segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Lula: Economia não tem mágica e não se dá ‘cavalo de pau’

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 30 em encontro com empresários realizado no México, que sempre soube que em economia não tem mágica e não se dá “cavalo de pau”.

“Eu sempre compreendi que em economia não tem mágica, você não inventa economia. Não dá um cavalo de pau como se estivesse num carro, numa autopista, num país do tamanho do México. E muito menos você dá um cavalo de pau numa economia do tamanho do Brasil”, disse o presidente brasileiro.

Lula disse que teve sorte em seus dois primeiros mandatos e que está tendo sorte de novo. Dessa vez, não falou em tom de ironia. O petista costuma ironizar adversários que atribuem à sorte os resultados de seu governo. Ele também afirmou que é preciso ter “sensibilidade política” para conduzir as ações no Brasil e no México.

O evento tem a presença nomes importantes do PIB brasileiro, como Joesley e Wesley Batista, da JBS. Também participa o indicado por Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele ainda não foi sabatinado pelo Senado, passo necessário para assumir o cargo. Lula se referiu a ele como “companheiro que logo logo será o presidente do Banco Central”.

Tributária pode levar empresas a investirem mais em responsabilidade social, afirma Mendonça

 Com a presença de Bolsonaro, André Mendonça toma posse nesta ...


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Andre Mendonça disse nesta segunda-feira, 30, que a reforma tributária pode trazer mais incentivos para empresas investirem em responsabilidade social. “Há grandes iniciativas em andamento, mas nós precisamos também ter uma melhor estruturação, inclusive legislativa. Um dos nossos trabalhos hoje é atuar junto à reforma tributária, a fim de que nós possamos trazer mais incentivos para as empresas investirem em responsabilidade social”, afirmou Mendonça.

Ele conversou com jornalistas durante o 3º Seminário de Responsabilidade Social 2024, promovido pelo Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento.

O ministro falou brevemente sobre o problema da desigualdade e a existência de “bolsões de pobreza” no Brasil, e disse que a reversão do cenário cabe ao Estado, mas também à sociedade civil, o que inclui as empresas.

“Não é só esperar do Estado. O Estado tem um papel muito importante, mas também é a sociedade civil. E o nosso papel como sociedade civil é trazer a unidade de esforço para essa transformação efetiva”, disse.

24% dos brasileiros perderam dinheiro em golpes virtuais nos últimos 12 meses, diz pesquisa

 

Golpistas roubam fotos de mulheres nas redes sociais e as utilizam para  anunciar site de conteúdo pornográfico

 

Uma pesquisa realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus, empresa da FSB Holding, mostra que 24% dos brasileiros perderam dinheiro nos últimos 12 meses por crimes cibernéticos dos mais variados tipos, como clonagem de cartão de crédito ou invasão de contas bancárias.

Os pesquisadores ouviram 21.808 pessoas de 5 a 28 de junho para produzir o levantamento Panorama Político 2024. Esses são os Estados com os maiores porcentuais de vítimas de golpes: São Paulo (30%), Mato Grosso (28%), Roraima (27%), Distrito Federal (27%) e Espírito Santo (26%). Piauí (18%) e Ceará (17%) são as unidades federativas com as menores proporções de vítimas.

O levantamento aponta que a maior parte dos golpes se concentra em pessoas de cidades médias (de 50 mil a 500 mil habitantes). As vítimas dos crimes cibernéticos nessas cidades representam 41% do total no País. As cidades pequenas (de até 50 mil habitantes) concentram 26% das vítimas, enquanto os grandes centros (mais de 500 mil moradores) registram 32% dos golpes.

O estudo indica, ainda, que pessoas mais pobres são alvo mais recorrente desse tipo de crime. Mais da metade de todas as vítimas (51%) recebe até dois salários mínimos por mês (até R$ 2.824). A proporção, no entanto, é semelhante a essa fatia da população a nível geral – segundo o IBGE, 49% da população ganham até dois salários mínimos.

Os cidadãos que recebem de dois a seis salários mínimos mensais (R$ 2.824 a R$ 8.472) representam 35% das vítimas de golpes virtuais. O restante (14%) é formado por pessoas que ganham mais de seis salários mínimos.

A maioria dos alvos dos golpes é de cidadãos empregados. Duas em cada três vítimas têm emprego, enquanto 29% estão fora da força de trabalho e 5% estão desocupados.

Em comunicado divulgado à imprensa, o coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, disse que o levantamento permite compreender a dimensão dos crimes cibernéticos no Brasil e pode servir para a elaboração de propostas para combater esses golpes. “Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, afirma Varanda.

O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, afirmou que esses golpes “têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros” e que “os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”.

BCE não vai esperar que inflação retorne à meta de 2% para cortar juros, diz Lagarde

 


A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse, em rodada de perguntas e respostas na Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu, nesta segunda-feira, 30, que os dirigentes da instituição não vão esperar que inflação retorne à meta de 2% para seguir com novos cortes das taxas de juros.

Ela também citou que o núcleo da inflação está em tendência descendente e que a inflação doméstica está reduzindo “muito gradualmente”.

Durante a sessão, Lagarde disse que a União Europeia precisa ser capaz de inovar, caso contrário “não será capaz de ser competitiva”.

Recuperação econômica

A presidente do Banco Central Europeu afirmou também que o nível de alguns indicadores da zona do euro sugere que a recuperação econômica está enfrentando obstáculos. A dirigente ressaltou, no entanto, que é esperado que a recuperação se fortaleça ao longo do tempo.

“A desinflação acelerou nos últimos dois meses. Olhando para o futuro, a inflação pode aumentar temporariamente no quarto trimestre deste ano”, disse Lagarde. “Mas os últimos desdobramentos fortalecem nossa confiança de que a inflação retornará à meta de 2% em tempo hábil”, acrescentou.

Ela comentou ainda que o mercado de trabalho da zona do euro continua resiliente, por mais que indicadores recentes apontem para uma desaceleração nos próximos trimestres.

Focus: Mercado passa a prever alta maior de juros e Selic em 11,75% ao fim de 2024

 


Edifício do Banco Central, em Brasília

 

Da redaçãoi

 

A mediana das estimativas do mercado financeiro no relatório Focus do Banco Central para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,50% para 11,75%, indicando que os analistas aguarda, dois aumentos de 0,5 ponto porcentual (pp) nos juros este ano.

Em 2025, a projeção é de que a taxa chegue a 10,75%, ante 10,50% há uma semana.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o colegiado elevou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,5% para 10,75%, e informou que vê uma assimetria altista no seu balanço de riscos para a inflação.

O Copom realiza mais duas reuniões em 2024, em novembro e em dezembro.

Já as expectativas para a inflação e para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 foram mantidas em 4,37% e 3%, respectivamente.

Para 2025, a projeção para o PIB em 2025 foi elevada de 1,90% para 1,92%, enquanto que para o IPCA foi mantida a expectativa de taxa de 3,97%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o câmbio, a projeção para a cotação do dólar segue em R$ 5,40 ao fim de 2024 e em R$ 5,35 em 2025.

Haddad diz que Brasil crescerá 2,5% ou mais em 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil vai crescer 2,5% ou mais em 2025, alertando ainda que o aumento dos gastos públicos é uma preocupação bastante incisiva de sua pasta.

Em entrevista à rádio CBN, Haddad ainda afirmou que o governo vai adotar todos os mecanismos socialmente aceitáveis para controlar as “bets”, afirmando que a publicidade de sites de apostas está completamente fora de controle.

Com informações da Reuters

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

BNDES regulamenta acesso à linha de capital de giro para cooperativas do RS para 11 de outubro

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) regulamentou as regras para contratação da linha de capital de giro para produtores rurais, cooperativas de produção agropecuária, cerealistas e fornecedores de insumos agrícolas do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes de maio deste ano. De acordo com circular enviada pelo banco de fomento às instituições financeiras, a linha poderá ser contratada a partir de 11 de outubro. Os pedidos de financiamento devem ser protocolados pelos mutuários junto aos agentes financeiros repassadores.

A linha de capital de giro para cooperativas integra o pacote de medidas do governo federal de socorro à agropecuária gaúcha com recursos do Fundo Social e foi criada por meio da Resolução 5.172/2024 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os financiamentos terão prazo total de 96 meses (oito anos) para cooperativas e produtores rurais de municípios gaúchos com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pelo governo federal de 26 de abril até 31 de julho de 2024.

 Para acessar o financiamento, produtores rurais terão de comprovar perda igual ou superior a 30% na renda esperada da produção em decorrência dos efeitos climáticos adversos com atestado de laudo técnico. O limite de crédito não pode ultrapassar a soma das parcelas vencidas ou com vencimento em 2024 e 2025 devidas pelo mutuário em operações de crédito rural e cédulas de produto rural (CPRs).

As cooperativas de produção agropecuária, cerealistas e revendas terão de apresentar declaração sobre necessidade de crédito para continuidade das operações, indicando dificuldade para recebimento de valores devidos por produtores rurais em operações financeiras e comerciais. Cooperativas, revendas e cerealistas que acessarem a linha de crédito precisarão destinar no mínimo 70% do valor financiado para refinanciar as dívidas de produtores rurais e comprovar a renegociação da dívida original dos produtores.

As cooperativas da agricultura familiar devem ainda ter mais de 70% dos cooperados em municípios com a emergência ou calamidade reconhecida e no mínimo 30% da produção prevista para ser beneficiada, processada ou comercializada nos meses de abril e maio de 2024 tenha sido perdida, não tenha sido comercializada pelas cooperativas ou não tenha sido entregue pelos associados à cooperativa em decorrência das enchentes, alagamentos, chuvas intensas, enxurradas, vendavais, deslizamentos ou inundações. Elas também devem apresentar declaração sobre o porcentual mínimo de perda ou prejuízo econômico e da necessidade de crédito para a continuidade da operação.

Contato: isadora.duarte@estadao.com

Cebds lidera adesão de 54 empresas brasileiras a metas climáticas mais ambiciosas

 CEBDS divulga documento sobre sistema alimentar sustentável ...


Cinquenta e quatro empresas brasileiras, lideradas pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), assinaram um pacto global por metas climáticas mais ambiciosas, informou a entidade nesta sexta-feira. Batizado de “Chamada à Ação”, o documento faz parte dos esforços globais para fortalecer as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), e foi divulgado pelo Cebds durante a Semana do Clima em Nova York.

A iniciativa defende políticas de implementação mais claras, estímulo a investimentos e a ampla participação do setor privado, além de destacar demandas específicas para a NDC brasileira. Entre as empresas estão Natura, Nestlé, Siemens Energy e Itaú, membros do Cebds, além de Vale, Braskem, JBS, B3, Eneva, entre outras.

O objetivo é convocar as empresas a intensificarem seus esforços com planos de transição corporativa ousados, destacou o Cebds, estabelecendo metas claras e investindo no futuro “para alcançar objetivos climáticos e de preservação da natureza ambiciosos.”

“Como presidente do G20 e anfitrião da COP 30, o Brasil tem o papel de liderar esforços em direção à ambição climática global. Precisamos agir agora para estruturar políticas como o Plano de Transformação Ecológica, o Plano Clima, o Mercado de Carbono Regulado e a Política Nacional de Transição Energética, garantindo que estejam alinhadas com a próxima NDC”, afirmou em nota a presidente do Cebds, Marina Grossi.

A iniciativa das empresas brasileiras apoia um movimento global por NDCs ambiciosas e que possibilitem maior investimento, e que tem o apoio do Cebds em colaboração com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e a Coalizão We Mean Business (WMBC).

NDCs

Segundo o Global Stocktake (GST), uma avaliação global da ONU para monitorar e avaliar a implementação dos objetivos de longo prazo do Acordo de Paris (2015), as NDCs atuais, mesmo se implementadas, não são capazes de alcançar a meta mínima de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC.

A proposta atual do Brasil é reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 48% até 2025 e 53% até 2030, em comparação com as emissões de 2005. Novas metas devem ser apresentadas até fevereiro de 2025.

Apenas 13% das NDCs atualizadas em 2021 mencionaram a participação do setor privado, informou o Cebds. Segundo a entidade, a revisão das NDCs é “uma oportunidade única” para as empresas se associarem aos governos e criarem planos sólidos e viáveis.

“O Cebds defende políticas e um ambiente regulatório que ofereçam estabilidade, previsibilidade e uma direção clara para inspirar o setor empresarial a se comprometer e investir cada vez mais em iniciativas climáticas e de natureza, possibilitando uma transição justa e equitativa para uma economia de carbono zero”, finalizou a entidade.