quarta-feira, 4 de maio de 2016

Pedidos de recuperação judicial têm maior nível em 10 anos




Thinkstock
preocupação; medo; risco; empreendedor; erro; negócios; problema
Recuperação judicial: micro e pequenas empresas lideram ranking da Serasa, com 327 pedidos entre janeiro e abril deste ano.
 
Maria Regina Silva, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O alongamento da recessão econômica segue dificultando a situação financeira de muitas empresas do País.

Nos quatro primeiros meses deste ano, o porcentual de recuperações judiciais requeridas atingiu 97,6%, alcançando o maior nível para esta base de comparação desde 2006. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Falência e Recuperações.
Publicidade

No primeiro quadrimestre de 2016, foram 571 ocorrências, em relação a um total de 289 apresentadas de janeiro a abril de 2015.

Só no quarto mês deste ano ante o anterior, houve elevação de 2,5% nos requerimentos de recuperação judicial, ou 162 pedidos. No confronto com abril de 2015, a alta foi de 65,3% (também com 162).

"O prolongamento e a ampliação do atual quadro recessivo da economia aliada à elevação dos custos operacionais e financeiros têm levado a recordes consecutivos dos requerimentos de recuperações judiciais", avaliam, em nota, os economistas da Serasa.

As micro e pequenas empresas lideraram o ranking de falências e recuperações judiciais com 327 pedidos, entre janeiro e abril de 2016, e também na comparação mensal (98).

Na sequência, no primeiro quadrimestre, aparecem as médias empresas com 149 ocorrências, e 40 pedidos no mês, e as grandes companhias, com 95 nos três primeiros meses do ano (24 em abril).

A Serasa ainda informa que no primeiro quadrimestre deste ano foram realizados 523 pedidos de falências no País, o que significa alta de 4,0% em relação a igual período de 2015.

Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a abril, 271 foram de micro e pequenas empresas, na comparação com 264 em igual período de 2015.

Já as médias empresas tiveram 130 ocorrências, após 110 nos primeiros três meses do ano passado, enquanto as grandes companhias computaram 122 (ante 129), conforme a Serasa.
 
Atualizada às 12h56 para apagar a frase que dizia que o total de ocorrências tinha subido 4%; o percentual se refere apenas às falências

No Brasil, bagaço da cana vira biodetergente e bandeja que substitui isopor


Os produtos foram desenvolvidos por jovens estudantes brasileiros.

3

Em diversas partes do país, jovens estudantes do ensino médio à universidade vêm desenvolvendo projetos acadêmicos usando a biomassa da cana-de-açúcar como base para a criação de produtos biodegradáveis. O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, cita duas destas soluções inovadoras premiadas no exterior: um detergente de origem renovável com potencial para ajudar no combate aoAedes aegypti sem causar grandes impactos ao meio ambiente, e uma bandeja de bagaço e palha de cana que pode substituir algumas embalagens de isopor usadas por padarias e supermercados.

“É estimulante notar como a cana continua contribuindo para o futuro da ciência brasileira, motivando estes jovens pesquisadores a criarem produtos cada vez mais alinhados com a questão ambiental”, avalia o executivo.

3 

Biodetergente


Reconhecido na premiação “Idea to Products”, organizado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, um projeto criado pelos alunos Paulo Franco e Guilherme Fernando Dias Perez, do campus de Lorena da Universidade de São Paulo (USP), concebeu um detergente “verde”. Com características de aplicação semelhantes a outros produtos fabricados a partir de derivados do petróleo, o biodetergente apresentou o diferencial de ser menos agressivo ao meio ambiente graças a presença do bagaço de cana em sua composição.

Segundo o professor orientador do trabalho, Silvio Silvério da Silva, a utilização deste resíduo de origem renovável, abundante em nosso país e de menor custo operacional em relação às fontes fósseis, faz com que o produto tenha um grande potencial de preço reduzido em relação aos seus concorrentes não biodegradáveis. “Além disso, sendo um produto natural produzido a partir do bagaço de cana, há diversos estudos que apontam vantagens como a biodegradabilidade e atoxicidade frente aos detergentes sintéticos, não apresentando riscos ambientais e a saúde”, explica.

3

Outra vantagem, de acordo com Silva, é que ele também tem características de um larvicída biológico, podendo ser usado para combater o mosquito transmissor da Dengue, vírus Zika e febre Chikungunya. “Testamos sua eficácia no combate de larvas de Aedes, em testes in vitro, demonstrando seu potencial neste sentido”, conclui o docente. Após quatro anos de desenvolvimento, a novidade já foi patenteada e, por enquanto, segue disponível nos laboratórios da USP para mais estudos.


Bandeja


Reduzir a quantidade de isopor descartado no meio ambiente, onde o processo de decomposição do material pode durar até 300 anos. Especialmente aquelas embalagens de carne, embutidos, frutas e verduras encontradas nas prateleiras de padarias e supermercados. Motivada por este objetivo, a aluna do ensino médio Sayuri Miyamoto Magnabosco criou uma solução sustentável inovadora: bandejas a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

“Se mantida em estoque, com boas condições de preservação, a embalagem se mantém boa para o uso por até dois anos. Quando vai para os lixões e aterros sanitários, em menos de seis meses já está decomposta. E se ficar em contato constante com a água, em quatro horas já está dissolvida”, informa a jovem de 16 anos.

3 

Apoiada pelo programa Iniciação Científica do Colégio Bom Jesus, em Curitiba, a estudante criou o produto a partir de um processo de fabricação relativamente simples, em que utilizou biomassa de cana, temperos naturais e uma cola caseira feita de água e farinha. A ideia lhe rendeu medalhas na feira de ciências da Usina Itaipu, o terceiro lugar na Olimpíadas dos Gênios, em Nova York, e o título “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do Huck.

De acordo com Sayuri, o maior desafio da sua invenção foi encontrar um modo para dar uma função antimicrobiana à bandeja, garantindo mais segurança alimentar para o consumidor. “Pesquisei nos produtos de limpeza, vi o que era utilizado, e encontrei uma substância que não teria nenhum efeito tóxico sobre o bagaço de cana”, explica, guardando segredo sobre o componente usado. “Há sempre algo que você deve melhorar e que pode ser ainda mais refinado”, complementa a menina.

Segundo o orientador da pesquisa de Sayuri e coordenador do projeto, o professor Cornélio Schwambach, no programa de Iniciação Científica do colégio Bom Jesus estão em cursos outros projetos visando a redução do uso de adubos químicos em monoculturas como a canavieira. “A cana tem um potencial fenomenal que pode ser mais investigado. Creio que o Brasil tem potencial para fazer uma revolução agrícola que considere fatores econômicos, sociais e ambientais”, explica.

3 

“Sempre pergunto aos meus alunos: O que te incomoda? Crie soluções simples para problemas simples. Quantos problemas simples os produtores de cana devem ter? Muitos. Isto é fazer ciência”, encerra Schwambach.

Taxas do Tesouro Direto sobem de olho em mudanças no BC




Pessimismo no exterior e notícias sobre medidas de Temer repercutem no mercado

Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55% (Marcos Santos/USP Imagens)
Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55% (Marcos Santos/USP Imagens)



SÃO PAULO - As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto avançam nesta quarta-feira (4) em relação às taxas ofertadas ontem, com os investidores repercutindo as medidas de um eventual governo de Michel Temer (PMDB), além do pessimismo vindo no mercado externo.

Se assumir a presidência, Temer deve propor ao Congresso a independência do Banco Central e incluir na missão da autoridade a tarefa de cuidar do emprego, além das atribuições atuais de manter a estabilidade da moeda e controlar a inflação, segundo o jornal Valor Econômico.

Os títulos indexados à inflação pagam taxas de juros próximas de 6,15%, enquanto os papéis prefixados pagam por volta dos 12,55%. A taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Devido à forte volatilidade nas taxas de juros dos títulos públicos nesta manhã, as operações do Tesouro Direto foram suspensas às 10h47 e voltam por volta das 11h30.

Veja abaixo as taxas dos dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta:


Título Vencimento Taxa hoje Taxa ontem
Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2019 (NTNB Princ) 15/05/2019 6,16% 6,12%
Tesouro IPCA+ 2024 (NTNB Princ) 15/08/2024 6,13% 6,10%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 (NTNB) 15/08/2026 6,19% 6,15%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTNB) 15/05/2035 6,17% 6,12%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTNB Princ) 15/05/2035 6,18% 6,13%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) 15/08/2050 6,14% 6,10%
Prefixados
Tesouro Prefixado 2019 (LTN) 01/01/2019 12,70% 12,56%
Tesouro Prefixado 2023 (LTN) 01/01/2023 12,75% 12,59%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2027 (NTNF) 01/01/2027 12,65% 12,50%
Indexados à Selic
Tesouro Selic 2021 (LFT) 01/03/2021 0,02% 0,02%
Fonte: Tesouro Direto


 http://www.financista.com.br/noticias/taxas-do-tesouro-direto-sobem-de-olho-em-mudancas-no-bc

'NYT' diz que o Brasil jogou fora a chance de virar país desenvolvido

Com Dilma, piorou


Euforia da era Lula morreu por falta de reformas, diz jornal


 


Reportagem do jornal New York Tomes desta quarta-feira (4) demonstra que o o governo jogou fora uma grande de o Brasil se transformar num país desenvolvido.

A matéria, assinada pelo jornalista Eduardo Porter, interpreta a situação política e econômica brasileira, mencionando que os brasileiros estiveram felizes nos anos do governo Lula, quando os altos preços das commodities fizeram alguns acreditar que o Brasil iria decolar.

Na ocasião, diz o jornal, o Brasil se achou o máximo, achando que teria chances até maiores do que a China para se colocar no grupo das nações mais ricas do mundo. Mas eras sonho de uma noite de verão, pura miragem.


NYT: Lula pensou que era um gênio da economia.

A economia do Brasil está em queda livre, afirma Porter em seu texto, e a queda é ainda mais acentuada do que a dos anos 1980, considerada a década perdida.

Avaliando que essa ilusão de prosperidade em épocas de preços altos de matérias-primas é comum na América Latina, o jornal ouviu o professor José Scheinkman, brasileiro que leciona na prestigiosa Universidade de Columbia.

A avaliação é que Lula pensou ser um gênio econômico, só que ciclos de preços altos de commodities não mudam a fisionomia do País. Os governantes do PT não quiseram saber de fazer reformas essenciais, e o resultado está aí.

A situação deixada por Lula tornou-se ainda pior sob Dilma Rousseff, que fincou pé na alternativa populista. Algumas medidas poderiam ser aceitáveis, mas o problema é que ela não soube quando parar.


 http://diariodopoder.com.br/noticia.php?i=55003381230

Ministério da Justiça português legitima pedido de extradição de Raul Schmidt


Decisão põe fim à fase administrativa do processo. Caso agora está sendo analisado judicialmente



O Ministério da Justiça de Portugal julgou admissível o pedido de extradição de Raul Schmidt Felipe Junior, preso em Lisboa na 25.ª fase da Operação Lava Jato, no dia 21 de março. O despacho proferido pelo órgão põe fim à fase administrativa do processo. Cabe agora ao Tribunal da Relação de Lisboa decidir judicialmente a extradição.

Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (3) o Ministério de Justiça português informou que a decisão sobre a continuidade do processo se baseou principalmente no fato de que os supostos crimes praticados pelo investigado são anteriores à concessão da sua nacionalidade portuguesa. Raul é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da estatal petrolífera Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos atualmente presos em Curitiba pela participação no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

"É uma decisão importante, fruto de um trabalho conjunto entre as autoridades brasileiras e portuguesas. Isso demonstra que atualmente não há fronteiras para investigações de crimes do colarinho branco´´, destacou o procurador da República Diogo Castor de Mattos, integrante da Força-Tarefa Lava Jato em Curitiba.

O investigado estava foragido desde julho de 2015, quando foi expedida a ordem de prisão. Seu nome havia sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado. Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobras, ele também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

Segundo o secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras, graças à cooperação entre o MPF, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores, o pedido de extradição ultrapassou a fase administrativa. Agora terá lugar a fase judicial, perante o Tribunal da Relação de Lisboa. "Schmidt é brasileiro e naturalizado português. Diferentemente do Brasil, Portugal extradita nacionais. Por isso a PGR, por intermédio da Secretaria de Cooperação Internacional, prometeu reciprocidade em relação aos brasileiros naturalizados. O Itamaraty confirmou a possibilidade de reciprocidade".

 http://lavajato.mpf.mp.br/

Dilma quer que o país se dane

 




Em editorial do Estadão – intitulado “O País que se Dane” – vemos a real dimensão da perfídia de Dilma Rousseff nos últimos dias de seu reinado de horror:
No comício promovido pela CUT em São Paulo para comemorar o 1.º de Maio, a presidente Dilma Rousseff mostrou-se capaz de, nos estertores de seu catastrófico mandato, transpor a barreira do ridículo para se perder nas brumas da falta de juízo. É o caso de se pensar se já não é mais questão de mero impeachment, mas de auxílio terapêutico. Não há outra explicação para Dilma ter afirmado que seus opositores são os verdadeiros “responsáveis pela economia brasileira estar passando uma grande crise”.

Afirmação que soa tão mais insana quando feita no mesmo discurso em que anunciou um “pacote de bondades” que amplia o bilionário rombo orçamentário que legará a seu sucessor.

É triste constatar que Dilma Rousseff renunciou à possibilidade de deixar o governo com um mínimo de dignidade, se não admitindo honestamente erros cometidos – atitude que não combina com sua enorme arrogância – pelo menos se poupando, e ao país, do deplorável espetáculo desse ímpeto revanchista com que tenta transferir a outros a responsabilidade por sua clamorosa incompetência. A escalada de absurdos a que Dilma se entregou nesses últimos dias torna plausível até as mais disparatadas especulações que circulam em Brasília. Fala-se, por exemplo, que, para registrar de modo dramático sua indignação e repulsa ao “golpe” de que se considera vítima, Dilma estaria cogitando receber a comunicação oficial do afastamento literalmente acorrentada a sua cadeira presidencial. Só pensar em tal cena já é um disparate.

Se o desempenho de Dilma no comício da CUT já foi chocante, imagine-se o que virá por aí. O Palácio do Planalto programou, até o fim desta semana, uma intensa agenda de compromissos públicos que Dilma pretende usar não apenas para atacar os “golpistas” que a vitimam, como para continuar iludindo a população com o anúncio de projetos de “bondades” que certamente não ofereceria se ela própria tivesse que arcar, mesmo na qualidade de presidente da República, com o pagamento das contas. O rombo orçamentário previsto para este ano é de cerca de R$ 100 bilhões e até dias atrás Dilma não via problema em aprofundar esse buraco. O “pacote de bondades” anunciado pela presidente provocará, sem dúvida, um aumento do déficit orçamentário com o qual o próximo governo terá que se haver. É a chamada cortesia com o chapéu alheio, que depois permitirá ao PT, na oposição, criticar severamente o “descontrole das contas públicas”.

No campo estritamente político, alguns petistas se mostram dispostos a apoiar a ideia da realização de eleições presidenciais antecipadas que está sendo apresentada por um grupo de senadores. Há notícias de que Dilma estaria considerando essa possibilidade, que implicaria sua renúncia e a de Michel Temer a seus mandatos. Mas dentro do próprio PT há forte resistência à ideia, sob o argumento de que a renúncia de Dilma seria interpretada como uma confissão de culpa. E ninguém acredita que Michel Temer a aprove.

A antecipação do pleito presidencial para outubro próximo, coincidindo com as eleições municipais, objetivaria a escolha apenas de novos presidente e vice, para completar o mandato de Dilma, que termina em 31 de dezembro de 2018. A novidade dependeria da aprovação de uma emenda constitucional. Mesmo que Senado e Câmara conseguissem cumprir os prazos estabelecidos para a tramitação da emenda e o Tribunal Superior Eleitoral lograsse preparar em tempo a eleição para outubro, o quórum exigido para aprovação é praticamente inatingível nas atuais circunstâncias políticas. Além disso, a proposta esbarraria na intransponível cláusula constitucional da anualidade exigida para todas as modificações do processo eleitoral. A proposta, portanto, se presta apenas a tumultuar o ambiente político e retardar o urgente trabalho de reconstrução que o País exige.

Mas não é um disparate, como alguns julgam. Afinal, seria desta maneira que o PT reduziria os prejuízos eleitorais que o petrolão e o desastre do governo Dilma decerto lhe causarão. E, mais importante, a campanha eleitoral colocaria Lula, hoje um dois de paus, novamente no proscênio político. Dilma e a tigrada do PT, enquanto agonizam politicamente, não deixarão passar nenhuma oportunidade para “infernizar” o governo que deverá assumir nos próximos dias. O país? Ora, o país que se dane.
Eis que a Dilma pós-impeachment conseguiu a proeza superar seu próprio recorde de imoralidade e perversidade contra o Brasil. O recorde anterior ia para ela mesma, nos meses que antecederam o impeachment. Isso não deve ser esquecido jamais pelo povo brasileiro. E tudo que Dilma está fazendo deve ir para a conta do PT, partido que a colocou lá para infernizar a vida do povo.

Fonte: Editorial do Estadão: O país que se dane | Augusto Nunes | VEJA.com

https://lucianoayan.com/2016/05/03/dilma-quer-que-o-pais-se-dane/

terça-feira, 3 de maio de 2016

Brasileiros depositaram US$ 23 bilhões em paraísos fiscais




Reprodução
Cayman Castle, nas Ilhas Cayman, no Caribe.
Paraísos fiscais: em 2015, o mundo aplicou US$ 72 bilhões em paraísos fiscais na região caribenha e mais de US$ 221 bilhões pelo mundo
 
Jamil Chade, do Estadão Conteúdo


Genebra - Grandes fortunas brasileiras e empresas nacionais levaram mais de US$ 23 bilhões aos principais paraísos fiscais do Caribe, entre eles as Ilhas Cayman e as Ilhas Virgens Britânicas.

Os dados foram publicados nesta terça-feira, 3, pela Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio, num informe que aponta que, apenas em 2015, o mundo aplicou US$ 72 bilhões em paraísos fiscais na região caribenha e mais de US$ 221 bilhões pelo mundo.

Os dados são divulgados no momento em que diversos governos pelo mundo avaliam o impacto dos Panama Papers, que revelaram uma estrutura de empresas offshore constituídas em muitos desses centros para simplesmente servir de forma para esconder recursos.

Manter contas em paraísos fiscais não é ilegal. Mas precisam ser declaradas.

No caso do Brasil, entre 2010 e 2014, o volume de dinheiro aplicado no Caribe representou 5% de todos os recursos recebidos por esses centros e coloca o País entre os cinco maiores "investidores " nesses centros financeiros.

Os maiores investidores em paraísos fiscais caribenhos são Hong Kong, com US$ 148 bilhões, contra US$ 94 bilhões dos EUA e US 77 bilhões da Rússia, além de US$ 45 bilhões da China.

No mundo, a maior taxa de recursos de recursos depositados por multinacionais e suas afiliadas está em Luxemburgo, país que foi sacudido pela revelação em 2015 de documentos mostrando como o governo fechou acordos confidenciais com grupos privados para reduzir impostos e atrair suas sedes fiscais para o local.

Segundo os dados da ONU, uma parte substancial desses investimentos em Luxemburgo veio de empresas dos EUA. Só no primeiro trimestre do ano de 2015, um fluxo de US$ 155 bilhões foi registrado em Luxemburgo. Mas a volatilidade de entrada e saída de recursos é elevada.

Só em recursos que saíram de Luxemburgo para os EUA, o volume chegou a US$ 153 bilhões. Luxemburgo tem recursos de 114% de seu PIB. Nas Ilhas Cayman, a taxa é de 800%.

No final de 2015, um volume importante de recursos deixou Luxemburgo e a Holanda, depois que a UE passou a aplicar duras regras contra a evasão de grandes conglomerados.

Mas, segundo a ONU, a existência de paraísos fiscais continua ser um "grande desafio para a gestão pública". Empresas de 26 países ricos, por exemplo, registraram mais lucros em Bermuda em 2014 que na China, o maior mercado do planeta.

Apesar das taxas elevadas de investimentos em paraísos fiscais, a ONU indica que o volume já foi superior. Em 2013, cerca de US$ 132 bilhões foram depositados nesses locais.