quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Juíza do DF agiliza negociação via WhatsApp, e audiência demora 10 minutos


Alessandra Modzeleski
Colaboração para o UOL, em Brasília
  • Arquivo pessoal
    Juíza mediou a conciliação via WhatsApp Juíza mediou a conciliação via WhatsApp
A Justiça do Distrito Federal usou o WhatsApp pela primeira vez em um processo trabalhista. 

Poderia levar três meses para marcar a primeira audiência de conciliação, calcula a juíza Tamara Gil Kemp, responsável pela iniciativa na 1ª Vara do Trabalho do Gama. Com o uso da tecnologia, a audiência demorou poucos minutos. 

A juíza criou um grupo no WhatsApp reunindo os advogados das duas partes. De um lado, a defesa da cobradora Lilia Alves de Oliveira, 46; do outro, o representante da empresa de ônibus Cootarde. 

No lugar do nome do grupo, usou o número do processo judicial.

Os advogados fizeram toda a negociação pelo celular em cerca de cinco horas, segundo Wagner Pereira da Silva, representante da empresa. A juíza mediou a negociação.

No dia seguinte, as duas partes se encontraram em uma audiência presencial apenas para assinar os papéis. Em dez minutos, o processo estava finalizado.

A trabalhadora saiu de lá com o acordo feito e já podendo sacar o valor ao qual tinha direito.

 

Experiência não foi planejada, segundo juíza


"A maior vantagem é a rapidez, porque a Justiça é muito burocrática. Além disso, não fica aquele clima pesado de uma audiência, e as partes podem pensar antes de escrever. Não precisa ser algo imediato", disse a juíza. A ideia surgiu após ver uma iniciativa semelhante na Justiça em Campinas (SP).

A experiência não foi planejada, mas a magistrada pretende repeti-la.

"No que depender de nós, vamos aplicar em novos processos. Vamos estudar uma logística para que isso aconteça sem prejudicar os andamentos da Vara".

Skype e Facebook também são usados

Segundo a juíza, a Justiça usa outros recursos tecnológicos em negociações, como Facebook e Skype. Para ela, no entanto, o WhatsApp é o mais prático.

"No caso do Skype, alguns juízes usam para atender advogados, sem que ele saia do escritório, mas imagem requer tempo e preparação. O Facebook também está ao nosso lado, principalmente para produzir provas", explicou.

O advogado da empresa diz que repetiria a experiência. "A maior vantagem foi o tempo e possibilidade dos advogados poderem ponderar com os clientes de maneira mais direta e apresentando os prós e contras das propostas de acordo". 

Ele diz que a iniciativa poderia ser replicada em outras esferas da Justiça, como em juizados especiais e na área da defesa do consumidor. "Eu só não concordaria se fosse feito no juizado criminal. É imprescindível a presença da vítima ou órgão acusado e do réu."

Para a advogada da cobradora, Iara Janaína do Vale Barbosa, a proposta foi corajosa e muito eficaz por parte da magistrada. "Quando ajuizamos uma ação, o desgaste para resolvê-la administrativamente foi grande, e o que a parte quer é a solução do problema o mais rápido e satisfatório possível. Se pudermos conciliar rapidez com aplicação do direito, melhor."

Segundo a advogada da cobradora, a ação contra a Cootarde foi motivada porque a empresa teria fechado as portas sem pagar aviso prévio, férias vencidas e proporcionais e o 13º salário dos funcionários.

A ação decidiu que a Cootarde deve pagar R$ 11 mil à ex-funcionária e expedir alvará para que ela possa sacar o FGTS e dar entrada no seguro-desemprego. 

87% dos médicos no Brasil usam WhatsApp com pacientes



GettyImages
Médico e estetoscópio
Saúde: 82% dos médicos brasileiros também usam a velha e boa mensagem de texto
 
Fernando Nakagawa, do Estadão Conteúdo

Londres - Nove de cada dez médicos do Brasil usa o aplicativo WhatsApp para se comunicar com os pacientes.

Isso deu aos médicos brasileiros o título de usuários mais frequentes do aplicativo em todo o mundo, revela pesquisa de uma consultoria britânica do setor de saúde. No Reino Unido, só 2% dos médicos usa o aplicativo para falar com pacientes.

A pesquisa da consultoria britânica Cello Health Insight que entrevistou 1.040 médicos em oito países - Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Estados Unidos, China e Brasil - revelou que 87% dos brasileiros usaram o WhatsApp nos 30 dias anteriores à entrevista para a comunicação com pacientes. O número é muito superior ao de outros países.

Em segundo lugar, a Itália teve 61%. Na China, 50% dos médicos disse ter usado o WeChat, uma versão local do aplicativo. A pesquisa foi divulgada em novembro.
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"França, Estados Unidos e Reino Unido estão muito atrás de outros países no uso do WhatsApp. Médicos nos países do sul da Europa, China e Brasil estão usando essa plataforma para comunicação com colegas, pacientes e representantes da indústria farmacêutica", destaca a pesquisa.

Segundo o estudo, só 2% dos médicos britânicos usa o aplicativo para se comunicar com pacientes e o índice é de 4% entre os norte-americanos.

Em um dia em que o Brasil acordou sem WhatsApp, a boa notícia é que a pesquisa também mostrou que 82% dos médicos brasileiros também usam a velha e boa mensagem de texto para trocar informações com os pacientes. Na média mundial, 30% dos médicos usa o canal de comunicação.

"No Brasil e na China, os dados sugerem que os médicos abraçaram os smartphones e tablets, o que gera uma interessante oportunidade para a indústria farmacêutica para alcançar esses profissionais", nota a pesquisa que cita que 87% dos médicos brasileiros e 76% dos chineses usam celulares e tablets para pesquisas relacionadas ao trabalho.

Entenda por que o WhatsApp foi bloqueado no Brasil


Brent Lewin/Bloomberg
Tela de smartphone com ícone do WhatsApp
WhatsApp: Justiça brasileira determinou o bloqueio do app por 48 horas
 
 
 
São Paulo – A justiça brasileira bloqueou o WhatsApp em todo o Brasil por 48 horas desde a 0h desta quinta-feira (17). O motivo é um caso que envolve o PCC e tráfico de drogas.

O processo que culminou no bloqueio do app no território nacional investiga um homem preso em 2013 pela Polícia Civil. Ele é acusado dos seguintes crimes: latrocínio, trazer cocaína da Colômbia e Maconha do Paraguai, e associação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa de São Paulo.

Ele foi preso preventivamente por dois anos e liberado pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de um Habeas Corpus. Condenado a 15 anos e dois meses de reclusão, ele teve o direito de responder em liberdade concedido pelo STF, mas só até o trânsito em julgado, de acordo com o Conjur

A decisão judicial de soltura previa que o homem deveria informar seu endereço em caso de uma eventual mudança do local onde morava, bem como atender a chamados da justiça. 
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Por conta dessa investigação, o WhatsApp foi bloqueado no Brasil. A justiça pediu dados dos usuários do aplicativo ao Facebook. Como a empresa não os forneceu, a 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo determinou o bloqueio do aplicativo por dois dias em todo o país.

 

Bloqueio exagerado?


Na visão de Adriano Mendes, sócio do escritório de advocacia Assis e Mendes, informou, em nota a EXAME.com, que considera o caso do bloqueio um exagero. "Muito provavelmente o que a juíza pediu são informações ou dados que o WhatsApp não guarda e que não é obrigado a guardar. Salvo legislação específica e prévia, nenhuma empresa é obrigada a guardar informações que não sejam necessárias ao seu negócio", declarou Mendes.

Seu argumento é que os Termos de Uso do app não determinam que todas as mensagens podem ser resgatadas ou identificadas por autoridades policiais. "Em mais uma analogia, querer condenar o WhatsApp seria o mesmo que prender o dono de um restaurante porque ele não sabe se um dos 50 clientes que pediu salmão comeu o prato inteiro. É realmente absurdo!", afirmou Mendes, que crê na cassação da decisão judicial ainda hoje.

Quanto ganharão os advogados de 11 áreas em 2016

Thinkstock/seb_ra

O que 2016 reserva para os advogados brasileiros?

São Paulo - O mercado de trabalho para advogados no Brasil está em fase de mudanças - muitas delas decorrentes da crise econômica que o país atravessa.

De acordo com um novo relatório da consultoria Robert Half, cada vez mais profissionais seniores estão sendo substituídos por plenos nas empresas.
Outra tendência é o acúmulo de funções. Executivos em cargos de destaque devem incluir cada vez mais atividades sob o seu guarda-chuva, cuidando simultaneamente de compliance e jurídico, por exemplo. 

Já os escritórios procuram se defender da crise fechando o foco em áreas com maior demanda de mercado. Bancas mais especializadas têm feito parcerias e associações para ampliar seu escopo de atuação. 

Os advogados mais solicitados são os mais experientes - sobretudo no que se refere ao contato com o cliente. Não por acaso, profissionais com olhar empreendedor e fortes habilidades comerciais são os preferidos pelos escritórios. 

Com a perspectiva de retomada de fusões e aquisições em 2016, também se espera a expansão de oportunidades para escritórios que oferecem serviços nessa área. Nesse contexto, o inglês será cada vez mais solicitado, já que grande parte das operações se dará com investidores estrangeiros.

Quanto aos salários para a área, o relatório informa que alguns cargos deverão receber reajustes. A bonificação pode alcançar até quatro salários, dependendo da senioridade de cada profissional.

Ainda sob o ângulo da remuneração, a maior valorização será para o cargo de advogado pleno da área consultiva tributária. Em empresas de pequeno porte, o salário para a posição deverá crescer 11,1% no ano que chega.

Navegue pelas imagens a seguir para ver os salários projetados para 2016 em 11 áreas jurídicas no Brasil. À exceção dos bancos, as informações estão organizadas de acordo com o porte do empregador: 

  




http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/quanto-ganharao-os-advogados-de-11-areas-em-2016#3












   

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Flytour e Gapnet criam 2ª maior empresa de turismo no Brasil


Peshkova/Thinkstock
Executivo no aeroporto
Flytour e Gapnet: o grupo, com volume de vendas de 5,5 bilhões de reais, terá como foco as viagens corporativas 


 
São Paulo - A Flytour e a Gapnet anunciaram hoje, 16, uma fusão que irá criar o segundo maior grupo de turismo no Brasil, atrás apenas da CVC.
 
As negociações entre as duas empresas duraram nove meses e a fusão será realizada por meio de troca de ações, mas as participações ainda não estão definidas. O grupo resultante de operações de turismo tem como foco as viagens corporativas. 
 
A empresa já nasce com volume de vendas de 5,5 bilhões de reais - sendo 4,1 bilhões de reais pela Flytour e 1,6 bilhão de reais pela Gapnet.
 
Serão mais de 2.300 colaboradores, 300 pontos de vendas, e uma rede voltada para empresas com mais de 6.500 agências clientes, de acordo com ela.

As empresas sob o comando de cada um dos grupos continuarão a atuar de forma independente, atuando em seus mercados e junto a seus clientes.

“Juntos, os dois grupos vão diversificar e ampliar suas linhas de negócios, o que nos fortalece e nos torna ainda mais competitivos”, afirma o presidente da Fly Tour, Eloi D’Avila de Oliveira, em nota.


Poucas empresas no Brasil adotam benefícios para as mulheres




ThinkStock
Executivas em reunião
Mulheres: apenas um terço das companhias concede licença maternidade estendida às funcionárias no país
 
 
 
São Paulo - No Brasil, ainda é pequeno o número de empresas que adotam pacotes de benefícios exclusivos para ajudar as mulheres a conciliarem carreira e vida pessoal.

É isso o que aponta um estudo divulgado pela consultoria Marsh nesta quarta-feira (16).

A pesquisa avaliou 267 companhias de grande e médio de porte, de 29 segmentos, de janeiro a outubro.

Entre elas, apenas um terço concede licença-maternidade estendida de seis meses e somente 23% promovem campanhas pré e pós-natal.

O número de corporações que declaram ter berçário para recém-nascidos é ainda mais baixo, de 3%.

Os espaços para que as funcionárias coletem e conservem o leite materno também são raros: só existem em 7% das empresas ouvidas.


Aquisições nas Américas Central e do Sul caem 52% em outubro



Thinkstock
Gestão de negócios com foco em relacionamento humano
Acordos: No acumulado do ano até outubro, 414 fusões e aquisições foram realizadas nas Américas Central e do Sul
 
 
 
São Paulo - Em outubro deste ano, apenas 25 fusões ou aquisições foram fechadas nas Américas Central e do Sul, uma queda de 51,9% ante o mesmo mês de 2014.
Essas transações somaram 4 bilhões de dólares, valor 67,7% menor do que o observado em outubro do ano passado.

Os dados são da consultoria Mergermarket em parceria com a Merrill DataSite, desenvolvedora de soluções de data room virtual para o compartilhamento de dados empresarias.

Segundo o levantamento, a principal operação concluída nas Américas Central e do Sul em outubro foi a compra da farmacêutica mexicana Representaciones e Investigaciones Medicas (Rimsa) pela israelense Teva Pharmaceutical Industries, por 2,3 bilhões de dólares.
  
O valor do acordo, de 10,1 vezes a receita da Rimsa, foi o segundo maior já registrado pela Mergermarket entre indústrias de medicamentos da região –  perde apenas para a compra da chilena CFR Pharmaceuticals pela Abbott Laboratories por 3,3 bilhões de dólares, em maio de 2014.

No acumulado do ano até outubro, 414 fusões e aquisições foram realizadas na região. Juntas, elas totalizaram 48,9 bilhões de dólares, uma queda de 57,4% ante os 114,7 bilhões de dólares observados em igual período do ano passado.

A quantia somada dos acordos feitos nos 10 primeiros meses deste ano é a menor já observada desde 2005, quando as transações feitas no mesmo intervalo de tempo chegaram a 34 bilhões de dólares.