quinta-feira, 6 de março de 2014

8 de Março – Dia da Mulher – Temos motivos para Comemorar ?





 
 Foto: 8 de Março – Dia da Mulher – Temos motivos para Comemorar 
por: Esilda Alcipreste

Histórico

Historicamente a luta da Mulher  começaram a partir da Revolução francesa, em 1789, onde as mulheres passaram a atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos. 
É nessa época que surge o nome da francesa Olympe de Gouges. Em 1791, ela lança a "Declaração dos Direitos da Cidadã", onde reivindicava o "direito feminino a todas as dignidades, lugares e empregos públicos segundo suas capacidades". 
Afirmava também que "se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, poderia poder subir também à tribuna". Olympe de Gouges foi julgada, condenada à morte e guilhotinada em 3 de março de 1793, por "ter querido ser um homem de estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo". À partir desse  mesmo ano, as associações femininas foram proibidas na França.
Surgiram também manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, na Primeira Guerra Mundial. Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão-de-obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram freqüentes.
Assim, devido aos grandes protestos em nível mundial culminou que no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e reivindicaram  melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. 
A manifestação foi violentamente reprimida. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Onde 130 mulheres tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano e covarde, uma verdadeira barbárie!
Podemos observar que através dos tempos a mulher veio reivindicando seu lugar na sociedade extremamente machista  e somente no ano de 1910, durante  a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro, sendo que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Atualmente, a data perdeu um pouco seu sentido original, e tem mais um caráter festivo e comercial.

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. 
Mesmo com todos os avanços em pleno século XXI ,  ainda sofremos, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
 
Conquistas das Mulheres Brasileiras 

No Brasil podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
No entanto, expressivas desigualdades ainda perduram entre gênero e raça no mercado de trabalho no Brasil, principalmente quando o assunto é remuneração. Os salários chegam a ser entre 25% e 30% menores do que os homens para funções semelhantes.
De 1992 para cá, a participação de mulheres com emprego fora de casa evoluiu de 56,7% para 64%, representando expansão de sete pontos percentuais. Os dados são da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Entre o sexo feminino, o índice de desemprego é alto e ainda muito superior quando comparado ao dos homens. Fatia de 19% das mulheres está fora do mercado de trabalho, enquanto entre os homens esse número só chega a 10,2%.
Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que na Região Metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo em 2009, para 16,2%, saindo de 16,5% em 2008.
Entre os homens, houve elevação de 10,7% para 11,6% no período. Segundo a OIT, a taxa de desocupação mundial entre as mulheres aumentou de 6% para 7% e no ano passado, alta pouco maior que a masculina.
"O crescimento da participação das mulheres no mercado não vem sendo acompanhada de redefinição das relações de gênero no âmbito das responsabilidades domésticas. Esse problema submete as mulheres a dupla jornada de trabalho", explica o sociólogo e consultor de relações humanas Jefferson Sebastião Fernandes.
"A mulher ainda é vista como aquela que pode dar mais trabalho do que o homem, no sentido de gerar gastos para a empresa, seja por causa de licença-maternidade ou de outra atribuição que lhe é confiada em casa", afirma a diretora da OIT Brasil, Laís Abramo.

CHEFES DE FAMÍLIA 

 De acordo com o relatório da OIT, o número de mulheres que são chefes de família chegou a 34,9% em 2008, quase dez pontos percentuais, se comparado a uma década atrás, quando elas representavam 25,9%. Assim, também acumulou, ao longo dos anos, jornada de trabalho exaustiva. Juntando a carga de horas trabalhadas fora com as atividades exercidas ao chegar em casa, as mulheres gastam, em média, 57,1 horas semanais.
"A mudança vital foi a transição feminina de ter emprego para construir carreira. Até a década de 1970 a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Hoje, a maioria pretendem conciliar as atividades domésticas e profissionais.

PROGRESSOS

A raiz dessa mudança está na revolução social e cultural a partir da década de 1960. "As jovens daquela época lutavam pela igualdade com os homens e acabaram com o estigma de que lugar de mulher era em casa e passaram a educar suas filhas para pensar em uma carreira", diz.

FUTURO 

As mulheres têm se dedicado muito aos estudos, tanto é que o índice do público feminino nas faculdades é maior do que o masculino. Apesar de ainda ganharem menos, o futuro é bastante promissor .
Sendo assim, é necessário adaptar o mercado de trabalho e as políticas sociais aos valores e limitações próprios das mulheres e dos homens.
"As mudanças nos arranjos familiares, com mais mulheres chefes de família, o tempo médio de estudo do público feminino e o percentual crescente das que entram no mercado de trabalho são algumas das principais mudanças registradas entre 1998 e 2008, o que mostra que o futuro é promissor neste aspecto.

Violência Doméstica no Brasil – Lei Maria da Penha

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo onde  revela dados inéditos sobre a violência contra a mulher.  De acordo com o levantamento, o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex-parceiros das vítimas. O número indica uma taxa de 5,82 casos para cada 100 mil mulheres.
A pesquisa Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, coordenada pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Leila Posenato Garcia, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.
O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.

A pesquisa, que foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, ainda calcula que, em média, ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia.
As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.
Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maior parte das vítimas tinham baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.
A pesquisa do Ipea alerta para os dados preocupantes em relação à violência contra mulher. Mas destaca também que o óbito é a “ponta do iceberg”. “O ‘lado submerso do iceberg’ esconde um mundo de violências não-declaradas, especialmente a violência rotineira contra mulheres no espaço do lar”, diz o documento.
O estudo ressalta ainda a dificuldade de obtenção de informações acuradas sobre feminicídios: “Os sistemas de informação sobre mortalidade não documentam a relação entre vítima e perpetrador, ou os motivos do homicídio. Por isso, foi feita recomendação para a inclusão de um campo na declaração de óbito (DO), visando a permitir a identificação dos óbitos de mulheres decorrentes de situações de violência doméstica, familiar ou sexual e o monitoramento destes eventos”.

O que esperamos ?

Através dos dados acima mencionados “in totum” pelo IPEA, o Brasil tendo em seu comando uma mulher , várias ministras , secretarias que visam melhorias de políticas públicas para as mulheres, mas que até agora não fez nada de concreto e eficaz !  Assim cobramos e esperamos que sejam tomadas medidas urgentes, não podemos mais aceitarmos  tanta violência , precisamos de elaboração de novas legislações mais duras e que realmente sejam eficazes e  realmente cumpridas, afinal somos maioria no país e não podemos mais aceitarmos que homens, ajam como verdadeiros carrascos, decidam e determinem em relação aos nossos corpos e sobre as nossas vidas !    

por:Esilda Alciprete 
Advogada e Consultora Internacional
 
 

por: Esilda Alciprete

Histórico

Historicamente a luta da Mulher começaram a partir da Revolução francesa, em 1789, onde as mulheres passaram a atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.

É nessa época que surge o nome da francesa Olympe de Gouges. Em 1791, ela lança a "Declaração dos Direitos da Cidadã", onde reivindicava o "direito feminino a todas as dignidades, lugares e empregos públicos segundo suas capacidades".

Afirmava também que "se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, poderia poder subir também à tribuna". Olympe de Gouges foi julgada, condenada à morte e guilhotinada em 3 de março de 1793, por "ter querido ser um homem de estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo". À partir desse mesmo ano, as associações femininas foram proibidas na França.

Surgiram também manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, na Primeira Guerra Mundial. Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão-de-obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram freqüentes.

Assim, devido aos grandes protestos em nível mundial culminou que no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e reivindicaram melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi violentamente reprimida. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Onde 130 mulheres tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano e covarde, uma verdadeira barbárie!

Podemos observar que através dos tempos a mulher veio reivindicando seu lugar na sociedade extremamente machista e somente no ano de 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro, sendo que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Atualmente, a data perdeu um pouco seu sentido original, e tem mais um caráter festivo e comercial.

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.

Mesmo com todos os avanços em pleno século XXI , ainda sofremos, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

No Brasil podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

No entanto, expressivas desigualdades ainda perduram entre gênero e raça no mercado de trabalho no Brasil, principalmente quando o assunto é remuneração. Os salários chegam a ser entre 25% e 30% menores do que os homens para funções semelhantes.

De 1992 para cá, a participação de mulheres com emprego fora de casa evoluiu de 56,7% para 64%, representando expansão de sete pontos percentuais. Os dados são da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Entre o sexo feminino, o índice de desemprego é alto e ainda muito superior quando comparado ao dos homens. Fatia de 19% das mulheres está fora do mercado de trabalho, enquanto entre os homens esse número só chega a 10,2%.

Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que na Região Metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo em 2009, para 16,2%, saindo de 16,5% em 2008.

Entre os homens, houve elevação de 10,7% para 11,6% no período. Segundo a OIT, a taxa de desocupação mundial entre as mulheres aumentou de 6% para 7% e no ano passado, alta pouco maior que a masculina.

"O crescimento da participação das mulheres no mercado não vem sendo acompanhada de redefinição das relações de gênero no âmbito das responsabilidades domésticas. Esse problema submete as mulheres a dupla jornada de trabalho", explica o sociólogo e consultor de relações humanas Jefferson Sebastião Fernandes.

"A mulher ainda é vista como aquela que pode dar mais trabalho do que o homem, no sentido de gerar gastos para a empresa, seja por causa de licença-maternidade ou de outra atribuição que lhe é confiada em casa", afirma a diretora da OIT Brasil, Laís Abramo.

Chefes de Família

De acordo com o relatório da OIT, o número de mulheres que são chefes de família chegou a 34,9% em 2008, quase dez pontos percentuais, se comparado a uma década atrás, quando elas representavam 25,9%. Assim, também acumulou, ao longo dos anos, jornada de trabalho exaustiva. Juntando a carga de horas trabalhadas fora com as atividades exercidas ao chegar em casa, as mulheres gastam, em média, 57,1 horas semanais.

"A mudança vital foi a transição feminina de ter emprego para construir carreira. Até a década de 1970 a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Hoje, a maioria pretendem conciliar as atividades domésticas e profissionais.

PROGRESSOS

A raiz dessa mudança está na revolução social e cultural a partir da década de 1960. "As jovens daquela época lutavam pela igualdade com os homens e acabaram com o estigma de que lugar de mulher era em casa e passaram a educar suas filhas para pensar em uma carreira", diz.

Futuro

As mulheres têm se dedicado muito aos estudos, tanto é que o índice do público feminino nas faculdades é maior do que o masculino. Apesar de ainda ganharem menos, o futuro é bastante promissor .
Sendo assim, é necessário adaptar o mercado de trabalho e as políticas sociais aos valores e limitações próprios das mulheres e dos homens.

"As mudanças nos arranjos familiares, com mais mulheres chefes de família, o tempo médio de estudo do público feminino e o percentual crescente das que entram no mercado de trabalho são algumas das principais mudanças registradas entre 1998 e 2008, o que mostra que o futuro é promissor neste aspecto.

Violência Doméstica no Brasil – Lei Maria da Penha

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo onde revela dados inéditos sobre a violência contra a mulher. De acordo com o levantamento, o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex-parceiros das vítimas. O número indica uma taxa de 5,82 casos para cada 100 mil mulheres.

A pesquisa Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, coordenada pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Leila Posenato Garcia, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.

O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.

A pesquisa, que foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, ainda calcula que, em média, ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia.

As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.

Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maior parte das vítimas tinham baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.

A pesquisa do Ipea alerta para os dados preocupantes em relação à violência contra mulher. Mas destaca também que o óbito é a “ponta do iceberg”. “O ‘lado submerso do iceberg’ esconde um mundo de violências não-declaradas, especialmente a violência rotineira contra mulheres no espaço do lar”, diz o documento.

O estudo ressalta ainda a dificuldade de obtenção de informações acuradas sobre feminicídios: “Os sistemas de informação sobre mortalidade não documentam a relação entre vítima e perpetrador, ou os motivos do homicídio. Por isso, foi feita recomendação para a inclusão de um campo na declaração de óbito (DO), visando a permitir a identificação dos óbitos de mulheres decorrentes de situações de violência doméstica, familiar ou sexual e o monitoramento destes eventos”.

O que esperamos ?

Através dos dados acima mencionados “in totum” pelo IPEA, o Brasil tendo em seu comando uma mulher , várias ministras , secretarias que visam melhorias de políticas públicas para as mulheres, mas que até agora não fez nada de concreto e eficaz ! Assim cobramos e esperamos que sejam tomadas medidas urgentes, não podemos mais aceitarmos tanta violência , precisamos de elaboração de novas legislações mais duras e que realmente sejam eficazes e realmente cumpridas, afinal somos maioria no país e não podemos mais aceitarmos que homens, ajam como verdadeiros carrascos, decidam e determinem em relação aos nossos corpos e sobre as nossas vidas !

por: Esilda Alciprete
Advogada e Consultora Internacional
http://alciprete63.wix.com/esilda-alciprete
 
 
Foto: 8 de Março – Dia da Mulher – Temos motivos para Comemorar 
por: Esilda Alcipreste

Histórico

Historicamente a luta da Mulher  começaram a partir da Revolução francesa, em 1789, onde as mulheres passaram a atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos. 
É nessa época que surge o nome da francesa Olympe de Gouges. Em 1791, ela lança a "Declaração dos Direitos da Cidadã", onde reivindicava o "direito feminino a todas as dignidades, lugares e empregos públicos segundo suas capacidades". 
Afirmava também que "se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, poderia poder subir também à tribuna". Olympe de Gouges foi julgada, condenada à morte e guilhotinada em 3 de março de 1793, por "ter querido ser um homem de estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo". À partir desse  mesmo ano, as associações femininas foram proibidas na França.
Surgiram também manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, na Primeira Guerra Mundial. Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão-de-obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram freqüentes.
Assim, devido aos grandes protestos em nível mundial culminou que no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e reivindicaram  melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. 
A manifestação foi violentamente reprimida. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Onde 130 mulheres tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano e covarde, uma verdadeira barbárie!
Podemos observar que através dos tempos a mulher veio reivindicando seu lugar na sociedade extremamente machista  e somente no ano de 1910, durante  a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro, sendo que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Atualmente, a data perdeu um pouco seu sentido original, e tem mais um caráter festivo e comercial.

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. 
Mesmo com todos os avanços em pleno século XXI ,  ainda sofremos, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
 
Conquistas das Mulheres Brasileiras 

No Brasil podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
No entanto, expressivas desigualdades ainda perduram entre gênero e raça no mercado de trabalho no Brasil, principalmente quando o assunto é remuneração. Os salários chegam a ser entre 25% e 30% menores do que os homens para funções semelhantes.
De 1992 para cá, a participação de mulheres com emprego fora de casa evoluiu de 56,7% para 64%, representando expansão de sete pontos percentuais. Os dados são da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Entre o sexo feminino, o índice de desemprego é alto e ainda muito superior quando comparado ao dos homens. Fatia de 19% das mulheres está fora do mercado de trabalho, enquanto entre os homens esse número só chega a 10,2%.
Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que na Região Metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo em 2009, para 16,2%, saindo de 16,5% em 2008.
Entre os homens, houve elevação de 10,7% para 11,6% no período. Segundo a OIT, a taxa de desocupação mundial entre as mulheres aumentou de 6% para 7% e no ano passado, alta pouco maior que a masculina.
"O crescimento da participação das mulheres no mercado não vem sendo acompanhada de redefinição das relações de gênero no âmbito das responsabilidades domésticas. Esse problema submete as mulheres a dupla jornada de trabalho", explica o sociólogo e consultor de relações humanas Jefferson Sebastião Fernandes.
"A mulher ainda é vista como aquela que pode dar mais trabalho do que o homem, no sentido de gerar gastos para a empresa, seja por causa de licença-maternidade ou de outra atribuição que lhe é confiada em casa", afirma a diretora da OIT Brasil, Laís Abramo.

CHEFES DE FAMÍLIA 

 De acordo com o relatório da OIT, o número de mulheres que são chefes de família chegou a 34,9% em 2008, quase dez pontos percentuais, se comparado a uma década atrás, quando elas representavam 25,9%. Assim, também acumulou, ao longo dos anos, jornada de trabalho exaustiva. Juntando a carga de horas trabalhadas fora com as atividades exercidas ao chegar em casa, as mulheres gastam, em média, 57,1 horas semanais.
"A mudança vital foi a transição feminina de ter emprego para construir carreira. Até a década de 1970 a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Hoje, a maioria pretendem conciliar as atividades domésticas e profissionais.

PROGRESSOS

A raiz dessa mudança está na revolução social e cultural a partir da década de 1960. "As jovens daquela época lutavam pela igualdade com os homens e acabaram com o estigma de que lugar de mulher era em casa e passaram a educar suas filhas para pensar em uma carreira", diz.

FUTURO 

As mulheres têm se dedicado muito aos estudos, tanto é que o índice do público feminino nas faculdades é maior do que o masculino. Apesar de ainda ganharem menos, o futuro é bastante promissor .
Sendo assim, é necessário adaptar o mercado de trabalho e as políticas sociais aos valores e limitações próprios das mulheres e dos homens.
"As mudanças nos arranjos familiares, com mais mulheres chefes de família, o tempo médio de estudo do público feminino e o percentual crescente das que entram no mercado de trabalho são algumas das principais mudanças registradas entre 1998 e 2008, o que mostra que o futuro é promissor neste aspecto.

Violência Doméstica no Brasil – Lei Maria da Penha

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo onde  revela dados inéditos sobre a violência contra a mulher.  De acordo com o levantamento, o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex-parceiros das vítimas. O número indica uma taxa de 5,82 casos para cada 100 mil mulheres.
A pesquisa Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, coordenada pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Leila Posenato Garcia, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.
O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.

A pesquisa, que foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, ainda calcula que, em média, ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia.
As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.
Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maior parte das vítimas tinham baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.
A pesquisa do Ipea alerta para os dados preocupantes em relação à violência contra mulher. Mas destaca também que o óbito é a “ponta do iceberg”. “O ‘lado submerso do iceberg’ esconde um mundo de violências não-declaradas, especialmente a violência rotineira contra mulheres no espaço do lar”, diz o documento.
O estudo ressalta ainda a dificuldade de obtenção de informações acuradas sobre feminicídios: “Os sistemas de informação sobre mortalidade não documentam a relação entre vítima e perpetrador, ou os motivos do homicídio. Por isso, foi feita recomendação para a inclusão de um campo na declaração de óbito (DO), visando a permitir a identificação dos óbitos de mulheres decorrentes de situações de violência doméstica, familiar ou sexual e o monitoramento destes eventos”.

O que esperamos ?

Através dos dados acima mencionados “in totum” pelo IPEA, o Brasil tendo em seu comando uma mulher , várias ministras , secretarias que visam melhorias de políticas públicas para as mulheres, mas que até agora não fez nada de concreto e eficaz !  Assim cobramos e esperamos que sejam tomadas medidas urgentes, não podemos mais aceitarmos  tanta violência , precisamos de elaboração de novas legislações mais duras e que realmente sejam eficazes e  realmente cumpridas, afinal somos maioria no país e não podemos mais aceitarmos que homens, ajam como verdadeiros carrascos, decidam e determinem em relação aos nossos corpos e sobre as nossas vidas !    

por:Esilda Alciprete 
Advogada e Consultora Internacional

quarta-feira, 5 de março de 2014

Air France busca renovação de luxo após beirar a falência


Companhia aérea passará por uma transformação que vai abranger desde assentos de alta qualidade a telas de entretenimento maiores

Molly Schuetz, da
Pascal Le Segretain/Getty Images
Aviões da Air France
Aviões da Air France: companhia investirá € 1 bilhão em três ou quatro anos para aumentar o atrativo da sua frota de longa distância

Nova York - O Air France-KLM, a maior companhia aérea da Europa, passará por uma transformação que vai abranger desde assentos de alta qualidade a telas de entretenimento maiores, enquanto o CEO Alexandre de Juniac tenta recuperar a empresa que beirou a falência.

Juniac, que se tornou CEO em julho, vai combinar adicionais de luxo, como refeições gourmet, com um esforço de redução de gastos que eliminará quase 10.000 empregos entre 2011 e 2015. Como os viajantes estão prontos para gastar mais, o investimento na experiência do cliente está intimamente ligado às economias, disse ele.

“Não podemos concorrer com as companhias aéreas do Golfo e da Ásia se não fornecermos o melhor serviço e o melhor produto”, disse Juniac, 51, ontem em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York.

Apostar que o futuro da empresa está nas mãos dos viajantes premium faz com que Juniac enfrente concorrentes de longa distância — como a Etihad Airways PJCS, a Qatar Airways Ltd. e a Singapore Airlines Ltd. — que atualizaram seus jatos anteriormente. A Air France-KLM, com sede em Paris, registrou cinco perdas anuais em seis anos, pois o gasto em mão de obra superou o de combustível, uma reversão da situação na indústria dos EUA, que voltou a ser eficiente.

“Estávamos indo à falência”, disse Juniac, que assumiu a chefia da Air France-KLM após liderar a unidade da Air France por cerca de um ano e meio.

Após chegar tarde ao jogo dos equipamentos de luxo, que agora são o padrão em linhas aéreas como a Emirates e a Singapore Airlines, a Air France-KLM investirá 1 bilhão de euros (US$ 1,37 bilhões) em três ou quatro anos para aumentar o atrativo da sua frota de longa distância.


Assentos mais compridos


Os assentos totalmente reclináveis da classe executiva serão mais compridos do que os oferecidos pelos concorrentes, com travesseiros de pena e edredons, telas de mídia maiores e novos cardápios, disse Juniac. Ele disse que fez questão pessoalmente de que os passageiros tenham mais espaço para os pés.

 Acreditamos que as pessoas estão cansadas de ser maltratadas”, disse Juniac. “As pessoas estarão dispostas a pagar um pouco mais pela passagem aérea”.

O número de passageiros de voos internacionais em assentos da classe premium subiu 4,2 por cento em 2013 frente ao ano anterior, segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo. O mercado do Atlântico Norte, o maior em receita e onde a Air France-KLM atua, aumentou 2,4 por cento após ganhar somente 0,6 por cento no ano anterior, quando a Europa estava atolada na recessão.

As taxas mais altas para os voos de longa distância fazem com que os passageiros premium sejam especialmente valiosos. Dos 15 milhões de viajantes desses voos da Air France no ano passado, 1,6 milhão de passageiros que usaram a classe executiva contribuíram com um terço da receita, disse a empresa.


Rali das ações


Os investidores estão começando a gostar dos planos de recuperação da Air France-KLM, elevando as ações 22 por cento até ontem nos últimos 12 meses. Foi o suficiente para deixá-la na 11° posição entre 30 companhias aéreas no índice Bloomberg World Airlines. O índice CAC All-Tradable da França subiu 20 por cento no mesmo período.

A Air France-KLM também começou a forjar parcerias comerciais para fortalecer sua posição nos mercados fora da Europa, onde o crescimento do tráfego de passageiros é lento e a concorrência dos rivais de baixo custo é feroz.

“A África estará na linha do horizonte”, disse Juniac. A Air France-KLM já possui um acordo para compartilhar códigos de reserva com a Kenya Airways Ltd., arranjo que permite que ambas as companhias aéreas coloquem passageiros nos voos da outra.

Para espalhar sua visão de uma nova cara para a Air France-KLM, Juniac disse que planeja dobrar ou triplicar o orçamento de publicidade. A companhia aérea conta com 150 funcionários trabalhando em redes sociais e anunciará este mês uma nova campanha publicitária global e uma estratégia de investimentos em comunicação, disse.

Justiça condena TAM a indenizar escritório de advocacia


O escritório perdeu três integrantes na tragédia do voo 3054

Elder Ogliari, do
Divulgação/Tam
Avião da TAM
Avião da TAM: a Edison Freitas de Siqueira Advogados Associados ajuizou ação por danos morais e materiais no valor de R$ 32,9 mil

Porto alegre - A 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a TAM ao ressarcimento de danos materiais a escritório de advocacia que perdeu três integrantes na tragédia do voo 3054, ocorrida no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 17 de julho de 2007.

A Edison Freitas de Siqueira Advogados Associados ajuizou ação por danos morais e materiais, no valor de R$ 32,9 mil, pela morte da sócia e diretora superintendente Fabiana Amaral, da gerente jurídica Nádia Bianchi Moyses e a da gerente de controladoria e estratégia nacional, Soraya Machado Charara, que iam a São Paulo participar de um seminário jurídico.

A decisão de primeiro grau negou o dano moral, por entender que o autor é pessoa jurídica que não sofreu abalo de honra e de seu bom nome, e determinou o pagamento dos danos materiais, no valor das passagens e dos três notebooks que as passageiras portavam.

Na defesa, a empresa argumentou que danos materiais são indenizados aos familiares das vítimas na forma do pagamento de despesas de funeral e alimentos aos herdeiros e que o autor não comprovou que as funcionárias portavam notebooks porque o equipamento não havia declaração de conteúdo da bagagem. As duas partes recorreram. O tribunal confirmou a sentença no final de fevereiro.

Estrangeiros têm parte em 50% do negócio de ações na Bovespa


É a maior participação desses investidores na história da Bovespa, desbancando os investidores locais

Angelo Pavini, da
BM&FBovespa/Divulgação
Bovespa
Bovespa: de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil no mês passado, metade foi por estrangeiros

Os estrangeiros responderam por 50% dos negócios com ações em fevereiro, de acordo com dados da BM&FBovespa até dia 26, quarta-feira da semana passada.

Ou seja, de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil no mês passado, metade foi por estrangeiros. É a maior participação desses investidores na história da Bovespa, desbancando os investidores locais.

Em janeiro, os estrangeiros responderam por 46,9% do volume negociado. A maior participação anterior havia ocorrido em novembro, com 47,1% do volume de negócios. Em fevereiro de 2013, os estrangeiros ficaram com 41,4% do volume de negócios.

Essa participação mostra como o mercado brasileiro está vulnerável aos humores dos investidores externos. Em segundo lugar em participação no mercado aparecem os investidores institucionais, com 29,3% dos negócios em fevereiro, menos que os 32,9% de janeiro. As pessoas físicas aumentaram ligeiramente sua participação, respondendo por 13,9% dos negócios no mês passado, ante 13,2% em janeiro.


Superávit no mês


No mês, até dia 27, os estrangeiros haviam comprado R$ 274 milhões de ações a mais do que venderam. Se mantido no dia 28, o saldo mensal será o primeiro positivo depois de dois negativos, R$ 854 milhões em janeiro e R$ 213 milhões em dezembro.

No ano, o saldo dos investidores estrangeiros está negativo em R$ 581 milhões, o que explica em parte a queda de 8,5% do Índice Bovespa no ano. Os investidores institucionais locais também não ajudaram, e acumulam saldo negativo em fevereiro de R$ 1,895 bilhões em seus negócios com ações e as pessoas físicas, de R$ 360 milhões.

No ano, o saldo do investimento em ações dos institucionais está negativo em R$ 1,969 bilhão e, das pessoas físicas, em R$ 22 milhões.


Saldo em 12 meses


Em 12 meses, porém, os estrangeiros compraram R$ 4,223 bilhões a mais em ações brasileiras do que venderam. O saldo compensou as vendas de R$ 5,051 bilhões de institucionais e de R$ 5,677 bilhões de pessoas físicas, segundo dados da corretora Um Investimentos.

REPORTAGEM-BOMBA DE TV AMERICANA REVELA AS NEGOCIATAS INTERNACIONAIS DE LULA EM ASSOCIAÇÃO COM OS MEGA EMPRESÁRIOS BRASILEIROS. SOCIALISMO PARA O POVO E MUITO DINHEIRO PARA OS MANDARINS DO PT.






A emissora de televisão America TeVé, de Miami, Estados Unidos, que transmite em espanhol [há transmissão ao vivo aqui no blog na coluna ao lado junto ao cabeçalho do blog] apresentou uma extensa reportagem sobre as articulações de Lula, que estaria nesses últimos dias, em Cuba, onde manteve reuniões fechadas com o ditador  cubano Raúl Castro.

Segundo esta matéria da América TeVé, conforme se pode acompanhar pelo vídeo acima, Lula promove grandes negociatas nas quais estão envolvidos os maiores empresários brasileiros. Com a morte de Hugo Chávez, ocorrida há um ano e com o chavismo assediado pelas revoltas populares na Venezuela, evidenciando um irremediável desgaste do tiranete Nicolás Maduro, ao que parece Lula tenta ocupar o espaço deixado pelo defundo caudilho.

A reportagem inclusive alude ao fato de que Lula e seu filho Lulinha, já estaríam milionários. Trata-se de uma reportagem ampla com a participação de analistas. Portanto, a reportagem é imperdível. Coisa que jamais é passada pelas redes de televisão brasileiras e comprova o que tenho afirmado de forma recorrente aqui no blog.

Os fatos explicam de forma muito clara que o petismo continua no poder porque tem o apoio do núcleo duro da economia brasileira, ou seja, os mega empresários, inclusive do agronegócio. A reportagem cita o senador Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso, que é considerado um dos políticos mais poderosos do Brasil.

A reportagem mostra cenas de Lula com Maggi acariciando os pés de soja numa das mega plantações da empresa desse político do Mato Grosso. Vale a pena ver.
 
vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=BzCGhDhDVrY#t=477
 
 
Aluizio  Amorim

terça-feira, 4 de março de 2014

QUARTA IDADE, A NOVA IDADE




Quanto mais avançamos, mais retornamos ao princípio

 http://www.ambientelegal.com.br/wp-content/uploads/seniorprofessional.jpg

senior professional

Por Miguel Lisboa Cohen


Estamos vivendo num mundo diferente dos anteriores, e a cada momento descobrimos que o que passou é apenas lembrança.

Nesse contexto, infelizmente, há certos e poucos elementos que preocupam, pela pequena velocidade com que essas mudanças chegam e neles se enraízam.

Um desses está relacionado à idade, em especial à ainda chamada Terceira Idade.

Pessoas que passaram dos seus 60 anos, ao chegar aos 65, 70, são aposentadas e passam a viver uma realidade muito desigual e, porque não dizer, triste.

As “cabeças pensantes”, sobretudo nas áreas negociais, acham que o tempo útil dessas pessoas passou e, agora, elas devem ir para casa e descansar.
Sinceramente, isso não bate com a realidade.

Vou lhes contar algumas histórias que, tenho certeza, interessarão àqueles que possuem mente aberta.
Participei de um encontro com pessoas de nível intelectual muito alto e a discussão era sobre a existência da 4ª. Idade.

Eles falaram e mostraram haver diferenças muito fortes, entre o passado e o hoje. Demonstraram como pessoas antes consideradas velhas, hoje poderiam ser muito úteis e produtivas.
A coisa começou por uma análise das expectativas de vida.

Deram uma olhada no Tutancâmon, o Faraó do Egito. Analisaram como nasceu, viveu e morreu.
Tutancâmon tinha 19 anos quando se foi, já era casado e tinha filhos. A expectativa de vida, naquela época, era de 29 anos…

Pulou-se em determinado momento para o Brasil e o que se viu, foi que a expectativa de vida média, na virada do século XIX para o século XX, era de 43 anos. Nos anos 50, quando perdemos a Copa do Mundo de Futebol para o Uruguai, a expectativa de vida era de 50 anos.

Hoje estamos chegando aos 75 anos, com as mulheres quase nos 80 e os homens nos 72.

Nos Estados Unidos, a expectativa média chega aos 80. No Japão, já passou dos 80 há algum tempo.
Mantidos assim os atuais conceitos negociais – com um sessentão já considerado “acabado”, daqui 30 anos o mundo irá quebrar financeiramente.

Com efeito, a população mundial tende a envelhecer e a predominância de aposentados será insuportável.
A economia os demais setores de gestão da sociedade, além da perda da competência, experiência, conhecimento, capacidade gerencial, liderança e tudo mais que os mais velhos, possuem, perderá também em produtividade, agravando a contrapartida do enorme custo com aposentadorias.

Nada de com isso sugerir que os jovens sejam menos capazes ou intelectualmente inferiores. Não é isso. O que é preciso ficar assentado é a necessidade de se combinar o enorme efeito da combinação de dois fatores e perfis: menos jovens e mais jovens.

Na conversa a que me referia e estou relatando, em determinado momento olhou-se para o “como era antes”. A pessoa começava a trabalhar muito cedo. Namorava muito cedo e saia da casa dos pais ainda jovem.

Hoje, um rapaz (ou uma moça), se forma mais ou menos com 22/24 anos, namora ou vive uma relação importante, mas não sai da casa dos pais. Entra na empresa como estagiário ou trainee e, de repente, é visto como um grande potencial, e, por isso seria muito interessante fazer um Mestrado (2 ou 3 anos adicionais, dependendo da área).

A análise demonstrou que o jovem de hoje, entra no seu período de maturação aos 28/29 anos, e segue nesse amadurecimento até por volta dos 50 anos, quando então terá passado por vários tipos de funções e será considerado um sênior. Então, já na liderança de uma empresa ou de parte dela, conviverá com tudo o que for o mundo daquele momento – mudanças, oportunidades e problemas, até chegar aos seus 70/72 anos, quando entra na quarta idade.

Um certo número de pessoas ali presente, opinou então aos condutores da conversa, entendendo que o momento da quarta idade seria o momento de “ir pra casa”.
A conclusão do grupo, no entanto, não foi essa.

Na quarta idade, teremos que reconhecer muito em breve, o momento é de mudança.

As pessoas sentem que são e continuam sendo úteis para a coletividade. A diferença é que olham o que está ao redor e decidem que o caminho será diferente do trilhado até aquele ponto.

Eu tenho um amigo que era VP de uma grande instituição. Se aposentou e decidiu que 30% do seu tempo seria usado para fazer Consultorias; 30 % cento seria dedicado à direção de instituições sociais e os 40 por cento restantes, liberados para viajar ou ajudar empresas de pessoas de seu conhecimento e amizade, num regime quase de executivo.

Tenho outro amigo que passou dos 80 anos e foi chamado pela companhia onde trabalhou muitos anos (líder em sua área), e convidado a ser Consultor “ Ad Hoc “ – porque era talvez o único que trabalhara em projetos pioneiros, mais antigos e, hoje, considerados críticos para a empresa.

Nos Estados Unidos, muitas empresas têm chamado aposentados de volta para seus lugares – revertendo-os ao serviço ativo.

Numa grande multinacional, tive uma funcionária, a qual, depois de passarmos a trabalhar em diferentes setores, assumiu a Gerência de uma Private Bank área. Quando completou 70 anos, ela foi convidada a se aposentar, o que fez.

Passados três meses, ela foi chamada de volta e lhe pediram que retornasse, porque os clientes estavam deixando a instituição. Trabalhou ali até os 78 anos, quando infelizmente sofreu uma enfermidade por fatores exógenos e teve mesmo que ir para casa.

O fato é que a conformação do que seja vida útil, adaptabilidade, vigor, capacidade gerencial, interesse e carreira, está mudando na mesma razão em que mudada já está o perfil etário da população do planeta.

Minha ideia, portanto, ao fazer esses comentários, não é lutar pelo reconhecimento do que foi dito, mas, sim, convidar e desafiar os formadores de opinião e tomadores de decisão, a repensar sua forma de ver o que acontece e o que vai acontecer.

Talvez, assim, saibamos efetivamente o que precisa ser mudado.


Miguel Lisboa Cohen  é advogado formado pela Universidade Federal do Pará. Pós-graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e pela Harvard Business School – EUA.  Foi CEO do Citibank em Honduras e El Salvador e Presidente do Banco de Honduras, Digibanco, Credicard e da American Express Brasil. Atualmente é CEO da Consultoria Moderna. Miguel, neste espaço, expõe seus dotes de cronista. 

- See more at: http://www.ambientelegal.com.br/quarta-idade-a-nova-idade/#sthash.Jw3rI500.dpuf

O retorno pontual do fluxo estrangeiro ao Brasil


Daniela Milaneseortilhar



O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vem reforçando a mensagem de que o Brasil voltou a atrair recursos estrangeiros neste início de ano. A entrada de dólares estaria “vindo forte” em fevereiro. Até o dia 19, o fluxo cambial está positivo em US$ 1 bilhão, numa melhora provocada pelo resultado da conta financeira, com entrada de US$ 2,1 bilhões, saldo que não era visto desde setembro do ano passado.

O movimento chama a atenção porque acontece em meio ao processo de normalização da política monetária do Federal Reserve, que provoca solavancos nos emergentes. Além disso, passa por cima das constantes críticas dos investidores sobre a atual condução da política econômica nacional, tendo em vista o fraco crescimento, as dúvidas sobre a situação fiscal e a perspectiva de rebaixamento do rating soberano.

Afinal, o Brasil foi da exagerada condição de “queridinho” dos mercados poucos anos atrás à questionável posição de “vulnerável” no atual momento, expressão usada até mesmo pelo Fed.
O que teria mudado, então, na postura externa?

Gestores estrangeiros consultados por este blog confirmam que, de fato, há algum dinheiro novo sendo colocado novamente no País nas últimas semanas. Não se trata de um fluxo exuberante capitaneado por uma reversão de expectativas econômicas nem por uma melhora na avaliação do governo brasileiro.

Por ora, investidores institucionais estão cobrindo parte de posições vendidas, aproveitando as taxas mais elevadas de juros, fazendo operações de arbitragens e entrando em oportunidades pontuais geradas pelos preços mais baixos.

Como disse um profissional, juro real de 7% só é visto nos mercados menos desenvolvidos, de fronteira. Ninguém, portanto, está impressionado com a meta de superávit primário de 1,9% anunciada na semana passada.

“A maior parte do movimento vem de cobertura de posições vendidas com base na avaliação de que as coisas não irão piorar, ao invés da visão de que estão melhorando”, afirmou um estrategista de instituição britânica.

Segundo outro gestor que atua no exterior, há fundos reduzindo posições vendidas também no mercado de ações, em razão das fortes quedas acumuladas – o Ibovespa tem perda de 17% desde o início do ano. Ainda assim, esses investidores mantêm nervosismo sobre as aplicações no mercado de renda variável. “Há fundos dedicados, como nós, que estão cautelosamente aumentando a exposição a algumas oportunidades específicas”, disse o profissional.

A grande questão, claro, é saber se o movimento terá continuidade daqui para frente. Se o Federal Reserve prosseguir retirando os estímulos à economia e enxugando liquidez, não é difícil concluir que o ano tende a ser volátil, com momentos de turbulência para abalar os períodos de trégua.