terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Embraer afirma que Moody’s elevou nota da empresa para grau de investimento

 


Miniatura de aeronave da Embraer durante feira do setor aéreo em Zhuhai, na China - Crédito: Reuters/Aly Song

 

A Embraer comunicou nesta terça-feira que a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito da empresa de “Ba1” para “Baa3”, sendo a terceira agência a conceder a classificação “grau de investimento” à fabricante de aviões.

A S&P Global Ratings havia dado o “upgrade” em fevereiro e Fitch Ratings, em setembro. A perspectiva da nota da Moddy’s é positiva.


“Nosso foco em eficiência e na disciplina financeira são diferenciais importantes, em paralelo a nosso portfólio moderno e competitivo”, afirmou o vice-presidente financeiro da Embraer, Antonio Carlos Garcia, em comunicado à imprensa.

“Esses atributos garantem o sucesso da nossa estratégia e o crescimento sustentável do negócio.”

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Pacheco e Lira sinalizam apoio a pacote, mas debate sobre IR deve ficar para 2025

 


(Crédito: Gabriela Biló)

 

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram a público nesta sexta-feira, 29, sinalizar favoravelmente ao pacote de corte de gastos anunciado pelo governo.

Mas as lideranças buscaram separá-lo da proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais, apontada por agentes do mercado financeiro como responsável pela queda nas cotações dos ativos brasileiros após o anúncio das medidas.

Em uma ação coordenada, informada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera, de acordo com uma fonte, Lira e Pacheco exaltaram a importância das medidas fiscais e também enfatizaram que o debate da isenção do IR não será feita agora no Parlamento e sua aprovação está condicionada à existência de espaço fiscal.

“Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, disse Lira em publicação no X.

“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, acrescentou.

Pacheco, por sua vez, divulgou nota em que aponta a importância de o Congresso apoiar as medidas fiscais do governo e também afirma que a discussão da isenção do IR não é para agora e depende das condições fiscais do país.

“É importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas. Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto como o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”, afirmou o presidente do Senado.

“A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos.”

Medidas fiscais

As manifestações de Lira e Pacheco vêm no dia seguinte ao detalhamento pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de um pacote para reduzir 70 bilhões de reais em gastos públicos nos próximos dois anos, acompanhado de uma proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais, a ser compensada pela taxação dos que têm renda mensal superior a 50 mil reais.

Tanto o pacote de corte de gastos quanto a isenção de impostos precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional e o governo Lula disse esperar que as medidas de cortes de gastos sejam aprovadas ainda neste ano.

Já a isenção do imposto de renda, disse Haddad por mais de uma vez na quinta-feira, deverá ser discutida no Parlamento em 2025 para entrar em vigor em 2026.

O anúncio da isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais vem gerando estresse no mercado financeiro desde a quarta-feira, quando começaram a sair as primeiras informações de que a medida seria anunciada em conjunto com os cortes de gastos.

Desde então, o dólar vem batendo recordes de máximas históricas em relação ao real, passando da casa dos 6 reais, chegando a 6,11 reais na tarde desta sexta, a bolsa também registrou quedas, apesar de operar em leve alta nesta tarde, e os juros futuros também apontaram altas expressivas desde o anúncio da proposta de isenção.

33% dos lares planejam comemorar festas de fim de ano com churrasco

 


Churrasco

Brasileiro está realizando uma compra de carne a mais do que em 2023 (Crédito: Freepik)

Mais brasileiros vão comemorar as festas de fim de ano com churrasco em 2024. Levantamento realizado pela Kantar afirma que 33% das casas pretendem assar uma carne nas festas de Natal e ano novo, 10% a mais do que era em 2021. 

De acordo com a pesquisa, 29 milhões de brasileiros fazem churrasco toda semana. Entre esse público consumidor periódico de churrasco, a frequência do preparo é de, em média, 1,7 vezes por semana. As carnes bovinas são as mais presentes: 60% dos churrascos no Brasil têm carne bovina, seguida de aves e linguiças.

Esse avanço se deve especialmente à estabilização dos preços. De acordo com Raquel Ferreira, diretora comercial da divisão Worldpanel da Kantar, o brasileiro faz hoje, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma a mais do que fazia em 2023. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no País.

O Acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil, com maior importância na Grande SP e Grande RJ. A maior parte das compras de carnes é feita em supermercados (20,7% do volume), com ticket médio de R$50,59, pequeno varejo (30,2%), com ticket médio de R$51,42, varejo tradicional (21,1%) e ticket médio R$43,3. O açougue é responsável por 7,7% do volume consumido nos lares, mas com maior desembolso R$ 66,85.

Be8 adquire três unidades da Biopar

  

Companhia projeta expansão de 35,6% na sua capacidade de produção 
 
 
A operação amplia para uma capacidade anual de 1,4 bilhão de litros de biodiesel

 


A Be8 anunciou na quinta-feira (28) a celebração de um acordo para adquirir três unidades industriais da Biopar, localizadas em Nova Marilândia (MT), Floriano (PI) e Santo Antônio do Tauá (PA). A consumação da operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao fechamento da operação. O valor do negócio não foi informado pelas empresas. "Esta aquisição está alinhada com a estratégia da Be8 de ampliação de área de atuação na produção de energias renováveis, expandindo os mercados atendidos e a nossa participação no setor", destaca Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. "Esse passo reforça nosso compromisso com um futuro mais sustentável e fortalece o nosso propósito de liderar a renovação energética", completa.

Com a efetivação da operação, a Be8 expandirá sua atuação para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, fortalecendo sua rede de distribuição, diversificando matérias-primas e a produção em diferentes geografias. A empresa também alcançará a terceira posição no ranking nacional de capacidade de produção de biodiesel. Atualmente, a Be8 opera duas usinas no Sul do Brasil e, no ano passado, manteve a liderança no mercado nacional, comercializando cerca de 800 milhões de litros de biodiesel, o equivalente a 10,9% de market share.

Fundada em 2007, a Biopar atua no setor de biocombustíveis, com foco na produção de biodiesel e glicerina. Suas operações estão distribuídas entre três unidades fabris que juntas possuem capacidade anual de produção de 384 milhões de litros de biodiesel. As plantas localizadas em Floriano (PI) e Santo Antônio do Tauá (PA) tem capacidade de 90 milhões de litros cada, e a de Nova Marilândia (MT) 204 milhões de litros anuais. A empresa tem um quadro de 320 funcionários.

Com a incorporação desse volume, a Be8, que atualmente possui capacidade anual de 1 bilhão de litros de biodiesel, aumentará seu volume total em 35,6%, consolidando sua posição de destaque no mercado nacional de biocombustíveis, totalizando 1,4 bilhão de litros de biodiesel por ano. A Be8 é a 48ª maior empresa da região e também a 20ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/be8-adquire-tres-unidades-da-biopar?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Be8+adquire+tr%C3%AAs+unidades+da+Biopar+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+29_11_2024

Confiança do consumidor mantém estabilidade em novembro, aponta ACSP

 

O que é o Índice Nacional de Confiança? | ACSP - Associação ...



 

Zagottis investe na Enjoei e terá assento no conselho

Eugênio de Zagottis — que foi por duas décadas um dos principais executivos da Raia Drogasil — anunciou hoje que se tornou acionista da Enjoei e que vai ocupar um assento no conselho da empresa.

Zagottis está se juntando a outros nomes de peso que já estão no board: Renato Rique, o fundador da administradora de shoppings ALLOS, e Fernando Cirne, o CEO da LWSA, a companhia melhor conhecida como Locaweb.

O executivo vai substituir Alexandre Dias, o fundador da São Pedro Capital que estava desde 2021 no conselho. Os outros conselheiros são Gregory Rider, da Volpe Capital, Helena Penna, uma executiva do setor, e Tiê Lima e Ana Luiza Mclaren, os dois fundadores.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

Dólar bate R$ 6,10 em meio a frustração do mercado com pacote fiscal


Nota de 100 dólares

 

O dólar subia nesta sexta-feira, 29, voltando a bater novos recordes de cotação, com investidores ainda reagindo negativamente ao anúncio de uma reforma do Imposto de Renda pelo governo junto com um esperado pacote de contenção de gastos.

Às 10h30, o dólar à vista subia 1,37%, a R$ 6,1009 na venda. Veja cotações.

Na sessão anterior, a moeda norte-americana ficou acima de 6,00 reais pela primeira vez desde o início da circulação da divisa brasileira, em 1994, com 6,0040 reais na máxima, fechando o dia com forte alta de 1,30%, a 5,9910 reais, a maior cotação nominal de fechamento da história.

O movimento ocorre na esteira da dupla divulgação na quarta de um projeto de reforma tributária da renda, que busca ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais por mês, e de um pacote de medidas que promoverá uma economia de 71,9 bilhões de reais nas contas públicas em dois anos.

O pacote fiscal era amplamente esperado pelo mercado, que vinha mostrando nervosismo com a demora por seu anúncio, uma vez que havia sido prometido para depois do segundo turno das eleições municipais.

Mas apesar do valor das medidas de contenção de gastos vir em linha com o esperado, os investidores foram pegos de surpresa com a divulgação concomitante da reforma do IR, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como compensação para a isenção, o governo indicou a cobrança de mais imposto de quem recebe mais de 50 mil reais por mês e a limitação da isenção de IR de aposentados com problemas de saúde graves que recebam acima de 20 mil reais por mês

Para alguns analistas, o anúncio do projeto de mudança na faixa de isenção de IR levantou dúvidas sobre o compromisso do Executivo com o ajuste das contas, pois mostraria um governo mais preocupado com questões políticas do que econômicas. Mas outros apontaram para uma reação exagerada do mercado.

“O governo precisa demonstrar que seu plano é viável, e por isso devemos esperar um período de volatilidade nos próximos dias e meses. A implementação do esforço fiscal prometido será crucial para consolidar a confiança do mercado”, disse André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

“A reação do mercado é compreensível, mas considero-a desproporcional. Ficou claro que a responsabilidade fiscal é uma prioridade”, completou.

Na curva de juros brasileira, as taxas de DIs mostravam altas por mais uma sessão, refletindo a desconfiança do mercado, embora com avanços menos expressivos do que no dia anterior.

A sessão desta sexta ainda é marcada pela disputa da Ptax de fim de mês. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

Com o foco no noticiário doméstico, o real ia na contramão de seus pares emergentes, que rondavam a estabilidade frente ao dólar em meio a um volume de negociações fraco em uma sessão pós-feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

As atenções no exterior continuam sendo as perspectivas para o novo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à medida que suas promessas de tarifas têm gerados temores de guerras comerciais no próximo ano.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,06%, a 106,010.