza miséria, simboliza prostituição, analfabetismo, simboliza empobrecimento e simboliza fome”, defendeu. “Agora, o contrário, pouco dinheiro na mão de muitos significa exatamente o contrário: a sociedade prospera, com emprego, sociedade consumindo e vivendo com decência”, disse.

Essa ética, de acordo com o mandatário, é imprescindível para a sobrevivência humana. “A fome não é uma coisa natural, é uma coisa que exige decisão política. Nós não podemos olhar só para quem está próximo de nós”, recomendou. “É preciso fazer radiografia para olhar aqueles que estão distantes, que não conseguem chegar perto de palácios, ministros, escolas, os que são vítimas de preconceito todos os dias.”

Voa Brasil: Governo lança hoje 1ª fase de programa com passagens aéreas de até R$ 200

 


Voa Brasil passagens

Voa Brasil: programa promete oferecer passagens a R$ 200 (Crédito: Rovena Rosa / Agência Brasil)

O governo Lula lança nesta quarta-feira, 24, a primeira fase do Voa Brasil, programa que prevê passagens aéreas por até R$ 200 o trecho. Após sucessivos adiamentos, o governo optou por iniciar o programa com uma versão desidratada, contemplando inicialmente apenas aposentados.

“A fase inicial do Voa Brasil é destinada a todos os aposentados do INSS que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, independente da faixa de renda. Cada beneficiário terá direito a dois bilhetes aéreos por ano”, anunciou o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

A estimativa é que cerca de 23 milhões de pessoas terão direito a utilizar o programa.

Segundo o ministério, o objetivo é permitir que mais brasileiros, especialmente novos usuários, tenham acesso ao mercado aéreo do Brasil.

A cerimônia de lançamento está marcada para as 15h.

A inclusão de estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni), previstos como alvo desde o anúncio da ideia do programa, em março de 2023, ficará para uma segunda fase, que não tem previsão de lançamento.

As passagens a serem oferecidas pelas companhias são aquelas classificadas como ociosas – poltronas não vendidas por falta de demanda. Ainda não há detalhamento sobre questões como a antecedência em que os beneficiários poderão solicitar a passagem, nem se haverá garantia de bilhete de retorno, já que a disponibilidade, em tese, depende da dinâmica de venda de passagens, que são ofertadas para o publico geral até poucas horas antes das decolagens.

 

 https://istoedinheiro.com.br/voa-brasil-governo-lanca-hoje-1a-fase-de-programa-com-passagens-aereas-de-ate-r-200/

terça-feira, 23 de julho de 2024

Jaqueta de R$ 599 da Riachuelo: uniforme do Brasil na Olimpíada é criticado nas redes

 


A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, este ano sediados em Paris, o uniforme dos atletas brasileiros que vão participar da competição estão entre os assuntos mais comentados nas redes. E os comentários não são muito positivos.

“Passando pra avisar que eu estou deserdando meu título de cidadã brasileira apenas no dia da apresentação da seleção olímpica, eu me recuso a aceitar esse uniforme do Brasil, os estilistas dos outros países vão surrar a gente”, publicou um perfil na rede social X sobre os looks dos atletas.

 

Além do traje usado durante a competição ou os jogos, os atletas têm um uniforme para o desfile na cerimônia de abertura, para usar no pódio e para o dia a dia na vila olímpica. Veja aqui os uniformes.

Os modelos apresentados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para uso na cerimônia foram os que provocaram a maior parte dos comentários nas redes. Muitos não aprovaram a criação, feita em parceria com marcas como Riachuelo, Havaianas e Puma.

Alexandre Loureiro/COB

A Riachuelo, por exemplo, vende a jaqueta jeans por R$ 599. Segundo a descrição do produto, ela é composta 100% de algodão, mas o forro tem 50% de algodão e 50% poliéster. Na parte de trás, tem uma aplicação com uma imagem de uma arara e plantas tropicais.

Ainda que tenha a aplicação, o valor é bem acima da média para uma jaqueta jeans em rede fast fashion. A mesma Riachuelo oferece outro modelo semelhante ao olímpico, também de algodão, por R$ 159 (em promoção, sai por R$ 79,90).

Na versão original, o desenho das costas é um bordado feito por bordadeiras do Rio Grande do Norte. O visual é composto ainda por uma blusa listrada nas cores branca e amarela, uma saia midi branca para mulheres e calça branca para homens e, nos pés, chinelo Havaianas.

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A consultora de estilo Alexandra Bastos destaca a escolha do poliéster na composição das peças, um material sintético.

Já o influencer Caio Braz, jornalista e professor, que está em Paris para acompanhar os jogos, avalia que a competição, para além do esporte, também é uma plataforma de projeção do país. “É uma plataforma de influência, conteúdo, projeção e de relevância”. Segundo ele, o país que melhor fez uso desses conceitos foi a Mongólia. “Eles entenderam o que muitos países não entenderam, o que significa para o mundo inteiro [a Olimpíada]. Moda é comunicação e imagem é influência”, diz em uma postagem.

Sobre o Brasil especificamente, para ele, as peças passam uma mensagem aquém do que é o Brasil e ainda com um “ar desatualizado”.

“Embora haja um elemento de relevância, que é o bordado, valorizando esse trabalho rico do Nordeste brasileiro, faltou conexão com o contemporâneo. Faltou sal, tempero, borogodó. É uma roupa que aparenta estar atualizada e projeta imagem de um país desatualizado”, comenta.

Segundo ele, a jaqueta parece apertada e curta, enquanto a saia, seu comprimento, “parece difícil de entender”.

“Somos um país grandioso, nas artes, na arquitetura, na música, na natureza, na moda. Não falta inspiração e referências, faltou foi visão de mostrar o Brasil no tamanho que nos cabe.”

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Um usuário do X, que se diz ‘inconformado’ com a escolha, pediu para o ChatGPT fazer uma criação que representasse o Brasil.

Nota oficial

Com a repercussão nas redes, o Ministério do Esporte chegou a divulgar uma nota oficial esclarecendo que não é responsável pelos uniformes.

“É falsa a informação que o Ministério do Esporte (Mesp) seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris. (…) O apoio do Mesp se dá por meio do Bolsa Atleta”, diz a nota.

O site IstoÉ Dinheiro procurou Riachuelo e COB para um posicionamento. O texto será atualizado assim que houver retorno.

Embraer prevê 10,5 mil pedidos de aeronaves de menor porte até 2043, somando US$ 640 bilhões

 

 Vagas de emprego: saiba como trabalhar na Embraer - FicaOn

 

A Embraer estima que dever receber 10,5 mil pedidos de jatos e turboélices no segmento de até 150 assentos nos próximos 20 anos. O valor das encomendas somaria US$ 640 bilhões, com a América do Norte e Ásia-Pacífico liderando as entregas. As perspectivas de mercado (Market Outlook) foram apresentadas pela fabricante nesta terça-feira, 23, durante a Farnborough Airshow, no Reino Unido.

A empresa avalia que a importância da categoria de fuselagem estreita pequena (small narrowbody) tem crescido, porque aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade. Com isso, frotas com aeronaves maiores são beneficiadas quando complementadas por small narrowbodies no segmento abaixo de 150 assentos, segundo a Embraer.

“As companhias estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas as cidades menores ainda precisam permanecer bem conectadas às malhas aéreas com voos frequentes. Acreditamos que aeronaves no segmento abaixo de 150 assentos sejam as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade”, afirma o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer.

Tráfego de passageiros

O market outlook destaca ainda que o tráfego mundial de passageiros, medido em receita por passageiros por quilômetros (RPK), retomou aos níveis de 2019, exceto na região Ásia-Pacífico/China. A previsão é de que os RPKs cresçam 4% anualmente até 2043, com destaque para os mercados emergentes.

A América Latina deve registrar a segunda maior taxa: 4,9%, atrás apenas da Ásia-Pacífico, com 5%. A África e Oriente Médio também devem puxar os números, somando um patamar de crescimento de 4,4% ao ano cada. Com o mercado de aviação mais desenvolvido, Europa e América do Norte apresentam projeções mais tímidas: 3,3% e 2,4%, respectivamente.

Distribuição da demanda

Das 10,5 mil unidades previstas até 2043, 8.470 serão jatos e 2.030 turboélices. A América do Norte deve absorver cerca de 31% do total de jatos. Na sequência, aparecem China/Ásia Pacífico, com 26,7%, Europa (24,9%), América Latina (9,1%), África (4,5%) e Oriente Médio (4%).

Já as entregas de turboélices devem ser lideradas pela China/Ásia Pacífico somando 48,3% do total. A participação da América do Norte é prevista em 17,2% e da Europa, em 14,3%. As últimas colocadas são África (10,8%), América Latina (7,9%) e Oriente Médio (1,5%).