sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Investimentos da CCR sobem 57,9% no 3º trimestre ante um ano, para R$ 2,1 bilhões

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Os investimentos consolidados realizados pelo Grupo CCR totalizaram R$ 2,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024. A cifra representa uma alta de 57,9% em relação ao R$ 1,3 bilhão aportado no mesmo período do ano passado.

Com o valor investido entre julho e setembro, a companhia registrou o volume recorde de R$ 4,98 bilhões nos nove primeiros meses de 2024, alta anual de 18,9%. “O forte ritmo reforça a capacidade de execução assertiva, dentro do prazo e do orçamento, do capex contratado nas três plataformas de negócio”, afirma a concessionária no release de resultados.

No terceiro trimestre de 2024, foram concluídas as reformas dos aeroportos de Bacacheri (Curitiba); Palmas (TO) e Petrolina (PE), parte do investimento de R$ 2 bilhões realizado para promover a expansão e modernização dos terminais administrados pela CCR Aeroportos.

Em Mobilidade Urbana, o período foi marcado pelo recebimento do penúltimo dos novos trens que vão rodar nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda – a 35ª composição foi entregue pela fabricante Alstom no final de setembro. Além disso, a companhia deu continuidade aos investimentos nas reformas e melhorias das estações de trens da ViaMobilidade e na implantação dos malls (centros comerciais) da ViaQuatro e da CCR Metrô Bahia.

Enquanto isso, no segmento de rodovias, os recursos foram aplicados nas obras de ampliação da Serra das Araras (RJ) e expansão da capacidade de tráfego da Rodovia Presidente Dutra, na região metropolitana de São Paulo. A CCR Rodovias deu seguimento aos investimentos de duplicação da BR-386 (Rio Grande do Sul), bem como às obras de recuperação das estradas gaúchas afetadas pela tragédia climática de maio deste ano.

A empresa destaca ainda a introdução do sistema de autoatendimento (ATM) em rodovias paulistas CCR AutoBAn e CCR SPVias), em linha com a estratégia de eliminar o pagamento em dinheiro nas praças de pedágio até 2026.

Dólar ultrapassa R$ 5,80 com temores fiscais e eleição dos EUA no foco

 


Notas de dólar

 

O dólar subia frente ao real nesta sexta-feira, recuperando perdas de mais cedo, conforme a aversão ao risco nos mercados de câmbio antes da eleição presidencial dos Estados Unidos e temores com o cenário fiscal brasileiro superavam a influência de dados do mercado de trabalho norte-americano.

Às 11h11, o dólar à vista subia 0,52%, a 5,8114 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,14%, a 5,816 reais na venda.

A moeda norte-americana mostrava grande volatilidade no Brasil, mudando de direção mais de uma vez, à medida que agentes financeiros digeriam o conjunto de fatores externos e domésticos que influenciavam o mercado local.

Dados de emprego nos EUA

Após abrir a sessão em alta, o dólar chegou a perder momentaneamente ante o real após a divulgação de um relatório de emprego mais fraco do que o esperado nos EUA, o que derrubou os rendimentos dos Treasuries e consolidou apostas de cortes na taxa de juros do Federal Reserve.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que os empregadores do país criaram 12.000 postos de trabalho em outubro, de 223.000 no mês anterior, em dado afetado por furacões recentes e greves trabalhistas, particularmente a paralisação na Boeing. Economistas consultados pela Reuters projetavam a criação de 113.000 vagas.

Apesar do relatório também mostrar que a taxa de desemprego nos EUA se manteve em 4,1% no mês, os mercados reagiam com a percepção de um mercado de trabalho mais enfraquecido, em uma reversão do que vinha se projetando nas sessões anteriores.

Operadores passaram a precificar quase completamente, com 98% de chance, um corte de 25 pontos-base nos juros pelo Fed na próxima semana. Antes dos dados, a probabilidade estava em 89%.

Na esteira desse movimento no exterior, o dólar atingiu a mínima da sessão logo após os dados, a 5,7629 reais (-0,33%), às 9h55.

Mas a valorização do real não conseguiu se sustentar. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, os principais motivos para a permanência do dólar em patamares tão altos no Brasil são a preocupação dos investidores com a cena fiscal e a aproximação da eleição presidencial dos EUA.

“Com a eleição norte-americana na reta final e sem qualquer perspectiva para o plano de contingenciamento de gastos do governo brasileiro, parece não haver um único motivo para que o dólar volte a cair”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Incertezas domésticas

Em relação à questão fiscal, as preocupações do mercado poderiam ser melhor observadas na curva de juros brasileira, com as opções de vencimento de prazo mais longo subindo de forma acentuada, após terem recuado mais cedo acompanhando a queda nos rendimentos dos Treasuries.

Investidores aguardam o anúncio de prometidas medidas de contenção de gastos pelo governo visando garantir a sustentação do arcabouço fiscal.

Sobre a disputa pela Casa Branca, os mercados de apostas têm se inclinado para uma vitória do ex-presidente Donald Trump, cujas promessas econômicas são consideradas inflacionárias, o que poderia manter os juros altos nos EUA e, consequentemente, valorizar o dólar.

“Os mercados estão se preparando para uma vitória republicana na Casa Branca e no Congresso, o que inegavelmente apoiaria o dólar… Vale ressaltar a possibilidade de atraso na contagem de votos. Esse seria, sem dúvidas, o pior dos cenários para as moedas emergentes, gerando incerteza e mais volatilidade”, afirmou Moutinho.

Minutos depois de atingir a mínima da sessão no Brasil, o dólar ultrapassou a marca de 5,80 reais, o que já havia feito no início das negociações, marcando a primeira vez que a divisa dos EUA passa essa marca durante a sessão desde 5 de agosto.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,11%, a 103,990.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Ações da Uber derretem após número de viagens ficar abaixo das projeções

 


Nas redes sociais, consumidores relatam que foram surpreendidos com os preços mais altos para as viagens ao tentar solicitar o transporte

As viagens de passageiros registradas no serviço da Uber Technologies cresceram no ritmo mais lento em mais de um ano, em um sinal de que os usuários da plataforma estão optando por transporte público mais barato em vez de carros particulares, o que fazia as ações da empresa norte-americana caírem mais de 7% no pré-mercado.

A Uber também previu que as viagens de passageiros no atual trimestre, ficarão ligeiramente abaixo das estimativas. A previsão de Ebitda ajustado para o período, no entanto, ficou aproximadamente em linha com as expectativas.

As viagens, apuradas no conceito “reservas brutas”, do terceiro trimestre aumentaram 16,1%, para US$ 40,97 bilhões, mas não atingiram a estimativa média de US$ 41,24 bilhões do mercado, de acordo com dados compilados pela Lseg.

O crescimento da Uber desacelerou nos últimos trimestres em relação ao pico da pandemia.

A gama diversificada de serviços da empresa em todo o mundo, que inclui frete, entrega e transporte de passageiros, ajudou a compensar os riscos em cada um dos três setores verticais

Principal negócio de mobilidade da Uber cresceu 26%

O principal negócio de mobilidade da Uber cresceu 26,4%. A receita total do terceiro trimestre foi de 11,19 bilhões de dólares, ficando perto da estimativa média dos analistas de 10,98 bilhões.

“O crescimento da receita superou o crescimento das reservas brutas, principalmente devido à redução dos incentivos…juntamente com o crescimento da receita de publicidade”, disse o diretor financeiro, Prashanth Mahendra-Rajah.

O lucro líquido somou 2,61 bilhões de dólares no terceiro trimestre e o lucro operacional foi recorde a 1,06 bilhão.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização ficou em 1,69 bilhão de dólares, em comparação com a estimativa média dos analistas de 1,64 bilhão.

A Uber previu que o Ebitda ajustado do quarto trimestre ficará entre 1,78 bilhão e 1,88 bilhão de dólares, em comparação com a expectativa dos analistas de 1,84 bilhão de dólares.

Eve seleciona Embraer-CAE Training Services como parceira de treinamento

 

Eve e aérea sul-coreana anunciam “1º passo“ para operações ...

 

A Eve Air Mobility informou nesta quinta-feira, 31, que a Embraer-CAE Training Services (ECTS) foi escolhida como a provedora de treinamento para os pilotos, técnicos de manutenção e equipe de solo da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve. Os serviços integrarão o recém-lançado Eve TechCare, o portfólio integrado de serviços e suporte da empresa para operadores de seus eVTOLs.

Em nota, o vice-presidente de Serviços ao Cliente na Eve, Luiz Mauad, destaca que a parceria garantirá que pilotos, técnicos de manutenção e equipe de solo recebam treinamento de alta qualidade, assegurando operações seguras e eficientes.

A ECTS é uma joint venture entre a Embraer e a CAE Inc., iniciada em 2007. Atualmente, essa parceria opera nove simuladores de voo avançados espalhados pelo mundo, com planos de ampliar ainda mais sua presença até 2025.

PlatôBR: Tensão financeira faz governo acelerar medidas de ajuste fiscal

 


Entenda o que tem feito a equipe econômica do governo correr para melhorar o equilíbrio entre receitas e despesas. O presidente Lula está diretamente envolvido no debate

 

 

Ministro Fernando Haddad 

 

A virada de humor dos investidores diante da chance de vitória de Donald Trump na corrida pela presidência dos Estados Unidos antecipou um cenário que só era esperado para o primeiro semestre do ano que vem e obrigou a equipe econômica a acelerar a definição das medidas para garantir o compromisso com o equilíbrio das contas públicas. A tensão financeira joga luz no debate mundial sobre o tamanho da dívida pública, em especial dos países emergentes, como o Brasil, e derruba a estratégia que prevalecia dentro do governo brasileiro de convergência gradual do endividamento público para um nível considerado “tolerável”.

O patamar atual da dívida do Brasil, que beira os 80% de tudo o que é produzido no país, em si, não é nenhuma novidade. O elemento novo no tabuleiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é a expectativa de piora no cenário global. Nesta semana, as projeções sobre as eleições americanas ganharam força e aumentaram a aversão a risco dos investidores, o que faz com que cada detalhe ganhe mais relevância na hora de definir onde deixar o dinheiro investido.

O tamanho da dívida é um ponto avaliado para ditar se vale ou não correr o risco de investir no Brasil. Até agora, o governo contava com “certa tolerância”, já que a economia está crescendo mais do que esperado (e isso ajuda no crescimento receita do governo). Além disso, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, acredita-se, pela forte aproximação e credibilidade que conta com o presidente Lula, fará coro ao compromisso fiscal e já mostrou disposição a subir juros para manter inflação sob controle.

No entanto, o que era até aceitável num mundo dentro da normalidade muda com a previsão de que um novo governo nos EUA poderá manter a pressão nos mercados. A leitura é de que a política de Trump, se eleito, passará por mais gastos públicos, aumento da renda (fruto da visão contrária ao uso de mão-de-obra estrangeira no país) e do consumo, com pressão na inflação. O candidato republicano também defende proteção da indústria local. Com isso, dificilmente as importações, que poderiam aliviar a pressão os preços em território americano, poderão ser um instrumento com esse efeito. E, para completar, há a previsão maior tensão com a China, um motor do crescimento mundial. Tudo isso azeda a análise sobre investimento.

E investidor de mau humor reage ao mínimo sinal. A declaração de Haddad na última terça-feira, 29, de que não havia data para a divulgação das medidas de ajuste fiscal passaria perfeitamente apenas como uma tentativa do ministro de desconversar sobre o tema há duas semanas. Mas ela acentuou o estresse no mercado financeiro e obrigou Haddad e sua colega no Ministério do Planejamento, Simone Tebet, a virem a público, nesta quarta, dizer que já há consenso sobre as propostas de controle das despesas, que devem ser anunciadas em novembro. Na véspera, o presidente Lula recebeu Haddad e Galípolo para tratar do assunto.

O governo quer tempo para avaliar melhor os desdobramentos da eleição nos Estados Unidos e medir o tamanho do estrago que pode resvalar no Brasil. Na prancheta da equipe econômica estavam medidas que já provocaram a ira do presidente Lula, mas que podem ter que voltar para avaliação, a depender do cenário, segundo interlocutores oficiais.

Técnicos do governo dizem que são quase nulas as chances, por exemplo, de conseguir mexer na vinculação das despesas com saúde e educação (atreladas, pela Constituição, à variação das receitas do governo). Também já ouviram um não para a desindexação dos programas sociais, como Bolsa Família e abono salarial, que acompanham o salário mínimo.

No Planejamento, Tebet e sua equipe não estão conseguindo emplacar a tese de redução “do gasto tributário”, o montante de arrecadação que o governo deixa de receber ao manter subsídios a vários setores e que, hoje, somam uma renúncia fiscal em torno de R$ 600 bilhões.

Mas uma coisa o mercado já sacou. O ministro da Fazenda tem se mostrado habilidoso em pautar o debate econômico e conduzi-lo para o lado que melhor lhe convém. O problema é que, agora, o cenário mudou, defendem seus próprios colegas de equipe, e a tensão financeira deve ditar o rumo das discussões.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Leilão dos Correios tem itens para casa, roupas e bijuterias; veja como participar

 


Estarão em disputa itens de refugo, ou seja aqueles que os correios não conseguiram encontrar o destinatário e não foram reclamados. Valores iniciais de lotes vão de R$ 978 a R$ 129 mil

 

 

Encomendas (Foto - Divulgação - Correios)

 

Os Correios realizarão nos próximos dias 4 e 5 de novembro um leilão digital para a venda de objetos que tiveram  tentativas de entrega frustradas e não foram reclamados. Os itens, que vão desde utensílios domésticos a bijuterias e livros, foram divididos em 27 lotes com valores iniciais de R$ 978,17 a R$ 129.378,48.

A disputa dos lotes foi separada em duas etapas. Os 20 primeiros serão liberados no dia 4 de novembro às 14h e os sete restantes deverão receber propostas no dia 5 a partir das 9h.

Para conferir o edital completo com as informações necessárias, os interessados devem acessar a plataforma dos correios (Licitações-e), após entrar inserir o número 1052752, na caixa de texto localizada na coluna à direita, e para ver mais detalhes sobre o leilão, devem ir até “Opções” e clicar em “Consultar lotes“.

Veja a demonstração de como consultar os lotes

Como participar?

Quem desejar participar do leilão deve se cadastrar na plataforma dos correios disponibilizada para licitações neste link, na mesma página do edital.

Para enviar a proposta interessados devem seguir os seguintes passos:

  1.  Acessar o site Licitações-e
  2.  Clicar em “Pesquisa avançada
  3. Ir para “Pesquisar por identificador”
  4. Preencher o campo “nº da licitação com o número 1052752
  5. Consultar os itens disponíveis no pregão desejado
  6. Ir para “Sala de Disputa” no topo da página
  7. Acompanhar o pregão e enviar sua proposta.

Interessados podem agendar uma visita no endereço (Rua Mergenthaler, 592, 3º andar, bloco 3, São Paulo) e conferir os lotes presencialmente. As visitas são realizadas de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 11h e das 13h às 16h.

Para agendar basta ligar para o telefone (11) 4313-8087 ou enviar um e-mail para spmclirefugo@correios.com.br.

Quem pode participar?

O leilão está disponível tanto para pessoas físicas como jurídicas, que podem participar da licitação e enviar a proposta de lance para um ou mais lotes.

*Estágiario sob supervisão

Eve recebe financiamento de US$ 50 mi do Citi para desenvolvimento do eVTOL

 


A Eve, fabricante de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), anuncia nesta quarta-feira, 30, um financiamento de US$ 50 milhões do Citibank. O capital fortalecerá o balanço patrimonial e apoiará o programa de pesquisa e desenvolvimento da aeronave, segundo a empresa.

Com este valor, a liquidez projetada da Eve para o segundo trimestre de 2024 irá alcançar aproximadamente US$ 480 milhões. O montante incorpora o recente aporte de US$ 95,6 milhões, de um conjunto de empresas industriais globais e investidores financeiros, anunciado em julho de 2024.

Adicionalmente, a fabricante estabeleceu recentemente um novo acordo de linha de crédito de US$ 88 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionado para o desenvolvimento do complexo de produção da aeronave da empresa em Taubaté, no Estado de São Paulo.

Desenvolvimento do eVTOL

O recente financiamento, aliado ao caixa atual e linhas de crédito, asseguram que a Eve irá manter uma robusta capitalização, com um balanço patrimonial saudável e uma das maiores disponibilidades de caixa no setor, avalia o CFO da companhia, Eduardo Couto. “Seguimos empenhados no desenvolvimento e produção do nosso eVTOL”, reforçou o executivo.

A Eve apresentou seu primeiro protótipo em escala real no último semestre durante o Farnborough Air Show, no Reino Unido. Atualmente, a empresa está se preparando para uma campanha de testes abrangente com a aeronave. Paralelamente, a Eve segue desenvolvendo seu portfólio de serviços e soluções operacionais, incluindo o Vector, um software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano.

A Eve conta com o maior backlog da indústria, incluindo cartas de intenção para até 2,9 mil eVTOLs.