segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Economia brasileira deve crescer 2% em 2014, aponta Focus


Por Ana Conceição | Valor
 

SÃO PAULO  -  Os analistas de mercado elevaram suas estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 de 1,99% para 2%, como consta do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Foi a segunda alta consecutiva na projeção, que há um mês estava justamente em 2%.

Os analistas também ajustaram as apostas para a economia no ano que vem, de 2,48% para 2,50% de expansão.

No tocante à produção industrial, a estimativa para 2014 seguiu em 2,20% de aumento. Para 2015, contudo, a previsão é de um avanço mais moderado, indo de 3% para 2,89%. 

No caso do câmbio, os agentes consultados pelo BC mantiveram sua estimativa para a cotação do dólar no fim de 2014 em R$ 2,45, enquanto elevaram a projeção para o fim do próximo ano, de R$ 2,47 para R$ 2,50.

Para o saldo da balança comercial deste ano, o superávit previsto passou de US$ 8,25 bilhões para US$ 9,10 bilhões. Para 2015, a estimativa permaneceu em US$ 12 bilhões. 

A projeção para a dívida líquida do setor público em 2014 partiu de 34,95% para 34,80% do PIB. Para 2015, seguiu em 35% do PIB.

(Ana Conceição | Valor)

Cade aprova aliança entre Monsanto e Novozymes

Por Valor
 
BRASÍLIA  -  O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira, sem restrições, uma aliança entre a Monsanto e a Novozymes. A operação havia sido anunciada em dezembro.

De acordo com o relatório do Cade, a Monsanto não fabrica ou vende produtos microbiológicos no Brasil, o que a torna entrante neste mercado. A decisão foi publicada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”.

Segundo parecer do Cade, a parceria busca o aumento da eficiência para pesquisa e comercialização de soluções microbianas para o setor agrícola. “Essa aliança contará com a capacidade da Novozymes de descobrir, desenvolver e produzir soluções microbianas e com a capacidade da Monsanto de pesquisa, desenvolvimento, teste e comercialização. O objetivo é desenvolver produtos que ajudem os agricultores a aumentar o rendimento das lavouras usando menos recursos. A aliança irá desenvolver e comercializar descobertas de novos produtos biológicos de cada uma das empresas”, informou o documento.

“A operação não resultará na formação de uma sociedade com o propósito específico e a aliança funcionará exclusivamente com base no contrato celebrado entre a Monsanto e a Novozymes.”
(Valor)

Economia da China fecha segundo ano com crescimento de 7,7%


Por Valor, com agências internacionais
Associated Press

SÃO PAULO  -  O desempenho econômico da China estabilizou-se em 2013, avaliou o diretor do Departamento de Estatísticas do país, Ma Jiantang. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 7,7%, empatando com a taxa registrada em 2012, o resultado mais fraco desde 1999. Vale recordar que, em 2011, a economia chinesa avançou 9,3%.

De qualquer forma, o crescimento da China ficou acima da meta perseguida pelo governo, de 7,5%, e dentro da expectativa de alguns economistas. 

Somente no quarto trimestre de 2013, o PIB da China teve expansão de 7,7%, no comparativo com um ano antes, coincidindo com o resultado verificado no começo daquele calendário. O desempenho foi, no entanto, ligeiramente inferior àquele apurado no terceiro trimestre, de 7,8% de avanço.

O relatório da agência trouxe ainda um crescimento firme da produção industrial chinesa no ano passado, de 9,7%. Da mesma forma, as vendas no varejo da China registraram firme alta, de 13,1% em 2013. Os investimentos em ativos fixos subiram 19,6% no período, sendo que o investimento total no desenvolvimento imobiliário cresceu 19,8%.

Ainda em 2013, o índice de preços ao consumidor na China aumentou 2,6%, sendo que a inflação foi de 2,6% na área urbana e de 2,8% na área rural. Os preços dos alimentos aumentaram 4,7%, com destaque para vegerais frescos, que ficaram 8,1% mais caros. Somente em dezembro passado, o índice de preços subiu 2,5% perante um ano antes e 0,3% em relação a novembro.

Dilma diz que "não lava as mãos" na questão da segurança


Por Bruno Peres | Valor
Antonio Cruz/ABr

BRASÍLIA  -  A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, em entrevista a emissoras de rádio de Belo Horizonte (MG), que os governos do PT sempre buscaram contribuir com Estados e municípios na responsabilidade sobre segurança pública, ainda que a área não seja de competência da União. Dilma garantiu que o governo acredita “muito” em “uma ação cooperativa” e “nunca” se omitiu nessa questão.

“Nunca dissemos que a violência era um problema dos Estados e que, portanto, nos lavávamos nossas mãos. Outros governos alegavam isso, não o nosso”, afirmou Dilma, em referência a críticas feitas pela oposição, de que o governo federal “lava as mãos e coloca sobre os ombros dos Estados” a responsabilidade total pela segurança pública. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez essa declaração publicamente.

Ao falar de cooperações feitas pelo governo federal com governos estaduais e municipais, Dilma citou as ações feitas para garantir a segurança da população durante a Copa das Confederações, em 2013, e operações feitas nas fronteiras de combate ao crime organizado. A presidente voltou a condenar atos de violência durante manifestações consideradas legítimas e disse que a Força Nacional de Segurança atua, quando convocada, para garantir a ordem e evitar enfrentamentos com a população.

Dilma destacou investimentos federais de R$ 1,1 bilhão para Estados investirem no sistema prisional, desde que apresentem projetos. A expectativa do governo é que com esses recursos sejam colocadas à disposição mais de 47 mil vagas em presídios. Dilma afirmou que as unidades federais têm desempenhado “um papel chave” para diminuir a violência nos Estados, com a transferência de presos.

Dilma voltou a falar em parceria do governo federal com Estados e municípios ao comentar os recursos federais anunciados para mobilidade urbana em Belo Horizonte na última sexta-feira. “Julgamos que era impossível uma questão relevante como é a questão do transporte coletivo ser algo que a União não participasse”, disse Dilma, destacando que seu governo já investiu R$ 140 bilhões em todo o país na área de mobilidade urbana, área em que “tradicionalmente” cabia aos Estados investir. “Consideramos que mobilidade urbana é algo fundamental”, afirmou

(Bruno Peres | Valor)

Financial Times: mais notícias ruins para o Brasil

O FT comentou a queda do IBC-Br - índice divulgado na última sexta-feira pelo Banco Central e que funciona como uma espécia de prévia do Produto Interno Bruto (PIB); o indicador caiu 0,3% em novembro.

A publicação britânica Financial Times voltou a destacar dados ruins da economia brasileira. Em um artigo entitulado "Mais notícias ruins para o Brasil" na área dedicada somente às economias emergentes, o FT comentou a queda do IBC-Br - índice divulgado na última sexta-feira pelo Banco Central e que funciona como uma espécia de prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador caiu 0,3% em novembro.
O artigo afirma que o mercado esperava um crescimento de 0,1% no indicador ao invés da queda registrada e explicou que o dado foi divulgado dois dias depois de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros da economia para 10,5% ao ano. Aumentar juros segura a inflação, mas tende a desacelerar a economia.

O FT ainda disse que os sucessivos aumentos na taxa de juros não têm reduzido o ritmo da inflação, que tem subido muito mais pela desvalorização do real e gastos do governo.

sábado, 18 de janeiro de 2014

PARAGUAIOS RECEBERIAM R$ 0,10 POR PEÇA PRODUZIDA

Paraguaios têm o direito de trabalhar e viver no país. Basta solicitar autorização em consulados brasileiros. 

Nesta semana quatro ônibus foram flagrados com cidadãos paraguaios sem autorização para viajar no Brasil. As autoridades desconfiam que os passageiros estrangeiros voltavam para a capital paulista, onde trabalham em situação semelhante à escravidão, ou seja, ganhando muito a baixo de um salário mínimo, com carga horária acima da prevista em lei e vivendo em lugares degradantes.

“Existem várias denúncias sobre paraguaias domésticas. Também foram feitas várias ações de conscientização pela nossa gerência, no tocante a trabalhadores paraguaios ilegalmente da construção civil e reciclagem de lixo. Quando é uma questão de regularização é dado um prazo para a empresa se regularizar. Já em caso de trabalho de trabalho degradante é tomado outras medidas”, informou.

De acordo com Gilberto Monte Braga, gerente do Ministério do Trabalho e Emprego, os pedidos de trabalho por cidadãos paraguaios aumentaram nos últimos anos em Foz do Iguaçu, principalmente na área da construção civil.

O delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Ricardo Cubas, informou que a retirada de visto de estudante ou trabalho por estrangeiros, é um processo fácil no Brasil. Segundo explicou o delegado, a pessoa precisa fazer o pedido na embaixada brasileira no país em que estiver apresentando documentos e comprovante que já possui algum empregador interessado no Brasil.

Os estrangeiros podem ter a Carteira de Trabalho no Brasil, tanto na condição de fronteiriço ou acordo pelo Mercosul, que permite trabalhar em todo o território nacional. Para isso, primeiramente o cidadão deve pedir visto de permanência no consulado brasileiro, no país de origem.

Os paraguaios flagrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-277 no oeste do Paraná depois de entrarem ilegalmente no Brasil disseram aos agentes que receberiam R$ 0,10 por peça de roupa produzida em fábricas de confecção em São Paulo. O grupo de 137 estrangeiros estava em três ônibus abordados na tarde de quinta-feira (16/01) quando seguiam viagem para o estado vizinho. A Polícia Federal (PF) garantiu que vai investigar as suspeitas de aliciamento para o trabalho escravo no país.

A primeira abordagem foi feita no posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu. No ônibus de São Paulo (SP) estavam 48 paraguaios. Logo depois, na mesma rodovia, outros dois veículos do comboio, um com 41 e outro com mais 48 estrangeiros entre homens, mulheres e crianças com idade de 5 a 60 anos, foram abordados quando passavam por Céu Azul. Além de os paraguaios não terem o documento de entrada no país expedido pela PF, alguns veículos não tinham, por exemplo, a licença da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o transporte de passageiros.

No domingo (12/01), um ônibus com 48 passageiros paraguaios foi abordado também na BR-277, em Céu Azul. Na ocasião, os estrangeiros voltaram ao país de origem após serem multados por entrar no Brasil ilegalmente. O motorista, brasileiro, e o ônibus de turismo, de São Paulo, foram liberados. Segundo a assessoria da PF, em 2013 foram flagrados na região quatro ônibus na mesma situação. Como não havia indícios de que os grupos tinha a intenção de trabalhar no país, foram autuados e voltaram ao Paraguai pela Ponte da Amizade, por onde haviam passado.

Segundo o delegado da PF em Foz do Iguaçu, Ricardo Cubas César, as suspeitas de uso de mão-de-obra ilegal serão investigadas. “Este tipo de contrato e de pagamento por peça de roupa produzida já demonstra uma situação irregular de trabalho, provavelmente escravo”, afirmou. “Serão investigados as empresas proprietárias dos ônibus, as pessoas que possivelmente estavam servindo como guias e principalmente as empresas que contrataram os trabalhadores”, apontou ao destacar que uma quadrilha especializada pode estar agindo na região.

Quanto à obrigatoriedade de os estrangeiros informarem a entrada no país, o delegado explicou que paraguaios, em função do Mercosul, têm o trânsito facilitado nos países no bloco, e precisam de visto apenas nos casos de permanência acima de 90 dias ou para estudo e trabalho. “Esta liberação precisa ser feita por meio do consulado do Brasil no país de origem.” Nos flagrantes de imigração irregular, se os estrangeiros se dispuserem a voltar voluntariamente, são acompanhados pela polícia até o ponto de fronteira mais próximo. “Caso contrário, é feito o procedimento formal de deportação”, observou César.

(Agências – 17/01/2014)

Região Sul tem maior aumento de exportações em 2013



Importação e Exportação / Logística
 
A Região Sul teve o maior crescimento das vendas externas entre as regiões brasileiras em 2013. De janeiro a dezembro do ano passado, os estados do Sul venderam 18,19% mais que em 2012. O total de exportações da região passou de US$ 44,015 bilhões, em 2012, para US$ 52,021 bilhões, em 2013, o que representou um crescimento da participação regional nas exportações totais do Brasil de 18,15% para 21,48%.

A segunda maior elevação das vendas externas (10,76%) foi do Centro-Oeste brasileiro (de US$ 25,621 bilhões para US$ 28,377 bilhões; de 10,56 % para 11,72% do total Brasil); seguido pela Região Norte, com 7,89% de aumento (de US$ 17,692 bilhões para US$ 19,088 bilhões; 7,29 % para 7,88%). O Nordeste registrou queda de 8,01% nas vendas externas (de US$18,773 bilhões para US$ 17,270 bilhões; 7,74 % para 7,13%) e o Sudeste também teve redução 8,68% das exportações em 2013 (US$ 133,520 bilhões para US$ 121,936 bilhões; 55,04% para 50,35%).

Em valores absolutos, os maiores exportadores foram: Sudeste (US$ 121,936 bilhões); Sul (US$ 52,021 bilhões); Centro-Oeste (US$ 28,377 bilhões); Norte (US$ 19,088 bilhões) e Nordeste (US$ 17,270 bilhões).

Estados

Entre os estados, o que teve maior crescimento das vendas externas, em relação ao ano anterior, foi o Rio Grande do Sul, que aumentou em 44,34% as exportações. Os embarques do estado passaram de US$ 17,385 bilhões para US$ 25,093 bilhões, elevando de 7,17% para 10,36% a participação nas vendas externas brasilerias. Em valores absolutos, os maiores exportadores foram São Paulo (US$ 56,317 bilhões; queda de 5,11% em relação a 2012 e participação de 23,25 % no total Brasil); Minas Gerais (US$ 33,436 bilhões; aumento de 0,57%; participação de 13,81% ); Rio Grande do Sul (US$ 25,093 bilhões; 44,34% de elevação; 10,36%); Rio de Janeiro (US$ 21,273 bilhões; queda de 26,04%; participação de 8,78%); e Paraná (US$ 18,239 bilhões; aumento de 2,99%;participação de 7,53%).

Veja no site os dados da balança comercial de estados e regiões, no endereço: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC