quinta-feira, 18 de junho de 2015

Somos todos desonestos


O mesmo sujeito que joga uma garrafa na rua e se queixa de como sua cidade está suja, não joga nem uma bituca de cigarro e elogia a limpeza quando viaja para Miami ou Cingapura



 
 
iStock

Era uma vez um jovem honesto e idealista que, um dia, descontente com o rumo do país, resolveu entrar para a política. Seu objetivo:  mudar o país para melhor. Em sua terceira campanha eleitoral, finalmente se elegeu vereador.  

Eleito, ele começou a enfrentar dificuldades na Câmara Legislativa Municipal. Três anos depois, nada do que propôs havia sequer sido votado, quanto mais aprovado. Enquanto isso, vários de seus colegas aprovavam tudo o que queriam, normalmente apenas em benefício próprio. As eleições se aproximavam e, com elas, a necessidade de financiamento para a próxima campanha eleitoral e de alguma realização para apresentar a seus eleitores. Ele resolveu que, em nome de um bem maior, seu projeto de um país melhor, por uma única vez, aceitaria participar de um esquema ilícito para aprovar seu projeto e financiar sua campanha. Afinal, o que era uma única “pequena” irregularidade em relação a seu importante e grandioso projeto?
 
Depois disso, ele se elegeu deputado estadual, deputado federal e há mais de 20 anos é senador. Neste meio tempo, aprovou inúmeros projetos. Hoje, é rico, poderoso e invejado. O jovem que 40 anos antes quis entrar para a política para mudar o país não o reconheceria. Ele virou político para combater pessoas como a que ele mesmo acabou se tornando.
 
Cercado por outros corruptos, hoje ele sequer acha que o que faz é  corrupção. É apenas a forma como as coisas são feitas. Nós seres humanos temos a habilidade de acostumarmo-nos com quase qualquer situação, o que é muito útil para lidar com as mudanças que a vida sempre traz. Infelizmente, esta habilidade vem com um grande ônus. Nós nos acostumamos e consideramos normal o que a maioria está fazendo, principalmente se incluir nosso próprio grupo social. Até ao nazismo, em um dado contexto histórico, muitos acabaram se acostumando e vários até aderindo.
 
No Brasil, acostumamo-nos com a corrupção. A percepção é que a maioria é corrupta. Trouxas são os que não aproveitam as oportunidades de benefícios próprios que determinados cargos ou situações criam. Esta percepção acaba determinando as ações de muitos e criando uma profecia auto-realizável. Se você acha que essa história só vale para políticos e empreiteiros, atire a primeira pedra quem nunca traiu a namorada, colou na prova ou guiou no acostamento.
 
O mesmo sujeito que joga uma garrafa na rua e se queixa de como sua cidade está suja, não joga nem uma bituca de cigarro e elogia a limpeza quando viaja para Miami ou Cingapura. O padrão aqui é sujar e reclamar. Lá, é cuidar e elogiar. A pessoa é a mesma.
 
Precisamos criar condições que estimulem os comportamentos que queremos. A cidade de Nova York, onde morei por quase dez anos, é famosa por ter reduzido radicalmente a criminalidade e a sujeira com tolerância zero a ambas. Aqui, precisamos estender a tolerância zero a todos os padrões errados com os quais nos acostumamos. Aceitando pequenos delitos abrimos a porta para delitos cada vez mais graves, até que eles se tornam a norma.
 
No Japão, um político corrupto sente tanta vergonha quando descoberto que, muitas vezes, se suicida. No Brasil, até recentemente, políticos corruptos sequer temiam ser punidos.
 
Tomara que a Operação Lava-Jato e punições severas aos culpados comecem a criar uma nova cultura no país, mas se queremos realmente que o país mude, temos antes de mais nada que ser  a mudança que queremos ver.
Artigo publicado originalmente na coluna do autor na revista IstoÉ de 06/2015.

Ferrovia Brasil-Peru é como o trem-bala – uma miragem




Alexander Joe/AFP
Trem sobre trilhos
A miragem: a promessa é investir 200 bilhões de reais na infraestrutura. Mas de onde virá o dinheiro?
São Paulo — Está mais do que na hora de os profissionais das ciências políticas, sociais e psicológicas deste país se dedicarem com seriedade à investigação de um fenômeno até agora inexplicável — a obsessão por trens de ferro e ferrovias imaginárias dos governos do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff.

Durante anos, como é do conhecimento comum, o governo testou a paciência dos brasileiros falando no trem-bala, que ligaria o Rio de Janeiro a São Paulo, e sabe Deus a que outros lugares mais, chispando à velocidade de 200 quilômetros por hora ou coisa parecida. O trem-bala foi o campeão das obras com existência limitada ao papel que se sucederam ao longo desse tempo todo.

Em certo momento, foi incluído entre as rea­lizações que o governo popular “entregou” ao país. Era também uma demonstração a mais de que “foi preciso um operário chegar à Presidência da República para o Brasil ganhar um trem do Primeiro Mundo” — e mesmo a mais pacata manifestação de discordância em relação aos desejos do governo a respeito era imediatamente carimbada como “complexo de vira-lata” das nossas elites. Mas o trem-bala nasceu, viveu e morreu como uma miragem.
Jamais recebeu um único metro de trilho; jamais teve, sequer, um projeto de engenharia. Muito bem. Justo agora, quando o trem-bala estava em via de ser esquecido, lá vem a presidente Dilma e nos informa que ela tem mais um trem a apresentar: desta vez é a Ferrovia Bioceânica.

À primeira vista parece alguma coisa ligada ao Ministério do Meio Ambiente — uma estrada de ferro para melhorar a sustentabilidade dos biomas brasileiros, talvez, ou para proteger a biodiversidade do nosso litoral? Não: a ideia é fazer uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru, até chegar ao Oceano Pacífico. É o novo trem-bala — “O Retorno”. Ideia fixa? Chamem os universitários.

A Ferrovia Bioceânica não faz parte do PAC, caso isso possa animar alguém, e sim do PIL, o que já desanima de novo — é esse o nome que deram a um Plano de Investimento em Logística que o governo acaba de anunciar, acenando com investimentos de quase 200 bilhões de reais em obras, dos quais, obviamente, não existe um único tostão em caixa.

Na teoria, a solução para essa dificuldade está em executar as obras pelo sistema de concessões à iniciativa privada. É o que o governo prometeu ao lançar esse último plano, junto com a garantia de que, ao contrário do que aconteceu nos últimos 12 anos e meio, desta vez as empresas não terão de cumprir exigências impossíveis para receber a licença de investir na infraestrutura do país.

Trata-se, com certeza, da única opção para fazer algo de útil nessa área — ou o investidor privado tem alguma chance real de ganhar dinheiro com a exploração comercial de estrada, aeroporto ou outra obra que construa com os próprios recursos, ou não investe. Por que raios investiria se o governo não vai deixar que ele tenha lucro com seu investimento?

Desde janeiro de 2003, os resultados obtidos com concessões foram positivamente miseráveis, como é da lógica elementar — nas poucas iniciativas que chegou a fazer, o governo criou tantos obstáculos que quase nada de sério foi feito. O mais notável deles é a exigência de um “lucro justo”, nem um realzinho a mais — sendo que é o governo, e não o mercado, quem decide o que é justo e injusto.

Esqueçam o trem bioceânico, que já nasce morto pelo ridículo e pelo fato de que transportar cargas para o Pacífico sai mais barato pelos portos atualmente em operação, mesmo com seus custos horrendos. O PIL inteiro caminha para a não existência se o PT, em geral, e a presidente Dilma, em particular, continuarem a agir como têm agido em todo o seu governo.

As obras jamais foram feitas porque ambos, no fundo, são apaixonadamente contra a privatização da infraestrutura — estão convencidos de que é melhor não fazer nada do que deixar que outros façam. Preferem ficar com sua ideologia e as ruínas da transposição das águas do rio São Francisco.

Grandes empresas saem à caça de startups




Germano Lüders / EXAME
 
 
João Oliveira, da Asapp, e Romeo Busarello, da Tecnisa
Oliveira, da Asapp, e Busarello, da Tecnisa: inovação com agilidade
 
Filipe Serrano, de Revista EXAME


  São Paulo - Os cerca de 300 corretores da incorporadora Tecnisa, em São Paulo, passaram anos enchendo seus carros com catálogos dos imóveis à venda — o que geralmente resultava em bagunça, papéis amassados e perda de tempo. Essa era a regra até que, neste ano, a empresa passou a oferecer um aplicativo que permite acessar uma cópia digital de todos os catálogos em tablets e smartphones.

A solução não era, obviamente, complexa. Mas o que chamou a atenção no caso da Tecnisa foi a rapidez. Da decisão de resolver o problema à implantação total, foram menos de dois meses. Isso porque a incorporadora recorreu à startup Asapp, com sede na capital paulista, que já tinha um serviço na medida para esse tipo de demanda. 

Assim como a Tecnisa, outras grandes empresas têm buscado startups para resolver seus problemas — e também repensar parte de seus negócios. A lista inclui os bancos Bradesco e Itaú, as fabricantes de bebidas Coca-Cola e Pernod Ricard e a fabricante de cosméticos Natura.

O objetivo de todas elas é o mesmo: aproximar-se da nova geração de empreendedores digitais e aproveitar as ideias que eles têm a oferecer. “As startups trabalham com eficiência e custo menor. É importante estar perto delas para incorporar essa cultura e aprender a inovar”, diz Erica Jannini, superintendente de canais digitais do Itaú.

Os grandes conglomerados têm vários caminhos para encontrar as startups mais indicadas. Um deles é interno. Monta-se um escritório para hospedá-las, como o Itaú, em parceria com o fundo Redpoint e.ventures, fará em São Paulo a partir de setembro.

Outras empresas de grande porte escolhem estratégias mais pontuais. Organizam os chamados hackathons, encontros de programadores que recebem um desafio e, muitas vezes, viram a noite atrás de uma solução. Ou promovem concursos — caminho seguido pelo Bradesco.

No segundo semestre de 2014, o banco recebeu projetos de inovação de 550 startups. No começo deste ano, selecionou os oito melhores e nos próximos meses deverá escolher os vencedores. As startups que entregarem produtos inovadores serão contratadas como as mais novas fornecedoras do banco. 

“Mesclamos a experiência de uma grande empresa com a ousadia de uma startup”, diz Fernando Freitas, gerente executivo do Bradesco para a área.

Entre as grandes empresas há ainda as que terceirizam a seleção — contratam consultores para escolher os empreendedores digitais mais indicados a suas necessidades. Foi a agência de marketing A.Senses que apresentou os fundadores da startup Boozebox, de São Paulo, aos executivos da Pernod Ricard no começo do ano.

A Boozebox tinha desenvolvido uma máquina de coquetéis no estilo de uma chopeira. “A solução estava alinhada com nossa estratégia. Investimos num piloto para, mais tarde, darmos uma maior escala a esse projeto”, afirma André Limaverde, gerente de marketing em pontos de venda da Pernod Ricard.

Para as grandes empresas não existe uma estratégia de aproximação ideal. Elas escolhem a mais adequada a cada projeto. O que talvez seja o ponto em comum é a tendência de evitar apostas. Em geral, as grandes empresas procuram startups que tenham encontrado uma solução funcional. Entre as startups, também há algumas preferências quando o assunto é associar-se a uma empresa de grande porte.

“O mais importante não é o dinheiro, não é o espaço físico e não é a mentoria. É o acesso ao mercado”, afirma o administrador Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo da escola de negócios Insper. Em resumo, o foco dos empreendedores digitais costuma ser menos o “start” e mais o “up”.


Indústria de SP demite 17 mil em maio, diz Fiesp


thinkstock
Trabalhador na indústria
Dos 22 setores da indústria no Estado, 18 demitiram, só 2 contrataram e outros 2 permaneceram estáveis ante abril
 
Gustavo Porto, do Estadão Conteúdo


Ribeirão Preto - A indústria paulista demitiu 17 mil trabalhadores em maio, acumula saldo negativo de 35 mil cortes em 2015 e de 181 mil demissões em 12 meses, informou nesta quinta-feira, 18, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Com os dados, a entidade estima que as demissões somem 150 mil este ano, uma queda de 6% no nível de emprego na comparação anual, recorde desde que a série histórica de dados foi iniciada, em 2005.

"É a maior perda de empregos absolutos, superando até mesmo a queda ocorrida no ano da crise (2009)", informou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, se referindo ao saldo negativo de empregos de 110 mil, registrado em 2009.
Dos 22 setores da indústria no Estado, 18 demitiram, só 2 contrataram e outros 2 permaneceram estáveis ante abril.

Com as demissões em maio, o nível de emprego da indústria paulista caiu 0,86% ante abril de 2015, na série com ajuste sazonal. Na mesma base de comparação, o Índice de Nível de Emprego recuou 0,70% na série sem ajuste sazonal.

Ao comparar maio de 2015 com o mesmo mês do ano passado, o nível de emprego recuou 6,86% na indústria paulista. Segundo Francini, o resultado é "muito ruim, e no segundo semestre há de aprofundar a crise na indústria de transformação e na economia brasileira".

O Depecon estima que a economia deve encolher 1,7% no País em 2015, com viés de baixa. Ainda segundo o economista, o ajuste fiscal, como está sendo conduzido pelo governo, não consegue conviver com taxa de crescimento econômico.
 

Setores


Em crise, a indústria automotiva (veículos automotores, reboques e carrocerias) continuou como a que mais cortou empregos no mês passado no Estado, com 4.307 demissões, seguida pela de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 3.202 cortes, e pela indústria de máquinas e equipamentos, com 1.789.

Assim como em abril, a indústria de produtos alimentícios foi a que a mais contratou, com 2.276 empregados, seguida pela de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, com 259 empregos.

Os setores que mais contrataram puxaram o nível de emprego em regiões produtoras de alimentos e biocombustíveis.

A liderança ficou com a indústria de Santa Bárbara d'Oeste, com aumento de 2,65% no nível de emprego em maio ante abril, impulsionado pelos segmentos de produtos alimentícios (48,36%) e de produtos têxteis (1,80%).

Matão e Sertãozinho, puxados pela indústria alimentícia (processadora de laranja e cana), avançaram, 1,35% e 1,33%, respectivamente, em maio ante abril.

Em contrapartida, a região de Osasco, registrou queda 2% no nível de emprego em maio, puxada pelos cortes na indústria automotiva e de autopeças; a de Bauru recuou 1,93%; e a de Santo André, 1,85%.

Ao todo, das 36 regiões apuradas pela Fiesp 26 sofreram queda no emprego, 8 anotaram alta e duas ficaram estáveis.


Seara pode adquirirar capital social da Anhambi Alimentos



Divulgação/EXAME
JBS compra Seara Brasil
Seara: a companhia de processamento e distribuição de alimentos recebeu autorização do Cade para adquirir a Ahambi, que comercializa carne de frango


Brasília - A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela Seara Alimentos da integralidade do capital social da Anhambi Alimentos Norte.

O despacho com a aprovação da operação está publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira, 16.

A Seara é uma companhia de alimentos com atividades nos segmentos de processamento e distribuição de produtos de proteína de aves e suína com atuação nos segmentos de carne in natura, processada e industrializada para clientes no Brasil e no exterior, além da distribuição de outros produtos alimentícios e outros subprodutos do abate.
A Anhambi atua nas atividades de abate de frango, produção de ração para frango de corte para uso cativo e comercialização de carne de frango in natura.

Dona da Saks comprará rede alemã Kaufhof por 2,8 bi de euros


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Loja da Saks na Quinta Avenida, em Nova York, nos Estados Unidos
Loja da Saks na Quinta Avenida, em Nova York, nos Estados Unidos
 
Da REUTERS


Dusseldorf - A Hudson's Bay está comprando a rede de lojas de departamento líder da Alemanha, a Kaufhof, da Metro por 2,8 bilhões de euros, dando à proprietária da Saks uma base a partir da qual crescer na Europa.

O acordo vem à medida que lojas de departamento começam a passar por uma revitalização com investimentos em comércio eletrônico paralelamente a lojas físicas reformuladas.

A Hudson's Bay, cujas ações chegaram a subir 13,4 por cento, disse que venderá ao menos 40 dos imóveis de propriedade total ou parcial da Kaufhof para sua joint venture imobiliária com a Simon Property Group por ao menos 2,4 bilhões de euros.
A companhia disse que espera financiar o acordo com a Kaufhof a partir das vendas dos imóveis.
A Hudson Bay disse que não pretende emitir ações e espera contrair pouca dívida adicional.

As 120 lojas da Kaufhof ocupam localizações proeminentes na maioria das principais cidades, empregando 21.500 funcionários e e registrando 3,1 bilhões de euros em vendas. A empresa também opera 16 lojas na Bélgica.

A Hudson's Bay, fundada em 1670, é a companhia mais antiga em operação ininterrupta na América do Norte.

Abril Educação fecha acordo para comprar negócios da Saraiva



Marcel Salim/EXAME.com
 
IPO da Abril Educação
Abril Educação: não estão incluídos na transação os negócios de varejo do grupo Saraiva
Da REUTERS


São Paulo - A Abril Educação informou nesta quinta-feira que firmou acordo com a Saraiva para aquisição de todos os negócios de educação básica, técnica e superior do grupo Saraiva, englobados na Saraiva Educação, por 725 milhões de reais.

O negócio consiste na aquisição pela Editora Ática, subsidiária da Abril Educação, de 100 por cento das cotas da Saraiva Educação detidas pela Saraiva, o que inclui também os selos "Editora Saraiva", "Editora Érica", "Sistema de Ensino Ético" e "Sistema de Ensino Agora".

Não estão incluídos na transação os negócios de varejo do grupo Saraiva.
O preço está sujeito a ajustes em razão do endividamento líquido da Saraiva Educação, disse a Abril Educação. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) pro forma ajustado dos negócios de educação da Saraiva em 2014 foi de aproximadamente 156,46 milhões de reais.

Além da aprovação regulatória, a operação está sujeita a ratificação pela assembleia geral de acionistas da Abril Educação.

O controle da Abril Educação foi assumido pela Thunnus Participações, sociedade detida por fundos de investimentos geridos pela Tarpon Investimentos, mais cedo neste ano, com a saída da família Civita do bloco.