quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mahogany adota o modelo de vendas diretas

As revendedoras serão selecionadas pelos próprios franqueados da marca

Divulgação/Mahogany
Franquia da Mahogany



São Paulo – A Mahogany, marca especializada em produtos de perfumaria e higiene pessoal, anuncia a adoção do modelo de vendas diretas.

“Com a entrada de Mahogany em vendas diretas queremos atingir um novo segmento de mercado de vendas por antecipação. Com isso, otimizamos também a capilaridade das lojas Mahogany, chegando por meio das revendedoras aonde a empresa ainda não domina”, conta Jaime Drummond, presidente do Laboratório Sklean, empresa detentora da marca Mahogany.

De acordo com Drummond, as próprias franquias serão o centro de distribuição e as revendedoras serão selecionadas pelos próprios franqueados. “Até o final do ano teremos 12 lojas que iniciarão as vendas com catálogos e consultoras, como uma experiência piloto”, explica.

Em 2012, a marca faturou 95 milhões de reais, com crescimento de 7,2% em relação ao período anterior. Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 6% no faturamento.

As últimas franquias foram inauguradas  em Natal, São José do Rio Preto e São Vicente. Com foco no interior dos estados, a empresa pretende fechar 2013 com 20 novas lojas. Atualmente, a marca conta com mais de 150 lojas. 

Setor de franquias quer democratizar o sistema para classe C


O setor de microfranquias nacional cresceu 22% em 2012, em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões

Alana Gandra, da
Divulgação/Adcos Cosmética de Tratamento
Franquia da Adcos Cosmética de Tratamento
Franquia: número de unidades de franquia subiu 12,3% no período, com um total de 104.543

Rio de Janeiro - O mercado brasileiro de franquias pretende investir, cada vez mais, na democratização do sistema. Os financiamentos oferecidos pelos bancos oficiais e pelas agências de fomento estaduais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e a Agência de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), que oferecem taxas de juros reduzidas, facilitam o acesso da classe C às microfranquias.

A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABRF-RJ), Beto Filho, em entrevista à Agência Brasil, ao participar da cerimônia de abertura da 7ª Feira Rio Franchising Business, no Riocentro. 

“Ela pode se habilitar, porque nós temos franquias a partir de R$ 10 mil”. Segundo ele, o franchising diminui o risco de investimento dos bancos, abrindo a possibilidade para que muita gente ingresse nesse mercado.

O setor de microfranquias nacional cresceu 22% em 2012, em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

O número de redes cresceu 10%, de 336 para 368, enquanto o total de unidades evoluiu de 12.561 para 13.352, com expansão de 6%. “E vai crescer mais, porque é onde tem a possibilidade de haver maior número de franqueados, de pessoas com menor renda poderem virar um franqueado empreendedor”, disse.

O Brasil subiu uma posição no ranking mundial, ocupando a terceira colocação, atrás da China e dos Estados Unidos, graças ao crescimento de 19,4% observado no número de redes. Elas somaram 2.426, no ano passado, contra 2.031 redes existentes no ano anterior. 

O número de unidades de franquia subiu 12,3% no período, com um total de 104.543. O faturamento também aumentou 16,2% em 2012, em relação a 2011, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), atingindo R$ 103,2 bilhões.

Para este ano, a meta é, pelo menos, repetir o crescimento observado em 2012. “Pelas projeções, a gente está muito próximo de finalizar o ano acima de dois dígitos e repetindo o aumento do ano passado”, declarou Beto Filho.

B&A avalia compra de minas de minério de ferro no Brasil


O oeste da África também está na mira da empresa

Fernanda Guimarães, do
REUTERS/Beawiharta
Minério de ferro
Minério de ferro: a empresa está interessada em minas de alta qualidade do minério e não necessariamente em seu tamanho


Belo Horizonte - O presidente da B&A Mineração - empresa fruto de uma parceira do BTG e a AGN, de Roger Agnelli - Eduardo Ledsham, disse que a companhia avalia oportunidades para aquisição de minas de minério de ferro no Brasil e também no oeste da África.

Segundo o executivo, a empresa está interessada em minas de alta qualidade do minério e não necessariamente em seu tamanho.

Ledsham comentou também, em sua apresentação no Congresso Brasileiro de Mineração, nesta quinta-feira, 26, que o novo Marco Regulatório da Mineração, que tramita no Congresso Nacional, tem de incorporar mecanismos claros para "a atração de investimentos estrangeiros" e também dar garantias para aqueles que já possuem investimentos no Brasil.

Petrobras não tem mais o que vender no Brasil


Companhia deu por encerrada a venda de algumas operações no país e vai focar agora nos ativos do exterior

Ueslei Marcelino/Reuters
Graça Foster
Graças Foster, presidente-executiva da Petrobras: tivemos uma realização boa, dentro do previsto, no Brasil

São Paulo - Para conseguir atingir a meta de 9,9 bilhões de dólares em desinvestimentos, a Petrobras decidiu colocar à venda algumas de suas operações no Brasil e no exterior. No país, no entanto, a petroleira deu por encerrada as negociações.

Em entrevista ao Valor Econômico, desta quinta-feira, Graça Foster, presidente da Petrobras, afirmou que praticamente o que tinha para ser feito no Brasil já foi feito. "Tivemos uma realização boa, dentro do previsto. E uma realização no exterior menor do que o previsto", disse a executiva, ao jornal.

Agora a companhia dará mais atenção para alienação de projetos no exterior.

De acordo com Graça, em breve, a companhia deve anunciar uma nova negociação fora do país, mas descartou, no entanto, a venda da refinaria de Passadena, nos Estados Unidos, por não considerar as ofertas feitas pela operação atrativas. 

Autossuficiência em petróleo será atingida em 2014


Conteúdo patrocinado por  
Agência Petrobras
Trinta e oito novas plataformas e quatro refinarias entrarão em operação no país até 2020
Oitavo maior consumidor mundial de petróleo, o Brasil caminha para se tornar autossuficiente. A produção total do insumo no país, segundo a Petrobras, superará o consumo já em 2014. Apesar disso, a empresa continuará importando combustíveis até 2020, quando, enfim, a capacidade de refino será maior do que o consumo de derivados. A autossuficiência já havia sido atingida em 2006, mas a forte demanda por gasolina, óleo diesel e outros combustíveis nos anos seguintes, aliada a dificuldades na produção, fez com que fosse perdida.

Para acabar com a dependência externa, o país planeja fortes investimentos no setor de óleo e gás. O plano de negócios da estatal para o período 2013-2017 prevê gastos da ordem de 236,7 bilhões de dólares, sendo 62% desse valor destinado às áreas de produção e exploração. Até 2020, entrarão em operação 38 novas plataformas e quatro refinarias, que elevarão a produção diária dos atuais 2,1 milhões de barris para 4,2 milhões.

A exploração das reservas do pré-sal é decisiva para que o país se consolide como um grande player mundial de petróleo. Em outubro, está prevista a realização do leilão do supercampo de Libra, com reservas recuperáveis de 8 a 12 bilhões de barris. Será o primeiro do pré-sal pelo novo regime de partilha. Com os novos investimentos, a produção do pré-sal deverá triplicar e alcançar 1 milhão de barris/dia em quatro anos.

INOVAÇÃO –O setor de gás natural, que representa 10% de nossa matriz energética, também encontra um cenário positivo. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2021) prevê que a produção nacional média salte dos atuais 77 milhões de metros cúbicos por dia para 200 milhões no início da próxima década. Para que isso ocorra, basta criar condições competitivas para a indústria, que garantam expansão da oferta e demanda do combustível.

Um fator crucial para o aumento da produção de energia é a inovação. O Brasil foi pioneiro na exploração de petróleo em águas ultraprofundas, a partir de 1 500 metros de profundidade, e já estuda a possibilidade de transferir o processamento de petróleo das plataformas na superfície para o fundo do mar, automatizando o processo e tornando-o mais eficiente. O desafio tecnológico é grande, mas capaz de ser superado.


Brasil Kirin prevê investimento de R$ 1 bilhão até 2014


Dois anos depois da compra pelos japoneses, a ex-Schincariol quer eliminar imagens negativas de marca e de empresa

Suzana Inhesta, do
Divulgação
Propaganda da Nova Schin
Nova Schin, uma das marcas da Schincariol: presente em 600 mil pontos de venda no País, a Brasil Kirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos

São Paulo - Um ano após a reestruturação da marca institucional para Brasil Kirin e dois anos depois da compra pelos japoneses da Kirin, a ex-Schincariol quer trabalhar fortemente com o consumidor e eliminar imagens negativas de marca e de empresa.

“Parece óbvio, mas agora estamos mudando o modelo de negócio da companhia de um foco industrial, voltado para a produção, para uma empresa que dê maior atenção ao consumidor”, disse o vice-presidente financeiro da fabricante de bebidas, Fábio Marchiori, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Segundo o executivo, a Brasil Kirin (segunda maior companhia do País em produção de cervejas) implementará em 2014 seu plano de inovação tanto no portfólio de bebidas alcoólicas, que representa 60% da receita, quanto no de não alcoólicos, que respondem por 40%.

Em 2012 houve a virada financeira da empresa, que passou de um prejuízo de R$ 70 milhões em 2011 para um lucro líquido de R$ 300 milhões. E 2013 tem sido o ano de se concentrar na estratégia de aproximação ao varejo, segundo Marchiori. “

"(O ano de) 2014 será o período de mudarmos a percepção do consumidor para com as marcas e para com a empresa.” Entre as marcas da companhia estão as cervejas Nova Schin, Devassa Bem Loira e Baden Baden; o refrigerante e a água mineral Schin; a bebida mista Skinka; e sucos."

Marchiori afirmou que pode haver mudanças nos itens comercializados, mas sem a extinção de produtos que levam o nome da família ex-controladora da empresa e com uma eventual entrada de itens vendidos no exterior pela matriz japonesa. “Porém, o que determinará a vinda dos produtos da Kirin - que podem ser alcoólicos ou não - e a alteração no portfólio atual será a demanda do consumidor.”

Presente em 600 mil pontos de venda no País, a Brasil Kirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos. Para todos os seus planos, a empresa prevê investir R$ 1 bilhão no biênio 2013-2014. O montante será o maior de sua história. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Como o JBS, Minerva e Marfrig reagirão ao embargo russo


Rússia suspendeu a importação de carne de nove plantas destes frigoríficos por 60 dias

Dado Galdieri/Bloomberg
Gado da produtora de carne Minerva pasta em uma fazenda operada pela Companhia Agropecuária Monte Alegre (CMA) em Barretos
Gado em fazenda brasileira: frigoríficos têm flexibilidade para lidar com novo embargo russo

São Paulo – A Rússia suspendeu, mais uma vez, a importação de carne bovina brasileira, por meio de seu serviço de vigilância sanitária. O embargo atinge nove unidades de produção dos frigoríficos JBS, Minerva e Marfrig.

A suspensão começa em 2 de outubro e durará 60 dias. O governo russo limitou-se a citar que as plantas listadas violaram uma regra de importação, mas não forneceu detalhes do caso.

A Rússia é a maior consumidora de carne do Brasil. No ano passado, respondeu por 24% das exportações do setor. Apesar do seu peso, os frigoríficos atingidos pela medida poderão remanejar as vendas para a Rússia para plantas que não foram embargadas, tanto no Brasil, quanto em países onde operam.

Essa é a avaliação do BB Investimentos, braço de corretagem do Banco do Brasil, em relatório assinado pelo analista Nataniel Cezimbra. “Acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais”, afirma o analista no texto.


Flexibilidade


O JBS teve seis unidades suspensas pela Rússia. Segundo o BB Investimentos, a empresa deve remanejar as exportações para uma planta no Brasil que não sofreu restrições, e outras duas no Paraguai e Uruguai.

O relatório afirma que o JBS pode contar, ainda, com a plataforma de exportações que criou, ao comprar empresas em outros países como Estados Unidos e Austrália. “Não há alteração estratégica em relação ao mercado russo, apenas a realocação da origem da produção”, diz o analista.

Já o Minerva teve duas unidades embargadas: Araguaína e Barretos. Segundo o BB Investimentos, a empresa deve atender o mercado russo a partir das unidades do Paraguai (Frigomerc e Friasa) e do Uruguai (Melo). “Não haverá mudança de capacidade instalada, apenas no mix de destino da produção”, escreve Cezimbra.

Já o Marfrig sofreu o embargo de uma unidade. A empresa deve atender a Rússia por meio de outras unidades no Brasil e no Uruguai.