quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Impeachment contra Dilma anima investidores e Petrobras sobe



Germano Lüders/EXAME.com
Operadores na Bovespa
Bolsa: às 10h25, o Ibovespa subia 2,70%, aos 46.126,46 pontos
 
Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Bovespa vive um clima muito positivo neste início da sessão desta quinta-feira, 3, após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter autorizado ontem a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A exemplo do que aconteceu durante a campanha eleitoral do ano passado, estatais como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras disparam com a divulgação de notícias contrárias a Dilma.

Às 10h25, o Ibovespa subia 2,70%, aos 46.126,46 pontos. Petrobras ON ganhava 6,23% e PN +6,25%, Banco do Brasil ON saltava 4,75% e Eletrobras ON tinha alta de 4,68%.

Entre outras blue chips, Vale (ON -0,23% e PN +0,10%) e bancos (Itaú PN +4,13% e Bradesco PN +4,20%) também registravam valorização.

Embora um processo de afastamento da presidente traga muitas incertezas e instabilidade, o que desagrada as agências de classificação de risco, a leitura inicial de parte do mercado é a de que uma mudança na condução do país pode garantir a governabilidade necessária para que a economia brasileira consiga sair da crise fiscal e econômica em que se encontra.

Mesmo assim, analistas apontam que o rali dos ativos brasileiros pode ser de curto prazo. "A falta de avanços na questão do ajuste fiscal e os riscos políticos inerentes ao processo de impeachment carregam significativos riscos de baixa", aponta relatório assinado pelo economista João Pedro Ribeiro.

"Nossa primeira reação é de que esse evento vai trazer mais volatilidade e incerteza, em vez de aliviar os receios dos mercados", afirma o Barclays em texto enviado a clientes na noite de ontem.

O custo do swap de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) de cinco anos do Brasil opera com leve alta. Há pouco, o CDS mostrava taxa de 448,82 pontos, em alta de 0,43%.

A cotação atual está longe do pico de 534,6 atingido em 28 de setembro, que havia marcado o patamar mais alto desde outubro de 2008.

Em Wall Street, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura positiva, em linha com os ganhos das praças acionárias europeias, com investidores à espera de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie hoje mais estímulos à economia via afrouxamento das condições monetárias.

A decisão será anunciada às 10h45. Por volta das 10h25, Londres subia 0,27%, Paris ganhava 1,06% e Frankfurt +0,64%. Em Nova York, o Dow Jones futuro tinha alta de 0,41%.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Turbulência política ajuda a explicar queda no PIB, diz IBGE


EXAME.com
Dilma Rousseff durante viagem à Finlândia em outubro de 2015
A presidente Dilma Rousseff: o IBGE evita fazer comentários sobre o desempenho da economia no ano como um todo
 
Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo
Mariana Durão e Vinicius Neder, do Estadão Conteúdo


Rio - Tanto as turbulências políticas quanto econômicas que o País enfrenta afetam o desempenho da economia, afirmou nesta terça-feira, 1º de dezembro, a gerente de Contas Trimestrais da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudia Dionísio.

Mais cedo, o órgão federal informou que o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 4,5% no terceiro trimestre ante igual período de 2014, o maior recuo nessa base de comparação na série histórica, iniciada em 1996.

"A turbulência política tem impacto. Só não temos como mensurar quanto foi", afirmou Claudia, no encerramento da entrevista coletiva sobre os resultados do PIB, na sede do IBGE, no Rio.

A gerente do IBGE destacou que o órgão não trabalha com o conceito de recessão, mas reconheceu que os indicadores ficaram mais negativos no terceiro trimestre. "No terceiro trimestre, a retração foi maior e generalizada", resumiu Claudia.

O IBGE evita fazer comentários sobre o desempenho da economia no ano como um todo, pois ainda não tem dados completos sobre o quarto trimestre, mas Claudia admitiu que é esperado que a paralisação da produção da mineradora Samarco desde o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana (MG), no último dia 5, afete o PIB da indústria extrativa, que teve o melhor desempenho no terceiro trimestre, pela ótica da oferta, com crescimento de 4,2% ante o terceiro trimestre de 2014.
 

Necessidade de financiamento


A necessidade de financiamento do País recuou de R$ 60,2 bilhões no terceiro trimestre de 2014 para R$ 39,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo IBGE.

"A gente está com uma necessidade menor de financiamento externo. A contribuição externa está bem positiva, mais por conta da queda nas importações. Então isso favorece o resultado", disse Claudia Dionísio.

O déficit externo era de R$ 33 bilhões no terceiro trimestre de 2014, passando a R$ 8 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma redução de R$ 25 bilhões. "A gente está exportando mais do que recebendo bens e serviços", explicou Claudia.

Por outro lado, a renda enviada ao resto do mundo piorou.

O montante de remessas subiu de R$ 28,7 bilhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 34,8 bilhões no mesmo período deste ano, um aumento líquido de R$ 6,2 bilhões.

Claudia explicou que a taxa de juros no País aumentou no período, remunerando mais aplicações de estrangeiros.

"Estamos pagando mais juros do que antes. Foi mais juros e dividendos do que lucros", contou a pesquisadora do IBGE.


O que fazer? Desistir? (como fez o Zaratustra de Nietzsche)?


Publicado por Luiz Flávio Gomes -

 
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O que fazer Desistir como fez o Zaratustra de Nietzsche


Zaratustra passou 20 anos na montanha[1], longe da cidade,

Tendo como companhia a serpente e a águia, seus animais adorados.

Refletiu anos e anos sobre o sofrimento humano e suas causas,

Até que um dia deliberou descer da colina (ou caverna, como se diz),

Para enaltecer o Conhecimento,

Que consiste em “aspirar tudo o que é profundo,

Até à minha própria altura”.

Nietzsche é um dos pais do niilismo (negação). Hegel seria outro.

Com a morte de deus, decretada por Nietzsche,

Os valores, as crenças e as verdades perderam seu fundamento,

Seu sentido e sua utilidade. Deixaram de guiar o humano,

Regido pela ausência de fé, de crença e de esperança.

Negam-se os preceitos legais, a tradição moral, as instituições oficiais.

Tudo, então, estaria permitido (Dostoiévski):

A revolução, a anarquia, o terrorismo,

O aniquilamento, a destruição, a não existência.

Quando Zaratustra descia da montanha se encontrou com um velho

E pensou: “Esse pobre velho deve rezar para Deus, mas

Deus já morreu. O homem, que criou Deus, igualmente o matou.

Essa é a história da Humanidade. Pobre velho”.

O velho pensou: “Teria coisas para dizer a esse moço,

Mas o moço tem pressa. Então se calou.”[2]

No livro "Assim falava Zaratustra",

Nietzsche sonha com a criação de um super-homem,

Que seria semelhante a deus.

Um homem supremo seria capaz de revolucionar

Todos os comuns dos mortais.

O discurso superior é desafiante,

Além de super crítico.

Pretendia ensinar a emancipação,

Sonhando com um humano em liberdade,

Liberdade que todos podemos ter,

Mas não a temos por medo.

O humano não é apenas aquilo que as instituições fabricaram,

O humano aspira e pode ser livre (emancipado).

Nietzsche grita por um novo mundo,

Na forma de Zaratustra (o profeta).

Anda de cidade em cidade, pregando o super-homem.

Que os humanos recuperem a inocência das crianças.[3]

O humano só pode se tornar grande

Quando ousar a travessia para fora da servidão.

Se “ousar pensar”, pode se emancipar (Kant).

Os humanos refutaram Zaratustra,

Que, apedrejado, foi expulso das cidades por onde passava.

Foi vaiado. Menosprezado. Refugado.

Decepcionado, Zaratustra percebeu que o humano

Ainda não estava preparado para ser emancipado,

Para fugir da servidão. Retornou para a montanha

E desistiu da Humanidade,

Que até hoje continua desencontrada com a liberdade.

O que fazer, diante de tantas crises concomitantes no Brasil:

Desistir? Não. A Humanidade continua necessitada

Do discurso de Zaratustra. Precisa saber que

Sem colocar em seus ombros o peso do conhecimento,

E da ética,

Nunca emancipado será.

O povo que não luta continuamente pela sua liberdade

Está fadado a viver eternamente na servidão.

Zaratustra teve medo. Não soube ensinar

Que o “caminhante” não tem caminho pronto,

Que o caminho se faz ao andar (Antonio Machado).

Sem a ingenuidade das criança

Perdemos nossas forças para recomeçar.

1 Artigo inspirado em D’AMARAL, Marcio Tavares, O Globo 28/11/15: 2.
2 D’AMARAL, Marcio Tavares, O Globo 28/11/15: 2.
3 D’AMARAL, Marcio Tavares, O Globo 28/11/15: 2.
 
Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). 


http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/262039869/o-que-fazer-desistir-como-fez-o-zaratustra-de-nietzsche?utm_campaign=newsletter-daily_20151201_2392&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Gavio, Vinci e Atlantia teriam interesse na Ecorodovias


Divulgação
Ecorodovias
Ecorodovias: a ação da Ecorodovias subia quase 7 por cento às 15h08, na máxima da sessão. O Ibovespa recuava 0,27 por cento no mesmo horário
 
Da REUTERS


São Paulo - Empresas de infraestrutura incluindo a italiana Gavio e a francesa Vinci estão interessadas em uma participação na brasileira Ecorodovias, cujos controladores precisam levantar dinheiro para pagar dívida, disseram cinco fontes com conhecimento direto da situação.

Gavio, Vinci e Atlantia SpA estão numa lista reduzida para apresentar ofertas pelos 63,99 por cento que a família Almeida possui na Ecorodovias através da holding de investimentos Primav, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as negociações estão em andamento.

A família Almeida está analisando a venda parcial ou total de sua participação na Ecorodovias, segundo as fontes. Outros grupos que têm analisado o negócio são a Arteris, a CCR e a canadense Brookfield Asset Management, acrescentaram as fontes.

A ação da Ecorodovias subia quase 7 por cento às 15h08, na máxima da sessão. O Ibovespa recuava 0,27 por cento no mesmo horário.

A Gavio confirmou que está analisando o negócio. Atlantia, Vinci, Arteris, Brookfield, CCR e Primav, esta última que detém o controle da Ecorodovias, não comentaram.

A família Almeida está se desfazendo de sua participação na Ecorodovias para pagar 2 bilhões de reais em empréstimos bancários tomados para comprar a Impregilo SpA três anos atrás, disseram as fontes.

Embora a fatia de controle na Ecorodovias seja avaliada em cerca de 1,8 bilhão de reais a preços atuais de mercado, a família quer um "prémio substancial" para entregar o controle da segunda maior operadora de rodovias do país, disseram duas das fontes.

A Ecorodovias tem algumas das maiores operações de rodovias pedagiadas no Estado de São Paulo, incluindo os sistemas Anchieta/ Imigrantes e Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Ela também administra a ponte Rio-Niterói.

Bradesco BBI, Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual estão assessorando a família Almeida e a Primav na operação de venda.

BTG Pactual corre para vender empresas


Jin Lee/Bloomberg
Andre Esteves, do banco de investimento BTG Pactual
BTG: o banco pretende se desfazer de todos os negócios que estão sob o guarda-chuva de "principal investments"
 
Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O BTG Pactual está acelerando a venda de seus ativos considerados mais atraentes no mercado para levantar recursos em momento considerado crítico para o banco.

Além da fatia de 12% da rede D'Or, que já está em conversas avançadas com o fundo soberano de Cingapura, o GIC, as vendas das participações do banco na rede de estacionamentos Estapar, no Uol e na Petro África também estariam em andamento, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Fontes dizem que o banco talvez tenha de aceitar deságios de 15% a 20% para encontrar compradores.

O banco pretende se desfazer de todos os negócios que estão sob o guarda-chuva de "principal investments", que incluem investimentos diretos do BTG em participações em empresas, títulos e ativos imobiliários, informou uma fonte próxima ao banco.

Entre 2010 e 2012, o BTG entrou em mais de 40 negócios, nos mais variados setores, de óleo e gás a mineração, de lojas de departamentos a redes de farmácias.

Algumas das empresas que o BTG tem participação já estavam à venda, mas a prisão do banqueiro André Esteves, na quarta-feira passada, 25, dentro da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, acelerou o processo.

O primeiro ativo a ser vendido, como publicado no domingo, 29, no portal de internet do jornal O Estado de S. Paulo, é a rede D’Or, que administra hospitais. É considerado o melhor ativo em private equity (fatias de companhias) do BTG - a fatia de 12% que a instituição detém valeria cerca de R$ 2 bilhões.

O principal interessado no ativo é o fundo soberano de Cingapura, o GIC, que adquiriu 16% da D’Or em maio, por R$ 3,2 bilhões.
 

À venda


Depois da D'Or, a rede de estacionamentos Estapar, que está no portfólio do banco desde 2009, é a que atrai mais interesse. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o ativo poderia render cerca de R$ 400 milhões à instituição (o BTG tem 75% da empresa). O banco também estaria negociando sua fatia de 5,4% na empresa de mídia UOL e a Petro África, parceria com a Petrobras que administra refinarias em países africanos.

A venda da rede D’Or tem chances de sair mais rápido porque o GIC já conhece bem o ativo. "Eles estão muito satisfeitos com o investimento", diz uma fonte com conhecimento do assunto. A Estapar também já teria interessados, incluindo a rede de estacionamentos concorrente Moving.

Apesar desta negociação, a aposta do mercado é que a venda do negócio ainda leve algum tempo. "Acho que não deve sair imediatamente", afirma uma fonte.

Procurado, o BTG não quis se pronunciar. Rede D'Or e Estapar não quiseram comentar o assunto. O GIC e o UOL não retornaram os pedidos de entrevista da reportagem até o fechamento desta edição. A Moving não foi encontrada.
 

Problemas


Parte do restante do portfólio de empresas do BTG é considerado problemático pelo mercado - o interesse de investidores pelos demais ativos é limitado. A BR Pharma, braço de varejo farmacêutico do banco, tem dívida superior a R$ 800 milhões e problemas de administração.

A instituição havia se comprometido a aportar mais R$ 600 milhões para dar nova vida ao negócio.
O investimento deveria ser formalizado agora em dezembro, mas, de acordo com fontes, a prisão de Esteves deve inviabilizar a operação.

Outro negócio de varejo, a rede fluminense Leader, também é vista como uma compra ruim do BTG e está passando por um processo de reestruturação comandado por Enéas Pestana, ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar.

A BR Properties, empresa de ativos imobiliários e que tem o grupo canadense Brookfield como um dos fortes interessados, vai fazer nesta terça-feira, 1º de dezembro, em Bolsa venda de um bloco de ações - 17,8 milhões de papéis ordinários (ou 5,9% do total) como forma de levantar recursos rapidamente para a operação.

Procurada, a BR Properties não retornou os pedidos de entrevista.

Na opinião de fontes ouvidas, mesmo esses ativos pouco atraentes precisariam ser vendidos o mais rápido possível pelo BTG.

"Se alguém quiser levar, mesmo pagando muito pouco, seria vantagem, pois o banco poderia desativar a área de private equity e cortar custos", diz uma fonte de mercado. "Não dá para o BTG fingir que está fazendo essas vendas em condições normais."
 

Credibilidade


Correr contra o tempo para vender ativos nunca foi posição vantajosa para banco algum, ponderou outra fonte do setor.

"O BTG está fazendo o que deve ser feito para resolver o problema de curto prazo (venda de ativos), mas não sabemos se será suficiente para recuperar a credibilidade perdida com a prisão de André Esteves", disse um banqueiro à reportagem.

Mesmo que o banco arrecade o suficiente para manter a operação e a participação de Esteves seja comprada, outro banqueiro diz que há a questão da credibilidade da marca. "São muitos escândalos juntos. Será que os investidores terão coragem de confiar seu dinheiro ao BTG?", questiona. 


Forever 21 abrirá loja na Avenida Paulista na próxima semana


Divulgação/Forever 21
Projeto da fachada de loja da Forever 21 na Avenida Paulista
Forever 21: loja da Avenida Paulista será a 26ª da marca no país
 
 
 
 
São Paulo - No dia 12 de dezembro, a Forever 21 vai inaugurar uma loja na Avenida Paulista, em São Paulo.

A nova unidade, a 26ª da rede de fast fashion no Brasil, ficará no segundo andar do shopping Top Center e terá 700 metros quadrados.

Lá, serão vendidas as linhas femininas de moda, jeans, lingerie e acessórios da marca – os produtos masculinos não estarão no portfólio.

No próximo sábado (5) a empresa abrirá sua loja de número 25 no país, em Londrina (PR). A 27ª também já está sendo preparada e será localizada em Manaus (AM).

A Forever 21 chegou por aqui em março do ano passado e causou alvoroço.

Na inauguração da primeira loja, no shopping Morumbi, em São Paulo, quase 2.000 adolescentes formaram filas com esperara de três horas para entrar no local  e mais duas horas para pagar pelas compras.

A multidão foi tanta que a companhia distribuiu água e cachorro-quente para tentar acalmá-la. Os estoques iniciais, planejados para durar três meses, foram esgotados em 24 dias.

A loja do shopping Top Center será a sétima da marca na capital paulista. As demais ficam na rua Haddock Lobo e nos shoppings Morumbi, Bourbon, Vila Olímpia, Eldorado e Anália Franco.

PGR pede dois novos inquéritos contra Renan, Delcídio, Jader e Aníbal Gomes

 




A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 30, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de dois novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, a Procuradoria quer investigar o senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). No segundo inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede apurações sobre Renan, Jader e sobre o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Os parlamentares devem ser investigados pelas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

As peças são mantidas em segredo de justiça no Tribunal e têm como fundamento duas petições ocultas. Na Lava Jato, procedimentos ocultos têm sido usados para abrigar delações premiadas ainda mantidas em sigilo na Corte.

Esta é a quinta investigação em que Renan Calheiros é alvo na Lava Jato e o quarto inquérito de Aníbal Gomes. Ambos aparecem juntos em todas as investigações, incluindo a apuração sobre formação de quadrilha, que investiga 39 pessoas. O primeiro inquérito contra Delcídio Amaral foi aberto na semana passada, quando o ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a prisão preventiva do parlamentar por tentativa de obstruir as investigações. Até agora, só Jader Barbalho ainda não havia sido incluído em nenhuma investigação da Lava Jato.

Com os novos inquéritos, o total de apurações no STF relativas à participação de políticos no esquema de corrupção na Petrobras sobe de 33 para 35. Se os inquéritos forem abertos por Zavascki, a lista de investigados também cresce em um número, para 68 investigados, sendo 14 senadores.

Uma das delações homologadas em data próxima ao das petições que originaram as novas investigações é a do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Em delação premiada, Fernando Baiano citou os nomes de Renan, Jader, Delcídio e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, ao narrar suposto recebimento de US$ 6 milhões em propinas em contratação do navio sonda Petrobras 10.000, em 2006.

Baiano também afirmou em delação que Delcídio teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.


COM A PALAVRA, O SENADOR RENAN CALHEIROS


O Presidente do Senado, Renan Calheiros, reitera que suas relações com as empresas públicas nunca ultrapassaram os limites institucionais. O Senador já prestou os esclarecimentos necessários, mas está à disposição para novas informações, se for o caso. O Senador acrescenta ainda que nunca autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros.Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado Federal

O Estadão