Alexandre Sant'Anna/Veja Rio
São Paulo - Três funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foram presos, suspeitos de envolvimento em um esquema milionário de desvio de dinheiro.
Segundo o SPTV, o esquema pode ter desviado mais de R$ 100 milhões. De acordo com os promotores do Ministério Público de São Paulo, que comandam a investigação, ao menos cinco funcionários do departamento de compras estavam envolvidos.
Eles supostamente vazavam as propostas de aquisições de materiais para
empresas, que ganhavam a concorrência. Como pagamento por essas
informações privilegiadas, eles recebiam uma porcentagem dos contratos,
segundo o SPTV.
Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos ontem, no escritório da CSN na Avenida Faria Lima, em São Paulo.
Também foram cumpridos três mandados de prisão. Dois funcionários da empresa ainda estão foragidos, ainda segundo o jornal.
A investigação está a cargo do Ministério Público desde janeiro, depois
que a CSN enviou uma denúncia. Segundo a empresa, os controles internos
da companhia identificaram indícios de irregularidades em processos
específicos de compras. As informações foram, então, enviadas ao MP para
investigação e medidas legais cabíveis.
A empresa também afirma que, uma vez que o processo ainda está em
andamento, não é possível quantificar com exatidão os valores
envolvidos.
"As cifras divulgadas pela imprensa até o momento são completamente
desproporcionais aos fatos encaminhados ao MP", informa a CSN em nota à
imprensa.
Matéria atualizada com as declarações da CSN.
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