quinta-feira, 24 de julho de 2014

Saídas de dólares superam entradas em US$ 5,4 bi até o dia 11 de julho

FL



16/07/2014 12h56

  • Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Mais dólares estão saindo do que entrando no Brasil. O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, ficou negativo em US$ 5,427 bilhões, nas duas primeiras semanas deste mês.

O resultado negativo vem tanto do segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações), com US$ 1,312 bilhão, quanto do financeiro  (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com déficit de US$ 4,114 bilhões.
De janeiro a 11 de julho, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,280 bilhão. Nesse período, o fluxo comercial registrou saldo positivo de US$ 1,578 bilhão e o financeiro, negativo em US$ 2,858 bilhões.

Parcelamento débitos de ICMS em SP é estendido para agosto





Contribuintes que devem ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias) ao Fisco paulista têm até 29 de agosto para aderir ao Programa Especial de Parcelamento. O prazo seria encerrado em 30 de junho, mas o Decreto 60.599,  assinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), ampliou a data limite. Segundo a página do programa, não haverá nova renovação.
O chamado PEP do ICMS permite o parcelamento para a regularização dos créditos do estado com fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2013. Quem pagar em parcela única terá redução de 75% do valor atualizado das multas e de 60% nos juros. A negociação em até 120 parcelas renderá 50% na multa e em 40% nos juros — o acréscimo financeiro varia conforme o número de prestações, entre 0,64% e 1% ao mês.
A medida vale para débitos constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, e também para débitos que são objeto de ação judicial ou embargos à execução fiscal. Nesse caso, porém, o contribuinte deverá comprovar a desistência das ações. A inscrição deve ser feita pela internet na página do programa (www.pepdoicms.sp.gov.br), que apresenta inclusive quadro de perguntas e respostas.
Fonte: ConJur

terça-feira, 22 de julho de 2014

Presidente da Tiffany & Co. anuncia aposentadoria para 2015


Michael Kowalski, que trabalha para joalheria desde 1983, continuará como presidente não-executivo do conselho

Alberto E. Rodriguez/Getty Images
Michael Kowalski, presidente mundial da Tiffany
Michael Kowalski, presidente mundial da Tiffany: executivo se aposenta em 2015

São Paulo - Há mais de 30 anos trabalhando para Tiffany & Co., sendo 15 deles como CEO e 11 como presidente do conselho, Michael Kowalski vai se aposentar em 2015.

Em comunicado, a segundo maior joalheria do mundo anunciou que Kowalski seguirá como presidente não-executivo do conselho.

A companhia nomeou Frederic Cumenal para a função de principal executivo da empresa.

Cumenal está na Tiffany desde 2011, quando assumiu o cargo de vice-presidente executivo. Desde o ano passado, ele também faz parte do conselho da companhia.

"Estou imensamente satisfeito com o que temos feito na Tiffany ao longo dos últimos 30 anos. Cumenal é ideal como executivo-chefe, e vamos continuar a trabalhar em conjunto para garantir uma sucessão tranquila", afirmou Kowalski, em nota.

Para o novo futuro presidente, trata-se de uma empresa extraordinária com uma herança fantástica e um futuro brilhante.

"Estou profundamente honrado por ter sido escolhido como líder e espero com entusiasmo capitalizar muitas oportunidades pela frente", disse Cumenal, em nota.

O executivo assume o comando da Tiffany a partir de 1º de abril de 2015.

Governo reduz previsão de expansão do PIB a 1,8%


Governo também elevou para 6,2% a projeção de alta do IPCA neste ano

Dado Galdieri/Bloomberg
Trabalhador confere notas de R$ 100 produzidas na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro
Trabalhador confere notas de R$ 100 produzidas na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro

Brasília - O governo reduziu para 1,8 por cento a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, sobre 2,5 por cento esperados até então, segundo o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado nesta terça-feira.

No documento, elaborado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo elevou para 6,20 por cento a projeção de alta do IPCA neste ano, frente a 5,60 por cento por cento estimado anteriormente, aproximando-se do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. 

O governo calculou ainda que as receitas extraordinárias somarão 27,016 bilhões de reais entre julho e dezembro deste ano, acima dos pouco mais de 24 bilhões de reais esperados para o período de maio a dezembro.

Herbalife comunica a contratação de ex-executivo da Coca-Cola e da Pepsico




O executivo é formado em Economia pela Universidade de Lima/Peru e tem curso de especialização, em Liderança Estratégica de Trade Marketing, pela Escola de Negócios EGADE, de Monterrey/México

Redação, Administrador.com
 
 
A Herbalife, empresa global de nutrição, anuncia a contratação de Giancarlo Testino, como Gerente Sênior de FP&A, na área de Planejamento Financeiro e Análises da empresa. Giancarlo reportará diretamente a Ricardo Romano, Diretor Sênior de Operações e de Serviços ao Distribuidor Independente e, matricialmente, ao Diretor de Planejamento Financeiro, para a América do Sul.

O executivo é formado em Economia pela Universidade de Lima/Peru e tem curso de especialização, em Liderança Estratégica de Trade Marketing, pela Escola de Negócios EGADE, de Monterrey/México.

Ele atua há 15 anos na área financeira, com passagens em empresas globais como Banco Santander, The Coca-Cola Company, Pepsico e, mais recentemente, na farmacêutica Abbot Laboratórios.

Como negociar com alguém mais poderoso do que você


Saber ouvir e perguntar as perguntas certas, além de se manter flexível, são algumas das dicas dos especialistas

Redação, Administradores.com, 


Thinkstock
"Bons negociadores se preparam de forma suficiente para entender o todo e não somente um caminho possível"
 
Negociar com alguém aparentemente mais poderoso pode ser uma experiência intimidadora. Tentar fechar um contrato grande, buscar um novo e importante cliente, negociar aumentos e vantagens com um empregador ou fazer negócios com uma empresa de maior porte são situações representativas desse tipo de negociação. Como não deixar o nervosismo e as fraquezas atrapalharem o processo? Como ser persuasivo e se manter firme em uma posição que pode parecer desvantajosa?

Carolyn O'Hara, em artigo publicado no blog da Harvard Business Review (revista da Faculdade de Administração de Harvard), aponta algumas ferramentas para lidar com o cenário descrito acima. Ela aponta que ocupar uma posição de menor poder se torna, se o negociante está consciente disso, um privilégio. Como? Citando Margaret Neale, professora de Gestão no mestrado da faculdade de Administração, O'Hara destaca que o mais poderoso muitas vezes perde níveis de empatia, de capacidade de se colocar no lugar do outro, identificar-se com ele, compreender suas necessidades.

Essas qualidades são essenciais para alguém que se encontra na posição de negociador; conseguir enxergar o que o outro quer e precisa dá uma vantagem a quem está negociando, no sentido de encontrar propostas que solucionem os problemas e respondam às principais demandas das duas partes. O "menos poderoso", então, tem essa carta debaixo da manga, e pode surpreender quem não esperava tanto dele. Com isso em mente, aqui se encontram algumas dicas de O'Hara para lidar com negociadores mais poderosos e obter sucesso. O texto original pode ser encontrado neste link. Confira:


Seja confiante


Costumamos ter medo da ameaça da competição, segundo Jeff Weiss, sócio da consultora especializada em negociações corporativas Vantage Partners. Quando estamos tentando fechar uma venda grande e sabemos que há outras pessoas com o mesmo objetivo, ou quando concorremos com várias pessoas por uma vaga de emprego, nos sentimos ameaçados e terminamos diminuindo nossas expectativas e reduzindo nossas demandas, o que muitas vezes nos deixa prejudicados em negociações. O segredo é se preparar, estudar o que você pode oferecer que os concorrentes não podem. A outra parte está negociando com você por um motivo, então concentre-se em maximizar as potencialidades e vanatgens que possui como atrativos.


Compreenda seus alvos e os da outra parte


Crie uma lista contendo o que você quer daquela negociação e porque você tem esses ou aqueles objetivos. É uma exercício para saber o que definitivamente você não pode aceitar, e em que áreas pode ser flexível. A partir do conhecimento dos seus alvos, busque compreender o que a outra parte quer e precisa, de forma que suas propostas cheguem "à metade do caminho", encurtando a distância entre suas demandas e as de quem está negociando com você. Lembre-se que o negócio precisa ser vantajoso para os dois lados; pensar nisso antes lhe capacitará para criar propostas mais realistas.


Prepare-se


Weiss diz: "O mais importante é estar preparado". Fazer sessões de brainstorming para obter soluções criativas e pensar em diferentes caminhos para alcançar o que se quer da negociação são pontos importantes de preparação. Obter dados sobre a outra parte também é de extrema importância. Na hora que o possível cliente, por exemplo, disser que quer pagar X pelo seu produto, com os dados em mãos, você pode comprovar que no passado, em outros negócios, ele pagou Y. Esse tipo de informação solidifica argumentos que, sem dados, seriam apenas opiniões.


Saiba ouvir e perguntar


Segundo Neale, duas das estratégias mais importantes que se pode apreender e praticar são ouvir e perguntar (as perguntas certas). Ouvir e realmente prestar atenção, inspira confiança. Perguntar sem medo, demonstra interesse e pode servir como forma de desarmar a outra parte. Por exemplo, se um chefe diz que o empregado não tem o perfil para um determinado projeto, e este questiona que tipo de perfil se encaixaria no projeto, pode-se abrir uma porta para que o funcionário mostre que tem as características necessárias para tal.


Permaneça flexível


Bons negociadores se preparam de forma suficiente para entender o todo e não somente um caminho possível. Isso quer dizer, na prática, que não há apenas uma forma de conseguir um negócio que atenda às demandas dos dois lados; há mais de uma estratégia, mais de uma manobra. Manter-se flexível lhe dá maiores condições de adequar o negócio, criando soluções que não apenas lhe beneficiam, mas, como diz Neale, "fazem a outra parte sentir que saiu ganhando".

Com informações de Harvard Business Review Blog

Grandes corporações têm desafios para implantar o compliance



Recentemente, a editora Gillian Tett, do Financial Times, publicou um interessante artigo a respeito da celeuma em torno da General Motors derivada da divulgação de um relatório que esmiúça a falha de uma década em resolver um problema no sistema de ignição de vários de seus automóveis. O surpreendente na história não está apenas na incrível demora da GM mas, principalmente, na revelação de que funcionários sabiam há anos da falha. Mas há outra, e bem mais intrigante, surpresa: o cara que fez o relatório e o divulgou, o procurador federal aposentado Anton Valukas, não seguiu o "manual" nesse tipo de denúncia e saiu a campo dizendo que não há vilãos ou planos maquiavélicos por trás da inércia da GM. Ao contrário, disse ele, o problema está nos "silos" criados pela estrutura profundamente fragmentada da GM.

De fato não gosto daquela coisa de dizer "eu bem que avisei", mas fica um tanto irresistível fazê-lo quando, nas últimas semanas, tive a boa sorte de receber espaço em alguns sites, revistas e jornais para artigos em que insisti na tese de que as falhas de comunicação formam "buracos negros" nas estruturas das corporações, e que esses buracos sugam irresistivelmente informações e as destroem. Embora eu me referisse ao uso desses ralos por parte de quadrilhas corporativas para brecar informações sobre seus mal-feitos, o ponto é que não existe possibilidade de políticas de compliance em estruturas empresariais nas quais uma informação tão importante quanto a apontada por Anton Valukas possa se perder por dez anos.

Compliance é uma coisa muito séria nas construções gigantescas, muitas vezes tão grandes quanto de governos nacionais, que são as megacompanhias. Uma política de compliance, de forma rasa, significa ter padrões a seguir para evitar erros e ter gente espiando para que esses padrões sejam seguidos de verdade.

Como se vê no affair da GM, e em mais uma dúzia que fácil se recorda de tempos recentes, as políticas decompliance não estão sendo efetivas. Por que será? Venho trabalhando nisso e tenho pistas consistentes, mas isso é lá assunto para outra conversa. No presente caso, um fato inquietante é que sua formatação vale, em menor ou maior escalas, para outros similares que estão na boca e nas mentes das pessoas. Não é complicado observar que os mesmos traços básicos mostrados na GM se encontram na linha de argumentação de altos executivos da Petrobras quando falam sobre Pasadena e outras histórias que vieram à tona: não havia intenção de dolo, dizem, mas os cálculos iniciais foram mal feitos (ou feitos em "conta de padeiro", embora eu ache que padeiros são mais eficientes em seus negócios) e as informações que deveriam balizar a decisão se perderam pelo caminho.

Sim, o leitor pode me acusar nesse momento de inocência. A verdade porém é que não retiro da situação o dolo talvez intencional por parte de seja lá quem for da Petrobras e congêneres. O que digo é que, até prova em contrário, o board dessas companhias não quis causar danos nem criar negócios destinados a prejuízo. O que faltou ao conselho foi a informação crucial, aquela que diferencia o mau do bom negócio. Esse dado foi sugado por um “buraco negro” e talvez os bad guys tenham usado essa circunstância.

A questão que importa é: como isso pode ocorrer em empresas tão cheias de controles e auditores e regras e tudo o mais?

É simples, como se vê pelos exemplos da GM e da Petrobras: as companhias são tão departamentalizadas e tão grandes que sobram espaços sem comunicação entre seus "silos". O sujeito que sabe do problema está às vezes em outra cidade, outro país, outro departamento entre centenas ou milhares de departamentos, e o cara que deveria saber do problema nem tem ideia da existência do primeiro, bem como o primeiro não tem do segundo. A informação até tenta andar, mas a super-departamentalização é como um lego com peças irregulares. O espaço entre elas é o bastante para engolir informações, aleatoriamente ou não.

Dá para resolver? Claro que sim. O ponto é saber se as empresas querem mesmo resolver, considerando o grau de transparência nos negócios e a diluição de poder nos "silos" que isso exige.


 Barry Wolfe é advogado pela Edinburgh University, pós-graduado em direito econômico pela Yale Law School e mestre em direito internacional por Cambridge, Inglaterra. Como diretor da Wolfe Associates Anti-Corruption Advisers comandou dezenas de investigações de crimes no mercado corporativo e de apoio a políticas de compliance, atendendo a clientes no top-100 das maiores empresas do Brasil.