segunda-feira, 14 de abril de 2014

Petrobrás amplia perdas na Bolsa após discurso de Dilma


Presidente disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal

14 de abril de 2014

Álvaro Campos - Agência Estado -
 

Graça Foster e Dilma: esse foi o primeiro evento público que as reuniu desde o início das denúncias - Roberto Stuckert Filho/Presidência
Roberto Stuckert Filho/Presidência
 
Graça Foster e Dilma: esse foi o primeiro evento público que as reuniu desde o início das denúncias

SÃO PAULO - O Ibovespa fechou em queda de 0,52% nesta segunda-feira, 14, aos 51.596,55 pontos, puxado, em parte, pela baixa das ações da Petrobrás. Os bancos também ajudaram a levar o índice para baixo.

As ações da Petrobrás ampliaram suas perdas nesta tarde após a defesa feroz da petroleira feita pela presidente Dilma Rousseff em discurso durante cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).

Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal.

Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório "falho", segundo a presidente.

A Petrobrás ON fechou em queda de 1,60%, cotada a R$ 15,36. Petrobrás PN terminou o dia em baixa de 1,73%, cotada a R$ 15,93. Apesar de terem operado em baixa ao longo de todo o dia, as perdas das ações ordinárias e preferenciais da Petrobrás se aprofundaram após o discurso da presidente Dilma. Antes da fala sobre a companhia, as retrações estavam em torno de 0,40%.

Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil.

A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.

Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor", comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos".


Senador Blairo Maggi e mais três familiares são incluídos na lista de bilionários da Forbes


Família fez fortuna com plantações de soja

Redação, www.administradores.com,
Agência Brasil
Senador Blairo Maggi quando era governador do Mato Grosso
 
 
A revista Forbes publicou nesta quinta-feira (10) uma reportagem em que anunciou a inclusão do senador Blairo Maggi (PR/MT) e mais três membros de sua família em sua tradicional lista de bilionários. A publicação levou em conta a participação dos quatro no Grupo André Maggi, avaliado em R$ 13,8 bilhões. Cada um, segundo a Forbes, tem cerca de 16% da holding.

A família fez fortuna no agronegócio e Blairo Maggi chegou a ficar famoso nos anos 1990 e 2000 como “O Rei da Soja”, produto que é o carro-chefe dos negócios da família. A valorização do real frente ao dólar na última década e a alta demanda da China por soja contribuíram para o crescimento da fortuna da família e sua inclusão na lista, segundo a própria Forbes.

Os familiares do senador incluídos na lista foram sua mãe, Lúcia; sua irmã Marli; e seu irmão Itamar, que comanda as operações dos negócios da família.

A Forbes cita ainda que Blairo Maggi foi citado pela National Geographic e outras revistas como um dos responsáveis pelo desmatamento da floresta Amazônica.

No Congresso, o senador, que também já foi governador do Mato Grosso, é um dos nomes mais proeminentes da bancada ruralista.

Graça Foster: “Acreditamos mil vezes na Petrobras”


Por Murillo Camarotto | Valor
 
 
IPOJUCA (PE)  -  Na véspera de sua visita ao Senado, onde prestará esclarecimentos sobre a polêmica aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA, a presidente da Petrobras, Graça Foster, fez nesta segunda-feira uma defesa enfática do governo petista, afirmando que “acredita mil vezes na Petrobras” e pediu apoio.




“Acreditamos mil vezes na Petrobras. Neste momento preciso muito da energia de todos vocês”, disse a presidente da estatal durante solenidade no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE), onde participou do lançamento ao mar de um petroleiro encomendado pela Transpetro.

Graça lembrou do renascimento da indústria naval brasileira e a prioridade à utilização de conteúdo local. “Nada veio por acaso. Estou na Petrobras há 34 anos e conteúdo local sempre foi um desejo, mas só virou realidade em 2003”, disse Graça, ao mencionar o primeiro ano da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a presidente da Petrobras, foram Lula e a presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, os responsáveis pela priorização dada ao conteúdo local na indústria do petróleo.

Governo errou em comunicação sobre a Copa, diz Gilberto Carvalho




PORTO ALEGRE E SÃO PAULO  -  O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse, nesta segunda-feira, 14, que o governo federal cometeu um erro ao não priorizar a comunicação com a população sobre os benefícios da Copa do Mundo. Ele afirmou que, como consequência, a oposição e a imprensa tentam transformar o evento em uma "tragédia".

Carvalho está em Porto Alegre hoje para participar de um debate com movimentos sociais sobre o legado do Mundial. O ministro é o principal interlocutor do governo Dilma Rousseff junto a essas entidades.

"[Nós] nos demos conta que cometemos um erro nesse processo todo ao não investir em um processo de comunicação. Deixamos de informar o cidadão sobre o que significa a Copa em sua inteireza", disse a jornalistas, ao chegar ao evento.

Em discurso ao abrir o debate com os ativistas, mais tarde, o ministro afirmou que o governo "só pensa em trabalhar e se esquece de comunicar". "Isso permitiu que, no geral, a grande imprensa e os setores que fazem oposição clara ao governo tentassem transformar a Copa em uma tragédia, com prejuízo ao povo brasileiro."

Ele disse ainda que os protestos devem ser "em cima de fatos reais" e não baseados em quem não quer "que a Copa dê certo". "Querem fazer da Copa uma forma de prejudicar a continuidade do nosso projeto", disse Carvalho, sem especificar a quem se referia.


Atrasos


Sobre as obras para o Mundial, o ministro disse que, se parte delas não ficar pronta a tempo, "pouco importa". "O importante é que sejam entregues. Se não for em junho, que sejam em novembro, dezembro."

O ministro vai participar de encontros com os movimentos sociais nas 12 capitais que receberão os jogos, para receber reivindicações.

No evento, um representante do governo listou benefícios que a Copa deverá trazer para o país, como exposição internacional, geração de empregos e aumento do turismo. Também comparou os gastos na preparação do Mundial com os orçamentos de saúde e educação.

Após discursos de representantes do governo gaúcho e da Prefeitura de Porto Alegre, os líderes dos movimentos se manifestaram. Fizeram críticas, entre outras, à remoção de moradores para obras viárias, à possibilidade de aumento da exploração sexual durante o Mundial e à violência policial em manifestações.


Ingressos adicionais


A última fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo, que começa nesta terça-feira, 15, terá diferentes lotes de entradas disponibilizados aos torcedores durante os próximos três meses.
Além dos bilhetes que estarão disponíveis a partir das 7h (de Brasília) de terça, no site da Fifa, novos ingressos podem ser lançados no sistema até dia 13 de julho, data da final do Mundial e último dia de vendas.

Os lotes extras serão formados por bilhetes devolvidos à Fifa por torcedores que se arrependeram da compra e uma carga de proteção que não foi negociada pela entidade, devido ao atraso na entrega dos estádios da Copa.

Apesar de ter recebido o mapa de assentos de todos os 12 estádios que serão usados na Copa, a Fifa teme vender ao torcedor ingresso para um lugar que, na prática, não existe, tem visão prejudicada do campo ou terá de ser desocupado para não prejudicar a transmissão da TV.

Por isso, a entidade faz a contagem manual e a avaliação visual de todos os lugares antes da definição do total de bilhetes à venda.

O Itaquerão, futuro estádio do Corinthians, é um dos palcos da Copa que não passaram pela avaliação, já que não está pronto. Arena Pantanal, em Cuiabá, e Arena das Dunas, em Natal, já entregues, ainda não foram testadas com capacidade plena.

Ante a indefinição, a Fifa vai reter parte da carga dos bilhetes. Há projeções feitas pela entidade. No caso do Itaquerão, a previsão é que existam 67.349 assentos, mas serão comercializados apenas 59.955 ingressos.

Os 7.394 assentos restantes a menos (11%) deixarão de ser vendidos porque a entidade imagina que possuem pontos cegos ou que serão aproveitados para as transmissões televisivas, parcerias comerciais e áreas para jornalistas.

Hoje, a Fifa confirmou à reportagem que os ingressos dessa carga de proteção serão negociados posteriormente caso a avaliação dos estádios determine que eles possam ser comercializados sem dano a torcedores e patrocinadores.


(Folhapress)

IMIGRANTES PODERÃO VOTAR E SEREM VOTADOS

No mundo de hoje a noção de cidadania e de soberania não se confunde necessariamente com as fronteiras nacionais.


Segundo proposta que tramita no Senado, os imigrantes residentes no país terão direito de votar e serem votados nas eleições municipais, para prefeito e vereador.

A atual legislação já permite o voto facultativo e a possibilidade de candidatura em eleições municipais à portugueses e estrangeiros naturalizados brasileiros. Os imigrantes só não podem ser eleitos para à Presidência da República, ocupar a Vice- Presidência e as Presidências do Senado e da Câmara dos Deputados.

O relatório da senadora Lúcia Vânia (PSDB/ Goiás), estabelece que a regra só valera para cidadãos de países que garantem os mesmos tratamentos aos brasileiros, o texto também estende a todos os turistas e trabalhadores estrangeiros em temporada no Brasil, os direitos previstos no artigo 5° da constituição, são eles: igualdade perante a lei, a livre manifestação de pensamento, a liberdade de associação e de crença e a inviolabilidade do direito à vida e a propriedade.

O autor da proposta senador Aluísio Nunes Ferreira (PSDB/ São Paulo), lembra que muitos países já permitem a participação de estrangeiros em suas eleições como Chile, Espanha e Dinamarca.

Ele argumenta que o imigrante colabora com o desenvolvimento das cidades onde vive e a iniciativa busca estimular a cidadania, e complementa ao dizer:

“No mundo de hoje a noção de cidadania e de soberania não se confunde necessariamente com as fronteiras nacionais, nós temos alguns direitos que se sobrepõe as fronteiras nacionais, existe hoje um intercâmbio enorme de pessoas, ideias, valores e culturas. O Brasil tem uma legislação para estrangeiros atrasada, uma legislação ainda do tempo do regime autoritário, que precisa ser modernizada para se tornar generosa e mais aberta a imigração”.

A proposta está em análise na comissão de constituição e justiça, aprovada, a PEC deve passar por dois turnos de votação pelo plenário do senado, antes de ser encaminhada para a Câmara dos Deputados.

George Cardin

Dilma contra-ataca: 'a Petrobras resistiu às tentativas de desvirtuá-la, de reduzi-la e privatizá-la'

Brasil Post  |  De Publicado:

Diante da artilharia da oposição contra possíveis irregularidades na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff decidiu contra-atacar. Ela aproveitou a cerimônia da viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar, em Ipojuca (PE), para mandar um recado aos adversários políticos e à população brasileira. "Está errado quem diz que a Petrobras está perdendo valor e importância no Brasil", disse. "Não ouvirei calada a campanha negativa daqueles que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem da empresa."

A estatal enfrenta um momento bastante turbulento por causa da série de suspeitas de contratos irregulares, prisão de um ex-diretor e redução em seu valor de mercado. "Não deixarei de combater corrupção, malfeito ou ilícito de qualquer espécie, seja de quem quer que seja", esbravejou Dilma, que prometeu rigor na apuração e, se necessária, a punição de envolvidos.

Além da ameaça de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias na Petrobras, novos indícios de corrupção têm vindo à tona. A Folha de S. Paulo apontou que empresas ligadas à Petrobras faziam repasses de dinheiro a políticos. Segundo a Veja deste fim de semana, o ex-diretor preso pela Polícia Federal (PF) Paulo Roberto Costa está envolvido com políticos em um "consórcio criminoso" que fraudava contratos na Petrobras e financiava partidos.

Paulo Roberto Costa foi preso durante a Operação Lava Jato da PF. Ele chegou a receber um carro de luxo do doleiro Alberto Yousef, figura-chave do esquema de lavagem de dinheiro desmantelado pela operação. As quadrilhas movimentaram mais de R$ 10 bilhões.

O discurso de Dilma adquiriu tom político em outros momentos. A presidente alfinetou o PSDB e insinuou que o governo de Fernando Henrique Cardoso pretendia privatizar a Petrobras. "[Os tucanos] Diziam que havia petróleo demais, riqueza demais e que, por isso, toda essa riqueza não podia ficar nas mãos de uma empresa pública, ou seja, nas mãos do povo. De forma muito sorrateira, prepararam todo um processo que, se não interrompido, acabaria por conduzi-la fatalmente a mãos privadas", disse Dilma.
"De tão requintado esse processo, chegou a fazer parte até a troca do nome, que seria Petrobrax sonegando a sílaba q é nossa identidade e nossa nacionalidade: “bras” de Brasil. Com apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu às tentativas de desvirtuá-la, de reduzi-la e privatizá-la", contra-atacou.


Graça Foster no Senado


A presidente da Petrobras, Graça Foster, também participou da cerimônia em Ipojuca. Amanhã (14) ela partipará de audiência no senado para tratar do caso Pasadena. A refinaria no Texas, nos Estados Unidos, foi comprada pela estatal em 2006, avalizada pela então ministra Dilma, como presidente do conselho de administração da Petrobras. Graça participaria de um debate na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara sobre Pasadena, mas cancelou essa participação, segundo a Agência Câmara.

Com obras inacabadas e superfaturadas, Brasil é destaque do jornal The New York Times

Brasil Post  |  De Publicado:
Em ano de Copa do Mundo, todos os olhos se voltam para o Brasil. Na edição deste sábado (12), do jornal americano The New York Times, o país virou manchete. Mas, desta vez, não foi o Mundial o assunto em questão, e sim as muitas obras inacabadas e superfaturas que se espalham por aqui. A exposição proporcionada pelo evento tem levado ao mundo os nossos grandes problemas estruturais. 

Intitulada “Grand Visions Fizzle in Brazil” (Grandes visões fracassam no Brasil), a reportagem do jornalista Simon Romero reúne dados, depoimentos e até um vídeo. Ela chama a atenção para a demora na construção da ferrovia Transnordestina, para o abandono de edifícios curvilíneos projetados por Oscar Niemeyer e de parques eólicos, assim como para o rombo orçamentário provocado por projetos luxuosos, como hotéis inacabados no Rio de Janeiro. 

Romero lembrou até do “malfadado” museu de extraterrestres, que começou a ser construído com recursos federais na cidade de Varginha, em Minas Gerais, mas não foi terminado. “Seus restos esqueléticos agora pairam como um navio perdido entre as ervas daninhas", comentou.

E disse mais: “Os projetos da Copa do Mundo são apenas uma parte de um problema maior nacional e lançam uma cortina de fumaça sobre grandes ambições do Brasil: uma série de projetos luxuosos concebidos quando o crescimento econômico foi de afluência que agora estão abandonados, paralisados ou descontroladamente acima do orçamento.”

O jornalista afirma que os empreendimentos foram destinados a impulsionar a economia brasileira, mas agora que o país vive uma “ressaca pós-boom”, eles foram deixados de lado, expondo líderes a críticas fulminantes, alimentando pretensões de gastos desnecessários e incompetência, enquanto os serviços básicos para a população continuam deficientes. 

Alguns economistas ouvidos por ele associaram o problema à “burocracia paralisante, à destinação irresponsável de recursos e à corrupção”. “Os fiascos estão se multiplicando, revelando uma desordem lamentavelmente sistêmica. Nós estamos acordando para a realidade de que imensos recursos foram desperdiçados em projetos extravagantes, quando nossas escolas públicas ainda são uma bagunça e esgoto ainda está em nossas ruas”, disse Gil Castello Branco, diretor do Contas Abertas, um grupo de vigilância brasileiro que analisa os orçamentos públicos.

Leia a matéria completa no site do NYTimes. E assista ao vídeo aqui.