quarta-feira, 2 de abril de 2014

Brasil: Sauditas querem negociar com brasileiros!


Arábia Saudita


O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, fez uma série de contatos esta semana, em Riad, com empresários interessados em conhecer companhias e projetos do Brasil.


São Paulo – O diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, fez uma série de contatos durante o Fórum Econômico Árabe-Húngaro, realizado este semana em Riad, na Arábia Saudita, que podem render negócios para empresas brasileiras.

O engenheiro Abdullah Al-Junaini, presidente da Alhemalah for Engineering Consultancy, por exemplo, gostaria de fazer contatos com empresas de engenharia brasileiras, segundo Alaby.

O diretor de desenvolvimento de negócios da Aesi, que financia projetos de agricultura na África, quer conhecer empreendimentos no Brasil nas áreas de agricultura e pecuária.

Já o consultor Moayyed Al-Qurtas tem interesse em conhecer condomínios de produção como arranjos produtivos locais, ou “clusters”, e iniciativas de apoio a médias empresas, de acordo com Alaby.


Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe

Raízen faz acordo para comprar distribuidora no sul


Joint-venture anunciou assinatura de contrato para aquisição da Distribuidora Latina

Ricardo Teles/Divulgação
Raízen Energia
Raízen Energia: acordo prevê a incorporação de mais de 200 postos de serviços na região, além do terminal de distribuição em Ijuí

São Paulo - A Raízen, uma joint venture da Cosan com a Shell, anunciou nesta quarta-feira a assinatura de contrato para aquisição da Distribuidora Latina, presente no mercado de combustíveis na região Sul do país, segundo comunicado divulgado pela empresa.

O acordo prevê a incorporação de mais de 200 postos de serviços na região, além do terminal de distribuição em Ijuí (RS).

Do total da rede de varejo, 74 por cento dos postos estão presentes no Rio Grande do Sul, disse a companhia, que já conta com uma rede formada por 5.141 postos de serviço com a marca Shell no país.

A aquisição faz parte dos planos de crescimento da companhia, ampliando a presença da marca Raízen e dos produtos e serviços Shell nos três Estados sulistas, disse a empresa.

"Pretendemos aumentar a oferta dos serviços e produtos diferenciados da marca Shell no país", disse Teófilo Lacroze, vice-presidente executivo Comercial da Raízen, em nota.

O acordo também deve permitir melhoras na logística de distribuição da companhia para a rede de postos, principalmente para o interior do Rio Grande do Sul.

A empresa é primeiro player integrado do setor sucroenergético com atuação em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, distribuição e vendas no varejo de combustíveis.

Com 24 usinas, a Raízen produz 2 bilhões de litros de etanol por ano, 4 milhões de toneladas de açúcar, sendo a maior produtora individual de derivados de cana no Brasil.

A empresa comercializa aproximadamente 22 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo.

Brasil: Nasce a maior trading de açúcar do mundo!


Copersucar
A americana Cargill e a brasileira Copersucar provavelmente não terão mais que se preocupar com a acirrada disputa que travam pela liderança nas exportações mundiais de açúcar. 


Na manhã de ontem, ambas anunciaram que chegaram a um acordo para criar uma trading que unirá suas atividades de comercialização do produto bruto e refinado.

Para sair definitivamente do papel, a joint venture, que vinha sendo negociada há pouco mais de um ano, depende da aprovação de autoridades antitruste no Brasil e no exterior. A expectativa das parceiras é que esses avais saiam no segundo semestre de 2014. Até lá, a concorrência entre elas – e delas com outras tradings que têm avançado nesse comércio nos últimos anos – terá de continuar forte como está.

Porta-vozes globais do negócio, Luiz Pretti, presidente da Cargill no Brasil, e Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar, concederam na manhã de ontem ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, sua única entrevista sobre o acordo após a divulgação de um comunicado ao mercado.

Detalhes como o volume que a nova empresa comercializará serão mantidos em sigilo até a aprovação das autoridades regulatórias. O Valor apurou no mercado, porém, que sua fatia nos embarques mundiais ficará em 25%. Se os volumes envolvidos fossem apenas de açúcar bruto – o produto refinado é mais caro -, o movimento total seria equivalente a US$ 5,6 bilhões por ano, a preços de ontem na bolsa Nova York..

Pretti foi conselheiro da Copersucar entre 2001 e 2005, período em que Pogetti ocupava o cargo de diretor financeiro da empresa. Apesar dos claros sinais de cansaço após a maratona noturna que antecedeu o anúncio, a boa relação pessoal entre ambos ficou evidente durante a entrevista, num sinal que, esperam, sirva de exemplo para a futura integração das equipes.

Cada parceira terá 50% na nova trading, que não venderá açúcar no mercado doméstico brasileiro nem trabalhará com etanol ou qualquer outro produto. O escritório central das operações de comercialização será em Genebra, na Suíça, enquanto o QG das atividades de originação do açúcar que será negociado será no Brasil. Os aportes para estruturar a operação conjunta não foram revelados, mas, segundo Pogetti, a joint venture será “leve em ativos” – até porque as respectivas estruturas logísticas envolvidas permanecerão sob controle de cada uma das sócias.

Regis Filho/Valor / Regis Filho/ValorPretti, da Cargill: “gerenciamento de risco vai melhorar”
“Olhamos para o mundo e vimos nossas complementaridades. Haverá benefícios tanto na originação quanto na venda”, afirmou Pogetti. Atualmente, a Copersucar origina – ou seja, compra das usinas produtoras – o açúcar que exporta basicamente no Brasil, embora tenha inaugurado há pouco mais de um ano uma filial em Hong Kong, de onde recentemente acertou sua primeira originação na Austrália.

A Cargill, disse Pretti, faz originações a partir de dez escritórios espalhados na América Central e em países como Índia, Tailândia, na própria Austrália e também no Brasil, mas em escala menor. “Teremos mais capacidade, uma variedade maior de produto de qualidade e mais flexibilidade. Além disso, ganharemos muito em gerenciamento de risco”, disse Pretti. “Será um serviço que prestaremos aos nossos clientes, que terão um conjunto de informações mais completo e mais robusto”.

Com vendas totais de US$ 136,7 bilhões no exercício 2013, a Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo, exportou cerca de 7 milhões de toneladas de açúcar na safra 2013/14, conforme estimativas de mercado. Já a Copersucar, maior trading sucroalcooleira do planeta, cuja receita líquida deverá alcançar o patamar de R$ 25 bilhões em 2013/14, movimentou 6,8 milhões de toneladas do produto no mercado internacional na temporada.

Para analistas, esses resultados significaram a retomada da liderança da Cargill nas exportações de açúcar, já que estimativas apontam que no ciclo 2012/13 a Copersucar quebrou uma hegemonia de décadas da companhia americana e liderou os negócios. Até hoje a Cargill questiona os cálculos que circularam no mercado que a tiraram da liderança.

Em outros tempos, talvez a Copersucar fizesse questão de lembrar que seus embarques em 2013/14 foram afetados por um grande incêndio, em outubro do ano passado, que comprometeu parte das instalações de seu principal terminal de exportação de açúcar refinado no porto de Santos. Não é mais o caso. A ordem agora é capturar sinergias para garantir os maiores ganhos possíveis numa atividade cujas margens não costumam superar 2% ou 3%.

Daí porque as agora parcerias têm se movimentado tanto nesse segmento nos últimos anos. Sobretudo a Copersucar, que quintuplicou de tamanho desde 2007/08, quando seu faturamento foi de R$ 4,8 bilhões. A marca de R$ 10 bilhões foi alcançada no ciclo 2010/11, e a escalada prosseguiu com a entrada de novas usinas sócias (atualmente são 47) e mais clientes independentes, de olho nas vantagens logísticas oferecidas pela trading. A Copersucar tem, sozinha, capacidade para embarcar até 10 milhões de toneladas de açúcar no porto de Santos.

Mas o grande salto foi mesmo de 2012/13 para 2013/14, depois da aquisição do controle da trading americana de etanol Ecoenergy, no fim de 2012, que transformou a empresa brasileira na maior trading global também de etanol e agregou R$ 10 bilhões a sua receita.

Luis Ushirobira/Valor / Luis Ushirobira/ValorPogetti, da Copersucar: olho nas “complementaridades”
Dadas as apertadas margens das operações de comercialização, outros acordos do gênero envolvendo açúcar poderão ser alinhavados. O Valor apurou que a Raízen (controlada por Cosan e Shell), maior produtora de açúcar do mundo, estuda criar uma trading para negociar os volumes que produz e de terceiros diretamente com os clientes finais.

Fontes do segmento dizem que a companhia, que produz mais de 4,5 milhões de toneladas de açúcar por ano, é frequentemente assediada por tradings interessadas em uma associação. Hoje, a Raízen exporta a maior parte de sua produção de forma pulverizada, por diferentes tradings. Se ainda não escolheu um formato para uma eventual parceria nessa frente, a Raízen, agora, tende a acelerar a definição. No etanol, a empresa já conta com estrutura de comercialização de volumes próprios e de terceiros. Procurada, a companhia não comenta.

O fato é que a união entre as duas maiores tradings de açúcar do mundo vai jogar mais combustível em uma concorrência que já está quente. E se hoje o foco está na comercialização, no passado recente esteve na produção. Não por outro motivo o Brasil assistiu, a partir de 2006, a uma onda de aquisições de usinas por parte de grandes grupos. Eles estavam de olho sobretudo no etanol, mas também na gorda oferta de açúcar do país, que abastece metade das exportações globais.

Além da própria Cargill, surfaram nessa onda as americanas Bunge, ADM e Cargill, a francesa Louis Dreyfus e as asiáticas Noble e Glencore. Mais recentemente, a trading Wilmar, com sede em Cingapura, também se posicionou em produção de açúcar no Marrocos, na Argélia e na Austrália, onde comprou nada mais nada menos do que 60% das usinas.

Indiretamente, a Wilmar entrou também no Brasil ao adquirir uma fatia de 27,5% (e o controle compartilhado) da indiana Shree Renuka Sugars, que havia comprado quatro usinas no Brasil com produção conjunta de 800 mil toneladas de açúcar. Para as tradings, a presença na originação no Brasil significa ter volumes estáveis e de qualidade, já que o produto do país é o mais aceito nas refinarias do Oriente Médio e vem sendo altamente demandado na Ásia.

Fonte: Portos e Navios


Com Aceco, empresa de TI, gigante KKR estreia no país


A aquisição foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar de EXAME

Marina Gazzoni e Nayara Fraga, do
Divulgação
Aceco TI
Aceco TI: a gestora de ativos anunciou na terça-feira a aquisição da Aceco, uma companhia que constrói data centers

São Paulo - A gestora de ativos Kohlberg Kravis Roberts (KKR) anunciou na terça-feira, 1, a aquisição da Aceco, uma companhia que constrói data centers, em um negócio que marca a entrada de um dos maiores fundos de private equity (que compra participações em empresas) do mundo no Brasil.

O diretor geral da KKR na América Latina, Jorge Fergie, diz que a companhia já avaliou mais de 100 negócios no Brasil no último ano e que pretende ser “extraordinariamente relevante” no mercado de fusões e aquisições no País. "Dinheiro não é problema", afirmou.

A KKR abriu seu escritório no Brasil há quase um ano e tem bilhões de reais para investir em empresas brasileiras. Só o fundo para as Américas, o 11º da empresa, pode destinar 25% dos US$ 9 bilhões captados para operações na América Latina. 

"Mas também temos fundos de infraestrutura, de mercado imobiliário e podemos usar recursos do nosso balanço. Nosso problema não é dinheiro, é identificar boas oportunidades", disse Fergie.

Fundada em 1976 por ex-executivos do banco americano Bear Stearns, a KKR é uma das pioneiras no mercado de private equity no mundo. Os fundadores começaram a companhia investindo recursos próprios para comprar fatias de empresas e revender com lucro no futuro. 

Em 2013, a KKR somava US$ 94,3 bilhões em ativos sob gestão e sua divisão de private equity tinha 85 empresas investidas, como a Nielsen e a empresa de educação Laureate (dona da Anhembi Morumbi), com receitas totais de US$ 210 bilhões.

A gestora chega ao Brasil anos depois dos seus principais concorrentes, como os fundos Carlyle, Texas Pacific Group (TPG) e Blackstone, que já tem uma carteira de investimentos no Brasil.

"Vamos com calma na internacionalização. Queremos entender os mercados onde entramos. Não vamos fazer entradas e saídas (no país). Nosso compromisso com a América Latina e com o Brasil é no longo prazo", disse Fergie.

Ele lembrou que a KKR foi criticada por entrar com atraso no mercado asiático, há quase sete anos, mas hoje tem o maior fundo na região, com US$ 6 bilhões captados até 2013.

Fergie diz que a KKR "tem a intenção de ser extraordinariamente relevante no mercado brasileiro". A gestora avalia investimentos em empresas de educação, logística, energia e petróleo.

No último ano, a companhia chegou a negociar a compra da Positivo Educação, mas o negócio não avançou, segundo fontes do mercado.

Além da equipe de cinco pessoas que trabalham no escritório da KKR no Brasil, a gestora contratou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como consultor sênior. Meirelles ajuda a empresa a entender o cenário macroeconômico do Brasil e identificar oportunidades de investimentos. 

Aceco
A KKR comprou uma fatia majoritária da Aceco e manteve como sócio minoritário o atual CEO da empresa, Jorge Nitzan, que permanecerá no cargo. 

O fundo General Atlantic, que tinha uma participação na Aceco, saiu do negócio. Com a operação, a empresa desistiu da abertura de capital.

As companhias não divulgaram os valores da transação nem a participação dos sócios na Aceco. Estimativas do mercado, no entanto, apontam que a companhia foi avaliada em R$ 1,5 bilhão. “Investimos na Aceco porque ela está em um setor que crescerá fortemente no Brasil, que é o armazenamento de dados, e quase não tem concorrentes”, diz Fergie.

A Aceco faturou R$ 566 milhões em 2013, um crescimento de cerca de 60% em relação ao a 2012. A companhia projeta e constrói data centers e centros de comando e controle para empresas públicas e privadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Balança comercial tem março mais fraco desde 2001





No primeiro trimestre, o déficit acumulado é de US$ 6 bilhões

Por Agência Brasil
 porto2-350




A balança comercial brasileira fechou março com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 112 milhões

O valor é resultado de US$ 17,628 bilhões em exportações contra US$ 17,516 bilhões em importações. Trata-se do pior resultado para março desde 2001, quando a balança teve déficit de US$ 276,1 milhões. No primeiro trimestre, o déficit acumulado está em US$ 6 bilhões, pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1994.

As informações foram divulgadas hoje (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No mês, a média diária das exportações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, ficou em US$ 927,8 milhões, valor 4% inferior ao patamar de março de 2013, mas 16,5% superior ao registrado em fevereiro de 2014. A queda das exportações em relação ao ano passado foi puxada pelo recuo nas vendas externas de produtos semimanufaturados (-19,6%) e manufaturados (-15,3%).

No primeiro grupo, diminuíram os ganhos com ferro fundido, ouro, açúcar, alumínio e óleo de soja brutos, semimanufaturados de ferro e aço e celulose. No segundo, os responsáveis pelo recuo foram óleos combustíveis, açúcar refinado, motores e geradores elétricos, autopeças, motores para veículos e partes, máquinas para terraplanagem, bombas e compressores, automóveis, papel e cartão.

Os produtos básicos, por outro lado, impediram uma queda maior nas exportações. As vendas de itens não industrializados cresceram 9,5% na comparação com março do ano passado, principalmente em função de bovinos vivos, minério de cobre, soja em grão, farelo de soja, carne suína, carne bovina, café em grão e minério de ferro.

Do lado das importações, a média diária ficou em US$ 921,9 milhões, 3,8% inferior à registrada em março de 2013 e 2,1% superior à de fevereiro deste ano. Na comparação com 2013, caíram  os gastos com combustíveis e lubrificantes. Segundo nota do ministério, o motivo foi o recuo nos preços e na quantidade embarcada de petróleo, óleos combustíveis, gás natural, carvão e gasolina. Diminuíram também as importações de bens de capital, utilizados na indústria, e bens de consumo, como máquinas de uso doméstico, bebidas, tabaco, vestuário, móveis e automóveis.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Herdeiro de Julio Simões traz a Brabus para o Brasil


Julico Simões, neto do criador da JSL, será o CEO da Strasse, importadora responsável por trazer os carros de luxo da marca

Divulgação/Brabus
CLS 63, da Brabus
CLS 63: seu motor tem 620 cavalos e chega de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. Seu preço inicial é de US$ 320.000

São Paulo – Começam hoje as operações da Brabus no Brasil. A preparadora é especializada em customizar carros da Mercedes-Benz e transformá-los em máquinas com motores que podem chegar a 850 cavalos. Os preços que podem facilmente ultrapassar os 400 mil dólares.

Por traz da vinda da marca ao país está Julico Simões, o neto de Júlio Simões, fundador da JSL. Aos 31 anos, ele é o presidente executivo da Strasse, a importadora que, ao menos inicialmente, cuidará apenas da Brabus. “Se o negócio de certo, outras marcas podem vir no futuro”, afirmou Julico, em evento fechado para jornalistas.

De acordo com o executivo, a vinda da marca para o Brasil é condizente com a explosão do mercado de luxo no Brasil. 

Neste primeiro mês, chegarão ao país três modelos: o C18 Brabus, baseado na Mercedes C 180, a um preço inicial de 149 mil reais; o C20 Brabus, preparado através do C200, por pelo menos 165 mil reais; e o CLS 63, com preço inicial de 320 mil dólares. Nos próximos meses, os demais modelos devem chegar também.

As faixas de custo, porém, são só uma formalidade. A customização do carro pode facilmente dobrar seu preço.

Os carros serão vendidos, inicialmente, apenas em São Paulo, nas concessionárias Europa Motors, mas Rio de Janeiro e Brasília já são destinos certos para a marca num futuro próximo. Duas outras cidades, ainda não definidas, uma no Nordeste e outra no Sul, farão parte da expansão da importadora ao longo do ano.

Toda a preparação de carros com motor de até 730 cavalos será feita no Brasil, por uma equipe treinada na sede alemã. Já os carros com motor de 850 cavalos serão montados na Alemanha e trazidos para cá.  A Brabus está presente em 107 países e vende cerca de 10.000 carros por ano.

Além da venda de carros customizados, a Brabus também oferecerá o serviço de preparação de carros Mercedes, dentro das limitações de cada modelo. “A partir deste momento, o carro torna-se um Brabus, e a garantia passa a ser nossa”, explica Julico. 

O preço de uma customização básica em uma unidade que pertença ao cliente começa em 33 mil reais. É recomendado que tenha se passado no máximo um ano da compra do modelo.

Para lidar com as dificuldades encontradas pelas importadoras, como atraso nas alfândegas e altos impostos, Julico explicou que boa parte do tempo gasto para organizar o negócio foi gasta com a programação dos prazos e dos estoques. "Estamos preparados", afirma.

Starbucks reorganiza cardápio de pastelaria após reclamações


Rede está descobrindo que clientes preferem os alimentos de sempre, mesmo com a aquisição de uma empresa de panificação gourmet

Leslie Patton, da
SeongJoon Cho/Bloomberg
Copos do Starbucks em uma loja da rede na Coreia do Sul
Copos do Starbucks: empresa está tentando fazer com que mais clientes peçam um pedaço de bolo ou um croissant quando comprarem um café com leite

Chicago - Starbucks voltará a vender porções de torta de limão.

Depois que a rede de cafeterias comprou a empresa de panificação gourmet La Boulange, em 2012, ela utilizou a aquisição para agregar itens de pastelaria mais chiques às filiais dos EUA. Agora, a Starbucks está descobrindo que alguns clientes preferiam os alimentos de antes, o que está provocando outra rodada de reorganização.

“Alguns produtos do cardápio antigo serão trazidos de volta”, disse Troy Alstead, diretor operativo da Starbucks, com sede em Seattle, em entrevista. “Alguns clientes sentem falta de algumas coisas”.

A partir desta semana a empresa começará a vender novamente porções de bolo de banana, de abóbora e de torta gelada de limão – velhos favoritos – nas filiais dos EUA. A Starbucks utilizará novas receitas da La Boulange e os fornecedores existentes para que os sabores sejam o mais parecido possível com os alimentos vendidos antes.

Ter o cardápio certo é fundamental para a estratégia de crescimento da Starbucks nos EUA. Em um mercado saturado de cafeterias, a empresa está tentando fazer com que mais clientes peçam um pedaço de bolo ou um croissant quando comprarem um café com leite. A Starbucks também está enfrentando uma concorrência maior das redes de comida rápida no café-da-manhã: a McDonald’s Corp. vem oferecendo produtos de pastelaria em algumas filiais neste ano e todas – do Taco Bell ao Burger King – estão tentando impulsionar as vendas matinais.

Para a Starbucks, o desafio é oferecer alimentos mais chiques do que os que são oferecidos pelos lugares comuns de comida rápida – mas que não sejam chiques demais. Os fãs da oferta anterior da Starbucks reclamaram que os novos itens de pastelaria são muito caros e pequenos. Desde que a rede lançou a linha de pastelaria de La Boulange nos EUA, os clientes recorreram ao Twitter e ao Yelp para transmitir suas queixas.
Fidelidade em jogo


Jeff Pavia, 53, morador de Chicago, publicou uma crítica no Yelp dizendo que estava repensando sua fidelidade à Starbucks depois que a rede deixou de servir o bolo de café e os pães doces que sua mãe de 82 anos adorava.

“Ela gostava mais das receitas antigas”, disse ele por telefone. As porções parecem ser menores e os preços parecem ser mais altos, acrescentou.

Mesmo assim, a maioria dos comentários dos clientes a respeito dos itens de pastelaria tem sido “significativamente positiva”, disse Alstead. A última versão do cardápio, que será lançada em um mercado de cada vez, tem o objetivo de conquistar os clientes que ainda estão resistindo às mudanças. Nas filiais da Starbucks operadas pela empresa, os alimentos representaram 20 por cento das vendas no último ano fiscal, mais do que os 19 por cento dos dois anos anteriores.

Vender mais alimentos é parte de uma estratégia de expansão para, além do café, incluir de chás a bebidas alcoólicas. A Starbucks acrescentará cerveja, vinho e tira-gostos ao cardápio de milhares de filiais nos EUA durante os próximos anos. E a empresa abrirá pelo menos 20 novas casas de chá Teavana neste ano, expandindo uma rede que adquiriu no ano passado. A Starbucks, que possui mais de 11.500 filiais nos EUA, também está aprimorando seus programas móveis e de recompensas para ajudar a impulsionar as vendas nos EUA.

Embora a Starbucks tenha crescido na Europa e na Ásia, a região da América ainda é responsável pela maioria de suas vendas. A empresa obteve cerca de 74 por cento de sua renda das cafeterias dos EUA, do Canadá e da América Latina em seu último ano fiscal.

Para os clientes da Starbucks as mudanças no cardápio têm um efeito psicológico, independentemente de serem ou não uma melhoria.

“Você se acostuma com as coisas”, disse Pavia. “De certa maneira todos nós somos criaturas de hábitos”.