
O setor de alimentação fora do lar movimenta quase R$ 500 bilhões por ano no Brasil e representa cerca de 3% do PIB nacional, segundo a Abrasel. Mas, há um desafio constante: manter margens saudáveis e uma operação previsível. Cada vez mais restaurantes estão adotando práticas inspiradas em setores como aviação e hotelaria, entre elas: o yield management, modelo que ajuda a equilibrar ocupação do espaço e receita a partir do uso inteligente dos dados; e a taxa no-show, que pode auxiliar na previsibilidade e eficiência operacional. Ou seja, a digitalização e o uso estratégico de ferramentas como reservas online, cardápios digitais e os modelos citados vem transformando a forma como bares e restaurantes aumentam o faturamento, previsibilidade, eficiência operacional e aprimoram a experiência do cliente.
Integração dos Modelos
Com a taxa no-show e o modelo yield para a gastronomia, os estabelecimentos podem criar oportunidades de aplicar preços mais estratégicos, equilibrar horários de pico e períodos ociosos, oferecendo menus e experiências personalizadas ou preços diferenciados para manter o salão sempre cheio. Outras estratégias podem ser utilizadas, para ampliar a operação desses modelos e ajudar no faturamento dos empreendimentos, é a digitalização da jornada do cliente, que pode diminuir a taxa de desistência e a fidelização do consumidor, já que a personalização da comunicação com base no histórico de consumo podem elevar a taxa de retorno. O uso de cardápio digitais e a criação de gift card e experiências antecipadas pode auxiliar nessas etapas, além de ampliar o ticket médio e fortalecer o relacionamento com o cliente.
"Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a capacidade de integrar ações horizontais, verticais e transversais de forma coordenada será o grande diferencial dos restaurantes que desejam crescer de maneira consistente e rentável" aponta, Roni Lacerda, especialista em hospitalidade, Co-CEO e Co-founder da Tagme
Setor em Movimento
As estratégias mencionadas já estão sendo usadas por alguns estabelecimentos, como a Vinícola Merum, que passou a ter menos desperdício e mais tempo para reorganizar o salão. E a Casa do Porco, que aumentou em 26% a taxa de comparecimento após ajustar o calendário de reservas e adotar a taxa no-show. A mudança de ambas tem impacto direto no comportamento do consumidor, que passou a valorizar mais a experiência e avisar com antecedência em caso de desistência.
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