Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Foi
inaugurada nesta sexta-feira, 28, em São Paulo uma delegacia do Inmetro
que vai monitorar sites de comércio eletrônico para identificar
produtos vendidos de forma irregular. A cerimônia de inauguração,
promovida em meio à Black Friday, teve a participação do vice-presidente
da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços, Geraldo Alckmin, e do presidente do Inmetro, Márcio André
Brito.
A delegacia cibernética está localizada na rua Teixeira da
Silva, uma travessa da avenida Paulista, onde também funciona a
Defensoria Pública da União.
Foi criada para enfrentar o avanço
das fraudes digitais no comércio online, especialmente a venda de
produtos sem certificação obrigatória, registro e instrumentos sem
aprovação, com informações técnicas manipuladas ou com selos do Inmetro
aplicados de forma enganosa.
A delegacia funcionará de forma
integrada a uma plataforma de inteligência artificial desenvolvida para
monitorar sites e plataformas de e-commerce, identificando também
anúncios de produtos suspeitos.
O sistema cruzará informações com as bases oficiais de produtos certificados para identificar possíveis irregularidades.
Quando
forem detectados indícios de irregularidade, a delegacia cibernética
comunicará a plataforma de e-commerce para orientar a retirada do
anúncio, notificando o responsável.
Caso seja confirmada uma irregularidade, o Inmetro aplicará auto de infração e multa, que pode chegar a R$ 1,5 milhão.
Fundador
e presidente da Atmosphera&Partners.Co e Biosphera.ntwk aposta nas
vendas ao vivo como o futuro do varejo, com um potencial de conversão
média de até 30%, enquanto o e-commerce tradicional fica entre 1% e 2%
Bazinho Ferraz, Fundador e Presidente da Atmosphera&Partners.Co e
Biosphera.ntwk, em participação no Dinheiro Entrevista (Crédito: Rodrigo
Nobre/CDI)
Eduardo Vargasi
De olho no crescimento expressivo do mercado chinês com o live commerce – venda de produtos em transmissões ao vivo – e a tendência impulsionada pelo TikTok Shop,
agências e empresas brasileiras vislumbram no modelo uma estratégia
relevante que deve gerar receita e oportunidades no Brasil.
Bazinho Ferraz,
fundador e presidente da Atmosphera&Partners.Co e Biosphera.ntwk –
antigas B&Partners e B&P Ventures – avalia que o modelo tem
‘explodido’ para todas as categorias de venda.
O formato se tornou tão promissor que uma das empresas dentro do guarda-chuva da holding, a rede de canais Snack Content, abriu uma vertical dedicada inteiramente ao live commerce. A toada vai de encontro à cultura dos influencers, que é presente no Brasil e faz brilhar os olhos das marcas.
“Eu diria que nessa parte de vendas, a mistura do D2C (Direct-to-Consumer), nos marketplaces que sabem trabalhar o retail media e toda a parte de live shop, ou seja, toda a parte de vendas, é a tendência de sofisticação e de mudanças que está sendo trazida”, conta Ferraz.
Na
avaliação de Ferraz, aliás, o marketing de influenciadores não está
saturado, apenas tem sofrido transformações. Com essa nova possibilidade
para gerar leads e vendas, o Brasil tem uma avenida de crescimento para o nicho, dado que o empresário relata que a China, atual benchmark dessa prática, é cerca de quatro vezes maior que o mercado doméstico em live commerce.
Por que a indústria adora live commerce
O Live Commerce (ou shopstreaming, live shop) não é nada mais do que a fusão entre streaming de vídeo ao vivo e e-commerce – uma estratégia de vendas na qual uma marca realiza uma transmissão ao vivo
para demonstrar produtos, tirar dúvidas e interagir com a audiência,
permitindo que o cliente compre o produto instantaneamente, muitas vezes
sem sair da tela do vídeo.
O modelo se torna atrativo para as
companhias à medida que gera um senso de urgência com gatilho de
escassez, dando vazão a ofertas exclusivas da live e encurtando a jornada de compra.
Como há uma pessoa como host
da transmissão, também há o fator da humanização, aproximando a marca
do consumidor, quebrando a frieza de uma loja virtual estática.
Enquanto
o e-commerce tradicional tem taxas de conversão médias de 1% a 2%, o
Live Commerce pode chegar a taxas de 10% a 30% dependendo do
engajamento, segundo estudos da McKinsey & Company.
Como a China se tornou ‘mãe’ do modelo e o que isso significa para o Brasil
A China
é o berço e o maior mercado de live commerce do mundo. No dragão
asiático, comprar via livestream tem se tornado cada vez mais comum,
quase tanto quanto ir ao supermercado.
Isso, dado que o mercado
chinês movimenta centenas de bilhões de dólares anualmente através de
plataformas como Taobao Live (do Alibaba) e Douyin (o TikTok chinês). Em
eventos como o “Singles’ Day”, bilhões de dólares são vendidos em
questão de minutos.
Há, nesse sentido, o Papel dos KOLs (Key Opinion Leaders), figuras de influenciadores que chefiam esse movimento. São celebridades massivas e possuem uma confiança extrema do público.
Existe
um ecossistema completo, com academias para treinar influenciadores em
vendas – vide o exemplo icônico de Austin Li, conhecido como “Rei do
Batom”, que vendeu US$ 1,7 bilhão em produtos em uma única live de 12
horas.
No WeChat é possível assistir, conversar, pagar e rastrear o
pedido sem nunca trocar de aplicativo, o que fortalece muito o vínculo
com o influenciador.
O modelo, assim, se torna promissor no Brasil
dado que o país é considerado um dos mais hiperconectados do mundo. O
relatório Global Digital Report cita o Brasil como um dos três países do
mundo em que se passa mais tempo na internet. O brasileiro médio dedica
mais de 9 horas por dia conectado, conforme os dados – e dessas nove
horas, a maior fatia fica com as redes sociais.
Um estudo da Nielsen também destaca o Brasil como o país com o maior número de influenciadores digitais do Instagram per capita, apontando que se trata de um dos pouquíssimos lugares em que a categoria de creators tem mais relevância e engajamento do que celebridades tradicionais, como atores de TV.
B&Partners dá lugar à Biosphera.ntwk. e Atmosphera&Partners.Co
A
B&Partners passa por uma reorganização que marca uma nova etapa do
grupo. Após seis anos de operação e faturamento global que já supera R$
1,3 bilhão em 2025, a empresa apresenta a gestora
Atmosphera&Partners.Co e adota uma nova marca para sua rede:
Biosphera.ntwk.
O anúncio redefine a estrutura do ecossistema
criado pelo empresário Bazinho Ferraz, que agora amplia sua atuação no
mercado de capital e no desenvolvimento de negócios.
O grupo,
anteriormente focado na integração de empresas independentes, reúne 16
companhias, mais de 1.350 profissionais e uma base de clientes
distribuída em oito países. A rede opera conectando áreas de tecnologia,
dados, criatividade e consultoria.
A Atmosphera&Partners.Co
inicia suas atividades com um modelo voltado à criação de FIPs, VCs e
FIDCs, além de estruturar operações de M&A no Brasil e no exterior. A
gestora passa a formar um hub que conecta investidores, empresas e
startups em diferentes fases de maturação, com foco em originação de
oportunidades e gestão de ativos.
Parte
desse escopo inclui a BIOS, área interna responsável por soluções em
tech, finanças, jurídico, estratégia e M&As. A gestora também
incorpora uma fintech própria em formato Banking as a Service, com
serviços como crédito, antecipação de recebíveis, venture bridge,
cartões e conta digital.
Entre os investimentos já realizados
estão participações na DataBeats, que atua com análise de dados por meio
de agentes de IA, e na Postmetria, que monitora reputação e experiência
do consumidor. A gestora posiciona esses aportes como exemplos da
estratégia de unir capital, inovação e expansão de negócios.
Já a
Biosphera.ntwk passa a assumir o lugar da B&Partners como marca que
representa toda a rede de empresas. O desenvolvimento da nova identidade
envolveu Estúdio Eixo, Ampfy e MAAR, que criaram um sistema visual
baseado na ideia de redes interligadas e estruturas em movimento.
A
Atmosphera&Partners.Co também adota um conceito alinhado à ideia de
camadas que envolvem a biosfera. A metáfora reforça a função da gestora
como plataforma que sustenta empresas e investimentos dentro do
ecossistema.
Nos próximos meses, a Biosphera.ntwk planeja ampliar
sua presença internacional e analisa aquisições em áreas de tecnologia e
CRM. Outro ponto em desenvolvimento é a criação de um campus em São
Paulo, previsto para concentrar atividades de inovação e colaboração.
Toda
a operação passa a seguir um direcionamento AI First, integrando
inteligência artificial em processos, produtos e modelos operacionais. A
rede avalia essa abordagem como essencial para análises mais rápidas,
previsões contínuas e criação de soluções conectadas a múltiplos
mercados.
A rede oferece mais de 120 soluções organizadas em
quatro eixos: Tech, Marketing, Sales e Consulting. As disciplinas
incluem dados, IA, automação, mídia, influência, varejo, operações,
estratégia, foresight e ESG.
As 16 empresas que compõem a Biosphera.ntwk mantêm atuação própria, mas operam em colaboração. Entre elas estão
Ampfy
BFerraz
Estúdio Eixo
Global Products
Just a Little Data
Just Live
New Vegas
Next Outsourcing
Nossa Praia
PlugIn
Score
Snack Content
SPONS
Vitrio
DataBeats
Postmetria
Bazinho
Ferraz, fundador do grupo, afirma que o novo formato consolida um ciclo
iniciado anos atrás, que combina criação de startups, operações de
M&A e expansão contínua.
“Crescemos como poucos nos últimos
anos, criamos startups e aceleramos empresas que fizemos M&A com uma
média de crescimento de 32% ao ano, construímos a maior oferta de
soluções end-to-end da América Latina e atendemos as maiores
empresas do mundo em diversos setores e indústrias. Agora, damos um
passo ainda maior com a estruturação de um veículo, a
Atmosphera&Partners.Co para conectar capital e acelerar a próxima
fase de crescimento”, afirma.
População ocupada chegou a 102,6 milhões de pessoas em outubro
Taxa de desemprego (Crédito: Reprodução / Agência Brasil)
Da redaçãoi
A
taxa de desemprego do Brasil ficou em 5,4% no terceiro trimestre
encerrado em outubro de 2025. Esse é o menor patamar da série histórica
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em
2012.
O desempenho do período representa uma queda de 0,7 ponto
percentual em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao
trimestre imediatamente anterior, o recuo foi de 0,2 ponto percentual.
A
população desocupada no Brasil chegou a 5,9 milhões de pessoas, o menor
contingente da série histórica. O resultado representa uma queda de
3,4% na comparação trimestral e de 11,8% no ano. Já a população ocupada
alcançou 102,6 milhões.
O
número de empregados com carteira assinada no setor privado
(exclusivamente trabalhadores domésticos) foi novamente recorde da série
(39,2 milhões), com estabilidade no trimestre e alta de 2,4% (mais 927
mil pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor
privado (13,6 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 3,9% (menos
550 mil pessoas) no ano. O número de empregados no setor público (12,9
milhões) ficou estável no trimestre e subiu 2,4% (mais 298 mil pessoas)
no ano.
O
número de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável
no trimestre e cresceu 3,1% (mais 771 mil pessoas) no ano. A taxa de
informalidade foi de 37,8% da população ocupada (ou 38,8 milhões de
trabalhadores informais), repetindo os 37,8% (ou 38,8 milhões) do
trimestre anterior e abaixo dos 38,9% (ou 39,5 milhões) do trimestre
encerrado em outubro de 2024.
Para compartilhar:O
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse
que o acordo entre Axia (ex-Eletrobras) e União sobre a limitação do
poder político na companhia “está sendo utilizado como forma de
desistência de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)”. A lei
não permite a desistência desse tipo de ação. Moraes e o ministro Flávio
Dino disseram ter dúvidas se os termos firmados no acordo devem ser
analisados pela Corte.
No início do julgamento, Moraes questionou
qual é a relação dos arranjos firmados na conciliação (como o fim da
obrigação da Axia de aportar recursos para a construção da usina nuclear
de Angra 3) com a ação em análise. “Uma parte do acordo não tem nada a
ver com jurisdição constitucional”, apontou o ministro.
“Qual é a
relação da ação com os outros pontos (desinvestimento da Eletrobras,
revisão do acordo de investimento, etc)? Não estou dizendo que isso é
bom ou ruim, mas no português claro, qual é a relação disso com esta
ADI?”, questionou Moraes.
Em seguida, o ministro Flávio Dino
acrescentou: “Eu li a inicial e não vi qualquer alusão a esses fatos,
nem Eletronuclear, Ambipar, acordo de investimento, Angra. E aí vem o
acordo, e realmente minha dúvida é a mesma: por que trazer isso à
homologação se não é objeto do litígio?”.
A
ação foi ajuizada em 2023 pela Advocacia-Geral da União (AGU),
questionando a limitação do poder de voto da União a 10%. O governo
queria poder proporcional à participação na empresa, que é de 43%.
A
análise da homologação do acordo começou no plenário virtual em outubro
e foi suspensa por pedido de destaque de Moraes, o que reinicia o
julgamento no plenário físico. O movimento indica que o ministro pode
apresentar uma divergência. Até a suspensão, haviam três votos para
homologar o acordo: do relator, Kássio Nunes Marques, e dos ministros
Dias Toffoli e Edson Fachin.
Na
sessão desta quinta-feira, 27, os advogados apresentaram sustentações
orais. O presidente da Corte, Edson Fachin, disse que o julgamento será
retomado na próxima semana “se possível”, a depender da fila de ações
pendentes de análise.
O acordo assinado em março amplia de sete
para 10 o número de cadeiras ocupadas pela União no Conselho de
Administração da empresa.Também garante mais uma cadeira no Conselho
Fiscal, ampliando a participação para 20%. Por outro lado, a Axia deixa
de ter a obrigação de aportar recursos para a construção da usina
nuclear de Angra 3.
O acordo também envolve a venda da
participação integral da Axia na Eletronuclear para a J&F por R$ 535
milhões. A J&F também assumirá a responsabilidade pela
integralização das debêntures acordadas no Termo de Conciliação firmado
com a União, no valor de R$ 2,4 bilhões.
Pórtico de pedágio Free Flow da Ecorodovias (Crédito: Reprodução)
Da Reutersi
A
Motiva e a EcoRodovias anunciaram nesta sexta-feira, 28, que firmaram
acordo de investimento para o desenvolvimento e operação conjunta de uma
plataforma digital para gestão e processamento de pagamentos de
pedágios em pórticos com tecnologia “free flow”.
De
acordo com fato relevante conjunto, o acordo busca estabelecer uma
parceria para a criação de soluções tecnológicas para atender obrigações
regulatórias previstas nos contratos de concessão e promover a
interoperabilidade no pagamento de pedágio entre diferentes
concessionárias rodoviárias.
A
parceria será implementada por meio da Inovap, empresa que já opera a
plataforma PedagioDigital. Após a conclusão da operação, EcoRodovias e
Motiva passarão a deter, cada uma, 50% do capital social da Inovap.
A conclusão da operação depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A
valorização de mais de 35% das ações da empresa foi impulsionada
principalmente pelo crescimento do mercado de medicamentos para perda de
peso
Logo da Eli Lilly (Crédito: REUTERS/Antranik Tavitian)
Reutersi
A Eli Lilly atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão nesta sexta-feira, tornando-se a primeira farmacêutica
a entrar no clube exclusivo dominado por gigantes da tecnologia e
reforçando sua ascensão como uma potência no setor de emagrecimento.
A
valorização de mais de 35% das ações da empresa este ano foi
impulsionada principalmente pelo crescimento explosivo do mercado de
medicamentos para perda de peso.
Nos últimos dois anos, com o
lançamento no mercado de novos tratamentos altamente eficazes para a
obesidade, essa categoria emergiu como um dos segmentos mais lucrativos
da área da saúde.
As vendas da tirzepatida da Lilly,
comercializada como Mounjaro para diabetes tipo 2 e Zepbound para
obesidade, também superaram as do Keytruda, da Merck, tornando-se o
medicamento mais vendido do mundo.
A
Novo Nordisk teve uma vantagem inicial no setor, mas o Mounjaro e o
Zepbound ganharam popularidade rapidamente e ajudaram a empresa a
superar sua rival em número de prescrições.
A Lilly assumiu a
liderança em parte porque o lançamento do Wegovy da Novo em 2021 foi
prejudicado pela escassez de suprimentos, dando à Lilly espaço para
ganhar terreno. Os medicamentos da empresa norte-americana também
demonstraram maior eficácia clínica, e a Lilly foi mais rápida em
ampliar a produção e expandir a distribuição.
Às 14h43 (de Brasília), as ações eram transacionadas em alta de 2,05%, a US$1.064,65, na máxima histórica dos papéis.
Atualmente,
as ações da Lilly são negociadas em um dos patamares mais altos do
setor farmacêutico, cerca de 50 vezes o lucro previsto para os próximos
12 meses, segundo dados da LSEG, o que reflete as apostas dos
investidores de que a demanda por medicamentos para obesidade
permanecerá forte.
Desde o lançamento do Zepbound no final de
2023, a Lilly valorizou-se mais de 75%, em comparação com uma alta de
mais de 50% do S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos
EUA, no mesmo período.
No último balanço trimestral reportado, a
Lilly mostrou uma receita combinada de mais de US$10,09 bilhões
proveniente de seu portfólio de produtos para obesidade e diabetes, o
que representa mais da metade de sua receita total de US$17,6 bilhões.
Em
outubro, a Lilly elevou sua previsão de receita anual em mais de US$2
bilhões, considerando o ponto médio, devido ao aumento da demanda global
por seus medicamentos para obesidade e diabetes.
Wall Street
estima que o mercado de medicamentos para perda de peso atingirá US$150
bilhões até 2030, com a Lilly e a Novo controlando juntas a maior parte
das vendas globais projetadas.
Os investidores estão agora focados
no medicamento oral para obesidade da Lilly, o orforglipron, cuja
aprovação é esperada para o início do próximo ano.
Em uma nota
divulgada na semana passada, analistas do Citi afirmaram que a última
geração de medicamentos GLP-1 já se tornou um “fenômeno de vendas”, e
que o orforglipron está prestes a se beneficiar dos “avanços
conquistados por seus predecessores injetáveis”.
Manter o momento
A
Lilly deverá se beneficiar de um acordo com o governo do presidente
Donald Trump e de seus investimentos bilionários planejados para
impulsionar a produção nos EUA.
Analistas afirmaram que o acordo
de preços com a Casa Branca pode afetar a receita a curto prazo, mas
expande significativamente o acesso, adicionando até 40 milhões de
potenciais candidatos ao tratamento da obesidade nos EUA.
A Lilly
está começando a se parecer novamente com as “Sete Magníficas”, disse o
diretor de pesquisa de ações biofarmacêuticas do Deutsche Bank, James
Shin, referindo-se às gigantes da tecnologia, incluindo Nvidia e
Microsoft, que impulsionaram grande parte dos retornos do mercado este
ano.
Em determinado momento, investidores a consideravam parte
desse grupo de elite, mas após algumas notícias e resultados
decepcionantes, ela ficou de lado. Agora, porém, pode representar uma
alternativa, especialmente considerando as recentes preocupações e a
fragilidade de algumas ações de empresas de inteligência artificial,
acrescentou Shin.
Ainda assim, analistas e investidores estão de
olho para ver se a Lilly conseguirá manter seu crescimento atual, visto
que os preços do Mounjaro e do Zepbound estão sob pressão, e se seus
planos de expansão, juntamente com seu portfólio diversificado e
aquisições, compensarão uma possível redução de margem.
A
maior perda nominal é da Nvidia, que mostrou um recuo de US$ 641
bilhões em valor de mercado - cifra equivalente a 74% de todo o valor de
mercado da B3
Da redaçãoi
O grupo de sete empresas gigantes que encabeçam a capitalização global da economia digital – conhecidas como Magnificent Seven
– perdeu uma cifra de US$ 1,75 trilhão entre os dias 19 de outubro e 20
de novembro de 2025. As empresas são: Apple, Amazon, Alphabet
(controladora do Google), Meta (Facebook), Microsoft, Nvidia e Tesla.
A
cifra equivale a mais do que o dobro do valor de todas as empresas da
bolsa de valores brasileiras somadas, segundo levantamento da Elos Ayta
Consultoria. Isso, dado que todas as companhias da bolsa de valores brasileira, a B3, somam US$ 866 bilhões em valor de mercado.
A queda da das ações das Magnificent Seven ocorre
em movimento de correção, logo após o índice Nasdaq registrar a maior
pontuação nominal de sua história, aos 23.958 pontos em 29 de outubro.
No mesmo dia, a Nvidia
também atingiu seu recorde histórico, cotada a US$ 207,04. Desde então,
o índice acumulou queda de 7,85%, enquanto a fabricante de chips perdeu
12,75%.
De acordo com a Elos Ayta, o valor consolidado das Magnificent Seven recuou de US$ 22,24 trilhões para US$ 20,49 trilhões.
Nvidia encolheu mais de US$ 640 bilhões
A
maior perda nominal é da Nvidia, que mostrou um recuo de US$ 641
bilhões em valor de mercado – cifra equivalente a 74% de todo o valor de
mercado da B3.
A Microsoft aparece em seguida, com redução de US$
469 bilhões (54,2% da B3), seguida pela Meta Platforms, que perdeu US$
410 bilhões, o equivalente a 47,3% da Bolsa brasileira.
Entre as
sete gigantes, apenas a Alphabet apresentou variação positiva no
período, adicionando US$ 180 bilhões ao seu valor de mercado, avanço de
20,8%.
Setores
como máquinas e equipamentos, móveis e calçados ainda enfrentam
barreiras, mas mudanças sinalizam avanço na negociação comercial
Indústria ainda sujeita as tarifas (Crédito: Freepik)
Ismael Jalesi
Com a inclusão de novos produtos brasileiros na lista de isenção da tarifa
de 40%, cerca de 37% das exportações do Brasil para os Estados Unidos,
que somam aproximadamente US$ 15,7 bilhões, passam a entrar no mercado
americano sem a cobrança adicional, segundo a CNI (Confederação Nacional
da Indústria). Os cálculos consideram dados de 2024, com base em
estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.
Apesar
desse avanço, Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou que 62,9% das
vendas continuam sujeitas a algum tipo de tarifa, sinalizando que
setores industriais importantes continuam fora das isenções.
Para
Alban, as mudanças impulsionam a competitividade do produto brasileiro e
sinalizam disposição dos EUA para aprofundar a negociação, o que pode
incluir avanços na pauta industrial.
“Setores
muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que
tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na
lista de exceções. O aumento das isenções é um sinal muito positivo de
que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos
industriais. Esse é nosso foco agora”, avalia Alban.
Veja como fica a situação das exportações brasileiras aos EUA
Isentos de sobretaxa: 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões)
Total de exportações sujeitas a algum tipo de tarifa: 62,9%
Tarifa recíproca de 10%: 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões)
Tarifa adicional de 40%: 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão)
Tarifa combinada de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica ao Brasil): 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões)
Tarifa setorial de 50% (Seção 232): 11,9% das exportações (US$ 5 bilhões)
Isenção da tarifa de 40% condicionada à destinação para a aviação civil, instituída pela Ordem Executiva de julho: 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões)
Segundo estudo da Unicamp, cerca de 30% dos restaurantes do iFood já
operam no modelo dark kitchen, cozinhas voltadas exclusivamente para o
delivery. Essa tendência vem revolucionando o setor de alimentação e se
consolidando como uma das principais apostas de crescimento nos próximos
anos. Com a Black Friday se aproximando, a data mais importante do
e-commerce também se tornou estratégica para esse segmento, que
intensifica operações e investe em inovação para atender a uma demanda
crescente por agilidade e qualidade nas entregas. Nesse cenário,
empreendedores, franqueadores e operadores de delivery ajustam
processos, escalam produção e buscam garantir rapidez sem abrir mão da
experiência do cliente. “O diferencial de uma Dark kitchen está no
equilíbrio entre velocidade, eficiência e experiência do cliente. Na
Tastefy, temos focado em layouts preparados para picos, integração com
plataformas de entrega e rotinas de pré-Black Friday duas a três semanas
antes.”, destaca Victor Abreu, CEO da Tastefy.
Oportunidade na Black Friday
No
Brasil, as franquias de alimentação que operam via dark kitchen
enxergam a Black Friday como uma oportunidade dupla: aumentar o volume
de pedidos e otimizar custos operacionais, já que eliminam o salão
físico, reduzem aluguel e trabalham com equipes enxutas. O planejamento
para a data inclui estratégias como mapas de calor de pedidos, menus cápsula para entrega rápida, embalagens reforçadas, corte no tempo de preparo e incentivos para fidelização pós-campanha.
O objetivo é claro: transformar o pico de vendas em relações duradouras
com os clientes. Com o mercado de cozinhas fantasmas projetado para
crescer em ritmo acelerado — segundo a Statista, deve movimentar mais de
R$60 bilhões no país este ano — a Black Friday se consolida como um
marco para o fortalecimento desse modelo e para a expansão do delivery
no Brasil.
Alexandre Ramagem Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O
ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal),
decretou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por ter
deixado o Brasil de forma clandestina, em setembro.
O parlamentar,
condenado a 16 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado após as
eleições de 2022, teria viajado de avião para Boa Vista (RR), de onde
partiu de carro, em uma viagem clandestina em direção à fronteira, e
seguiu para outro país, no mês em que a Primeira Turma do STF julgava o
chamado “núcleo crucial” da trama golpista.
A Polícia Federal
investiga se rota de saída teria ocorrido pela fronteira com a Venezuela
ou com a Guiana, com um carro alugado em Boa Vista, visto que os dois
países fazem fronteira com o estado de Roraima.
A indústria de pescados ficou de fora da lista de produtos brasileiros que tiveram a tarifa adicional de 40% zerada pelos Estados Unidos e afirma “frustração com as negociações”. “Estamos obviamente felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos evolução e priorização do pescado pelo governo brasileiro”, afirmou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, por meio de nota.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, dia 20, a ampliação da lista de isenções da tarifa de 40% para incluir mais produtos agrícolas do Brasil.
A medida é retroativa, o que significa que estarão isentas todas as
mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 12h01
(horário de Nova York) de 13 de novembro. Há uma
semana, Trump havia retirado a taxa recíproca de 10% sobre produtos
agrícolas. Com isso, importantes produtos agrícolas brasileiros ficam
isentos de taxas adicionais aos EUA.
Resgate a ser pago aos credores do Master deve chegar a R$ 41 bilhões, o maior da história do Fundo Garantidor do Crédito
O Fundo calcula que deve fazer o pagamento para 1,6 milhão de credores
com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia
Ana Carolina Nunesi
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
funciona como um seguro para depositantes e investidores de
instituições financeiras e bancárias em caso de liquidação, intervenção
ou falência dessas instituições.
Com a intervenção de 120 dias e a liquidação extrajudicial do Banco Master
decretada pelo Banco Central na terça-feira, 18, o FGC fará o reembolso
de créditos aos clientes da instituição. O Fundo calcula que deve fazer
o pagamento para 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos
elegíveis ao pagamento da garantia.
O volume deve chegar a R$ 41 bilhões, marcando o maior resgate nos 30 anos de existência do FGC.
Até então, o posto era ocupado pelo Banco Bamerindus, que levou a um
total de R$ 3,7 bilhões em resgate em 1997, o equivalente a R$ 19,6
bilhões se corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor –
Amplo). Em número de clientes, o maior resgate segue sendo para o
Bamerindus, com mais de 3,9 milhões de clientes pagos na época.
Segundo
o FGC, o fundo acumulava, até setembro, um patrimônio de R$ 160
bilhões, sendo R$ 122 bilhões de recursos líquidos em caixa para
realizar o compromisso.
Quando será feito o reembolso aos clientes?
Primeiramente,
o Banco Central vai nomear um administrador para assumir a gestão da
instituição em liquidação. Então, será elaborada uma lista detalhada dos
credores do banco.
Após
esse processo ser concluído, é que o FGC inicia o processo de
reembolso. Segundo o Fundo, os pagamentos podem ser feitos a partir de
48 horas após o início do processo de reembolso, e podem levar, em
média, cerca de 30 dias.
“O pagamento da garantia
pelo FGC será realizado após o envio da base pelo Liquidante
(responsável legal indicado pelo Banco Central). Atos do Presidente do
Banco Central n.º 1.369, 1.371, 1.372 e 1.373. Os pagamentos serão
efetuados conforme Regulamento do FGC e a partir dos dados e valores
indicados pelo Liquidante (responsável legal indicado pelo Banco
Central). Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o
processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos
credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, diz comunicado
publicado pelo Fundo.
O credor tem até cinco anos, a partir da
data de intervenção ou decretação da liquidação extrajudicial, o que
ocorrer primeiro, para solicitar o pagamento da garantia ao FGC.
Quanto será pago?
O
FGC reembolsa até o valor limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ
investidor. Valores acima desse limite entram na massa falida e são
pagos após processo judicial, que pode se arrastar por anos.
Cada
investidor receberá o saldo remanescente na conta, ou seja, o valor
aportado mais os rendimentos até a data da liquidação do banco, que foi
em 18 de novembro. “Saldo é a soma do principal investido e os
rendimentos”. O rendimento a ser considerado, segundo o FGC, será o
valor registrado na contabilidade da instituição financeira para aquele
ativo, ou seja, a taxa de emissão na curva do papel para a data da
liquidação.
Será desconto do valor total da garantia a ser paga os
impostos e/ou taxas devidos. “O valor do imposto retido será recolhido à
Receita Federal pela instituição financeira sob regime especial, caso o
credor seja cliente direto, ou se for cliente indireto, pela
corretora/distribuidora/outra IF, através da qual o credor tenha feito
seu investimento. No prazo devido, a instituição financeira ou
corretora/distribuidora/outra IF enviará ao credor o informe de
rendimentos para a declaração de imposto de renda”, informa o FGC.
Como fazer a solicitação de pagamento ao FGC
Para
solicitar o reembolso, o investidor deve fazer o pedido por meio do
aplicativo (app) do FGC, que está disponível nas versões iOS e Android.
Basta preencher o cadastro com as informações solicitadas e fazer o
pedido.
É possível receber notificações para acompanhar o seu
pedido. Após o FGC receber a base da instituição liquidada com
informações dos valores da garantia, o credor recebe uma notificação
para seguir com as demais etapas pelo aplicativo.
O valor será depositado em conta bancária de mesma titularidade.
No
aplicativo do FGC, é possível conferir as instituições em regime
especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o
pagamento de garantia.
São garantidos pelo FGC os seguintes créditos:
Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, que compreendem os valores depositados em conta corrente;
Depósitos de poupança;
Depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado, que também podem ser
conhecidos como CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de
Depósito Bancário);
Depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de
recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários,
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, também chamadas de LCs e LHs;
Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, conhecidas como LCIs e LCAs;
Letras de Crédito do Desenvolvimento, conhecidas como LCDs;
Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.
Decreto
de Trump remove tarifas de 40% sobre as importações de carne bovina,
café, suco de laranja, peças de aeronaves e várias frutas, como manga,
coco, açaí e abacaxi
Trump e Lula (Crédito: Flickr/Gage Skidmore e Ricardo Stuckert/PR)
Da redação com Estadão Conteúdo, Estadão Conteúdoi
O
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou a
retirada, pelo governo dos Estados Unidos, da sobretaxa de 40% aplicada a
alguns produtos brasileiros, como uma “vitória do diálogo, da
diplomacia e do bom senso”. Segundo Lula, a decisão foi um “passo na
direção certa”, mas é preciso “avançar ainda mais”.
“O diálogo
franco que mantive com o presidente Trump e a atuação de nossas equipes
de negociação, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os
ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro,
possibilitaram avanços importantes”, anotou o presidente da República.
Lula
destacou que o governo seguirá no diálogo com Trump “tendo como norte
nossa soberania e o interesse dos trabalhadores, da agricultura e da
indústria brasileira”.
Em
vídeo, o chefe do Executivo frisou que a decisão dos EUA é “muito
importante para a relação civilizada que tem que ter entre Brasil e
Estados Unidos”. “Eu acho que Trump deu bom sinal, então precisamos
estar preparados. Porque ele está convidado para vir no Brasil, quando
ele quiser, e eu espero ser convidado para ir a Washington para a gente
poder zerar qualquer celeuma comercial política entre Brasil e EUA”,
pontuou.A
gravação foi feita ao lado do ministro da Fazenda Fernando Haddad e do
vice-presidente Geraldo Alckmin. Este último afirmou que depois da
conversa entre Lula e Trump “abriu uma avenida de entendimento”.
Ainda
de acordo com Alckmin, os avanços significam emprego, desenvolvimento e
mais comércio exterior. Já Haddad disse acreditar que “vai prevalecer o
bom senso” porque Lula é um “homem do diálogo”.
Lula ainda chegou
a se dirigir a Trump no vídeo, dizendo que só agradeceria o presidente
dos EUA parcialmente. “Porque eu vou agradecer totalmente quanto tiver
tudo acordado entre nós”, afirmou. “Agora eu queria dizer uma coisa,
presidente: se em apenas duas conversa já chegamos ao que chegamos acho
que com três, quatro conversas iremos fazer com que Brasil e EUA vivam
em harmonia politicamente e comercialmente. Obrigado pela decisão”,
completou.
Nos Estados Unidos desde setembro, Alexandre Ramagem,
do PL do Rio de Janeiro, recebeu neste período dinheiro da Câmara para
pagar combustível e um carro blindado no Brasil e até pacote de internet
internacional. O deputado teve uma licença concedida pela Casa por
supostos problemas de saúde há dois meses, quando ele deixou o Brasil em
uma viagem que, segundo investigadores, deu-se clandestinamente.
A
modalidade de licença concedida a Ramagem permite que o deputado
continue recebendo cota parlamentar para o exercício do mandato. Desde
setembro, quando foi para os Estados Unidos, não há qualquer gasto de
Ramagem com passagens aéreas — normalmente utilizadas por parlamentares
para irem a Brasília e retornarem aos seus estados toda semana.
Em setembro, a Câmara pagou R$
8 mil pela locação de um Toyota Corolla blindado de uma empresa do Rio
de Janeiro. No mesmo mês, já licenciado, o deputado gastou R$ 2 mil dos
cofres públicos em combustível, pagos a postos na Barra da Tijuca, Zona
Sudoeste do Rio, e em Brasília.
Em outubro, primeiro mês em que o deputado esteve integralmente fora do Brasil, a Câmara continuou pagando o carro blindado
para Alexandre Ramagem. O valor, entretanto, diminuiu para R$ 4,9 mil.
Naquele mês, o deputado gastou R$ 3,6 mil da cota parlamentar em
abastecimentos em postos de combustíveis da Barra da Tijuca.
Ramagem
também contratou um pacote de dados internacional, por R$ 79, na última
terça-feira, 18. A Câmara paga as contas telefônicas de todos os
deputados, inclusive pacotes internacionais. No entanto, a contratação é
permitida apenas para uso em missões oficiais.
Na quarta-feira, a
Casa informou que não foi autorizada nenhuma missão do bolsonarista no
exterior e que ele não comunicou que sairia do Brasil.
Ainda em
novembro, os dados de gastos de Alexandre Ramagem incluem uma nota
fiscal de um posto na Barra da Tijuca, no valor de R$ 230.
Licença na Câmara
Em
9 de setembro, Alexandre Ramagem pediu licença por 30 dias de seu
mandato na Câmara. Em 13 de outubro, quatro dias após o prazo do fim da
licença, o deputado bolsonarista pediu a extensão da medida por mais 60
dias, até 12 de dezembro.
Por se tratar de um pedido de licença
médica, Ramagem tem acesso a todos os sistemas de presença e votação da
Câmara e pode trabalhar de forma remota, como vem fazendo.
Em
razão disso, embora esteja nos Estados Unidos, o parlamentar não
apresenta uma falta sequer nos últimos meses. Em seu Instagram, Ramagem
tem publicado vídeos de terno e gravata, como se estivesse trabalhando,
nos quais comenta temas do Congresso.
Vida em condomínio de luxo
Como
revelou o PlatôBR, Alexandre Ramagem está desde setembro em Miami. O
deputado tem passado os dias em um condomínio de luxo em North Miami.
O
complexo onde Ramagem está, o Solé Mia, tem acesso direto para uma
piscina artificial do tamanho de dois campos de futebol. Cercada por
areia e palmeiras, a “laguna” é preenchida com água cristalina, imitando
uma praia caribenha, com oferta de atividades náuticas, como caiaque e
stand up paddle. Há, ainda, várias quadras esportivas, playground, áreas
para piquenique, estúdio de ioga, pista de cooper, trilhas para
caminhadas e spa.
O condomínio é formado por dois prédios de 17
andares, com varandas amplas, construídas em linhas curvas sobre a
fachada e vista livre para a costa. O aluguel de um apartamento simples
no local custa, em média, R$ 2 mil a diária.
O
ponto escolhido pelo deputado federal é um bairro recente, em expansão,
com novos empreendimentos sendo erguidos ano a ano. Os moradores da
região são, em sua maioria, famílias ricas da América Latina, inclusive
muitos brasileiros. Num clube anexo ao Solé Mia, os moradores costumam
se reunir para papear, beber e jogar padel, uma mistura de beach tênis e
squash.
A
The Fini Company, grupo que reúne as marcas Fini e Dr. Good,
contratou Otávio Pereira para o cargo de Diretor de Trade Marketing para
a América Latina. O executivo possui mais de 20 anos de experiência
em trade marketing, com passagens por empresas como Unilever e Mondelez,
com atuação nas frentes de trade categoria, trade canal, ativação e
execução, vendas e e-commerce.
Na The Fini Company, Otávio chega com a
missão de ampliar o impacto das marcas nos diferentes canais. “Quero
contribuir com uma visão estratégica e colaborativa, fortalecendo a
marca e, junto com o time, construindo novos caminhos de crescimento. A
inovação será nossa aliada para gerar valor e intensificar a conexão
entre Fini, Dr. Good e o consumidor em toda a América Latina”, afirma o
diretor de Trade Marketing.
Movimento marca o maior fluxo negativo da história do fundo e reforça o momento de aversão a risco
Investidores retiram recorde de US$ 523 milhões de principal ETF de bitcoin da BlackRock Movimento marca o maior fluxo negativo da história do fundo e reforça o momento de aversão a risco
Da Reutersi
Investidores sacaram cerca de US$ 523 milhões do ETF iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, na terça-feira, 19, de acordo com dados da Farside Investors, marcando a maior saída de recursos em um único dia do fundo desde seu lançamento.
O bitcoin caiu abaixo de US$ 90.000 esta semana, seu nível mais baixo em sete meses. Nesta quarta-feira, 19, a criptomoeda exibia queda de 3,5%, a US$ 89.200, por volta das 15h20 (horário de Brasília).
+Bônus que transforma Musk no primeiro trilionário do mundo é aprovado por investidores da Tesla
O IBIT, o maior ETF de bitcoin à vista, atraiu uma forte demanda de investidores desde seu lançamento em janeiro de 2024 e tem sido fundamental para o boom dos ETFs de moedas digitais.
As saídas de fundos destacam a intensidade da venda do bitcoin, que sofreu uma correção acentuada depois de atingir um recorde em outubro, e ressaltam a profundidade do recuo em todos os ativos de risco.
Em contraste, o ouro permaneceu resistente, colocando em cheque o status do bitcoin como um hedge ou como um substituto para o metal amarelo. Alguns analistas disseram que os movimentos apontam para o fato de que os investidores estão trocando a exposição ao bitcoin pelo ouro.
“O mercado de cripto entrou em uma ressaca em agosto”, disse o economista global da Kraken, Thomas Perfumo, acrescentando que grande parte dessa demanda foi impulsionada por dinheiro emprestado.
“O impulso aparentemente atingiu o pico durante meados do ano. Mas a verdade é que essa tendência de ressaca começou meses atrás”, acrescentou.
Os analistas também apontaram para a realização de lucros por parte de investidores de longo prazo, bem como para a crescente cautela entre as empresas de entesouramento de bitcoin, que tinham aumentado compras no início do ano.
“As empresas de bitcoin compraram quase US$ 50 bilhões em bitcoin no ano passado. Recentemente, muitas dessas empresas começaram a negociar com um desconto em relação ao valor líquido dos ativos, o que pesa sobre as expectativas do mercado de curto prazo para novas compras líquidas de bitcoin por essas empresas”, disse Brian Vieten, analista de pesquisa da Siebert Financial.
A mudança ocorre em um momento em que vários investidores de peso levantaram preocupações sobre avaliações exageradas em todas as classes de ativos.
“Uma contínua falta de ânimo especulativo está pesando sobre o bitcoin”, disse José Torres, economista sênior da Interactive Brokers.
O IBIT, que tem mais de US$ 73 bilhões em ativos, caiu 19% no acumulado do trimestre.
Empresa
inicia desligamento de perfis adolescentes no Instagram, Facebook e
Threads e deve concluir bloqueios até 10 de dezembro, sob risco de
multas milionárias.
A Meta (Foto: AFP/Arquivos)
Da Reutersi
A
Meta bloqueará o acesso de usuários australianos menores de 16 anos ao
Instagram, Facebook e Threads até 10 de dezembro, em conformidade com a
ampla proibição de redes sociais para adolescentes do país, informou a
empresa nesta quinta-feira.
A companhia afirmou que começou a
notificar os usuários que, segundo acreditava, tinham entre 13 e 15 anos
de idade sobre o encerramento de suas contas por meio de mensagens no
aplicativo, email e SMS.
A partir de 4 de dezembro, começará a desativar as contas e a bloquear novos cadastros de menores de 16 anos.
A
Meta afirmou que o processo deveria ser concluído até 10 de dezembro,
após ter indicado anteriormente aos parlamentares que só começaria a
remover o acesso depois que a lei entrasse em vigor nessa data.
A
empresa afirmou que usaria diversos métodos de verificação de idade para
cumprir a proibição e adotaria uma “abordagem de minimização de dados”,
solicitando informações adicionais apenas quando tivesse motivos para
duvidar da idade declarada pelo usuário.
“Embora
estejamos trabalhando arduamente para remover todos os usuários que,
segundo acreditamos, têm menos de 16 anos até 10 de dezembro, o
cumprimento da lei será um processo contínuo e multifacetado”, disse
Antigone Davis, vice-presidente e diretora global de segurança.
Segundo
o órgão regulador da internet na Austrália, existem cerca de 150 mil
usuários do Facebook com idades entre 13 e 15 anos no país, e 350 mil
usuários do Instagram. Não há dados disponíveis sobre o Threads.
A
Meta afirmou que os adolescentes afetados podem atualizar seus dados de
contato para serem notificados assim que completarem 16 anos, baixar
seus dados ou optar por excluir suas contas.
A proibição das redes
sociais na Austrália é um dos esforços mais abrangentes de um governo
para controlar o acesso de menores às redes sociais e está sendo
acompanhada de perto por órgãos reguladores em todo o mundo.
A lei
impõe às plataformas de redes sociais a responsabilidade de tomarem
“medidas razoáveis” para impedir que menores de idade criem contas. As
plataformas que violarem a lei poderão ser multadas em até 49,5 milhões
de dólares australianos.
Eduardo Félix Bianchini foi escolhido pelo Banco Central como liquidante do Banco Master, que teve sua liquidação extrajudicial decretada na terça-feira, 18, logo após a prisão de seu dono, Daniel Vorcaro.
Quase sem pegadas nas redes sociais e sem conceder entrevistas à imprensa, Bianchini
deve se concentrar nos próximos anos em uma solução para a dissolução
do banco. Antes de começar a trabalhar em processos do tipo, Bianchini
foi servidor no BC por 39 anos, de 1973 até 2012.
Esta não é a primeira vez que Bianchini
está à frente de um trabalho complexo de encerrar as atividades de uma
instituição financeira, causando o menor dano possível a clientes e ao
Sistema Financeiro Nacional (SFN). Desde 2012, quando se aposentou do
BC, ele assumiu ao menos oito vezes o papel de liquidante ou interventor
em processos determinados pelo regulador, sem contar o caso do Master.
Oficialmente,
uma empresa de Bianchini – a EFB, com nome composto pelas iniciais do
ex-servidor do BC, seu único sócio-diretor – é a responsável pela
liquidação do Master. Ela foi fundada em agosto de 2021. Tem capital
social de R$ 1 mil, e endereço em um apartamento de um prédio
residencial no bairro de Higienópolis, em São Paulo, a apenas dois
quarteirões do Parque Buenos Aires.
Bianchini já atuou como interventor em outros 8 casos
2012 – intervenção no Banco BVA.
2015 – liquidação extrajudicial do Cruzeiro do Sul.
2015 – liquidação extrajudicial da Pioneer Corretora de Câmbio.
2017 – liquidação extrajudicial da S. Hayata Corretora de Câmbio.
2018 – liquidação extrajudicial da Gradual Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.
2019 – liquidação extrajudicial da Um Investimentos Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
2020 – liquidação extrajudicial da Decasa Financeira.
2020 – liquidação extrajudicial da Uniletra Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários.
O
BC decretou na terça-feira, 18,a liquidação de quatro empresas do
conglomerado Master – Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco
Letsbank, Master Corretora -, além da adoção do Regime Administrativo
Especial Temporário (Raet) no Banco Master Múltiplo S.A. O dono do
banco, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal na noite de
segunda-feira, 17. Agora, Bianchini fica responsável por todas as
empresas.
Quando
foi escolhido para sanar as empresas do Grupo Cruzeiro do Sul, por
exemplo, Bianchini substituiu Sérgio Rodrigues Prates, em 2013. Na
época, o BC detectou um rombo contábil de R$ 3,1 bilhões e 17 pessoas
foram acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de praticar crimes
como gestão fraudulenta, caixa 2 e lavagem de dinheiro. De acordo com a
denúncia na ocasião, o banco teria criado mais de 300 mil empréstimos
consignados falsos para maquiar seus balanços e dar a impressão de que
seus números eram bons. Na época, Bianchini era interventor do Banco BVA
e foi sucedido por Isney Manoel Rodrigues.
Entre suas ações à
frente do Cruzeiro do Sul, o liquidante determinou, por exemplo, que as
carteiras de crédito da instituição passassem a ser administradas pelo
Banco do Brasil. Na época, o Broadcast registrou que a escolha
pela instituição pública foi pela experiência que o BB possuía com esse
tipo de operação. Também pesou o fato de o banco ser o que comprou a
maior parte das carteiras do Cruzeiro do Sul, além de Caixa, Bradesco e
os estatais Banrisul (Rio Grande do Sul) e Banestes (Espírito Santo). A
maior parcela, porém, foi comprada pelo Fundo Garantidor de Crédito
(FGC), com uma fatia de 70%.
Antes da liquidação, houve uma
tentativa de venda, que estava em negociação com o Santander, mas o
prazo de vencimento de uma dívida externa de US$ 1,5 bilhão do Cruzeiro
do Sul fez com que não houvesse tempo hábil para que as conversas
continuassem. No mesmo comunicado sobre a atuação no Cruzeiro do Sul, a
autarquia anunciou também a liquidação do Banco Prosper, que tinha sido
comprado pela instituição em dezembro de 2011. Até então, a empresa
estava sob Regime de Administração Especial Temporária (Raet) desde 4 de
junho do mesmo ano sob o comando do FGC.
A Justiça, que chegou a
manter os controladores presos por um mês, denominou o caso como “uma
das mais graves fraudes da história financeira brasileira” e a imprensa
internacional chegou a classificá-lo como uma “história de terror”. A
operação foi encerrada em julho de 2015, com o liquidante pedindo a
falência da instituição.
Nesse ano, o BC decretou a liquidação
extrajudicial de cinco instituições por indício de crime de lavagem de
dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores. Bianchini ficou
encarregado de cuidar do caso envolvendo a Pioneer. A área de supervisão
do BC constatou na ocasião que essas empresas fizeram “inúmeras
operações cambiais irregulares”, com “inequívocos indícios de crimes”.
Além disso, não teriam implementado políticas, procedimentos e controles
internos compatíveis com o porte e o volume de operações, segundo o BC.
A
estratégia de regionalização do Pix pode ser bem-sucedida para diminuir
a dependência regional ao pagamento em dólar, avalia Luiz Awazu
Pereira, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central (BC) e
ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.
“Pix
pode ser estratégia não apenas doméstica, mas se tornar infraestrutura
de liquidação e pagamento em comércio intrarregional”, afirmou ele,
durante webinar da Fundação FHC nesta quarta-feira, 19, sobre “A
economia internacional e o futuro do dólar”.
Awazu
considera que o Pix entrou na mira do governo Donald Trump porque é uma
tecnologia barata, instantânea, segura e que consegue se desenvolver em
nível regional. “Então obviamente é olhado com certa desconfiança por
quem quer manter a dominação da própria moeda, mesmo marcando gol contra
toda semana”, acrescenta, pontuando que Trump tem tomado atitudes
contrárias à própria valorização de sua moeda a partir de desdobramentos
financeiros, fiscais, comerciais e políticos.
Stablecoins como alternativa ao dólar
O
uso de stablecoins, criptomoedas pareadas em algum ativo ou cesta de
ativos estáveis, aparentemente pode ser uma alternativa ao pagamento em
dólar direto. Contudo, paradoxalmente – inclusive sendo uma estratégia
alternativa do governo Donald Trump -, a stablecoin é uma espécie de
dolarização 2.0, porque aumenta a demanda de ativos em dólar para
lastreio, afirma Luiz Awazu Pereira. “Stablecoin em dólar só demanda
mais dólar como lastro” seja em caixa ou em algum ativo de risco zero,
como Treasuries, disse durante webinar da Fundação FHC nesta
quarta-feira, sobre “A economia internacional e o futuro do dólar”.
Segundo
Awazu, o dólar segue no centro do sistema internacional porque domina
três características: uso como reserva cambial, uso em transações
comerciais, e uso no sistema financeiro.
Na mesma linha,
Otaviano Canuto, ex-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional
(FMI) e ex-secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da
Fazenda, reforça que a tendência de ter stablecoin baseado em dólar
tende a aumentar a demanda por títulos do Tesouro dos EUA, favorecendo a
divisa norte-americana.