quarta-feira, 19 de novembro de 2025

FGC vai reembolsar 1,6 milhão de investidores do Banco Master; veja como ter dinheiro de volta

 


A liquidação do Banco Master deve levar à maior operação de resgate do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que precisará honrar mais de R$ 40 bilhões em depósitos.

O FGC calcula em R$ 41 bilhões o valor das garantias a serem pagas aos credores do Banco Master. De acordo com o Fundo, a estimativa é de que o Master tenha em sua base 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia.

Segundo dados divulgados pelo site do FGC, o maior pagamento de resgate a investidores, até agora, foi em 1997 no caso do Banco Bamerindus, de R$ 19,6 bilhões.

O FGC disse ainda ter, até setembro, patrimônio de R$ 160 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões eram recursos líquidos em caixa para o exercício de sua atividade.

Após um administrador nomeado pelo Banco Central assumir a gestão, será elaborada uma lista detalhada dos detentores de dívidas do banco. Assim que esse processo for concluído, o FGC reembolsará os investidores até o limite segurado, que é de R$ 250 mil por CPF investidor. Valores acima desse limite entram na massa falida e são pagos após processo judicial, que pode se arrastar por anos.

Na hipótese de ocorrer a intervenção/liquidação de mais de uma instituição ou conglomerado financeiro em um período de quatro anos, os pagamentos de garantia a serem realizados a uma mesma pessoa são limitados ao valor máximo de R$ 1 milhão.

Os pagamentos a serem feitos pelo FGC incluem os CDB (Certificado de Depósito Bancário) do Master, um dos principais pontos sensíveis do banco, que emitia esses títulos de crédito com promessa de retorno bem acima das taxas praticadas no mercado, consideradas até mesmo ‘irreais’ pelos analistas.

Em comunicado, o FGC, cuja principal fonte de recursos são as contribuições periódicas das instituições financeiras associadas, disse que o pagamento da garantia será feito após o envio da base pelo liquidante indicado pelo Banco Central.

“Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, diz o comunicado do Fundo Garantidor.

Solicitação de pagamento ao FGC

O FGC possui um aplicativo para quando ocorre a liquidação de uma instituição financeira associada e o pedido deve ser feito por meio do app, que está disponível nas versões iOS e Android. Após o processo de solicitação, o valor é recebido em conta bancária de mesma titularidade.

No aplicativo do FGC, é possível conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia, além de receber notificações para acompanhar o seu pedido.

Etapa 1 – Baixe o app e faça seu cadastro

Etapa 2 – Solicite o pagamento de garantia

Após o FGC receber a base da instituição liquidada com informações dos valores da garantia, o credor recebe uma notificação para seguir com as demais etapas pelo aplicativo.

Pagamento a Pessoas Jurídicas (PJ)

Para empresas credoras, o representante da empresa deve solicitar a garantia do FGC pelo Portal do Investidor. Depois do preenchimento das informações, enviaremos um e-mail com os passos necessários. O pagamento é feito por transferência para uma conta-corrente ou poupança, de mesmo CNPJ, em nome da empresa.

Clique aqui para acessar o documento do FGC com perguntas e respostas sobre as garantias e os reembolsos.

São garantidos pelo FGC os seguintes créditos:

  • Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, que compreendem os valores depositados em conta corrente;
  • Depósitos de poupança;
  • Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, que também podem ser conhecidos como CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de Depósito Bancário);
  • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
  • Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, também chamadas de LCs e LHs;
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, conhecidas como LCIs e LCAs;
  • Letras de Crédito do Desenvolvimento, conhecidas como LCDs;
  • Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.

Intervenção e liquidação

O Banco Central decretou nesta terça-feira, 18, uma intervenção de 120 dias e a liquidação extrajudicial do Banco Master.

A intervenção e a liquidação extrajudicial são determinadas pelo BC para interromper o funcionamento de um banco, corretora ou fintech e promover a retirada daquela empresa, de forma organizada, do sistema financeiro nacional. Essa decisão costuma ser tomada quando o BC constata que não é possível recuperar a saúde financeira de uma instituição – no jargão de mercado, uma insolvência irrecuperável – ou quando forem cometidas graves infrações às leis.

Também foram liquidadas a corretora e o banco de investimentos que pertenciam à instituição. Somente o Will Bank, uma fintech pertencente ao grupo, não foi alvo da autoridade monetária, diante do interesse de investidores estrangeiros em comprar a empresa.

O BC também nomeou a empresa EFB Regimes Especiais e Empresas como a liquidante do Banco Master. O responsável técnico da empresa é Eduardo Felix Bianchini. Caberá a ele a função de liquidante extrajudicial, com amplos poderes de administração e representação da sociedade. A decisão de liquidar o Banco Master também determina o bloqueio dos bens dos controladores e ex-administradores, entre eles o banqueiro Daniel Vorcaro.

Com informações de PlatôBR e Reuters

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Modelos inspirados na aviação e hotelaria estão entre as iniciativas dos restaurantes para auxiliar operações

 Imagem destaque: Soluções da aviação e da hotelaria otimizam operações no food service



 O setor de alimentação fora do lar movimenta quase R$ 500 bilhões por ano no Brasil e representa cerca de 3% do PIB nacional, segundo a Abrasel. Mas, há um desafio constante: manter margens saudáveis e uma operação previsível. Cada vez mais restaurantes estão adotando práticas inspiradas em setores como aviação e hotelaria, entre elas: o yield management, modelo que ajuda a equilibrar ocupação do espaço e receita a partir do uso inteligente dos dados; e a taxa no-show, que pode auxiliar na previsibilidade e eficiência operacional. Ou seja, a digitalização e o uso estratégico de ferramentas como reservas online, cardápios digitais e os modelos citados vem transformando a forma como bares e restaurantes aumentam o faturamento, previsibilidade, eficiência operacional e aprimoram a experiência do cliente. 


Integração dos Modelos

 Com a taxa no-show e o modelo yield para a gastronomia, os estabelecimentos podem criar oportunidades de aplicar preços mais estratégicos, equilibrar horários de pico e períodos ociosos, oferecendo menus e experiências personalizadas ou preços diferenciados para manter o salão sempre cheio. Outras estratégias podem ser utilizadas, para ampliar a operação desses modelos e ajudar no faturamento dos empreendimentos, é a digitalização da jornada do cliente, que pode diminuir a taxa de desistência e a fidelização do consumidor, já que a personalização da comunicação com base no histórico de consumo podem elevar a taxa de retorno. O uso de cardápio digitais e a criação de gift card e experiências antecipadas pode auxiliar nessas etapas, além de ampliar o ticket médio e fortalecer o relacionamento com o cliente.

 "Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a capacidade de integrar ações horizontais, verticais e transversais de forma coordenada será o grande diferencial dos restaurantes que desejam crescer de maneira consistente e rentável" aponta, Roni Lacerda, especialista em hospitalidade, Co-CEO e Co-founder da Tagme


Setor em Movimento

 As estratégias mencionadas já estão sendo usadas por alguns estabelecimentos, como a Vinícola Merum, que passou a ter menos desperdício e mais tempo para reorganizar o salão. E a Casa do Porco, que aumentou em 26% a taxa de comparecimento após ajustar o calendário de reservas e adotar a taxa no-show. A mudança de ambas tem impacto direto no comportamento do consumidor, que passou a valorizar mais a experiência e avisar com antecedência em caso de desistência.

BNDES seleciona 25 longas para patrocínio de R$ 15 milhões; filmes com Raoni e Fernanda Montenegro estão na lista

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta terça-feira, 18, a lista dos 25 longas-metragens selecionados para o Edital de Cinema 2025. O programa de fomento destinará R$ 15 milhões em recursos, sendo que cada projeto receberá o patrocínio de R$ 600 mil. A verba está condicionada à exibição pública dos filmes em salas de cinema ou em plataformas de streaming entre janeiro e dezembro de 2026. O edital retornou após nove anos fora.

Os projetos selecionados contemplam produtoras de todas as regiões do Brasil e apresentam uma diversidade de narrativas e temas. Entre os assuntos abordados estão a história do Brasil, a preservação ambiental, a luta pelos direitos dos povos originários, além de debates sobre etarismo, educação e democracia.

O documentário Raoni – A Voz da Floresta, com o cacique Raoni Metuktire, foi um dos escolhidos. A presença de figuras de destaque da música e do cinema mundial no filme reforça a relevância do cacique e do Brasil no debate sobre temas centrais na agenda do BNDES, como a urgência climática.

“São projetos que debatem temas urgentes da sociedade brasileira, promovem a diversidade de narrativas, a descentralização de histórias e a projeção internacional da nossa produção audiovisual, com filmes já selecionados para exibição em festivais internacionais importantes como Sundance, Rotterdan e Berlin, e com potencial de circularem por muitos outros”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Também foram selecionados projetos com elencos renomados, como o filme Velhos Bandidos, que conta com a atriz Fernanda Montenegro, e obras de diretores consagrados, como Carlos Saldanha (100 Dias), e o último longa-metragem realizado por Cacá Diegues (Deus Ainda é Brasileiro). O edital incluiu ainda obras de talentos emergentes e projetos em formatos e gêneros inovadores no Brasil, a exemplo de ficção científica, horror e road movies.

A seleção foi dividida em cinco categorias, com cinco projetos cada: Ficção Grande Público (alto potencial econômico), Ficção Destaque de Crítica (destaque em premiações), Documentário, Animação e Selecionado em Festival.

Confira a lista dos filmes contemplados por segmento:

Segmento: Animação

Amadeo e o Hipotético Mundo Novo (Felistoque Cinema Ltda – DF)

Malu Tatu (Caolha Filmes Ltda – GO)

Vanunu e Toto-II – A Revolta das Águas (Gioconda Produções Artísticas e Edições Culturais Ltda – SP)

A Noite de Alaíde (Toca Filmes Ltda – BA)

Ana, en Passant (Api Produções Artísticas e Audiovisuais EPP – MG)

Segmento: Documentário

Raoni – A Voz da Floresta (Grifa Produções Cinematográficas, Audiovisuais e Artísticas Ltda – SP)

O Sertão das Nossas Memórias (Taiga Filmes e Vídeo Ltda – RJ)

O Ano em Que o Frevo Não Foi Pra Rua (Lira Filmes Produções Ltda – SP)

Escanteio (Anavilhana Filmes Ltda – MG)

Sobre Memória e Esquecimento (Muiraquitã Filmes e Produções Artísticas Ltda – SP)

Segmento: Selecionado em Festival

Yellow Cake (TM Produções Artísticas e Audiovisuais Ltda – AC)

Fiz Um Foguete Imaginando Que Você Vinha (Moçambique Audiovisual Ltda – CE)

Futuro Futuro (Atelier W Produções Cinematográfica – RS)

Criadas (Gato do Parque Cinematográfica Ltda – SP)

Intervenção (Primo Filmes Ltda – SP)

Segmento: Ficção Destaque de Crítica

Pequenas Criaturas (Bananeira Filmes Ltda – RJ)

Nova Éden (Grafo Audiovisual Ltda – PR)

Eclipse (Mercúrio Produções Ltda Me – SP)

Escola Sem Muros (Gullane Entretenimento – SP)

Talismã (Vulcana Cinema Ltda – RS)

Segmento: Ficção Grande Público

100 Dias (Querosene Produções Artísticas e Cinematográficas Ltda – SP)

Velhos Bandidos (Conspiração Filmes Entretenimento 3º Milênio Ltda – RJ)

Viver é Melhor Que Sonhar (Urca Filmes Ltda – RJ)

Deus Ainda é Brasileiro (Filmes do Equador Ltda – RJ)

Um Pai em Apuros (Neoplastique Entretenimento S.A – SP)

FGC diz que pagamento de garantias do Master será realizado após envio da base pelo liquidante

 Banco Master mantém parcerias com gestoras suspeitas em ...

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) comunicou que fará o pagamento da garantia de títulos do Banco Master, liquidado pelo Banco Central na manhã desta terça-feira, 18, após o envio da base de credores indicada pelo responsável legal nomeado pelo BC. “Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, afirmou em nota.

Com as informações em mãos, o FGC liberará a solicitação em seu aplicativo para que os credores cadastrem uma conta bancária para recebimento e enviem os documentos necessários. O aplicativo pode ser baixado para Android e iOS.

No caso de empresas credoras, um representante deve solicitar a garantia pelo Portal do Investidor do fundo. O pagamento será feito para uma conta com o mesmo CNPJ e nome da empresa.

Fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apontam que um plano para recomposição e reenquadramento do fundo de liquidez do FGC deve ser aprovado no ano que vem, provavelmente no primeiro semestre.

Segundo o regimento do fundo, o plano pode levar à antecipação em cinco anos das contribuições mensais feitas pelas instituições financeiras.

Com cerca de R$ 120 bilhões em seu fundo de liquidez, o FGC vai se concentrar, de imediato, no pagamento dos investidores elegíveis, processo que deve começar em aproximadamente 30 dias, tempo médio registrado nos últimos cinco casos de liquidação.

Alertas do FGC

O FGC alerta que não existem instituições ou empresas autorizadas ou credenciadas a intermediar o recebimento dos valores e que não cobra taxas nem solicita depósitos prévios.

Cencosud negocia com a Americanas para comprar o Hortifruti Natural da Terra

 Imagem destaque: Cencosud negocia com a Americanas para comprar o Hortifruti Natural da Terra


O grupo chileno Cencosud iniciou negociações exclusivas com a Americanas para adquirir o Hortifruti Natural da Terra (HNT), segundo informações do Estadão. A operação, conduzida pelo banco de investimento BR Partners, integra o plano de recuperação judicial da varejista brasileira e deve ser concluída até o início de 2026. A disputa pelo HNT envolveu outros interessados, como a rede Oba, o Zona Sul, além da gestora Advent e a Plurix, ligada à Pátria. A Americanas adquiriu o Hortifruti Natural da Terra em 2021 por R$ 2,1 bilhões, mas durante a crise financeira recebeu propostas que representavam um quarto desse valor. Assim, a companhia optou por aguardar melhores condições e retomou o processo recentemente.


Reestruturação dos negócios

 A negociação ocorre após a Cencosud vender a operação mineira do Bretas por R$ 716 milhões para o Supermercados BH. Em paralelo, recentemente a Americanas aceitou uma proposta apresentada pela BandUP! para a aquisição da Uni.Co, dona das marcas Imaginarium, Puket MindD e Lovebrands. Ainda segundo as informações, em nota, a companhia afirmou que "segue com o processo de ‘Market Sounding’ para prospecção de interessados na aquisição do Hortifruti Natural da Terra (HNT), alienação prevista em seu Plano de Recuperação Judicial".

 

 https://gironews.com/supermercado/cencosud-avanca-em-negociacao-com-americanaspara-comprar-hortifruti-natural-da-terra-da-americanas/

Angeloni cresce em Santa Catarina com nova loja em Jurerê Internacional

 Imagem destaque: Angeloni cresce em Santa Catarina com nova loja em Jurerê Internacional


 Nesta terça-feira (18), o Angeloni abre uma unidade no bairro Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC). Com 1.200 m² de área total, a loja marca mais um passo na expansão da rede no Norte da Ilha e integra um empreendimento desenvolvido pela Unique Magno Empreendimento, em parceria com a Habitasul, consolidando Jurerê como um polo de serviços e comércio de alto padrão. O espaço conta com área de consumo com opções de alimentação, como pizza e sushi preparados na hora, uma adega, além de um deck externo com 36 lugares, incluindo uma mesa coletiva. O estacionamento possui 24 vagas internas e vagas laterais de apoio, com cancelas automatizadas. 


  “A chegada a Jurerê Internacional representa um marco no nosso plano de crescimento em Florianópolis. É a concretização de um projeto cuidadosamente planejado ao longo dos últimos anos, que fortalece nossa marca e amplia o atendimento aos clientes da região”, destaca José Augusto Fretta, diretor-presidente do Angeloni. A segunda etapa do projeto está prevista para o segundo semestre de 2029, quando será construído, no mesmo local, um supermercado de aproximadamente 2 mil metros quadrados.

O que disse o BC ao decretar a liquidação do Banco Master: ‘Grave crise de liquidez’

 

O Banco Central informou nesta terça-feira, 18, que decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master devido a uma grave crise de liquidez, destacando que o conglomerado detém 0,57% dos ativos totais do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

“A decretação do regime especial nas instituições foi motivada pela grave crise de liquidez do Conglomerado Master e pelo comprometimento significativo da sua situação econômico-financeira, bem como por graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do SFN”, afirmou o BC, em nota.

O conglomerado atingido pela liquidação envolve o Banco Master S/A, o Banco Master de Investimento S/A, do Banco Letsbank S/A, e a Master S/A Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, bem como Regime Especial de Administração Temporária (RAET) do Banco Master Múltiplo S/A, instituições integrantes do Conglomerado Master.

Segundo o BC, a opção pelo RAET mostrou-se a mais adequada para o Banco Master Múltiplo, “tendo em vista a possibilidade concreta de solução que preserva o funcionamento da sua controlada Will Financeira”.

“O Banco Central continuará tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades nos termos de suas competências legais. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas sancionadoras de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis. Nos termos da lei, ficam indisponíveis, a partir de hoje, os bens dos controladores e dos ex-administradores das instituições objeto dos regimes especiais decretados”, completou.

Leia aqui a íntegra do comunicado.

O Master registrou um rápido crescimento nos últimos anos com uma estratégia agressiva de financiamento baseada em dívidas de alto rendimento vendidas por meio de plataformas de investimento. Esses títulos foram comercializados como sendo cobertos pelo FGC.

Enfrentando pressões de liquidez, o Master precisava de capital novo para cumprir os vencimentos futuros desses instrumentos.

O que acontece agora

Com a liquidação extrajudicial do Master decretada pelo BC, as operações do banco ficam suspensas enquanto o órgão regulador nomeia um liquidante para avaliar os créditos dos credores e vender os ativos da instituição financeira.

A decisão foi tomada poucas horas depois que um consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor, com investidores não identificados dos Emirados Árabes Unidos, anunciou que havia concordado em comprar o Master. Após a liquidação decretada pelo BC, a Fictor informou que o consórcio suspendeu a proposta para compra do Master.

Com a instituição financeira agora em liquidação, um administrador nomeado pelo Banco Central assumirá a gestão e elaborará uma lista detalhada dos detentores de dívidas do banco. Assim que esse processo for concluído, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) reembolsará os investidores até o limite segurado, que é de R$ 250 mil por investidor.

Em comunicado, o FGC, cuja principal fonte de recursos são as contribuições periódicas das instituições financeiras associadas, disse que o pagamento da garantia será feito após o envio da base pelo liquidante indicado pelo Banco Central.

Segundo o FGC, o Master tem uma base estimada em 1,6 milhão de credores, com o pagamento de garantias estimado em R$41 bilhões. O fundo acrescentou que possuía um patrimônio de R$ 160 bilhões, dos quais R$122 bilhões correspondiam a recursos líquidos em caixa, para o exercício de sua atividade, conforme dados do fechamento de setembro.

Com informações da Reuters