segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Vendas para o Natal devem crescer 9% em São Paulo, prevê FecomercioSP

 FOTOS: Shoppings de São José e Taubaté recebem decoração ...


Resultado de um desemprego num dos patamares mais baixos da história e consequentemente aumento da renda das famílias, a receita do comércio varejista paulista deve fechar dezembro em R$ 139,4 bilhões, em números absolutos. A cifra abriga um crescimento de 9% sobre igual período do ano passado, segundo previsão da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Para entidade, que só para a capital paulista projeta crescimento de 7,7% nas vendas, este será o melhor Natal dos últimos anos. Em números absolutos, esta melhora prevista para as vendas será puxada sobretudo pelos supermercados.

Em termos porcentuais, porém, são as lojas de móveis que vão engordar o caixa neste período do ano, e em quase um terço, 31%, em relação a 2023, seguidas pelos segmentos de autopeças e acessórios, com aumento de 15% e de farmácias e perfumarias, com 12%.

“Mas serão os supermercados que farão a diferença nesse cenário: responsáveis por mais de um terço (34%) do faturamento total do varejo paulista, o segmento deverá crescer pelo menos 7% neste Natal, o que significa receitas na casa dos R$ 48,8 bilhões ou R$ 3,1 bilhões superior as receitas registrada em dezembro do ano passado”, afirmam os técnicos da Federação.

No acumulado do ano até setembro, último dado disponível, o varejo paulista já acumula um faturamento de R$ 1.013 trilhão, o que também representa um crescimento de 9% em relação aos nove primeiros meses de 2023.

“É uma boa notícia, já que o crescimento absoluto é de R$ 83,2 bilhões na comparação ao ano passado, resultado de uma conjuntura marcada pelo mercado de trabalho aquecido, aumento da renda e crescimento do mercado de crédito, fatores determinantes para o consumo”, avalia a entidade.

Os supermercados também puxaram esse desempenho, movimentando R$ 26,4 bilhões a mais (8%) do que em 2023. Eles são seguidos pelas concessionárias de veículos, com alta de 20%, e por farmácias e perfumarias, com crescimento de 11%.

Mas, na principal metrópole do País, são os eletrodomésticos e eletrônicos que devem puxar a fila do crescimento: quase 27% na comparação a 2023, impulsionados pela demanda sazonal, por inovações tecnológicas que despertam o interesse do consumidor e a base mais fraca de comparação.

“As lojas de móveis e decoração devem apresentar a maior variação porcentual, mas novamente, é importante ressalta que se trata do menor faturamento, sendo comum grandes variações. As vendas do vestuário, tecidos e calçados, que comercializam os itens preferidos na hora de presentear, devem crescer 7,8%, ponderam os técnicos dá FecomercioSP. Inflação, fiscal e Selic

Para a FecomercioSP, o que fica é que o comércio varejista paulista encerrará 2024 com números expressivos, mas que o cenário econômico exige bastante atenção. A inflação permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, pressionando o poder de compra das famílias e obrigando o órgão a intensificar o ritmo de elevação da taxa Selic, que agora está em 12,25%.

Isso significa crédito mais caro para consumidores e empresas. Além disso, as incertezas em relação à política fiscal e corte de gastos do governo geram turbulências no mercado, dificultando o planejamento. Nesse contexto, é importante que os empresários tenham cautela e se preparem para um cenário desafiador em 2025.

Conheça o brasileiro que quer competir com a Patek e a Rolex

 


o brasileiro que quer competir com a Patek e a Rolex

 

O mercado de relógios pode ser dividido em quatro categorias: os produtos massificados, de marcas como Technos, Mormaii e Magnum; as fashion brands, como Tommy Hilfiger, Lacoste e Diesel; marcas tradicionais e centenárias, como a Seiko; e as marcas de luxo como Richard Mille, Patek Phillipe e Rolex.

Agora, um empreendedor brasileiro está tentando criar uma quinta categoria, posicionando sua marca — a ACTO Watches — no meio do caminho entre as tradicionais e as de luxo. “Queremos entregar um produto próximo ao das marcas de luxo em termos de qualidade e design, mas com um preço abaixo, mais perto das marcas tradicionais,” disse o fundador Thiago Chiká ao Brazil Journal.

Fundada em 2020, a ACTO vai faturar cerca de R$ 8 milhões este ano apenas com a venda online. A startup opera no breakeven desde o primeiro ano, e em 2025 espera faturar entre R$ 15 milhões e 20 milhões. O crescimento virá da expansão do mix de relógios, da entrada em joias, e da abertura de pelo menos uma loja num grande shopping de São Paulo.

Thiago criou a ACTO sozinho quando tinha 21 anos — mas contou com a ajuda do pai, um empreendedor que fundou uma fabricante de couro na China e depois  vendeu o negócio para a JBS.

Leia a reportagem completa em Brazil Journal.

 

 

 

Fraco consumo na China pressiona economia frente à ameaça de tarifas de Trump

 


Dados mistos destacam como será desafiador para o país conseguir uma recuperação econômica duradoura em 2025, quando relações comerciais com maior mercado de exportação poderão piorar



Os dados mistos destacam como será desafiador para os líderes da China conseguir uma recuperação econômica duradoura rumo a 2025, quando as relações comerciais com o maior mercado de exportação da China poderão piorar, enquanto o consumo interno também permanecerá fraco.

A promessa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas superiores a 60% sobre os produtos chineses pode levar Pequim a acelerar os planos para reequilibrar sua economia, segundo analistas. Isso ocorre depois de mais de duas décadas de deliberação sobre a transição do atual modelo de crescimento, focado em investimentos em ativos fixos e exportações, para um modelo voltado para o consumo.

A produção industrial da China em novembro cresceu 5,4% em relação ao ano anterior, mais rápido do que o ritmo de 5,3% observado em outubro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira (16), superando as expectativas de um aumento de 5,3% em pesquisa da Reuters.

No entanto, as vendas no varejo, um indicador do consumo, cresceram no ritmo mais fraco em três meses no mês passado, a uma taxa de 3,0%, muito mais devagar do que o aumento de 4,8% observado em outubro. Analistas haviam previsto uma expansão de 4,6%.

 “As políticas econômicas da China têm sido incrivelmente consistentes na promoção dos fabricantes em detrimento dos consumidores, apesar dos sinais claros de fraqueza duradoura”, disse Dan Wang, economista independente baseado em Xangai.

“Portanto, é de se esperar que a capacidade de produção se fortaleça, potencialmente agitando a questão do excesso de capacidade e motivando as empresas chinesas a buscarem mercados no exterior.”

O investimento em ativos fixos também aumentou em um ritmo mais lento de 3,3% entre janeiro e novembro em relação ao mesmo período do ano anterior, em comparação com uma alta esperada de 3,4%. Ele cresceu 3,4% no período de janeiro a outubro.

As autoridades começaram a expressar seus planos para 2025 nas últimas semanas, cientes do fato de que o retorno de Trump à Casa Branca colocará uma pressão considerável sobre uma economia já em dificuldades.

No fim de semana, uma autoridade do banco central da China disse que havia espaço para reduzir ainda mais a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, mas os números de crédito divulgados na semana passada mostraram que a flexibilização anterior havia feito pouco para aumentar os empréstimos.

Isso se deve, em parte, ao fato de as autoridades ainda não terem encontrado uma solução para a crise imobiliária que se arrasta há anos e que está afetando a confiança do consumidor, com cerca de 70% da poupança das famílias depositada em imóveis.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/fraco-consumo-na-china-pressiona-economia-frente-a-ameaca-de-tarifas-de-trump/

 

Brasil supera Hungria e poderá ter maior alíquota de IVA do mundo

 


País poderá ter alíquota na casa de 28,5%, ante os 26,5% previstos inicialmente pelo Ministério da Fazenda; Câmara quer reduzir porcentagem, mas deve encontrar resistência de parte da oposição

 

 

Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções

 

O Brasil poderá ter a maior alíquota de Imposto de Valor Agregado (IVA) do mundo, caso a Câmara dos Deputados mantenha o texto aprovado pelo Senado na última semana. A tendência é que o país ultrapasse a Hungria, que atualmente tem o maior imposto do mundo.

Dados do Ministério da Fazenda apontam que o texto aprovado pelo Senado na última semana elevou o imposto para 28,5%, em comparação aos 26,5% previstos inicialmente. A alíquota seria 1,5 ponto percentual maior que a da Hungria, que cobra 27% de IVA em seus produtos.

Esse valor, de acordo com o texto, será cobrado de forma escalonada até 2032, sendo o governo obrigado a apresentar um projeto para reduzir benefícios fiscais e retomar a cobrança na trava estabelecida de 26,5%.

Um dos motivos que fizeram a alíquota disparar é a necessidade de compensar a perda de receitas com a simplificação da reforma tributária. O especialista em direito tributário Gabriel Santana Vieira lembra que o projeto reduziu benefícios fiscais, fazendo com que a alíquota-padrão fosse elevada neste primeiro momento.

“O aumento da alíquota visa garantir a arrecadação necessária para financiar políticas públicas e investimentos, compensando a perda de receitas com a simplificação da reforma tributária. Além disso, essa medida visa oferecer benefícios fiscais para setores específicos e promover maior justiça fiscal”, afirma.

“A reforma eliminou benefícios fiscais que antes eram concedidos a empresas e setores da economia. Essas mudanças foram cruciais para entender o aumento da alíquota do IVA, consequentemente para manter itens na cesta básica, como carne e queijo”, completa.

Se aprovado pela Câmara, a alíquota-padrão ainda será maior que a de países como Noruega, Portugal, Itália e Bélgica, que cobram entre 21% e 25% de IVA. O Brasil ainda terá uma alíquota muito superior à de países da América Latina, como Chile e Colômbia, que cobram 19%, e México, cuja alíquota média é de 16%.

Deputados ouvidos pelo site IstoÉ afirmaram que devem fazer fortes alterações no texto para conseguir reduzir a alíquota para próximo da trava estabelecida. Os pontos que devem ser mudados só serão conhecidos nesta segunda-feira, 16, quando será divulgado o relatório final.

O advogado tributário Luis Claudio Yukio explica que a porcentagem decidida pelos senadores pode variar dependendo do estado e município. Ele destaca que é necessário haver liberdade para a cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unifica o ICMS estadual e o ISS municipal.

“Dentro de uma legislação, é difícil você dizer que a alíquota será tal, porque você tem, apesar de uma trava que existe dentro do projeto de lei que está aqui agora, que respeitar a competência municipal, estadual e federal. Então, não quer dizer que o município de São Paulo vai ter uma alíquota semelhante à dos outros municípios. Ele tem a possibilidade de seguir a regra, que vai ser pelo comitê, que é a outra PLP que está sendo votada, ou ele tem a possibilidade de ele mesmo definir a tributação que deseja”, explica, citando o projeto de lei complementar que trata do comitê gestor do IBS, que deve ser votado apenas no início do próximo ano no Congresso.

Veja os países com maior alíquota de IVA do mundo

  1. Brasil 28,5%
  2. Hungria 27%
  3. Dinamarca 25%
  4. Noruega 25%
  5. Suécia 25%
  6. Finlândia 24%
  7. Grécia 24%
  8. Islândia 24%
  9. Irlanda 23%
  10. Polônia 23%
  11. Portugal 23%
  12. Eslovênia 22%
  13. Itália 22%
  14. Belgica 21%
  15. Espanha 21%
  16. Letônia 21%
  17. Lituânia 21%
  18. Países Baixos 21%
  19. Tchéquia 21%
  20. Eslováquia 20%
  21. Estônia 20%
  22. França 20%
  23. Reino Unido 20%
  24. Turquia 20%
  25. Áustria 20%
  26. Média não ponderada da OCDE 19,2%
  27. Alemanha 19%
  28. Chile 19%
  29. Colômbia 19%
  30. Israel 17%
  31. Luxemburgo 17%
  32. México 16%
  33. Nova Zelândia 15%
  34. Costa Rica 13%
  35. Austrália 10%
  36. Coreia do Sul 10%
  37. Japão 10%
  38. Suíça 7,7%
  39. Canadá 5%

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados no meio do ano já havia elevado a alíquota para próximo da casa de 28%. Segundo a Fazenda, a inclusão das carnes na cesta básica com isenção de impostos ajudou na subida.

Outro fator que contribui para o aumento do imposto é a criação do IS (Imposto Seletivo), conhecido popularmente como “imposto do pecado”. A taxação deve incidir sobre bebidas, cigarros e produtos que sejam nocivos à saúde de alguma forma.

O Senado retirou do texto as bebidas açucaradas, o que incomodou o governo, além da exclusão da cobrança sobre armas e munições. Na avaliação de Yukio, a inclusão desses setores no IS visa maior controle sobre o mercado, atualmente caracterizado pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“O imposto seletivo, ele, na verdade, vem suprir uma parte do que o IPI já faz. O IPI, ele tem uma característica que não é só arrecadatória. O IPI, ele tem um poder de controle sobre alguns tipos de mercado”, explica.

“Esse é o maior objetivo do imposto seletivo: controlar o que é fabricado e o que chega à mão do contribuinte, regulando o mercado e fiscalizando os impactos tanto na economia quanto nos demais setores do país”, completa.

Esse aumento na alíquota, no entanto, pode pesar, e muito, no bolso do contribuinte. Na avaliação de especialistas, os preços de produtos e serviços devem subir nos próximos anos.

“Essa é uma análise muito setorial, mas, em regra, a alíquota-padrão, que deverá ser de 28,1%, será a maior do mundo. Então, a tendência é de elevação dos preços dos bens e serviços”, explica Mariana Ferreira.

Gabriel Santana Vieira corrobora essa opinião e prevê um impacto maior sobre as classes mais baixas. Ele acrescenta que as mudanças impostas pelos senadores devem impactar os investimentos no país e afirma ser necessário um contrapeso para se alcançar maior justiça fiscal.

“O aumento vai impactar no orçamento, principalmente naqueles com menor poder aquisitivo, reduzindo o poder de compra e o acesso a bens e serviços essenciais. Essa medida pode agravar a desigualdade social, aprofundando o abismo entre ricos e pobres.”

“O aumento da carga também poderá desestimular o consumo e o investimento, com consequências negativas para a economia como um todo. É crucial analisar alternativas para os impostos, buscando medidas que promovam justiça social e fiscal”, completa.

A regulamentação da reforma tributária retorna à Câmara dos Deputados nesta semana, e o texto aprovado pelo Senado deve ser revisto. A votação está prevista para terça-feira, 17.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Além da Nvidia, outra fabricante de chips atinge US$1 trilhão em valor de mercado

 


Fabricante de chips Broadcom

A Broadcom prevê uma expansão maciça na demanda por chips voltados para aplicações de inteligência artificial e o mercado reagiu dando à empresa um valor de mercado de mais de 1 trilhão de dólares.

As ações da empresa subiram 21% depois que o presidente-executivo, Hock Tan, disse que a IA pode apresentar uma oportunidade de receita de 60 bilhões a 90 bilhões de dólares em 2027, mais de quatro vezes o tamanho atual do mercado. A Broadcom também previu a receita do primeiro trimestre acima das estimativas do mercado.

Vários analistas disseram que é difícil estimar o crescimento do mercado e a participação potencial da Broadcom, com a TD Cowen observando que a previsão é “difícil de provar/desmentir, mas é enorme”.

O impulso de grandes empresas de tecnologia para diversificar para além dos processadores de IA da Nvidia, caros e com restrições de fornecimento, tem sido um ganho inesperado para a Broadcom, que fabrica chips personalizados para as principais empresas de computação em nuvem.

Os investidores também favoreceram os fabricantes de chips que já estão se beneficiando dos enormes data centers que estão sendo construídos por empresas como Microsoft e Meta em meio a preocupações sobre o retorno dos investimentos em IA para o setor de tecnologia em geral.

Tan disse na quinta-feira que a empresa conquistou dois grandes clientes de hiperscale depois de gerar 12,2 bilhões de dólares em receita com IA no ano fiscal de 2024. Isso representou uma grande parte de seu mercado útil total estimado de 15 bilhões 20 bilhões de dólares.

Da oportunidade total de 2027, a Broadcom poderia capturar até 50 bilhões de dólares em vendas de IA com base na participação de mercado de 70% que a estimou ter em 2024, disseram os analistas da TD Cowen. Mas eles advertiram que é difícil modelar a participação da empresa porque o mercado de serviços pode incluir processadores vendidos por empresas como a Nvidia.

Hans Mosesmann, analista da Rosenblatt Securities, estimou uma participação de mercado muito menor para a Broadcom em 2027, entre 20% e 50%.

Os investidores, por sua vez, adquiriram as ações que são negociadas a um múltiplo menor do que as rivais. A Broadcom tem uma relação preço/lucro a termo de 12 meses de 29,8, em comparação com 31,03 da Nvidia, a primeira empresa de chips a atingir 1 trilhão de dólares em valor de mercado, de acordo com dados compilados pela LSEG.

As ações da Broadcom acumulam alta de mais de 60% até agora neste ano, enquanto as ações da Nvidia mais do que dobraram, até o último fechamento. “Eles (Broadcom) fizeram de tudo para dar aos investidores um motivo para sonhar”, disse Stacy Rasgon, analista da Bernstein.

“A história da IA parece estar realmente se firmando, talvez Hock possa pensar em comprar uma jaqueta de couro”, acrecentou Rasgon, referindo-se ao estilo característico do presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang.

Aneel diz que Brasil teve em 2024 recorde na expansão da geração de energia

 ANEEL Logo – Agência Nacional de Energia Elétrica Logo – PNG ...


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira, 13, que o Brasil alcançou novo recorde anual de expansão da geração de energia elétrica, com 10.321 megawatts (MW) até o momento. O regulador aponta que essa marca foi atingida após a liberação da operação comercial de sete unidades geradoras da usina eólica “Serra do Assuruá 13”, localizada na Bahia.

Do total de 10.321 MW de expansão em 2024, cerca de 91% da potência instalada são provenientes das fontes solar fotovoltaica e eólica.

Foram 283 novas usinas implantadas no ano, sendo 139 solares fotovoltaicas (5.354,17 MW), 115 eólicas (4.045,40 MW), 20 termelétricas (869,70 MW), sete pequenas centrais hidrelétricas (47,50 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,60 MW).

O recorde anterior era do ano de 2023 quando o País atingiu a marca de 10.316 MW de expansão no intervalo de 12 meses.

Itaú revisa projeções e passa a prever taxa de juros de até 15% ao ano em 2025

 


Galípolo; selic; banco central; juros

Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para a presidência do Banco Central (BC) (Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

Com um final de 2024 mostrando um cenário macroeconômico rodeado por incertezas, a equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú revisou sua projeção para a taxa básica de juros, a Selic, apontada agora em 15% até o ano de 2024.

“Diante da piora relevante das expectativas de inflação, do câmbio mais depreciado e da atividade ainda resiliente, esperamos que o Banco Central siga elevando a taxa de juros até 15% ao longo de 2025. Para 2026, projetamos queda da Selic para 13%”, diz a casa.

O time de macro do Itaú, liderado pelo economista Mario Mesquita, aponta que com a última decisão do Copom – com alta de 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25% – a autoridade monetária sinalizou que, a menos que o cenário mude, pretende elevar a Selic em igual magnitude mais duas vezes.

“A decisão foi motivada pela forte deterioração das expectativas de inflação, e pela surpresa com a atividade no terceiro trimestre deste ano, resultando em um hiato do produto mais aberto do que o antecipado”, observa o Itaú.

“Houve um aumento relevante da projeção de inflação no horizonte relevante (segundo trimestre de 2026), de 3,6% na reunião de novembro para 4,0% na reunião de dezembro, indicando a necessidade da política monetária avançar ainda mais em território contracionista”, completa.

Dessa forma, a expectativa é de que a taxa Selic atinja o patamar de 15% no decorrer de 2025 (ante 13,50% da projeção anterior) e permaneça nesse nível até o final do ano.

Com relação ao ritmo, o Itaú espera mais duas altas de 1 p.p. e uma alta final de 0,75 p.p. na terceira reunião do ano.

“Naturalmente, diante do balanço de riscos assimétrico para inflação, há possibilidade de um ciclo ainda maior. Para 2026, projetamos queda da taxa de juros para 13%”.

Itaú revisa PIB para cima e vê dólar a R$ 5,70

Olhando para outras variáveis, o Itaú espera um dólar a R$ 5,70 neste e no próximo ano.

A tese da casa é de que apesar do diferencial de juros elevado, o cenário global de dólar forte, o aumento prêmio de risco doméstico e a deterioração das contas externas pressionam o real.

Juntamente com isso, os especialistas enxergam um cenário de ‘mais crescimento e juros mais altos’, com projeções de PIB agora maiores. A casa elevou as expectativas de 2024 e 2025 para 3,6% (de 3,2%) e 2,2% (de 1,8%), respectivamente.

“A atividade mais forte no curto prazo e expectativa positiva para o PIB Agro 2025 geraram revisões altistas. Para 2026, projetamos crescimento de 2,0%. O mercado de trabalho ainda não mostra sinais claros de arrefecimento e é risco altista para o PIB dos próximos anos”.

Consenso do mercado vê Selic a 13,50% em 2025

Conforme refletido na edição mais recente do Boletim Focus, o consenso do mercado financeiro tem elevado as projeções para a taxa básica de juros em 2025 há quatro semanas consecutivas.

A projeção mais recente, desta segunda-feira, 9, é de que os juros fiquem em 13,50% no ano que vem.

Para o ano de 2026 a projeção é de uma Selic de 11%. A expectativa foi elevada pela segunda semana consecutiva.

 

 https://istoedinheiro.com.br/selic-15-ao-ano-itau-revisa/