domingo, 22 de setembro de 2013

Regra para agilizar obras vira ingerência estatal e ameaça concessões









DIMMI AMORA
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA




O fracasso inesperado do leilão do trecho considerado um dos filés da concessão de rodovias, na semana retrasada, explicitou a dificuldade do governo Dilma em convencer os empresários a investir pesado em infraestrutura. 

Há uma natural queda de braço entre governo -que quer preços sempre mais baixos- e empresários, que tentam sempre aumentar seus ganhos nos negócios. 

A presidente Dilma Rousseff apertou as regras nos últimos anos, impondo novos modelos e leis, para tentar aumentar a velocidade e reduzir os custos das obras. 

Essas novas regras, porém, estão sendo consideradas intervencionistas pelas empresas, o que tem levado a atrasos na implementação dos projetos e redução dos gastos públicos no setor, além de diminuir a disposição de risco do setor nas concessões. 

No caso de obras públicas, a principal mudança foi a criação do RDC (Regime Diferenciado de Contratação). Essa nova regra tinha dois intuitos: acelerar as concorrências e acabar com os aditivos, gastos a mais do governo para pagar por alterações nas obras e fonte inesgotável de sobrepreços finais. 

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o maior contratador de obras do governo. Desde que o RDC foi instituído, em 2011, foram iniciadas 150 licitações. Delas, 66 (44%) não deram certo e ficaram sem interessados. 

O presidente da Aneor (Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias), José Alberto Pereira Ribeiro, disse em audiência pública no Congresso que as obras em RDC têm estimativas de custos baseadas na lei antiga, em que os itens eram precificados um a um. 

Com isso, o preço que vai na licitação não considera a chamada contingência, que é um valor extra para cobrir o risco de os projetos custarem mais que o previsto. 

Como a maioria das licitações do RDC é feita num modelo em que o empresário assume o risco se a obra ficar mais cara, as licitações têm fracassado. 


Ponte da Amizade

 
Em abril deste ano, a licitação para uma nova ponte da Amizade, ligando Brasil e Paraguai, acabou sem interessados. Sete empresas iniciaram a disputa. Os preços foram baixando e chegaram a cair a R$ 217 milhões. Mas o governo só aceitava R$ 195 milhões, e as companhias acabaram desistindo. 

Nas concessões de rodovias, o aperto foi semelhante. Para forçar as empresas a fazer obras mais rápidas, o governo colocou nos editais novas regras determinando que toda a duplicação será feita em cinco anos, e os pedágios só podem ser cobrados depois que 10% da duplicação estiver pronta. 

Para garantir que a regra seja cumprida, penalidades severas estão previstas em contrato.
Essas regras levam a duas consequências: aumento do valor do preço-teto dos pedágios e a avaliação das empresas de que, em alguns trechos, o risco de a obra não ficar pronta é elevado. 

No fracasso do leilão da BR-262 (MG-ES), considerado um trecho atrativo do programa, esses dois fatores contaram na avaliação das companhias. 

O outro fator de risco apontado foi que o Dnit poderia não fazer uma parte do projeto sob sua responsabilidade, preocupação baseada nos baixos números de licitações finalizadas pelo órgão desde o ano passado.

Presidente da TAM entra para lista de executivos 'jovens' mais influentes do mundo


 
DE SÃO PAULO


Recém empossada no comando da TAM, a presidente da companhia aérea brasileira, Claudia Sender, 38, entrou para a lista dos 40 executivos mais influentes do mundo com menos de 40 anos, feita pela revista americana "Forbes". 

Claudia aparece na posição de número 30 e é a única representante do Brasil na edição de 2013 do ranking anual da publicação. 

O nome da brasileira é quase uma exceção numa lista em que a maioria dos executivos estão relacionados ao universo da tecnologia. 

A revista a descreve como uma novata na área de aviação e a "aposta da diretoria para enfrentar o momento de crise pelo qual o setor passa". 

A TAM demitiu mil funcionários recentemente para fazer frente à alta de custos que tem provocado seguidos prejuízos às companhias aéreas brasileiras. 

O corte foi um dos primeiros desafios da executiva no comando da empresa. Ela assumiu o posto em maio deste ano em substituição a Marco Antonio Bologna, que passou a se concentrar apenas na presidência da holding TAM S.A, responsável por outros negócios do grupo. 


Ana Paula Paiva- 27-nov.13/Valor/Folhapress
Claudia Sender, nova presidente da TAM Linhas Aéreas
Claudia Sender, nova presidente da TAM Linhas Aéreas

Engenheira e pós-graduada na Harvard Business School, Claudia entrou na TAM no final de 2011 depois de passar pela vice-presidência de marketing da Whirpool e pela consultoria Bain & Company. 


TECNOLOGIA

 
Pela primeira vez, a lista da publicação é liderada por uma mulher. A presidente do Yahoo, Marissa Meyer, 38, aparece no topo e confirma o peso do setor de tecnologia entre as lideranças com menos de 40 anos.
Entre outros nomes de companhias de tecnologia destacados no ranking estão Marck Zuckerberg, 29, do Facebook, na terceira posição, Ben Silmermann, 31, co-fundador do Pinterest, na 11ª colocação, além de Kevin Systrom, 29, presidente do Instragam, em 12ª. 


EXECUTIVOS MAIS INFLUENTES COM MENOS DE 40 ANOS

 
Posição Nome Idade Companhia
Marissa Mayer 38 Yahoo
Jack Dorsey 36 Square
Mark Zuckerberg 29 Facebook
John Elkann 37 Fiat
Rob Goldstein 39 Blackrock
Brian Chesky 32 Airbnb
Joe Gebbia 32 Airbnb
Nate Blecharczyk 30 Airbnb
Chris Weideman 38 U.S. Treasury Department
Jun Wang 37 BGI
Tracy Britt Cool 29 Berkshire Hathaway
10º Liv Garfield 38 BT Group´s Openreach
11º Ben Silbermann 31 Pinterest
11º Kevin Systrom 29 Instagram
12º Chuck Myers 37 Fidelity Investments
13º Travis Kalanick 37 Uber
14º Aaron Levie 28 Box
15º Ryan McInerney 38 Visa
16º Jeremy Stoppelman 35 Yelp
17º Ross Martin 39 Viacom Media Networks
18º Catherina Lacavera 38 Google
19º Ashish Thakkar 32 Mara Group
20º Will Adams 38 i.am.plus
21º Avani Davda 34 Tata Starbucks Limited
22º Sam Yagan 36 Match Inc.
23º Lyndon Rive 36 SolarCity
23º Cyrus Massoumi 37 ZocDog
24º David Karp 27 Tumblr
25º Ben Hulburnt 39 Eclipse Resources
26º Jonah Peretti 39 BuzzFeed
27º Jeremy Bird 35 270Strategies
28º Daniel Ek 30 Spotify
28º Max Levchin 38 Glow
29º Lani Hay 38 Lanmark Technology
30º Claudia Sender 38 TAM Airline
31º Hayley Barna 30 Birchbox
31º Katia Beauchamp 30 Birchbox
32º Niraj Shah 39 Wayfair
33º Rachel Shechtman 36 Story
33º Alli Webb 38 Drybar
34º Danae Ringelmann 35 Indiegogo
34º Slava Rubin 34 Indiegogo
34º Eric Schell 35 Indiegogo
35º Kristin Groos Richmond 38 Revolution Foods
35º Kiirsten Saenz Tobey 35 Revolution Foods
36º Rachel Haot 30 Cidade de Nova York
37º Dhiraj Rajaram 39 Mu Sigma
38º Andrew Ng 37 Coursera
39º Tamara Ralph 31 Ralph & Russo
40º Kat Cole 35 Cinnabon
Fonte: Forbes

Cerveja Premium

Portfólio inclui a família Bohemia, além de rótulos como Budweiser, Stella Artois, Serra Malte e as versões de maior valor das cervejas tradicionais

Marília Almeida - iG São Paulo
Divulgação
Maior aposta da Ambev é a Budweiser, que será a patrocinadora da Copa no mercado global
A ampliacao do portfólio de cervejas premium é uma das grandes apostas da Ambev para complementar as vendas, que apresentaram queda em agosto.

Isso porque o segmento, além de ter maior valor comercial, também permite à companhia se defender de oscilações de vendas, pois é mais resiliente à crises.

De acordo com o vice presidente de vendas Alexandre Medicis, o portfólio de marcas premium representa 6% do mercado no Brasil. "Como a Ambev tem 70% de fatia no mercado, a participação no nosso negócio é proporcional. Mas, em valor, o segmento ganha mais peso", conta.

O portfólio da Ambev no segmento inclui a família Bohemia, Budweiser, Stella Artois, Serra Malte e as versões de maior valor das cervejas tradicionais, como a Skol Beats, Original e a Brahma Extra,

A conta inclui a importação de rótulos das unidades da Ambev no exterior, como a belga Leffe, a Argentina Quilmes e a uruguaia Norteña. Já são cerca de 15 marcas importadas para o Brasil. É na importação onde há maior potencial de crescimento.

Isso porque Medicis conta que o portfólio de cervejas premium produzidas no País já esta adequado para o segmento. "Não pensamos em adquirir mais marcas, vamos investir no que já temos. As famílias de cervejas já existentes devem ganhar apenas variantes".

Recentemente, a Ambev lançou a Bohemia Imperial, a quinta variação da marca. Na Oktoberfest, deve lançar o chope Brahma Weiss.

Mas a maior aposta de todo portfólio premium é a Budweiser, que é a patrocinadora da Copa no mercado global e tem maior escala por estar situada em uma faixa de preço intermediária.


Sem álcool

 
Já a representatividade do portfolio de cervejas sem álcool nas vendas da Ambev soma hoje cerca de 1%. Executivos também vêem potencial de crescimento deste portfólio  após o endurecimento da lei seca .

O último lançamento, há três meses, foi da Brahma 0,0%, que se soma aos rótulos Liber e Kronenbier. Na Brahma, a Ambev buscou mais sabor, mas com a manutenção da ausência de álcool. A Kronenbier é o único rótulo que tem uma quantidade residual de alcool. 

A companhia busca incentivar o consumo responsável. Nesta sexta-feira (20), promoveu sua edição anual do Dia de Responsa. 

A ação inclui a visita de executivos a bares da cidade de São Paulo, que deram dicas sobre consumo consciente e colaram cartazes sobre a proibição de vendas de bebidas para menores de 18 anos. 

A ação, que teve participação do ex-jogador de futebol Cafu, marcou uma década do programa de consumo responsável.

sábado, 21 de setembro de 2013

OGX, de Eike Batista, teria sido notificada por inadimplência


Companhia americana Diamond Offshore Drilling afirma que a petrolífera brasileira está atrasada nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest

Agência Estado
Agência Estado
Divulgação
OGX estaria atrasada nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest
A Diamond Offshore Drilling informou em um documento enviado para a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) que notificou a OGX que a companhia está inadimplente nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest. Segundo a companhia norte-americana, se a situação não for resolvida o contrato pode ser encerrado. "Nós estamos buscando outras oportunidades para substituir a OGX se o contrato for rescindido", diz a Diamond no documento.

A empresa afirma também que a plataforma Ocean Star foi sublocada para a Queiroz Galvão pelo período de duração do contrato com a OGX. A companhia norte-americana explica ainda que a OGX lhe devia US$ 22,7 milhões em 30 de junho. "Nossas receitas estimadas com a OGX para o terceiro trimestre de 2013 são de aproximadamente US$ 36 milhões, e nada disso foi pago ainda", acrescenta

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:
“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.
“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.
“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.
Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.
Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.
Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.
ibovespa dax
A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.
Termos de Uso
As análises, opiniões, premissas, estimativas e projeções feitas neste blog são baseadas em julgamento do analista responsável e estão, portanto, sujeitas à modificação sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista de investimento responsável por este blog declara que as opiniões contidas neste espaço refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia analisada ou fundos e foram realizadas de forma independente e autônoma. As opiniões contidas neste espaço podem não ser aplicáveis para todos os leitores devido aos diferentes objetivos de investimento e situação financeira específica. O autor não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizados por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Toda e qualquer decisão de investimento baseada nas opiniões aqui expostas é de exclusiva responsabilidade do investidor.
- See more at: http://estrategista.net/alemanha-e-brasil-entre-tantas-diferencas-algumas-semelhancas/#sthash.BsWvG6Gl.dpuf

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:
“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.
“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.
“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.
Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.
Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.
Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.
ibovespa dax
A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.
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por Estrategista em sexta-feira, 20 de setembro de 2013 


Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:

“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.

“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.

“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.

Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.

Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.

Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.

ibovespa dax

A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.

Termos de Uso

As análises, opiniões, premissas, estimativas e projeções feitas neste blog são baseadas em julgamento do analista responsável e estão, portanto, sujeitas à modificação sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista de investimento responsável por este blog declara que as opiniões contidas neste espaço refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia analisada ou fundos e foram realizadas de forma independente e autônoma. As opiniões contidas neste espaço podem não ser aplicáveis para todos os leitores devido aos diferentes objetivos de investimento e situação financeira específica. O autor não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizados por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Toda e qualquer decisão de investimento baseada nas opiniões aqui expostas é de exclusiva responsabilidade do investidor.

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Avião Campeão do Faustão alavanca as vendas da P&G 20% a cada ano

Fabricante de produtos de limpeza e de beleza lança a maior promoção da sua história, com distribuição de R$ 4,8 milhões em prêmios em programa de televisão

Bárbara Ladeia - iG São Paulo
Claudio Augusto
Para executiva de marketing, o apresentador Fausto Silva é o principal chamariz da campanha que rende crescimento nas vendas da P&G

Quem assiste à televisão aos domingos já conhece um dos aviões mais famosos do Brasil. Conhecido do público há três anos, o Avião Campeão do Faustão anda fazendo a felicidade dos executivos da empresa, além dos sortudos que acabam premiados. 

Neste domingo (22), a empresa lança a sétima e maior edição da promoção P&G Avião Campeão do Faustão. Serão sorteados 110 carros, três casas e mais R$ 500 mil em certificados de barras de ouro. Com uma distribuição total de R$ 4,8 milhões, esta uma premiação sem precedentes para a P&G e também para o Domingão do Faustão, segundo Gabriela Onofre, diretora de marketing da empresa.

Este último número seria suficiente para imaginar que o investimento da empresa nessas campanhas não é baixo – sem contar todo o custo de mídia e gestão do projeto. A P&G acredita que, apesar de onerosa, a aposta vale a pena. Desde que lançou a primeira promoção Avião Campeão do Faustão, em 2010, o volume de empresas cresceu 20% ao ano.

Segundo Gabriela, são entre 4 milhões e 5 milhões de participantes a cada edição, o que garante o alcance da campanha. “É uma promoção gigante, que abrange todas as nossas marcas”, diz a executiva. Ela lembra que um dos principais objetivos desse movimento da P&G ganhar visibilidade institucional, como agregadora de produtos que fazem parte do dia-a-dia do consumidor.
Divulgação
Gabriela Onofre, diretora da P&G
“Uma marca empresta a reputação para a outra”, explica. “Queremos incitar o consumidor de Gilette a comprar também as escovas de dente Oral B e o xampu Pantene. e entender que isso faz parte de uma única empresa.”

A estratégia, ao que parece, está funcionando. Nas primeiras campanhas, a média de cadastro de produtos para concorrer aos sorteios era de um por cliente. Hoje, cada inscrito já participa com três produtos. Antes do início da campanha, apenas um a cada dez clientes conhecia a marca – hoje, 87% dos consultados já conhecem a P&G, segundo a empresa.

Gabriela explica que o volume de vendas avança proporcionalmente ao número de cadastros no decorrer da promoção. “Temos um monitoramento diário, fazemos muitas pesquisas e depois consolidamos as informações para mexer nas mecânicas.” Daí a mudança recente: a premiação com carros foi incluída para a edição que será lançada no domingo.


Agregando mídias

 
Gabriela acredita que o grande sucesso dessa promoção está no garoto propaganda, o apresentador Fausto Silva, que atinge um alvo largo de perfis de consumidores “Ele fala com todo o mundo, em qualquer lugar do Brasil”, diz.

No entanto, a executiva destaca a importância crescente das estratégias digitais e em redes sociais. A usabilidade do cliente no momento da inscrição e até o atendimento em redes sociais ganha reforços após o início da campanha. “Estamos incentivando as pessoas a interagir, conhecer e experimentar a marca também por meios digitais”, explica. “É a nossa grande ação do ano.”

A computação em nuvem é verde


Quanto menor o número de processadores físicos ativos, menor é o consumo de energia.

iG São Paulo - especial para IBM

Thinkstock Photos
As operações em nuvem diminuem o consumo de energia e, consequentemente, a emissão de gás carbônico no meio ambiente 
 
 
Não é de hoje que a palavra “sustentabilidade” ganhou uma nova dimensão no mundo dos negócios. Ações ecologicamente corretas deixaram de ser o foco apenas dos ambientalistas e agora fazem parte do vocabulário de pequenas e grandes empresas.

A novidade é que os gestores ganharam um aliado: a computação em nuvem. Ao transferir os dados de um datacenter local para um servidor online, poupa-se espaço e também energia. De que maneira? Quanto menor o número de processadores físicos ativos, menor é o consumo de energia. Se é menor o consumo, menor é então a emissão de CO2 (gás carbônico) e o impacto ambiental.

Quem está utilizando e aprova os benefícios da computação em nuvem é o Serviço de Administração Geral dos Estados Unidos (GSA). De acordo com o órgão, o consumo de energia foi reduzido em 90% e as emissões diminuíram em 85%. Entram ainda nessa conta os 285 mil dólares (mais de meio milhão de reais) que serão economizados a cada ano desde que que o GSA adotou o modelo.

As expectativas também são boas para o resto do mundo. Estudo do CDP (Carbon Disclosure Project) prevê que até 2020 as companhias britânicas devem economizar mais de 3 bilhões de reais e deve evitar a emissão anual de 9 milhões de toneladas de gases na atmosfera. Em outras palavras, isso equivale a retirar cerca de 4 milhões de carros de passeio das ruas.