segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Elon Musk é o primeiro bilionário a acumular US$ 600 bi e mira ser o primeiro trilionário

 

A fortuna do bilionário Elon Musk bateu um novo recorde nesta segunda-feira, 15. Segundo a revista Forbes, o atual homem mais rico do mundo tornou-se também a primeira pessoa a acumular um patrimônio de US$ 600 bilhões, após um salto no valor da empresa de foguetes SpaceX em meio a um processo de venda de ações.

Até então, ninguém ainda havia conseguido superar a barreira de US$ 500 bilhões na lista de bilionários da revista. Musk já bateu outros recordes em ocasiões anteriores:

  • Em setembro de 2021, foi a terceira pessoa a acumular US$ 200 bilhões (após Jeff Bezos, da Amazon, e Frenchman Bernard Arnault, da LVMH);
  • Em novembro de 2021, ele foi o primeiro a bater a marca de US$ 300 bilhões;
  • Em dezembro de 2024, bateu de forma inédita os US$ 400 bilhões;
  • Em outubro deste ano, chegou a US$ 500 bilhões.

Assim como os dois primeiros recordes foram largamente impulsionados pela disparada nas ações da fabricante de veículos elétricos Tesla, a fortuna de Musk agora é impulsionada pela SpaceX. A empresa mira um IPO no próximo ano que, segundo a Forbes, pode elevar ainda mais seu valor, até cerca de US$ 1,5 trilhão, e fazer de Musk o primeiro trilionário do mundo.

Quem é Elon Musk

Um dos empresários mais influentes e ao mesmo tempo mais controversos deste século, Musk é atualmente dono de 12% da Tesla e de 42% da SpaceX. Nascido em 1971 na África do Sul, interessou-se por tecnologia cedo e, ainda adolescente, mudou-se para os Estados Unidos para atuar na área. Seu primeiro grande projeto, a X.com, fundiu-se em 1999 com outra empresa para virar a PayPal, garantindo a primeira fortuna de Musk.

Em 2003, ele se torna investidor da Tesla, empresa da qual viria a ser CEO. Outros empreendimentos de destaque em seu portfólio hoje são a Neuralink, que busca conectar cérebros humanos a máquinas, e a The Boring Company, focada em infraestrutura de túneis para aliviar o congestionamento urbano.

Como fundador e CEO da SpaceX, Musk tem o objetivo declarado de reduzir os custos de viagens espaciais e, eventualmente, colonizar Marte, tornando a humanidade uma espécie multiplanetária.

O lado controverso de Elon Musk é quase tão famoso quanto suas inovações empresariais. Seu comportamento público nas redes sociais — marcado por comentários sarcásticos, ataques sem pudores e grosseiros a críticos e até mesmo a investidores — gera constantes debates.

Fora da internet, Musk também é alvo constante de polêmicas por conta de seus posicionamentos políticos, tendo atuado em um cargo público durante o início da segunda gestão Donald Trump e protagonizado discussões públicas com famosos, ex-esposas e até mesmo familiares.

Procon Paulistano multa Enel em R$ 14,2 milhões por ‘falhas graves’ no fornecimento de energia

 

O Procon Paulistano, órgão de defesa do consumidor da Prefeitura de São Paulo, anunciou nesta segunda-feira, 15, a aplicação de uma multa de R$ 14.268.300,00 contra a Enel. A penalidade foi imposta em decorrência de falhas graves e estruturais na prestação do serviço de energia elétrica, em especial as interrupções ocorridas entre os dias 8 e 10 de dezembro. Estima-se que até 3 milhões de consumidores ficaram sem o fornecimento de energia no período.

O comunicado aponta que a empresa já havia sido notificada anteriormente sobre as falhas detectadas, mas não adequou sua conduta para atender à exigência de manutenção do serviço de forma contínua, adequada, eficiente e segura. Os problemas verificados pelo órgão incluem falhas no atendimento, interrupções prolongadas no fornecimento e a ausência de informações adequadas aos usuários.

“A concessionária deixou de assegurar a continuidade e a eficiência do serviço essencial, além de não atender plenamente às demandas dos consumidores afetados, o que caracteriza infração à legislação vigente”, apontou o órgão.

Com a lavratura do auto, a Enel será notificada e terá prazo de 20 dias para apresentar defesa administrativa.

Escalada de ações judiciais e políticas

A Prefeitura de São Paulo tem adotado diversas medidas para exigir que a Enel melhore a qualidade do serviço prestado. Ao longo dos últimos anos, foram ajuizadas três ações judiciais contra a empresa.

  • Plano de Contingência: em novembro de 2023, o Município obteve na Justiça a determinação para que a concessionária apresentasse um Plano de Contingência para o período de chuvas e ventos fortes, além de realizar o manejo adequado das árvores em situação emergencial em até 30 dias, sob pena de multa por árvore e dia de atraso.

  • GPS para Veículos: em uma segunda ação, em outubro de 2024, foi concedida uma liminar que obrigou a Enel a fornecer o GPS dos veículos de atendimento emergencial.

  • Suspensão da Prorrogação: em 2025, a terceira ação movida pela administração municipal contra a concessionária resultou na suspensão do processo de prorrogação antecipada do contrato de concessão da Enel com a União.

 

Compra de fatia da Novonor na Braskem pela IG4 é vista como positiva para Petrobras; entenda

 

O acordo entre a Novonor e a empresa de investimentos IG4 para transferência da participação da antiga Odebrecht na petroquímica Braskem foi comemorado nesta segunda-feira, 15, pela Petrobras, que tem uma participação relevante na petroquímica embora reclame de representação reduzida no comando da companhia.

O acerto é visto como um primeiro passo para que haja um novo acordo de acionistas que possa viabilizar maior presença e participação da estatal na gestão da Braskem, maior petroquímica da América Latina, disseram três fontes próximas da Petrobras à Reuters.

Procurada, a Petrobras não pode comentar o assunto de imediato.

Atualmente, a Petrobras detém 47% do capital votante da Braskem e 36,1% do capital total. No entanto, ocupa quatro cadeiras no conselho de administração de 11 membros da companhia. A Novonor ocupa sete, com uma fatia de 50,1% das ações ON.

Pelo acordo, a IG4 passará a deter 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da petroquímica. Após a conclusão da operação, a Novonor permanecerá com 4% da Braskem.

“A proposta para o acordo prevê paridade da Petrobras na empresa ou seja, quatro diretorias e cinco cadeiras no conselho de um total de 11. Eles (IG4) ficam com o CEO (presidente-executivo) no primeiro mandato e a Petrobras com o chairman (presidente do conselho de administração)”, disse uma das fontes próxima da Petrobras.

“Aí é um novo papo e uma nova gestão para Braskem”, acrescentou a fonte. “Os 4% de ações (participação) que ficarão com a Novonor sairão da carteira da IG4.”

Segundo uma segunda fonte próxima da estatal, após o termo de compromisso assinado pelas partes sobre a paridade de participação no comando da Braskem, ainda vai levar “uns meses” para a definição do novo acordo de acionistas.

Pelo que foi anunciado mais cedo, a IG4 terá 60 dias de exclusividade para negociar os detalhes do acordo com a Novonor.

“A vantagem é que as conversas com a Petrobras já começaram há algum tempo e as coisas já estão mais ou menos direcionadas. Mas, hoje é uma ótima notícia depois de sete ou oito anos de idas e vindas”, acrescentou a segunda fonte.

Dentro da Petrobras, ainda não se fala em exercer o direito de preferência na operação de venda das ações da Novonor na Braskem para a IG4, mas há o sentimento de que a empresa de investimentos vai trabalhar em parceira com a estatal para melhorar os resultados da petroquímica. Isso permitirá uma futura revenda dessa participação a ser adquirida pela IG4, disseram as fontes.

A possibilidade de compra do controle da Braskem também não está sendo cogitada pela Petrobras.

“Não tem como comprar a Braskem; são muitas questões como lei da estatais, desinteresse da Petrobras e há também a perspectiva de que no futuro a IG4 vai vender sua participação para um outro parceiro”, disse uma das fontes próximas da estatal.

“O que a Petrobras busca é estar mais no dia a dia da empresa, na parte operacional da empresa, que é uma boa empresa e uma das maiores do mundo. Podemos levantar a empresa”, afirmou uma das fontes.

Uma terceira fonte próxima da Petrobras afirmou que a expectativa é que um acordo definitivo com a IG4 possa ser assinado em cerca de 30 dias “e mais uns 30 dias para o ‘closing’ da operação”.

“Quando eles (Novonor, bancos credores e IG4) assinarem o acordo definitivo, a Petrobras já deve estar com tudo pronto para dar o ‘ok’ e acelerar o processo”, disse a terceira fonte, citando uma eventual desistência do direito de preferência da estatal na venda da participação da Novonor na Braskem.

“A previsão é em março de 2026 a Braskem já estará sob nova gestão”, disse a terceira fonte. “Isso tem que ser comemorado; foi um passo importante que as empresas deram, soluciona oito anos de controvérsia e vira-se uma página importante e abre-se uma boa perspectiva”, acrescentou a segunda fonte.

Equinox Gold vende minas de ouro no Brasil para CMOC, da China, por US$ 1 bilhão

 Barras de ouro valem US$ 1 milhão pela primeira vez

A canadense Equinox Gold anunciou a venda de minas de ouro no Brasil por US$ 1,015 bilhão para a chinesa CMOC Group. As minas vendidas são Aurizona, no Maranhão, Riacho dos Machados, em Minas Gerais, e outras no chamado Complexo Bahia. Serão vendidos 100% das operações.

No acordo acertado com os chineses, a Equinox Gold vai receber US$ 900 milhões em dinheiro no fechamento da operação, que ainda depende de aprovação de órgãos brasileiros.

Outros US$ 115 milhões serão pagos um ano depois, sujeito a ajustes e contingentes de produtividade, de acordo com comunicado. A expectativa é que o fechamento da operação deve acontecer no primeiro trimestre de 2026.

A venda das minas acontece em meio aos recordes de alta do ouro no mercado mundial, com o aumento da incerteza geopolítica e econômica levando os investidores a buscarem segurança no metal.

A demanda pelo ouro vem ganhando força há pelo menos três anos, puxada pelas compras de bancos centrais, sobretudo o da China. Desde 2023, o ouro já subiu mais de 60% e este ano o preço da onça-troy superou pela primeira vez a marca de US$ 4 mil.

Com a alta do ouro, banqueiros de investimento e escritórios de advocacia contam que tem sido intenso o movimento de sondagem de compradores estrangeiros por minas de ouro no Brasil e em outras partes do mundo. Recentemente, entrou no mercado a venda de uma mina na Argentina.

A Equinox Gold deve usar os recursos da venda para pagar dívidas, uma de US$ 500 milhões referente a um empréstimo e outra de US$ 300 milhões. Com a venda da operação brasileira, a Equinox informa que vai se concentrar nas operações no Canadá, na Califórnia e na Nicarágua.

Na transação, a Equinox foi assessorada pelo banco BMO Capital Markets e pelos escritórios Blake, Cassels & Graydon e o Veirano Advogados. A CMOC teve a assessoria da Canaccord Genuity Corp e os escritórios McCarthy Tétrault e Mattos Filho.

Copom de dezembro praticamente apaga apostas no Focus de corte da Selic em janeiro

 Copom eleva juros básicos da economia para 14,25% ao ano ...

O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) da quarta-feira, 10, praticamente apagou as apostas em um corte da Selic em janeiro do relatório Focus. As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que embasa o boletim, indicam que a taxa básica de juros vai permanecer em 15% na próxima reunião do colegiado, marcada para os dias 27 e 28 do primeiro mês de 2026.

A mediana para a Selic em janeiro já havia subido de 14,75% para 15% no relatório anterior, publicado no dia 8, considerando as estimativas dos últimos 30 dias úteis. Mas, levando em conta apenas as projeções dos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana passou de 14,875% – exatamente dividida entre 15% e 14,75% – no Focus passado para 15% agora.

As médias também têm avançado, o que mostra uma queda nas apostas em cortes maiores. A média do Focus para a Selic em janeiro passou de 14,8269% no relatório do dia 8 para 14,8427% agora. Levando em conta apenas as projeções atualizadas em cinco dias úteis, oscilou de 14,8415% para 14,8564%.

No comunicado da última quarta-feira o Copom afirmou que a estratégia em curso, de manutenção da Selic em 15% por período “bastante prolongado”, é “adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”. “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, diz o texto.

O Copom divulga a ata da sua reunião nesta terça-feira, 16, às 8 horas. As medianas do Focus, tanto de 30 como de cinco dias úteis, continuam indicando um primeiro corte da Selic na segunda reunião de 2026, dos dias 17 e 18 de março, a 14,50%.

Inflação

Mesmo com a sinalização mais dura do Copom e a expectativa de menos cortes, o mercado continua esperando uma inflação maior do que a estimada pelo Banco Central. A mediana do Sistema Expectativas de Mercado para o IPCA acumulado em quatro trimestres até o segundo trimestre de 2027, o horizonte relevante da política monetária, oscilou de 3,92% para 3,91%. A taxa continua bem acima da previsão do BC, de 3,2%.

Os números foram calculados pela Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com base nas medianas do sistema para a inflação trimestral.

Quando calculada com base nas medianas para a inflação mensal, a estimativa intermediária para o IPCA acumulado em 12 meses até junho de 2027 cedeu de 3,90% para 3,89%, também acima da projeção do Copom.

Macron e Meloni articulam adiamento de votação da UE sobre acordo com Mercosul

 Representantes de governos do Mercosul planejam estratégia ...

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente da França, Emmanuel Macron, concordaram sobre a necessidade de adiar a votação final da União Europeia sobre o acordo comercial com o Mercosul, segundo fontes ouvidas pela Reuters. O movimento reforça a articulação francesa para reunir uma “minoria de bloqueio” contra o tratado negociado pela Comissão Europeia, cuja deliberação no Conselho era esperada em Bruxelas ainda nesta semana.

A pressão ocorre às vésperas de uma votação agendada para a terça-feira, 16, no Parlamento Europeu sobre as chamadas cláusulas de salvaguarda do acordo Mercosul-UE, que tratam de mecanismos de proteção para produtos agrícolas sensíveis.

Apesar de confirmada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por um representante da UE, o agendamento da votação pode ser alterado, já que a agenda do Parlamento Europeu é provisória.

O texto em discussão faz parte do processo legislativo europeu relativo às “salvaguardas bilaterais” previstas no pacto com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

O acordo Mercosul-UE, negociado ao longo de cerca de 25 anos e frequentemente travado perto da conclusão, é visto em Bruxelas como uma forma de diversificar os laços da Europa, como reforçado mais cedo por um porta-voz da Comissão Europeia.

Ampliação da faixa de isenção do IR contribuirá com aceleração econômica em 2026, diz ministra

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A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse nesta segunda-feira, 15, que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) vai contribuir com a aceleração da economia brasileira em 2026, junto com o equacionamento das arestas com os EUA e a queda de juros, que, segundo ela, “tende a acontecer o mais breve possível diante de inflação controlada e declinante e da taxa de juros – em especial a americana – em queda”.

Segundo Dweck, a mudança no IR ajudará a reduzir desigualdades ao tributar “quem ganhava muito e não pagava nada”. A ministra disse ainda que é um absurdo dizer que o Brasil não está reduzindo desigualdades, pois há diferentes medidas complementares neste sentido.

“Já é a segunda vez na história do Brasil que, por um lado, consegue crescer reduzindo desigualdades e que tentam dizer que isso não é verdade”, defendeu ela, apontando estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que suportaria a afirmação. “O estudo do Ipea é bom porque usa diversas formas de medir desigualdades. O Brasil tem uma das maiores desigualdades, não tem dúvida disso. Mas dizer que não está tendo redução das desigualdades é um absurdo.”

Dweck enfatizou o papel das estatais na economia brasileira que, segundo ela, estão indo muito bem no agregado ao responderem por 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ela ainda criticou as sugestões de privatização das estatais. “Vimos o que aconteceu em São Paulo. Bairros de classe altíssima ficaram dois dias sem luz. Imagine em bairros de classe média ou baixa perdendo tudo que têm na geladeira”, disse.

A Grande São Paulo passou por um longo apagão após uma ventania histórica na semana passada. O serviço de fornecimento de energia elétrica foi privatizado e hoje cabe à Enel.

A ministra admitiu que os Correios passam por uma crise, da mesma forma que empresas em todo o mundo, mas defendeu manter a universalização dos serviços postais. “Estamos trabalhando há um ano para pensar na reestruturação dos Correios”, disse, enfatizando que em outros países foi preciso se associar a outros serviços.

De acordo com ela, a sobrevivência do setor de bens de capital no Brasil se deve ao BNDES. “Sem BNDES não haveria no Brasil setor de bens de capital.”

Dweck participa do evento “Democracia e Direitos Humanos: Empresas juntas por um Brasil mais igualitário”, realizado na sede do banco, na região central do Rio de Janeiro.