O Nordeste vem se consolidando, cada vez mais, como o principal
destino de quem chega ao Brasil em busca de oportunidades de emprego; de
acordo com o Ministério do Trabalho, o volume de vistos concedidos a
profissionais tendo a região como destino cresceu 310% entre 2010 e
2012, enquanto a média nacional subiu 21%; em números absolutos, os
estados nordestinos atraíram 4.635 trabalhadores, acima da Região Sul
(3.553); o Sudeste ainda segue bem à frente, com 57.573 vistos
concedidos.
O Nordeste vem se consolidando, cada vez mais, como o principal
destino de quem chega ao Brasil em busca de oportunidades de emprego. De
acordo com o Ministério do Trabalho, o volume de vistos concedidos a
profissionais tendo a região como destino cresceu 310% entre 2010 e
2012, enquanto a média nacional subiu 21%. Em números absolutos, os
estados nordestinos atraíram 4.635 trabalhadores, acima da Região Sul
(3.553). O Sudeste ainda segue bem à frente, com 57.573 vistos
concedidos neste período.
Em relação aos imigrantes europeus, por exemplo, os dados apontam que
esses imigrantes (pessoas físicas) investiram quase R$ 150 milhões na
Região Nordeste, em 2012, acima das aplicações no Sudeste (R$ 115
milhões). O mercado imobiliário é o setor predileto desses investidores.
“São muitos investidores de países como Espanha e Portugal. Pessoas com
alguma reserva financeira e que, com medo da crise, enxergam boas
possibilidades por aqui”, observa o sócio da consultoria Emdoc,
especializada em expatriados, Fabiano Kawai.
Mas não é só o crescimento econômico e nem a chegada de
multinacionais que colocam a Região Nordeste como a que mais cresceu em
relação ao número de vistos concedidos. A outra sócia da Emdoc, Ana
Catarina Mousinho, afirma que a expectativa de melhor qualidade de vida
também é outra questão levada em conta pelos estrangeiros.
Um outro sócio da empresa, Fabiano Kawai, explica, em entrevista ao
jornal Valor Econômico, que a possibilidade de investimentos em energia
eólica é o que mais tem atraído os espanhóis, por exemplo, em
consequência do potencial de ventos do Nordeste, que passou a receber
mais aportes na fabricação de equipamentos geradores deste tipo de
energia, como torres e pás.
No caso dos italianos e americanos, Kawai afirma que a instalação da
fábrica da Fiat, em Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana, é o que
mais tem levado esses estrangeiros a desembarcarem em Pernambuco. Além
disso, japoneses também têm se transferido para o Estado por conta do
Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que tem como sócia a empresa
Ishika-wajima-Harima Heavy Industries (IHI).
No Ceará, a siderúrgica de Pecém, sociedade entre a Vale e as
empresas coreanas Dongkuk Steel e Posco, resultou em uma mini comunidade
asiática naquele estado. Já em Sergipe, os principais estrangeiros são
os egípcios, por conta de exploração de petróleo no litoral sergipano.
E, devido à atração de estrangeiros por esses estados e por toda a
Região Nordeste, a Emdoc abriu, em janeiro, uma filial em Recife (PE).
“Não dava mais pra atender essa demanda a distância”, declara Kawai.
(Brasil 247 – 08/07/2013)