Deposto da presidência em 1992, Collor pode ser cassado novamente, caso seja condenado no caso
www.administradores.com,
José Cruz/ABr
Collor (dir.), com Romero Jucá, ambos citados na lista de Janot
Esperada com ansiedade pelos brasileiros e, principalmente, em
Brasília, a lista de políticos que o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, entregou ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal, não trouxe grandes surpresas. Quando os nomes foram divulgados
oficialmente, na última sexta-feira (6), muitos veículos de imprensa já
tinham adiantado vários deles. Com a confirmação das especulações, o
assunto logo tomou conta dos noticiários e, desde então, tem
monopolizado as discussões em todos os cantos do país.
Entre os citados nessa primeira lista (mais nomes ainda devem
aparecer nas delações de outros investigados), que o procurador
recomendou que fossem investigados, estão caciques do PP, PMDB e PT,
entre os quais os atuais presidentes da Câmara e do Senado e
ex-ministros do governo Dilma. Há, porém, alguns fatos nesse caso que
podem acabar passando despercebidos, mas são interessantes para
compreender o emaranhado da corrupção no Brasil. Elencamos abaixo alguns
deles. Confira:
Condenado no mensalão será investigado
Entre os políticos citados na lista de Janot, pelo menos um teve
envolvimento no mensalão e foi condenado: Pedro Corrêa, do PP (preso em
Pernambuco).
Mais uma vez, um ex-chefe da Casa Civil
Assim
como no caso do mensalão, a Lava Jato tem entre os investigados um
ex-chefe da Casa Civil de um governo do PT. No primeiro, José Dirceu,
que exerceu o cargo na gestão de Lula, foi condenado e cumpre pena.
Agora, a investigação será sobre Gleisi Hoffmann (PT), que comandou a
pasta no mandato de Dilma Rousseff.
Mais uma vez, um tesoureiro do PT
No mensalão, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi um dos
condenados. Agora, na Lava Jato, o atual secretário de finanças do
partido, João Vaccari Neto, também será investigado.
Líder dos Caras Pintadas é investigado junto de Collor
O ex-presidente Fernando Collor de Mello (hoje senador pelo PTB),
derrubado da presidência em 1992, dois anos depois de assumir o poder,
devido a denúncias de corrupção, vai ser investigado no caso da Lava
Jato. Mas o mais curioso é que o líder do movimento que levou vários
jovens às ruas na época e foi decisivo para conseguir o impeachment do
alagoano também está na lista de Janot: Lindberg Farias (PT),
ex-presidente da UNE e, atualmente, senador.
Se condenado, Collor pode ser o primeiro político brasileiro a perder o mandato duas vezes
Deposto da presidência em 1992, Collor pode ser perder um mandato
novamente, caso seja condenado na Lava Jato. Embora no primeiro caso ele
tenha renunciado antes de o impeachment ter sido oficializado, o
processo foi mantido e o declarou inelegível por oito anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário