quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Safra questiona pedido da Americanas para agendar assembleias de credores


Homem passa em frente às Lojas Americanas em Brasília

Homem passa em frente às Lojas Americanas em Brasília (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

O Banco Safra está questionando na Justiça como é possível à Americanas solicitar o agendamento oficial de assembleias de credores sem ao menos ter cumprido os ritos estabelecidos na legislação. De acordo com o banco, a empresa age como se tudo pudesse, como se houvesse exceções a seu favor, em detrimento a outras empresas que entram no regime de recuperação judicial e passam por todas as exigências que a lei lhes impõe.

Além dos constantes atrasos, injustificados, a empresa ainda não apresentou os balanços referentes aos últimos três anos. Isso significa omitir dos credores o status de sua real saúde financeira. Para o Safra, são documentos essenciais que podem permitir aos credores conhecer a situação econômica da empresa antes de, por exemplo, votar o plano de recuperação judicial. Além disso, esses balanços são exigidos expressamente pela legislação.

Segundo o Safra, a Americanas não pode pleitear o agendamento das assembleias sem que tenha cumprida outra condição essencial e prévia para o andamento do processo. Há a falta de uma lista de credores atualizada para o dia 19 de janeiro de 2023, como já decidido pelo Tribunal de Justiça do Rio em recurso do próprio Safra. O administrador judicial do processo preparou somente uma lista com data de 12 de janeiro de 2023 e ignorou a data de 19 de janeiro.

Essa lista do dia 19 de janeiro de 2023, informa o banco, é importante para que todos saibam quem são os credores e quais são os valores dos créditos, para fins de verificação dos quóruns nas assembleias de credores.

 

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