A governança Corporativa como instrumento de criação de valor
da FIA (Publieditorial),
Publieditorial
A boa e frequente comunicação com o mercado é o caminho da criação
de valor, na medida em que os analistas entenderão o potencial de
geração de caixa das estratégias das companhias e saberão avaliar seus
resultados com mais exatidão. Neste sentido, a transparência, muito
pregada pela Governança Corporativa, é um elemento crucial para a
avaliação adequada das empresas.
Mas Governança Corporativa não é apenas transparência de informações. Ela é o conjunto de mecanismos que surgiram para mitigar três tipos de problemas: o conflito de agentes, diferenças entre vieses cognitivos e limitações técnicas.
Conflitos de agentes são as diferenças de interesses que entram em jogo, no relacionamento entre acionistas majoritários, profissionais contratados para trabalharem em suas empresas, acionistas minoritários e credores. Cada qual tem sua demanda e espera certa reciprocidade da empresa. Muitas vezes, tais demandas são conflitantes, dificultando a tomada da melhor decisão gerencial.
De acordo com esta linha de pensamento dentro da Governança Corporativa, ao focar suas energias sobre a maximização da riqueza dos acionistas, indiretamente, o administrador já estará maximizando o valor para todos os demais stakeholders, uma vez que a companhia produzirá os melhores produtos aos menores custos, beneficiando os clientes, gerará empregos, beneficiando os funcionários e fornecedores, até chegar nos interesses dos acionistas, que são residuais, tendo, então atendido a todos os demais interesses. Claro, desde que busque isso com ética.
Outra corrente de pensamento prega que a empresa tem o objetivo de maximizar os interesses de todos os stakeholders, e neste momento, ela enfrenta o primeiro problema, que é saber quais são tais interesses, e quais serão prioridades e ainda como medir se atendeu ou não satisfatoriamente tais interesses. Mesmo assim, dependendo da corrente de pensamento escolhida por um país, ela norteará as regras ou as melhores práticas de governança. Isto, explica, em parte, as extraordinárias diferenças entre as práticas de Governança Corporativa de um país para outro.
Pesquisas atestam que o mercado de capitais será mais desenvolvido em países que tenham maior proteção aos investidores, uma vez que se incentivam maior quantidade de companhias abertas, maior número de IPOs, maiores múltiplos (valor) de mercado, mais dividendos, mais crédito às companhias, que podem investir em mais projetos, gerando mais empregos, renda e mais retorno para toda a sociedade.
No Brasil, ainda temos um longo caminho a percorrer: alguns discursos de governança ainda são vazios, não condizentes com as práticas, e o mercado não se engana por muito tempo, como mostraram os exemplos de inúmeras empresas celebradas por seus padrões de governança que viram, posteriormente, os valores de suas ações despencarem por frustrarem as expectativas criadas no mercado naquele momento de euforia, de 2004 a 2007: aprendemos que colocar um grande volume de informação a disposição dos investidor não será suficiente para acalmar os ânimos do mercado quando as promessas dos retornos não se concretizarem.
Para o desenvolvimento do mercado, é necessária uma nova perspectiva dos profissionais: aliando, tanto uma perspectiva econômica de criação de valor, mas também alinhando uma visão sistêmica do mercado e da empresa.
O LABFIN da FIA, ligado nessa tendência, inclui na grade do MBA Finanças (um dos mais tradicionais e premiados MBAs do país), conteúdos sobre Governança Corporativa e processos de criação de valor.
Maria Angélica Lencione Pedretti é professora do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (LabFin/FIA), considerada referência no Brasil em educação executiva voltada às finanças corporativas e aos mercados financeiros. Saiba mais sobre o curso de MBA Finanças, clique aqui.
Mas Governança Corporativa não é apenas transparência de informações. Ela é o conjunto de mecanismos que surgiram para mitigar três tipos de problemas: o conflito de agentes, diferenças entre vieses cognitivos e limitações técnicas.
Conflitos de agentes são as diferenças de interesses que entram em jogo, no relacionamento entre acionistas majoritários, profissionais contratados para trabalharem em suas empresas, acionistas minoritários e credores. Cada qual tem sua demanda e espera certa reciprocidade da empresa. Muitas vezes, tais demandas são conflitantes, dificultando a tomada da melhor decisão gerencial.
De acordo com esta linha de pensamento dentro da Governança Corporativa, ao focar suas energias sobre a maximização da riqueza dos acionistas, indiretamente, o administrador já estará maximizando o valor para todos os demais stakeholders, uma vez que a companhia produzirá os melhores produtos aos menores custos, beneficiando os clientes, gerará empregos, beneficiando os funcionários e fornecedores, até chegar nos interesses dos acionistas, que são residuais, tendo, então atendido a todos os demais interesses. Claro, desde que busque isso com ética.
Outra corrente de pensamento prega que a empresa tem o objetivo de maximizar os interesses de todos os stakeholders, e neste momento, ela enfrenta o primeiro problema, que é saber quais são tais interesses, e quais serão prioridades e ainda como medir se atendeu ou não satisfatoriamente tais interesses. Mesmo assim, dependendo da corrente de pensamento escolhida por um país, ela norteará as regras ou as melhores práticas de governança. Isto, explica, em parte, as extraordinárias diferenças entre as práticas de Governança Corporativa de um país para outro.
Pesquisas atestam que o mercado de capitais será mais desenvolvido em países que tenham maior proteção aos investidores, uma vez que se incentivam maior quantidade de companhias abertas, maior número de IPOs, maiores múltiplos (valor) de mercado, mais dividendos, mais crédito às companhias, que podem investir em mais projetos, gerando mais empregos, renda e mais retorno para toda a sociedade.
No Brasil, ainda temos um longo caminho a percorrer: alguns discursos de governança ainda são vazios, não condizentes com as práticas, e o mercado não se engana por muito tempo, como mostraram os exemplos de inúmeras empresas celebradas por seus padrões de governança que viram, posteriormente, os valores de suas ações despencarem por frustrarem as expectativas criadas no mercado naquele momento de euforia, de 2004 a 2007: aprendemos que colocar um grande volume de informação a disposição dos investidor não será suficiente para acalmar os ânimos do mercado quando as promessas dos retornos não se concretizarem.
Para o desenvolvimento do mercado, é necessária uma nova perspectiva dos profissionais: aliando, tanto uma perspectiva econômica de criação de valor, mas também alinhando uma visão sistêmica do mercado e da empresa.
O LABFIN da FIA, ligado nessa tendência, inclui na grade do MBA Finanças (um dos mais tradicionais e premiados MBAs do país), conteúdos sobre Governança Corporativa e processos de criação de valor.
Maria Angélica Lencione Pedretti é professora do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (LabFin/FIA), considerada referência no Brasil em educação executiva voltada às finanças corporativas e aos mercados financeiros. Saiba mais sobre o curso de MBA Finanças, clique aqui.