quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Abrangência de negócios do BTG preocupa

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A prisão de André Esteves, presidente e fundador do BTG, traz preocupações com as operações do banco, que atua em áreas diversificadas, como moedas, commodities e administração de fortunas no Brasil e no exterior. Os ativos do banco superam R$ 300 bilhões.

A primeira medida tomada para proteger o banco foi a indicação de Pérsio Arida, sócio fundador e membro do Conselho de Administração do BTG, para assumir o lugar de Esteves interinamente.

"Foi uma decisão acertada e o banco tem um corpo diretivo muito competente para superar esse momento, mas isso não garante a continuidade da instituição. É preciso ver como os investidores e os depositantes vão reagir", diz Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Rating. "Depende de credibilidade, ou seja, se os investidores manterão suas aplicações e negócios."

Fontes do mercado dizem que está sendo preparada a compra da participação de Esteves pelos sócios.

Mas os profissionais de mercado têm dúvidas sobre o impacto de sua saída. "Pela estrutura formada, o banco ficou personificado na figura de Esteves", disse um executivo que preferiu não se identificar. A agência de classificação de risco Moody's avalia que a ausência de Esteves do comando por período prolongado pode afetar a nota do banco.


Quinto maior


O BTG Pactual tinha no final de outubro R$ 179,5 bilhões em fundos de investimento sob sua gestão, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). É o quinto maior gestor do País, com 6,1% do patrimônio líquido da indústria.

O BTG Pactual é um competidor importante no mercado de capitais, participante de muitas das maiores operações de renda fixa e variável e de fusões e aquisições. No ranking de fusões e aquisições da Anbima, o BTG aparece em segundo lugar, atrás do Itaú BBA, com R$ 38 bilhões até junho. O BTG está em quinto lugar no ranking de distribuição de renda fixa e títulos híbridos, com R$ 4,3 bilhões em operações estruturadas.

Mas são as divisões de tesouraria e corretagem e de gestão de fortunas que concentram a maior parte das receitas do banco. O peso dos negócios do exterior está evidente no balanço.

A divisão de tesouraria e corretagem, onde está a plataforma de câmbio e commodities, foi alvo de importante investimento pelo BTG. No terceiro trimestre, a divisão teve a maior receita entre as cinco áreas em que o BTG Pactual atua, somando R$ 1,444 bilhão, um crescimento de 84% em relação a igual período de 2014. A divisão respondeu por 56% do total das receitas do banco.

A compra do banco suíço BSI em 2014 alavancou as receitas da divisão de gestão de fortunas este ano. As receitas duplicaram para R$ 608 milhões e quase que triplicaram no terceiro trimestre, para R$ 387 milhões.

O BTG Pactual também tem grandes investimentos diretos em empresas. Entre elas, as companhias de capital aberto BR Properties, a BT Pharma e o Banco Pan. A instituição possui 2% do capital total da Gerdau, segundo informação do site da BM&FBovespa. Tem parte da rede de estacionamentos Estapar, com mais de 900 estacionamentos no País e da qual o BTG detém 72%, e na rede de academias BodyTech - que opera também a marca Fórmula, com 85 academias, sendo 64 próprias. (Colaborou Ricardo Leopoldo).

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PSDB quer que caso de Delcídio vá ao Conselho de Ética


Wilson Dias/ABr
Senado discute a nota do STF sobre Delcídio do Amaral
Senado: O envio do caso ao colegiado já foi preparada pela assessoria do presidente da Casa, mas só não foi remetida porque falta uma assinatura do peemedebista
 
Ricardo Brito, do Estadão Conteúdo

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), pediu nesta quinta-feira, 26, ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que mande o caso envolvendo o ex-líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), diretamente para o Conselho de Ética.

Em um telefonema, Cássio argumentou com Renan que a medida tem amparo regimental.

A Mesa Diretora do Senado, presidida por Renan, tem competência para mandar diretamente para o Conselho de Ética um pedido referente ao decoro parlamentar.

O envio do caso ao colegiado já foi preparada pela assessoria do presidente da Casa, mas só não foi remetida porque falta uma assinatura do peemedebista.

O presidente da Casa ficou de dar uma resposta ao tucano em breve, possivelmente aceitando o caso.

Numa sessão histórica ontem, os senadores entenderam numa votação aberta que Delcídio, ao tentar evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró o implicasse numa delação premiada da Operação Lava Jato, tem de permanecer preso.

Liderados pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os partidos de oposição traçaram uma estratégia para averiguar o caso envolvendo o petista. Eles defendem que, para evitar que a representação contra Delcídio seja "carimbada" por um determinado partido, iriam cobrar que Renan mande o caso por conta própria para o Conselho de Ética.

Assim como a Mesa Diretora, partidos políticos também têm competência para apresentar um pedido por quebra de decoro contra senadores. Nessa estratégia, ainda há embutido um cálculo político. Os senadores querem tratar o caso envolvendo Delcídio - um senador com trânsito fácil na base e na oposição - como da "instituição" e não como de cada partido.

Com a prisão preventiva, o petista está automaticamente licenciado do cargo ainda por 120 dias. A avaliação de senadores da base e da oposição é que um julgamento de mérito do caso - que pode levá-lo à cassação - só ocorrerá no próximo ano.

Delcídio do Amaral presta depoimento na Polícia Federal




Geraldo Magela/ Agência Senado
Delcídio Amaral (PT-MS)
Delcídio Amaral: PGR afirma que o senador ofereceu dinheiro à família de Cerveró para evitar a citação de seu nome nas investigações
 
Pedro Peduzzi, da AGÊNCIA BRASIL

Brasília - O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) presta depoimento na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. O depoimento começou por volta das 15h30, de acordo com a polícia.

O senador está acompanhado de advogados. Delcídio foi preso ontem (25) na capital federal.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador estaria obstruindo as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Àrea Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de delação premiada. 

Delcídio do Amaral passou a noite em uma sala administrativa adaptada, na superintendência. De acordo com o assessor do senador, Eduardo Marzagão, Delcídio amanheceu “menos assustado” do que estava ontem (25), após ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Pela manhã, ele conversou com seu advogado Maurício Leite por quase duas horas. O advogado saiu sem falar com a imprensa.

Em um trecho do processo, a PGR afirma que Delcídio ofereceu dinheiro à família de Cerveró para evitar a citação de seu nome nas investigações.

“O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, destinado à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, diz a PGR.

'Esse dinheiro era o dinheiro da Alstom?', pergunta Delcídio




Marcos Oliveira/Agência Senado
Senador Delcidio Amaral (PT-MS) - 25 de agosto de 2015
Senador Delcidio Amaral: na conversa com o filho do ex-diretor, Delcídio conta que, em um dos encontros com o banqueiro, viu uma anotação manuscrita com o nome da empresa
 
Mateus Coutinho e Julia Affonso, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Nos diálogos que levaram à sua prisão por tentar barrar as investigações da Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) mostra sua surpresa e preocupação ao se deparar com anotações do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró obtidas pelo banqueiro André Esteves relacionando o parlamentar à multinacional francesa Alstom.

O senador já foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa como sendo destinatário de propinas da Alstom no período em que foi diretor de Gás e Energia da Petrobrás, entre 1999 e 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, Cerveró era subordinado a Delcídio na diretoria.

O senador já foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa como sendo destinatário de propinas da Alstom no período em que foi diretor de Gás e Energia da Petrobras, entre 1999 e 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, Cerveró era subordinado a Delcídio na diretoria.

Na conversa com o filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró, e o advogado Edson Ribeiro, Delcídio conta que, em um dos encontros com o banqueiro, viu uma anotação manuscrita com o nome da empresa e ele na última página do acordo de delação obtido por Esteves.

"Tem várias anotações e o que me chamou atenção que eu achei que poderia ser, é… é… é… a letra do Nestor, na última página dá uma olhada…na última página. tem assim ó, é… acordo 2005 Suíça", comenta o senador, logo respondido por Bernardo, que tenta tranquilizá-lo sobre o assunto e afirma que a anotação manuscrita não teria entrado nos depoimentos do ex-diretor aos investigadores:

"Bernardo: Huhum
Delcídio: Aí, ele bota assim ALSTOM.
Bernardo: Hum!
Delcídio: Aí ele diz, aí ele bota assim…
Edson: Acho que não tá apresentado não.
Bernardo: Oi? Não. Isso foi…
Delcídio: Mas tá trás. Eu vi porque tá escrito.
Bernardo: Não, não foi. Com certeza não foi. O problema é que eles (Ministério Público) jogaram esse verde…"

Em outro momento do diálogo o senador não esconde a preocupação com o fato de Cerveró poder revelar detalhes do envolvimento dele com a Alstom.

"Tá lá assim, acordo de 2010, aí ele bota lá um troço assim, eu não lembro o nome agora, porque porra rapaz! Eu levei um… Você imagina, você vai conversar com o cara (André Esteves), de repente o cara me aparece com uma porra daquela, quer dizer, como é que esse cara conseguiu? E com as anotações, aí ele diz assim, ele cita o nome Guimarães operador Delcídio E se... se fosse, que vantagem eu teria de falar para vocês que eu não…"

Mais à frente, no diálogo, Delcídio tenta confirmar com Bernardo Cerveró e com Edson Ribeiro que o ex-diretor não mencionaria ele e a Alstom na delação, e é tranquilizado pelos dois que relembram um acordo de Nestor Cerveró com as autoridades do país europeu nas investigações da Alstom para não ser processado lá.

Ao saber disso, o próprio senador conclui que havia "dinheiro da Alstom" mantido no exterior pelo ex-diretor Internacional.

"Bernardo: Isso foi aquela estória que no final você falou. Que no final eles (MPF) jogaram. A gente sabe que vocês fizeram que você fez acordo com a Procuradoria que é um acordo de confidencialidade mas, que em off o tal do procurador suíço
Delcídio: Mas ele (Cerveró) chegou a fazer algum acordo com aquele procurador suíço?
Edson: Foi fez. Pagou
Delcídio: Mas a título de que ele fez?
Edson: Pagou. Pra não ser processado.
Bernardo: Pra não ser processado lá.
Delcídio: Ah por causa de depósito em conta?
Edson: Todo dinheiro que tava lá na Suíça ficou pra Procuradoria da Suíça. Então ele foi processado e o assunto morreu aí.
Delcídio: Pois é. E esse dinheiro era o dinheiro da Alstom? Ah foi por isso que ele fez o acordo?Entendi. Ele nunca me falou isso".

Em 2011 o Ministério Público da Suíça fez um acordo que impôs à Alstom uma multa no valor equivalente a R$ 85,2 milhões por suspeitas de pagamento de propinas a funcionários públicos de outros países, incluindo o Brasil, para obter facilitação em processos de licitação.

Com o pagamento, a investigação contra a multinacional foi encerrado em território suíço e ninguém foi preso.

A decisão, contudo, não interfere nas investigações em São Paulo sobre suposto esquema de corrupção envolvendo a atuação da companhia durante as gestões do PSDB no governo do Estado em que é citado o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que nos anos 1990 foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB).

Antes disso, contudo, o MP suíço chegou a solicitar aos investigadores brasileiros, em 2009, informações para apurar suspeitas sobre um consórcio entre a estatal petrolífera e a EMAE, antiga estatal paulista, na Usina Termoelétrica Piratininga formado em 2005.

O suposto envolvimento de Delcídio com a Alstom foi mencionado pela primeira vez na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa em sua delação premiada no ano passado.

Costa relatou aos investigadores ter ouvido dizer que Delcídio teria usado o apagão como justificativa para forçar a contratação emergencial de turbinas de gás termelétricas da multinacional francesa Alstom quando era diretor da Petrobrás.

Segundo o delator, o parlamentar teria recebido propina da empresa pelo negócio.

Na ocasião, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou insuficientes as acusações de Costa, baseadas em comentários que ele teria ouvido, e pediu o arquivamento da investigação contra o parlamentar, o que foi acatado pelo Supremo Tribunal Federal.
 

Alstom


"A Alstom não vai se pronunciar sobre especulações e a empresa reforça que cumpre com a legislação."

Vodafone deverá pagar US$ 302 mi antes de fusão na Índia




Carl Court/AFP
Loja da Vodafone no centro de Londres
Loja da Vodafone: a Vodafone India, segunda maior operadora de telefonia móvel do país em número de clientes e receita, está contestando as cobranças do governo
 
Devidutta Tripathy e Suchitra Mohanty, da REUTERS


Mumbai - O Supremo Tribunal da Índia solicitou que o Vodafone Group pagasse 20 bilhões de rúpias (302 milhões de dólares) ao governo em relação aos planos da operadora de telefonia de fundir quatro de seus negócios em operação antes de uma listagem de ações.

A Vodafone India, segunda maior operadora de telefonia móvel do país em número de clientes e receita, está contestando as cobranças do governo de cerca de 1,1 bilhão de dólares por fundir os negócios em um tribunal de telecomunicações.

A Suprema Corte Indiana, na segunda-feira, solicitou que a Vodafone fizesse um pagamento intermediários de 302 milhões de dólares, de acordo com um advogado do caso.

O governo permitirá que o processo de fusões se efetue assim que a Vodafone depositar o dinheiro, disse o advogado. A multa final da Vodafone dependerá do resultado do caso no tribunal de telecomunicações, disse o advogado.

A Vodafone não quis comentar o caso.

Lucro operacional da LafargeHolcim vem abaixo de previsões




Balint Porneczi/Bloomberg
Lafarge
Lafarge: as vendas caíram 8,7 por cento para 7,83 bilhões de francos suíços
 
Da REUTERS

Zurique - A gigante de materiais de construção franco-suíça LafargeHolcim, que está se reestruturando após uma fusão, viu seu lucro operacional do terceiro trimestre cair 16,1 por cento e ficar abaixo do que os analistas esperavam, prejudicada pelas taxas de câmbio e pela desaceleração na China e no Brasil.

O lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebidta, na sigla em inglês) foi de 1,64 bilhão de francos suíços, disse a companhia em um comunicado nesta quarta-feira, resultado abaixo do 1,75 bilhão projetado por analistas.

As vendas caíram 8,7 por cento para 7,83 bilhões de francos suíços, também abaixo da previsão de analistas de 7,92 bilhões de francos suíços.

A fusão entre a suíça Holcim e a francesa Lafarge, anunciada em 2014, deveria ajudar a cortar custos, incluindo energia, para compensar a demanda mais fraca na sequência da crise financeira que abalou os mercados imobiliários a partir de 2008.

Mas a desaceleração dos mercados no Brasil e na China, assim como a força do franco suíço, continuaram a prejudicar os resultados, mesmo enquanto o negócio nos Estados Unidos acelera.

"Os primeiros nove meses deste ano, e em particular o terceiro trimestre, têm sido impactados pelo contexto de dificuldade econômica em alguns dos nossos maiores mercados, e as consideráveis flutuações do câmbio", disse o presidente-executivo, Eric Olsen, em comunicado.

Ainda assim, a empresa elevou sua proposta de dividendo e disse que agora espera gerar fluxo de caixa livre de ao menos 10 bilhões de francos suíços até o fim de 2018.

Executivos do BTG não têm seguro para blindar patrimônio


Germano Lüders/EXAME.com
 
Executivos do banco BTG
BTG: a razão para o banco não ter seguro é para que tenham mais responsabilidades na tomada de decisões
Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo

São Paulo - O presidente do BTG Pactual, André Esteves, preso nesta quinta-feira, 25, pela Polícia Federal em mais uma operação da Lava Jato, e os demais executivos do banco não possuem seguro que protege o patrimônio pessoal caso acionados na Justiça (D&O, na sigla em inglês), segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A apólice é bastante demandada por empresas de capital aberto que têm de seguir regras mais rígidas de governança e, principalmente, por bancos e seguradoras que estão expostos a uma cadeia de stakeholders que inclui órgãos reguladores, colaboradores e clientes.

A razão para o BTG não ter seguro D&O para seus executivos - a proteção é tida como um benefício na retenção de talentos -, de acordo com fonte do mercado, é para que tenham mais responsabilidades na tomada de decisões. No entanto, especialistas lembram que o produto tem uma função muito mais de prevenção do que de estímulo à má gestão.

"Seria equivalente a não comprar seguro contra a quebra de uma máquina para o pessoal da manutenção trabalhar", contrapõe um especialista do setor, acrescentando que grandes instituições financeiras no Brasil e ao redor do mundo adquirem D&O para proteger seus executivos.

O mercado de seguros oferece, inclusive, um seguro D&O sob medida para bancos e seguradoras. Embora não possa ser acionado em uma ação penal nem cubra casos dolosos e fraudes, a apólice protege o executivo até que provem o contrário.

"Hoje, o judiciário penhora os bens do dia para a noite e o executivo pode ficar sem recursos para arcar com os custos de defesa. Ao não ter seguro D&O para seus executivos, o BTG assumiu o risco", explica a fonte.

Pesa ainda o fato de Esteves acumular a presidência do BTG e do conselho de administração do banco. Ele ainda é membro do conselho de administração da BM&FBovespa.

A fortuna de Esteves é estimada em mais de R$ 9 bilhões, segundo a Forbes. Com 46 anos, o executivo, que veio de uma família carioca de classe média, é o 13º bilionário do país e comanda um banco de mais de R$ 300 bilhões em ativos.

A instituição é a sexta maior, segundo o Banco Central, sem considerar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e já somando Bradesco e HSBC.

O temor em torno da Lava Jato e da crise política econômica que o Brasil atravessa colocou o seguro D&O em evidência no país. Até setembro, essas apólices movimentaram R$ 244,419 milhões, montante quase 35% maior do que o registrado em igual intervalo do ano passado, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). As líderes desse setor são as seguradoras Allianz, Ace, Zurich e AIG.

Procurado, o BTG não se manifestou sobre o assunto. Ontem o banco informou, em nota, que "está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações conduzidas pelas autoridades brasileiras".