sexta-feira, 31 de julho de 2015

O cavalinho branco ganha o mundo






Saiba como nasceu a Renner Herrmann, case de “100 Marcas do Rio Grande”




No final dos anos 1950, a Renner Herrmann S/A, fabricante das Tintas Renner, buscava uma imagem que pudesse ser utilizada como logotipo, o símbolo maior de um negócio que visava fabricar tintas, criado havia três décadas, em 1927, com a razão social Renner Koepcke, no bairro Navegantes, em Porto Alegre. Mas qual imagem? A resposta veio de uma pequena coincidência: o nome Renner, em alemão, significa “corredor”. E foi justamente essa a ideia que levou a empresa a apostar na figura – que depois faria história na propaganda gaúcha – do cavalo branco em plena disparada. Como convém aos bons logos, este acabou simbolizando muito mais do que um simples corredor. Na força e altivez do cavalo branco sobre um quadro vermelho, na simplicidade e pureza dos traços, ela resumiu e ajudou a dar personalidade a uma das mais sólidas marcas corporativas da história do Rio Grande do Sul.

Desde muito cedo, a Renner, transformada em Renner Herrmann a partir de 1941, mostrou vocação para desbravar mercados. Naquele mesmo ano, a empresa quase deixou de existir sob uma grande enchente que varreu suas instalações, então à beira do Rio Guaíba. Mas, com muita força de vontade e ânimo de seus líderes, a empresa se reergueu, mudando-se para a região do Passo D’Areia, também em Porto Alegre. Um pouco antes, ela já dava bons sinais de dinamismo. Durante a Grande Depressão de 1929 e a dificuldade de acesso a bens de consumo, a Renner percebeu que seria viável contar com uma própria unidade de fabricação de latas – que foi fundada em 1933. Assim, com capacidade para embalar suas próprias tintas, ganhou mais competitividade e credibilidade.

No início, o foco da Renner eram apenas as tintas decorativas – aquelas utilizadas para pintar residências e edifícios. Por isso, durante muitos anos, as Tintas Renner se comunicaram com o mercado por meio de veículos de massa. Quando a televisão chegou ao Rio Grande do Sul, em meados de 1959, a Renner logo despontou como um grande anunciante. As ações publicitárias também englobavam inserções em rádio, materiais de ponto de venda e até patrocínio de clubes de futebol – quem não lembra daquele lendário time do Grêmio que conquistou a Copa Libertadores da América (1995), o Campeonato Brasileiro (1996) e a Copa do Brasil (1997), entre outros títulos, sempre levando consigo a marca Renner na camiseta? E o Grêmio não foi o único. A Renner chegou a patrocinar, ao mesmo tempo, dez clubes em diferentes estados e países.

No final dos anos 1950, a empresa adotou um jingle que faria história, sendo imediatamente lembrado pelos consumidores na hora de escolher suas tintas. Em ritmo de samba, a peça dizia Em matéria de pintura, quem dá as tintas é a Renner – o que se tornaria um dos slogans mais bem-sucedidos da publicidade brasileira. Era a primeira campanha de caráter institucional e massivo, adotada na comemoração de 30 anos da empresa, com o objetivo de reposicionar sua imagem. O jingle acabou puxando uma estratégia de comunicação que se estendeu pelo país inteiro e reforçou a expansão nacional da empresa.

Foi na década de 1960 que a Renner começou a buscar espaço no centro do país, com a construção de fábricas em São Paulo e na Bahia. Nos anos de 1970 até meados de 1980, o processo se intensificou com a aquisição de várias empresas. Algumas delas eram tão grandes quanto a própria Renner – casos da Ideal, da Polidura e da Oxford/Luxforde, ambas de São Paulo. Nesse período, a Renner adquiriu o controle de uma empresa paulista que, embora pequena, mostrava-se muito promissora. Focada no fornecimento de tintas e vernizes de alto desempenho para a indústria moveleira, a Sayerlack se tornaria, nas décadas seguintes, um dos pilares do crescimento e da internacionalização da marca Renner.  

Internacionalização que deslancharia, mesmo, nos anos 1990. Primeiro, no Uruguai, com a construção da planta da Pinturas Renner Uruguay. Depois, pela ordem, com a compra da Pamex na Argentina – transformada em Pinturas Renner Argentina – e da Blundell, no Chile – que foi rebatizada como Pinturas Renner Chile. Logo depois, veio a Pinturas Renner Paraguay, que operava um centro de distribuição naquele país. A marca Renner desbravava, assim, um espaço estratégico em todos os países do Mercosul. 

Em 2007, a Renner Herrmann deu uma guinada em sua estratégia de crescimento: buscando setores mais rentáveis dentro de sua especialidade de empresa tinteira, a empresa desinvestiu sua divisão de tintas decorativas. E passou, assim, a investir firmemente em outros setores de tintas e revestimentos, como o de tintas industriais de alta performance e tintas para a indústria moveleira.  Na Itália, foram adquiridas duas fábricas – que deram origem à Renner Itália. Vieram, ainda, a Renner Sayerlack Chile e a Renner USA, com planta na Carolina do Norte, além dos centros de distribuição na Espanha e no México. Tudo isso centrado nas tintas para a indústria moveleira das marcas Sayerlack, líder no setor na América do Sul, e Renner, atuante no resto do mundo. Hoje, a Renner Sayerlack é uma das mais importantes fabricantes de tintas para indústria moveleira no mundo, com distribuidores em mais de 70 países.

Em tintas industriais de alta performance – como tintas anticorrosivas, marítimas e para pintura de bens de capital e consumo –, a divisão Renner Coatings opera uma planta no Brasil e duas no Chile, com foco e metas em âmbito continental. Ao mesmo tempo, a marca Renner continua presente no dia-a-dia das casas e dos pintores de tintas decorativas e arquitetônicas do Brasil, via o licenciamento da marca Renner por parte de Renner Herrmann ao comprador daquela divisão, no negócio ocorrido em 2007.

Embora tenha nas tintas, vernizes e revestimentos sua história, crescimento e fonte de maiores investimentos, o grupo Renner Herrmann ainda investe em outras atividades com relevância. A Metalgráfica Renner, com sede em Gravataí (RS), fabricante de embalagens metálicas para a indústria química e alimentícia, é reconhecida nacionalmente por sua qualidade e inventividade, tendo colhido prêmios internacionais por seu desempenho. A Flosul, com sede em Capivari do Sul (RS) e mais 40 anos de tradição, é o braço produtor de madeira para o mercado nacional e exportação, com foco na indústria moveleira e postes para eletrificação. Já a Relat Laticínios, com planta industrial inaugurada em 2010 e sede em Estação (RS), transforma soro de leite em pó para indústrias como as de massas, biscoitos e iogurtes, tanto do mercado nacional quanto internacional.

Hoje, a Renner Herrmann segue investindo firmemente no futuro, olhando o mercado com a juventude de seus mais de 85 anos. O mundo talvez tenha mudado ao longo de todo esse tempo, mas o que não mudou foi a promessa de Renner Herrmann e de sua marca do cavalinho branco – de entregar ao mercado produtos de qualidade e durabilidade, com alta capacidade de desenvolvimento tecnológico e inovação.

A devoção a essa promessa é total. A cada dez anos, em média, o grupo submete seu logotipo a um processo de modernização. Mas as mudanças são sempre delicadas e cuidadosamente estudadas – afinal, ninguém quer interferir na força que o cavalinho branco acumulou em tantos anos. Como a marca é forte e seu conceito está muito associado à qualidade dos produtos, a Renner Herrmann entende que é preciso preservá-la. Trata-se de uma cultura institucional poderosa, construída ao longo de mais de 85 anos e que, ainda hoje, abre portas no Brasil e no mundo. E o melhor: sem jamais perder suas raízes gaúchas.


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Salário a conta-gotas




Em meio à crise financeira, governo do RS confirma parcelamento da folha do funcionalismo público

Por Laura D'Angelo

laura.cauduro@amanha.com.br



O governo do Rio Grande do Sul, através do secretário da Fazenda Giovani Feltes, confirmou o parcelamento do salário de 48,2% dos funcionários públicos do Estado em coletiva na manhã desta sexta-feira (31). Profissionais da educação, da segurança, do Executivo e pensionistas receberam R$ 2.150. 

O governo estima que, até 25 de agosto, os servidores que possuem um salário superior ao pago hoje, receberão o restante do valor. A medida não era adotada desde o governo Yeda Crusius, em 2007.

Conforme Feltes, o Estado teve uma queda de recursos em tributos estaduais e em transferências da União em julho. No total, foram R$ 70 milhões a menos no caixa. Para equilibrar as finanças públicas e cumprir a integralidade da folha salarial, o Estado postergou, novamente, o pagamento da dívida da União assim como os repasses e pagamentos a fornecedores. Também fez uso de R$ 200 milhões dos depósitos judiciais e de R$ 50 milhões disponíveis no caixa único. Mesmo assim, segundo Feltes, o déficit estadual é de R$ 360 milhões. “Mostra a ‘agudeza’ da situação atual, e o esforço que fizemos nos meses anteriores para pagar em dia e fazer nossa obrigação”, complementou.


No início do ano, o governo estadual tentou o parcelamento, mas foi impedido por ações judiciais que, inclusive, ainda são válidas. “A situação é insuperável. Falta dinheiro, não vontade ou compromisso”, argumentou Feltes. Questionado sobre a possibilidade de não pagar a parcela de R$ 280 milhões referente à dívida com a União, o secretário afirmou que o Estado não está em condições financeiras de enfrentar as rigorosas regras de contrato que o não-pagamento imputaria, como o represamento de recursos federais. 

“O volume de recursos do Tesouro é bem maior do que a dívida. Teríamos prejuízo”, explicou.
A previsão é que, no dia 13 de agosto, mais R$ 1 mil seja depositado ao funcionalismo. Assim, 70% dos servidores estariam com seus salários integrais em dia. O complemento será possível devido aos recursos do ICMS. Sem entrar em detalhes, Márcio Biolchi, chefe da Casa Civil, disse que “projetos estruturais” serão encaminhados para votação da Assembleia Legislativa a partir da próxima semana. Ao que tudo indica, serão três pacotes que vão tratar desde a revisão de benefícios a funcionários públicos até medidas econômicas e fiscais, que devem incluir o aumento de impostos. “Todos vão sofrer um pouco. Não se trata só de alíquotas, pois precisamos fazer medidas visando o longo prazo”, apontou Biolchi. Professores e Brigada Militar já anunciaram que vão fazer paralisações na próxima segunda-feira (3).

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Você é parte da classe média global? Faça o cálculo


Fernando Frazão/ Agência Brasil
Consumidores na região do Saara no Rio de Janeiro
Consumidores na região do Saara no Rio de Janeiro
São Paulo - A classe média mundial foi de 7% para 13% da população entre 2001 e 2011, de acordo com uma análise recente do Pew Research Center com 111 países.

Todos os números melhoraram: a porcentagem de pobres foi foi de 29% para 15%, a de renda baixa foi de 50% para 56%, a de renda média-alta foi de 7% para 9% e a de ricos foi de 6% para 7%.

"A primeira década do século viu uma redução histórica da pobreza no mundo e quase dobrou a quantidade de pessoas que podem ser consideradas com rendimento médio, mas o surgimento de uma classe média continua sendo mais uma promessa do que uma realidade", destaca o texto.
O centro também criou uma calculadora que mostra onde você fica nessa pirâmide: basta colocar seu país, sua renda e quantas pessoas ela sustenta.

Um brasileiro que ganha 9 mil reais por mês para sustentar ele e mais duas pessoas, por exemplo, está entre os 16% mais ricos do país e é considerado de renda média-alta no mundo.

Já um americano que sustenta 3 pessoas com 15 mil dólares mensais é rico na comparação mundial, mas é acompanhado por 55% da população do seu país neste status. 
 

Critérios


A grosso modo, é classe média global pelos dados do Pew quem ganha entre 10 e 20 dólares por dia (de US$ 14.600 a US$ 29.200 por ano para uma família de 4 pessoas).

Os pobres ganham US$ 2 ou menos por dia, os de renda baixa ganham entre US$ 2,01-US$ 10, os de renda média-alta ganham entre US$ 20,01-us$ 50 e os ricos são aqueles que levam mais de 50 dólares por dia para casa.

Todos os dados são de 2011, ajustados para 2014 pela inflação e baseados em paridade de poder de compra, uma medida que ajusta as taxas de câmbio de acordo com o preço real dos bens e serviços em cada país.

Vale lembrar que as definições de classe média não são universais. O governo brasileiro, por exemplo, considera que estão neste grupo indivíduos com renda mensal per capita entre R$ 291 e R$ 1.019.

Governo central tem déficit primário de R$8,206 bi em junho



Agência Brasil
Notas de real
Notas de real: no acumulado do ano até o mês passado, a economia feita para o pagamento de juros ficou negativa em R$ 1,598 bilhão
 
Da REUTERS


Brasília - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 8,206 bilhões de reais em junho, pior resultado para esse mês, abatido pela fraca arrecadação em meio ao cenário econômico e político conturbado.

Com isso, no acumulado do primeiro semestre, a economia feita para pagamento de juros fechou negativa em 1,598 bilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira, primeiro déficit neste período desde o início da série histórica, em 1997.

"O quadro é claro: o ciclo econômico tem afetado a arrecadação", disse o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive.

Com forte queda na arrecadação e gastos em nível elevado, o governo anunciou na semana passada redução drástica da meta de superávit primário do setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e incluiu uma cláusula que permite abatimentos.

Na ocasião, anunciou também corte adicional de gastos de 8,6 bilhões de reais, ampliando para 78,6 bilhões de reais o bloqueio de verbas do orçamento federal no ano para reforço do ajuste fiscal. No mês passado, a arrecadação federal teve queda real de 2,44 por cento, fechando a primeira metade de 2015 com recuo real de 2,9 por cento em consequência do fraco nível de atividade.

Em junho, o Tesouro registrou déficit primário de 1,915 bilhão de reais, enquanto a Previdência Social e o Banco Central apresentaram saldos negativos de 6,267 bilhões de reais e de 23,9 milhões de reais, respectivamente.

Ainda segundo o Tesouro, as receitas líquidas somaram 81,138 bilhões de reais em junho, com alta de 3,4 por cento em relação a junho de 2014, mas com queda real (descontada a inflação) de 5 por cento. Já as despesas avançaram num ritmo bem maior, ficando em 89,343 bilhões de reais em junho, alta de 11,1 por cento sobre um ano antes, e com alta real de 2,1 por cento no período.

Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's sinalizou que pode tirar o selo de bom pagador do Brasil, em meio ao cenário fiscal e político conturbado, abalado pelas denúncias de corrupção dentro da operação Lava Jato.


Comissão Europeia aprova compra da Alcatel-Lucent pela Nokia




Dado Ruvic/Reuters
Silhueta de um homem usando um celular contra o logo da Nokia
Nokia: órgão acrescentou que a Nokia tem forte presença na Europa
 
Da REUTERS


Bruxelas - A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira que aprovou a aquisição da Alcatel-Lucent pela Nokia uma vez que as duas não são concorrentes próximas e ainda vão enfrentar fonte de competição global.

"A comissão determinou que, apesar de a empresa combinada ter fatias de mercado acima ou por volta de 30 por cento em diversos tipos de equipamentos, as sobreposições entre as atividades das companhias são limitadas", disse a comissão em comunicado.

O órgão acrescentou que a Nokia tem forte presença na Europa, onde a Alcatel-Lucent é pequena, com as posições invertidas na América do Norte.
A Nokia anunciou em abril um acordo totalmente em ações valendo 15,6 bilhões de euros para comprar sua rival francesa, estruturando seu negócio de equipamento de telecomunicações para competir com a líder de mercado Ericsson. [nL2N0XC0E9] (Por Philip Blenkinsop).


Ainda estamos na disputa, diz Santander sobre compra do HSBC




Getty Images
Santander
“Fizemos uma boa oferta e estamos na disputa” pelo HSBC, afirmou o presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza


São Paulo - O Santander afirmou que continua interessado na aquisição do HSBC Brasil e que se mantém na disputa.

“Fizemos uma boa oferta e estamos na disputa”, afirmou hoje, 30, o presidente do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, em conferência com a imprensa sobre a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2015.

A última informação divulgada era que o Bradesco negociava a divisão brasileira do HSBC com exclusividade.
O banco teria feito oferta vinculante por toda a operação no país acima do patrimônio líquido do conglomerado, de cerca de R$ 12 bilhões.

Sobre a exclusividade do Bradesco na disputa, o presidente do Santander afirmou que “não falamos sobre terceiros, mas ainda temos interesse e estamos no processo”. Segundo ele, “até que a transação seja fechada, ainda estamos no negócio".

“Queremos crescer de forma orgânica e sustentável, mas isso não significa que não estejamos atentos a oportunidades que possam surgir, desde que atendam aos nossos níveis de retorno de investimento”, afirmou o presidente.

O resultado da negociação deverá sair até agosto, segundo Goldman Sachs, que assessora o processo.

SP rompe contrato com consórcio da linha 4 do metrô




Metrô de São Paulo/ Divulgação
Construção da estação Oscar Freire, linha 4 amarela do metrô
Construção da estação Oscar Freire, linha 4 amarela do metrô: segundo a nota, a empresa diminuiu o ritmo das obras desde o fim do ano passado, ocasionando o não cumprimento dos prazos
 
 


São Paulo - O Metrô de São Paulo entrou ontem (29) com um processo para rescindir unilateralmente os contratos de obras para construção das estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia, que fazem parte da segunda fase da Linha 4. Somadas, as multas previstas nos contratos podem chegar a R$ 23 milhões.

De acordo com nota enviada pelo governo estadual, o consórcio Isolux Corsan-Corviam foi notificado por não cumprir os contratos assinados em 2012 nos prazos estabelecidos, desistência da execução contratual (abandono da obra), não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente, ausência de pagamento das subcontratadas e violação de várias cláusulas contratuais.

Segundo a nota, a empresa diminuiu o ritmo das obras desde o fim do ano passado, ocasionando o não cumprimento dos prazos. “O Metrô notificou a empresa várias vezes e acionou o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) – órgão internacional financiador do projeto –, de modo que uma vistoria fosse feita”.
Em março, após visita de missão do banco, governo e empresa assinaram um acordo com a previsão de que os serviços do lote 1, incluindo as estações Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, pátio e terminal de ônibus de Vila Sônia, deveriam ser retomados até o fim de abril, com 12 meses para conclusão. O contrato para a execução do lote 2, das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, seria rescindido.

O governo informou ainda que os operários da Corsan-Corviam retornaram aos canteiros de obras em abril, mas não avançaram no serviço por causa da falta de materiais e equipamentos. Com isso, as cláusulas contratuais foram violadas.

De acordo com o Metrô, os fatos culminaram na abertura de processo administrativo de rescisão unilateral, suspensão temporária do consórcio em participar de novas licitações e impedimento de contratação com a Companhia.

A decisão, tomada em consenso com o Bird, permite a abertura de novos processos licitatórios para contratação das obras.

Também por meio de nota, o consórcio Isolux Corsan-Corviam informou que há cerca de 15 dias encaminhou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se impossível.

“Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada”, acrescentou o consórcio.

A empresa esclareceu que já apresentou ao Metrô um plano de desmobilização das obras, lamentou o desfecho, mas está convencida de que a decisão tomada era a única possível.