quinta-feira, 31 de março de 2016

9 negócios que pediram recuperação judicial até agora

Em disparada

São Paulo - O número de pedidos de recuperação judicial subiram de 116 para 251 nos dois primeiros meses deste ano comparado ao mesmo período de 2015, revela uma pesquisa recente da Serasa Experian.

O resultado é o maior para o acumulado do primeiro bimestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências.

Reunimos, a seguir, nove grandes empresas que estão entre as que pediram recuperação de janeiro até agora. 

Confira.

Grupo Schahin

Há poucos dias, o plano de recuperação judicial de 13 empresas do grupo Schahin foi homologado, decisão que evita a falência da companhia.

O grupo tem hoje uma dívida de R$ 6,5 bilhões, sendo que os bancos credores têm R$ 1,5 bilhão para receber cada um.

A companhia enfrenta dificuldades desde que a Schahin Engenharia foi citada nas investigações da Lava Jato, que investiga um cartel de corrupção formada a partir de relações com a Petrobras. 


 Divulgação/Facebook oficial

Camisaria Colombo

Na semana passada foi a vez do Grupo Colombo anunciar que reestruturaria uma dívida de 1,3 bilhão de reais – sendo 800 reais devidos para grandes bancos como HSBC, Credit Suisse, Santander, Itaú e Banco do Brasil.

A crise que abalou todo o varejo também derrubou as vendas da empresa. De 2014 para 2015, as receitas do grupo Colombo caíram 40%. 



Grupo GEP

Queda de consumo e descontos excessivos aliados a desvalorização cambial e altas taxas de juros acabaram por levar o dono da marca Luigi Bertolli, o grupo GEP, a pedir recuperação judicial em fevereiro.

A companhia, que cresceu cerca de 10% por ano entre 2008 e 2014, teve um  2015 complicado e não conseguiu vender o suficiente para compensar suas dívidas.



BMart

O grupo Bmart, formado por 28 empresas diferentes de distribuição de brinquedos, pediu recuperação judicial depois de acumular uma dívida de 118 milhões de reais.

A companhia, criada em 1995, começou com uma pequena loja na capital paulista até atingir presença em 28 pontos comerciais em shoppings de São Paulo e Minas Gerais.


Barred's

No início de março, a varejista de moda Barred’s entrou com pedido, depois de acumular 104,2 milhões de reais em dívidas, a maioria para shoppings – isso sem contar o montante destinado a bancos, fornecedores e funcionários.

A companhia tinha faturamento estimado de R$ 90 milhões e, além de vender, passou a fabricar as próprias roupas em 2008, quando iniciou um plano de expansão de lojas. 


Movimento de clientes na loja Leader Magazine, na Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro

Leader Magazine

No início de março, o BTG Pactual confirmou a contratação da consultoria Alvarez & Marsal, especializada em gestão de empresas com graves problemas financeiros, para a varejista Leader, iniciativa relacionada ao processo de recuperação.

O banco informou que "não há informações adicionais relevantes" a serem divulgadas sobre a Leader por enquanto.

Bombril

Bombril

Com alto endividamento, caixa reduzido e sucessivos prejuízos, a fabricante de bens de consumo Bombril contratou assessoria para reestruturar o negócio em fevereiro.

A ideia é evitar a recuperação judicial, apesar do prejuízo de R$ 240 milhões e o caixa apertado da empresa nos primeiros nove meses de 2015.


Eletrodomésticos da Mabe

Mabe

Dois anos depois de entrar com pedido de recuperação judicial, a Mabe Eletrodomésticos decretou falência por não conseguir pagar credores e manter pagamento de funcionários.

A empresa, que nasceu com a fusão entre as empresas GE e Dako em meados de 2004, havia entrado com pedido de recuperação judicial em maio de 2013. Um ano depois, fechou uma de suas fábricas em Itu, SP, demitindo 1.000 pessoas.


Torre da Abengoa no sul da Espanha. 25/11/2015
 

Abengoa

O grupo espanhol de engenharia e energia Abengoa entrou com pedido de recuperação judicial para três de suas subsidiárias no Brasil: Abengoa Concessões, Abengoa Construção e Abengoa Greenfield.

Os pedidos foram feitos para "minimizar os impactos da suspensão de alguns dos projetos em construção e alcançar uma solução que seja adequada para todas as partes interessadas e afetadas pela situação atual".


Lava Jato monta diagramas da família Lula




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Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/Fotos Públicas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: defesa acusou Lava Jato de "obsessão" por perseguir o ex-presidente e seus familiares.
 
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Julia Affonso e Fausto Macedo, do Estadão Conteúdo


São Paulo - Ao investigar o envolvimento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no esquema descoberto na Petrobras, a Operação Lava Jato montou um diagrama de sua família, de dois irmãos, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, e Genival Ignácio da Silva, o Vavá, e do sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos.

O Relatório de Análise 769, da Polícia Federal, reúne, além dos diagramas com os elos familiares de Lula, "os vínculos societários dos mesmos e seus familiares, bem como, outras informações relevantes".

Uma delas sobre viagens internacionais dos alvos, com base em dados extraídos do Sistema Nacional de Tráfego Internacional.

O documento é de 11 de novembro e está anexado ao inquérito em que Lula é investigado por supostos crimes, em especial corrupção e lavagem de dinheiro, no recebimento de propina, oculta em forma de pagamentos de palestras via empresa LILS Palestras e Eventos.

Divulgação
Diagrama da Lava Jato sobre a família de Lula



Diagrama da Lava Jato sobre a família de Lula


A instituição passou a ser usada pelo petista a partir de 2011, após deixar a Presidência, para dar consultorias e palestras para empresas, principalmente em países da América Latina e África.

O inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo juiz federal Sérgio Moro - dos processos da Lava Jato, em primeira instância, em Curitiba - há duas semanas.

O "gráfico de ascendência e descendência" montado pela PF, com Lula ao centro, abre o relatório. "Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns (PE), em 27 de outubro de 1945, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), torneiro mecânico formado pelo Senai, Lula tornou-se em 2002 o 35º presidente da República do Brasil, cumprindo dois mandatos sucessivos, encerrados em 2010", informa.

"Atualmente encontra-se casado com Marisa Letícia, o ex-presidente é pai de cinco filhos, sendo que Lurian Cordeiro é fruto da relação de Lula com a enfermeira Mirian Cordeiro."

Espécie de árvore genealógica resumida a quatro gerações da família Lula da Silva, o documento lista os cinco filhos do ex-presidente: Sandro Luis Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, Luis Claudio Lula da Silva, alvo da Operação Zelotes, Marcos Cláudio Lula da Silva e Lurian Cordeiro Lula da Silva. A eles, estão associados ainda ex e atuais cônjuges e os netos.

"Utilizando-se do gráfico acima, foram realizadas pesquisas para todos os CPFs constante nele, com vistas a verificar as suas participações societárias, vínculos empregatícios e por fim, a relação de pessoas que mais os acompanharam em viagens internacionais", relatam o agente Wiligton Pereira e o delegado Márcio Anselmo, da equipe da Lava Jato.

No caso de Lula, foi "verificado somente sua participação em quadros societários e suas viagens internacionais a partir do ano de 2010, quando deixou a Presidência da República".

A Lava Jato reuniu elementos para apontar que Lula pode ter usado a família para ocultar patrimônio e recebimentos ilícitos. São investigados, por exemplo, pagamentos feitos para empresas dos filhos pela LILS e pelo Instituto Lula - ambos recebedores de valores milionários de empresas do cartel acusado de corrupção na Petrobras.

Diagrama da família de Lula - Vavá

Irmãos

A Lava Jato criou diagramas também para as famílias de dois irmãos do ex-presidente: Frei Chico e Vavá. Nas duas imagens foram associados filhos e pessoas ligadas a eles, bem como empresas com quem eles têm vínculos e registros de saída do Brasil nos últimos dez anos.

No caso de Vavá, a PF copiou reportagem publicada em 2007, quando o irmão mais novo de Lula foi alvo de investigação na Operação Xeque Mate. Ele era suspeito de tentar traficar influência no governo federal em nome de empresários ligados a bingos eletrônicos ilegais, em Mato Grosso.

Vavá foi também monitorado em conversa com Lula, após a deflagração da Operação Aletheia - 24ª fase da Lava Jato -, no dia 4, quando o ex-presidente foi levado coercitivamente para depor e sua casa alvo de buscas. No diálogo, os dois falam que não poderiam se encontrar por causa da presença de "um monte de peão na porta de casa pra bater nos coxinhas".
Divulgação
Diagrama da Lava Jato sobre a família do irmão de Lula, Frei Chico

 

Sobrinho


A PF destacou em seu relatório sobre a família Lula os vínculos familiares e de empresas de um sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos. Ele é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, irmão da primeira mulher de Lula, Maria de Lourdes da Silva - já falecida.

Seu nome é conhecido em Brasília, como o "sobrinho de Lula". A PF anexou uma reportagem da revista Veja, no relatório, sobre a ascensão de negócios a partir de 2009, com citação a contratos em Angola e com a Odebrecht - alvo da Lava Jato.

Ele é dono da Exergia Brasil Projetos de Engenharia, ligada a uma empresa portuguesa. Taiguara chegou a ser convocado para depor na CPI do BNDES, no ano passado, pelos recebimentos da empreiteira em obras na África.

A PF destaca que Taiguara viajou três vezes em 2014 para o Panamá, uma delas no mesmo voo em que estavam Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e Fernando Bittar, sócio do filho de Lula e dono na escritura do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).
Divulgação
Diagrama da Lava Jato sobre família do sobrinho de Lula

O ex-presidente é alvo de outro inquérito aberto pela Lava Jato para apurar a compra da propriedade, em 2010, supostamente em nome de laranjas, e reformas realizadas, em 2011, por duas empreiteiras acusadas de corrupção na Petrobras - Odebrecht e OAS - e pelo amigo José Carlos Bumlai.

 

Defesa


"Esse relatório, e seu vazamento para a imprensa, é só mais uma amostra do grau de obsessão da Operação Lava Jato em perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem haver nenhum indício de qualquer crime cometido pelo ex-presidente ou de qualquer relação destas pretensas investigações sobre sua família com os desvios da Petrobras que são a razão de ser da Operação", afirmou o Instituto Lula por meio de nota.

"Não faz nenhum sentido a perda de tempo de funcionários do Estado e de recursos públicos listando viagens ao exterior de familiares do ex-presidente que não exercem cargos públicos nem estão sendo acusados de qualquer crime", diz a nota.

"Após divulgar conversas telefônicas privadas, a privacidade de familiares do ex-presidente é de novo desrespeitada pelo mero fato de serem parentes de Lula", afirma a assessoria do instituto.

Lula costura acordos com o PMDB






Paulo Whitaker/Reuters
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 28/03
Lula: o resultado do encontro pode ser medido na edição de hoje do Diário Oficial, com a indicação de Luiz Otávio Oliveira Campos para a diretoria-geral da Antaq
 
Irany Tereza, do Estadão Conteúdo


Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que mantém o posto de articulador informal do governo Dilma Rousseff enquanto aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal sobre sua nomeação para a Casa Civil - teve nesta quarta-feira, 30, uma longa reunião com o paraense Jader

Barbalho no apartamento do senador peemedebista, em Brasília.

O resultado do encontro pode ser medido na edição de hoje do Diário Oficial da União, com a indicação de Luiz Otávio Oliveira Campos para a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
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Campos, que ainda terá de ser sabatinado no Senado antes de ser efetivado na agência reguladora, é hoje o secretário executivo da Secretaria dos Portos, comandada pelo ministro Helder Barbalho, um dos seis peemedebistas que ainda integram o ministério de Dilma.

Helder fica no governo, a despeito da orientação da cúpula do PMDB, decisão tomada por aclamação na terça-feira. Ele e o pai irão trabalhar para arregimentar votos a favor de Dilma no processo de impeachment.

Jader Barbalho deixou claro, em entrevista na própria terça-feira ao jornal O Estado de S. Paulo, que não concorda com a decisão do PMDB.

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o senador esteve, semana passada, com o vice-presidente Michel Temer, em São Paulo.

No encontro, selaram um acordo que fixava prazo até 12 de abril para os ministros do partido deixarem o governo.

No dia da convenção, o PMDB exigiu saída imediata de seus ministros. Uma ala do PMDB considerou que Temer rompeu o acordo.

Os senadores Jader Barbalho, Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP) não compareceram à reunião do partido que selou a debandada do PMDB do governo.

As bancadas parlamentares do Pará, Alagoas e Maranhão, Estado de Sarney, passaram a despertar um interesse maior do governo e entraram na alça de mira de Lula.

Ontem, a ministra Kátia Abreu escreveu no microblog Twitter que os seis ministros peemedebistas - Henrique Alves, o sétimo, fiel escudeiro de Temer, entregou o cargo no dia da decisão anunciada pelo PMDB - permanecerão no governo.

Ela fez a postagem depois de ser flagrada, por um fotógrafo da Folha de S.Paulo, numa conversa por mensagens de celular na qual revelava a rebeldia dos ministros e a estratégia de se licenciarem do partido para fugir do risco de expulsão.

A despeito da tentativa de demonstrar unidade, com a decisão por aclamação, o PMDB está expondo cada vez mais sua divisão interna.

Ministro vai explicar ao Senado telegramas sobre golpe





Creative Commons
O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira
Ministro das relações exteriores, Mauro Vieira: Senado convidou chanceler a explicar telegramas enviados a embaixadas alertando para "golpe" no Brasil.
 
Isabela Bonfim, do Estadão Conteúdo


Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ter de dar explicações no Senado sobre o envio de telegramas pelo Itamaraty que alertavam suposto golpe político no Brasil.

O chanceler brasileiro vai participar de reunião da Comissão de Relações Exteriores, após aprovação de requerimento de convite de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A audiência pública está marcada para o dia 14 de abril.
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As mensagens foram enviadas no dia 18 de março às embaixadas, consulados e escritórios brasileiros em todo o mundo.

Os dois telegramas foram escritos pelo chefe da Coordenação-Geral de Cooperação Humanitária e Combate à Fome do Itamaraty, Milton Rondó Filho.

Nos comunicados, o diplomata pede a cada posto que designe funcionário para atuar na interlocução com a população brasileira nos países e na sociedade civil local.

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a ação do funcionário do Itamaraty foi "grave".

"É espantoso que um funcionário do Itamaraty se dedique a dizer para o mundo inteiro que nós não temos instituições que funcionam, que há um golpe de Estado em marcha", afirmou.

Impeachment não é golpe, é remédio institucional, afirma FHC





Renato Araujo / Agência Brasil
Ex presidente da república Fernando Henrique Cardoso
FHC: o ex-presidente reforça repetidamente, que os movimentos ocorrem "dentro da democracia" e "dentro da Constituição"
 
Ana Fernandes, do Estadão Conteúdo
Elizabeth Lopes e Pedro Venceslau, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que o PSDB deve caminhar "unido" pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em evento de lançamento do novo site do Instituto Teotônio Vilela, braço de articulação política do PSDB, foi exibido um vídeo no qual FHC rebate os argumentos do PT e do governo e diz que o impeachment não é golpe, mas um "remédio constitucional".
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"Diante da incapacidade do governo de governar, de flagrantes abusos que ferem a nossa Constituição praticados reiteradamente por aqueles que detêm o poder, infelizmente, não resta outro caminho se não marcharmos para o impeachment. Não tem nada a ver com golpe, é um remédio constitucional", diz o tucano.

O ex-presidente reforça repetidamente, no vídeo de cerca de três minutos, que os movimentos ocorrem "dentro da democracia" e "dentro da Constituição". "Quando há apoio na sociedade, quando há maioria no Congresso e há uma base jurídica, vai ser o impeachment."

Ele insiste também que o processo de impeachment é político, não penal, refutando a defesa do governo de que Dilma é uma pessoa 'honesta' e que, por isso, não poderia ser deposta.

"As pessoas que sofrem eventualmente impeachment não são criminosas, não têm penalidade, não se trata de um processo penal. É um processo político, da incapacidade demonstrada pelo governo de governar e, para tentar governar, infringir a constituição. É por isso que o PSDB deve marchar unido para o impeachment", frisou.

No vídeo, FHC responsabiliza o governo Dilma e o PT pela situação "dramática" que o país vive.

"Esse processo que estamos vivendo é dramático, repito, por erros do governo petista. Nos levaram ao caos que estamos na economia, a essa indecisão na vida política, por incapacidade e vontade de serem hegemônicos, ou seja, de mandar em tudo e não respeitar o outro", afirmou.

"Não queremos o impeachment para desrespeitar o outro, queremos impeachment para reconstruir uma situação democrática que permita a convivência de todos", prosseguiu.

E disse que o PSDB tem que ser "o partido da construção do futuro do Brasil", mas sem que isso seja feito "através de acomodações".
 

Lava Jato


Sem mencionar diretamente o PMDB ou Michel Temer, FHC saiu em defesa da continuidade das investigações da Lava Jato. Ele disse ser necessário um "consenso nacional", mas que o acordo político não pode atropelar a operação.

"O preço do acordo não pode ser acabar com a Lava Jato. A Lava Jato é parte do processo democrático brasileiro, vai continuar, dentro da regra. Se houver abuso, há tribunais capazes de conter o abuso", disse o tucano

O ex-presidente avaliou que a situação do país é ruim e que não é possível ter uma visão otimista no curto prazo, mas destacou que o Brasil "tem potencial" e, com avanço das reformas estruturais, vai ter condições de recuperar a confiança.
 

Site


No lançamento do novo site do instituto, o presidente do ITV, José Aníbal, disse que a ideia é o PSDB ampliar a comunicação, para não ser apenas com militantes tucanos, mas para fazer "debates sobre o momento do país", ainda mais em um momento em que avança um processo de impeachment.

"O portal ITV quer pensar o Brasil", afirmou ao apresentar o novo portal a jornalistas. Segundo o tucano, eles identificaram essa necessidade com a crescente crise da representação política com a sociedade - algo que vem ficando cada vez mais evidente desde os protestos de rua de 2013.

MPF denuncia Joseph Safra e mais cinco na Operação Zelotes


Epitacio Pessoa
Joseph Safra
Joseph Safra: o MPF pediu que os envolvidos respondam por corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica
 
 
Da REUTERS


São Paulo/ Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou seis pessoas, incluindo o banqueiro Joseph Safra, por envolvimento na manipulação de julgamentos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), no âmbito da Operação Zelotes.

De acordo com a denúncia, após inquérito que apurou o andamento de três recursos apresentados pelo Banco Safra, servidores públicos teriam pedido propina de 15,3 milhões de reais para conseguir decisões favoráveis ao grupo junto ao Carf.
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As irregularidades teriam ocorrido em processos administrativos de interesse da JS Administração de Recursos, do grupo Safra. Além de Joseph Safra, o MPF denunciou o diretor João Inácio Puga, que negociava em nome do grupo Safra, dois servidores da Receita Federal e dois ex-servidores.

O MPF pediu que os envolvidos respondam por corrupção ativa, corrupção passiva e falsidade ideológica.

Procurado, o grupo Safra não estava imediatamente disponível para comentar.

quarta-feira, 30 de março de 2016

O pior do governo Dilma, na visão dos brasileiros


Evaristo Sá / AFP
Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dia 22/03/2016
Dilma Rousseff: 69% dos brasileiros consideram o governo da presidente ruim ou péssimo
 
 
 
São Paulo — Impostos e taxas de juros são as áreas de atuação do governo Dilma Rousseff que menos agradam os brasileiros.

De acordo com pesquisa CNI-Ibope, divulgada na manhã desta quarta-feira (30), 91% da população desaprova os impostos. Em relação à política de juros, 90% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos.
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Saúde, combate à inflação, combate ao desemprego e segurança pública também foram áreas mal avaliadas, com índices de reprovação superiores a 80%.

As políticas melhor avaliadas são as de combate à fome e à pobreza, com 29% de aprovação. 
 

Pequeno recuo


Em relação à dezembro, quando a mesma pesquisa foi realizada, houve um recuo na desaprovação de algumas áreas.

É o caso das políticas públicas de combate ao desemprego (hoje 87% desaprovam, ante 86% em dezembro), da educação (de 76% para 74%) e de meio ambiente (de 74% para 68%). 
 

Gestão Dilma


O governo de Dilma Rousseff continua sendo o mais impopular desde o fim da gestão de José Sarney. De acordo com a pesquisa de hoje, 69% dos brasileiros avaliam o governo atual como ruim ou péssimo.

Oito em cada dez entrevistados disseram não confiar na presidente Dilma. Em dezembro, 78% deles pensavam o mesmo. O percentual dos que confiam permaneceu o mesmo: 18%. 

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 17 e 22 de abril, em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.