Projeção para a taxa básica de juros no final de 2013 está em 9,25% ao ano, estimativa feita um mês antes era de 8,75%
08 de julho de 2013 | 9h 12
CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
BRASÍLIA - Na semana que o Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central tomará mais uma decisão sobre o rumo da Selic,
atualmente, em 8,00% ao ano, analistas do mercado financeiro informaram
que projetam o mesmo patamar de 9,25% ao ano para a taxa ao final de
2013. Segundo relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira,
08, pelo BC, a estimativa feita um mês antes era de uma taxa de 8,75%
ao ano.
Para o curto prazo, os economistas também não fizeram alteração no
prognóstico de que o BC elevará agora os juros em 0,50 ponto porcentual.
Assim como na semana passada, a mediana das previsões para a Selic em
julho segue em 8,50%, mesmo nível também visto há um mês.
No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das projeções para a
Selic também seguiu inalterada em 9,25% ao ano de uma semana para outra.
Há um mês, a taxa estava em 8,75% a.a.
Na média deste ano, segundo esses profissionais, os juros ficarão em
8,25% ao ano, como o aguardado uma semana. Um mês antes, a mediana das
previsões era de uma taxa média de 8,09%. Já para 2014, a Selic deve
ficar, em média, em 9,25% ao ano. No Focus da semana passada, estava em
9,14% e no de um mês antes, em 8,75%.
PIB menor
Os analistas voltaram a revisar para baixo suas projeções para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De
acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,34% em
2013. Na pesquisa anterior, a projeção era de uma expansão de 2,40% e,
na de quatro semanas atrás, de 2,53%. Esta é a oitava semana consecutiva
que analistas reduzem suas estimativas para esse indicador.
O BC também revisou para baixo sua estimativa, agora de 2,7%, mas
ainda segue mais otimista do que o mercado. Um dado que ajuda a explicar
a expectativa dos economistas é a previsão para a produção industrial
deste ano. Segundo a Focus, o setor deve crescer 2,34% em 2013, e não
mais 2,49% como esperavam na pesquisa anterior ou 2,53% no levantamento
feito um mês atrás.
Para 2014, o quadro é semelhante. Os economistas revisaram de 3,00%
para 2,80% a mediana das projeções para o crescimento do País, que há um
mês era aguardado em 3,20% e um dos motivos que levaram à mudança foi a
alteração do humor em relação ao setor manufatureiro, que deverá se
expandir apenas 3,00% no ano que vem, e não mais 3,20%, como era
prpjetado no levantamento anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das
estimativas para a indústria era de um crescimento de 3,00%.
Câmbio em alta
Os analistas voltaram a elevar suas estimativas para o câmbio ao
final do ano. De acordo com eles, o dólar encerrará 2013 cotado a R$
2,20, e não mais em R$ 2,15, como esperavam antes. Há um mês, o
prognóstico era o de que a moeda terminasse 2013 em R$ 2,10.
Para o fim de 2014, a mediana das projeções para esse indicador
passou de R$ 2,20 para R$ 2,22. Quatro semanas atrás, a perspectiva era
de uma taxa de câmbio em R$ 2,15 ao final de dezembro do ano que vem.
Com estas alterações, a estimativa para o câmbio médio praticado no
País em 2013 subiu de R$ 2,11 para R$ 2,13. Há um mês estava em R$ 2,07.
Da mesma forma, o câmbio médio para 2014 avançou de R$ 2,18 para R$
2,20 - ante R$ 2,10 visto há um mês.